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Governo de SP planeja retorno da Linha 10 até a estação Luz

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Um ano depois, o Estado planeja o retorno da Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para a Estação Luz, no Centro da Capital. Desde o fim de 2011, as viagens passaram a ser feitas somente até o Brás, mas a confirmação da mudança só foi anunciada em janeiro de 2012. Cerca de 400 mil pessoas utilizam diariamente a ferrovia, que vai até Rio Grande da Serra.
Foto: cptmemfoco.blogspot.com
A medida está sendo cogitada em virtude do atraso no início das obras do Expresso ABC, trem paralelo à Linha 10 que ligará Mauá ao Centro da Capital, com menos paradas. Como as obras ainda nem começaram - a promessa era de que o sistema estivesse em operação em 2014 -, seria uma forma de compensar os usuários pelo transtorno, que hoje são obrigados a descer no Brás.
A informação foi dada pelo secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, em entrevista exclusiva ao Diário.

Para que a Luz volte a atender o itinerário, também será preciso modificar o mapa do Expresso Leste, que vai do Centro ao bairro Guaianazes, na Zona Leste de São Paulo. Isso porque uma das justificações apresentadas no ano passado para deixar o Brás como ponto final da Linha 10 foi a falta de espaço e o excesso de passageiros na Luz. Uma das possibilidades é levar o Expresso Leste até a Barra Funda, na Zona Oeste. "Estamos colocando equipamentos de via entre a Luz e a Barra Funda para que isso seja possível", explica o secretário.

Fernandes salienta que a revisão dos itinerários depende também da chegada dos novos trens à CPTM. A companhia realiza licitação para compra de 65 composições, todas com oito vagões. Depois que o contrato for assinado, a empresa vencedora terá 18 meses para fornecer os trens, de forma gradativa.

EXPRESSO ABC - Em novembro, o Estado recebeu MIP (Manifestação de Interesse Público) de duas empresas para a construção de quatro trens regionais, sendo um de São Paulo para a Baixada, passando por São Caetano, Santo André e Mauá. "Isso faria com que o Expresso ABC se transformasse em parte do Expresso da Baixada. Nós achamos a proposta bastante interessante e colocamos como contrapartida dentro deste projeto de PPP (Parceria Público-Privada) aqueles recursos que são para cobrir os custos desta obra e do Expresso Jundiaí", comenta o secretário.

Fernandes garante, no entanto, que o Expresso ABC sairá do papel mesmo que a PPP não seja feita. "Se ninguém apresentar proposta, o que nos garante a continuidade é o fato de os expressos ABC e Jundiaí serem independentes. Ambos têm previsão orçamentária."

Atualmente, o Estado encontra dificuldade nas negociações com a União, já que algumas áreas necessárias para a futura linha pertencem ao governo federal e precisam ser trocadas.

Trem fará viagem a Santos em 35 minutos
A estimativa é de que o trem regional de São Paulo à Baixada Santista, que passará pelo Grande ABC, faça viagem a Santos em período entre 35 a 45 minutos. O secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, explica que o tempo do trajeto irá variar de acordo com a tecnologia utilizada no trecho de serra. "Depende se vai ser mais veloz, menos veloz, se vai ser cremalheira ou freio magnético", comenta.

Seja qual for o método utilizado, a expectativa é de que o trem regional para Santos seja o mais rápido entre todas as quatro ferrovias previstas pelo Estado. Além desse, são planejados trajetos para Campinas - passando por Jundiaí -, Sorocaba e São José dos Campos.

Fernandes informa que, pela proposta apresentada em novembro pelo banco BTG Pactual e pela empresa Estação da Luz Participações, o investimento aproximado para a construção dos quatro trens regionais será de R$ 18,5 bilhões. A contrapartida exigida é de 30% do valor total - o equivalente a cerca de R$ 6 bilhões. "Este valor é mais ou menos o que tínhamos previsto de alocação para os expressos ABC e Jundiaí", diz o secretário. Ambas ferrovias, promete o titular da Pasta, serão feitas independentemente da concretização da PPP (Parceria Público-Privada).

O governo estadual apresentou a proposta ao mercado internacional em evento realizado no fim de janeiro em Londres, na Inglaterra. O secretário afirma que os trens regionais atraíram o interesse de investidores chineses, que vêm ao Brasil em março para obter mais detalhes do projeto.

Os interessados em desenvolver estudos para a construção das ferrovias têm de apresentar os dados técnicos até julho. Devem ser analisadas informações como aspectos técnicos de traçado, tecnologia utilizada e desapropriações necessárias. Depois, as propostas passarão pelo crivo do Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas, que escolherá o modelo adequado em até quatro meses.

Trajeto até a Baixada terá cobrança por trecho percorrido
Para evitar cobrança indevida de tarifas, o trem regional até a Baixada Santista - que passará pelo Grande ABC - terá valores divididos conforme o trecho percorrido. Por exemplo, a viagem entre os dois extremos, de São Paulo a Santos, terá o preço máximo. Se o passageiro desembarcar em Santo André, o bilhete será mais barato. Ainda será definido o método para segmentar a tarifação. "Na Europa, você está sentado e o funcionário vai passando com a maquininha para verificar se o seu tíquete é correspondente à distância percorrida", exemplifica o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.

Também não foi definido o valor da tarifa cheia entre São Paulo e Santos. Segundo Fernandes, o preço será baseado nas passagens rodoviárias - em torno de R$ 20.

Se os trâmites legais correrem de acordo com a proposta feita ao Estado, as obras no trecho do Grande ABC, com 25,4 quilômetros, começarão já em 2014, com previsão de entrega para 2016. No mesmo ano, será iniciada a extensão de 50 quilômetros da ferrovia até Santos, que deve ficar pronta em 2019. A previsão é de que toda a malha seja concluída em 2020. O segmento dos trilhos na região tem demanda inicial estimada de 330 mil passageiros ao dia.

Por Fábio Munhoz 
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Trem Sorocaba-São Paulo será realidade em 2012

sábado, 19 de novembro de 2011

O trem regional Sorocaba-São Paulo deixou de ser uma divagação ou um sonho e começou a tornar-se realidade. A população e as autoridades não botavam muita fé na estrada de ferro. Porém, o governo anunciou nesta quinta-feira (17), durante programa de rádio “Conversa com o Governador”, que o trem regional Sorocaba-São Paulo sairá do papel.

“Teremos o aeroporto de Cumbica integrado ao metrô, o Expresso Jundiaí, que ligará a cidade à Lapa em 25 minutos”, diz o governador Geraldo Alckmin (PSDB). “O governador pediu para intensificar os estudos para as linhas regionais. Então, estaremos concluindo em janeiro o estudo definitivo da ligação até Sorocaba. Vamos definir a modelagem da ligação da Capital com a cidade. Temos a expectativa de que o projeto seja viabilizado pela parceria-público-privada”, explica Manuel Bandeira, presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

A linha Santos-São Paulo também foi anunciada. As duas linhas de trem  deverão ter um traçado diferente daqueles pensados no passado. Para Santos, a CPTM pretende construir túneis no trecho de Cubatão.

Para a ligação da Capital com Sorocaba, o traçado deverá ser diferente da antiga Estrada de Ferro Sorocaba, hoje transporte de cargas sobre trilhos sob concessão da ALL.

Trem regional promove desenvolvimento
O trem rápido Sorocaba-São Paulo deve desenvolver uma velocidade de 120 a 150 km/h. Além de proporcionar comodidade, levará mais progresso à Capital e Sorocaba. Deixa de ter como via de transporte única a rodovia e facilita o turismo de negócios e a locomoção dos trabalhadores.

2074
quilômetros de vias férreas formavam a Estrada de Ferro Sorocabana.

Preço menor ganhará preferência do público
O preço da passagem de ônibus de São Paulo para Sorocaba é R$ 22,90. Da cidade para a Capital, R$ 20,90. A disputa com o trem acirrará a concorrência.

Mais segurança e conforto a usuário
Sorocabano ganha uma alternativa ao ônibus e deixa de enfrentar trânsito, pedágios e risco de acidente
O trem regional passará por Osasco, Itapevi, São Roque e Mairinque. A antiga estação pode nem ser aproveitada. Entre as vantagens do novo traçado: a hegemonia da Cometa pode estar com os dias contatos, filas de espera aos domingos e feriados podem finalmente acabar; o tempo da viagem, que de ônibus é de 1 hora e 15 minutos, será reduzido para 45 minutos; a viagem será mais confortável e trará mais comodidade e paisagens novas; mais segurança que nas rodovias.

A elaboração de estudos de traçado, viabilidade técnica, operacional e ambiental, de inserção urbana e de projeto funcional da obra, será feito pelo consórcio Planservi Oficina, que venceu a licitação.

Os mais beneficiados serão aqueles que viajam todos os dias. Afinal, o trem elimina trânsito, pedágio, estresse e manutenção do carro.
De carro ou ônibus, nunca se sabe com precisão a que horas vai se chegar a São Paulo. Com o trem da Nova Sorocabana, essa realidade será diferente.



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Trem Regional de São Paulo-Jundiaí-Campinas só em 2018

domingo, 11 de novembro de 2012

O governo de São Paulo anuncia neste mês o projeto de implantação do Trem Regional, que vai ligar a capital às regiões metropolitanas do estado. O projeto, orçado em R$ 16 bilhões, foi revelado pelo vice-governador do estado, Guilherme Afif Domingos (PSD).

A rede do TEM (Trem Expresso Metropolitano) vai integrar as seguintes regiões metropolitanas: São Paulo-Jundiaí-Campinas, São Paulo-São Roque-Sorocaba, São Paulo-ABC-Santos e São Paulo-São José dos Campos, com estudo para chegar a Taubaté e Pindamonhangaba, segundo Afif.

“A região do Vale, por exemplo, é uma questão de reforço geográfico. O que nós temos de ver muito seriamente é o aspecto de mobilidade na região com relação à capital. Por isso, nós esperamos anunciar em breve, ainda este mês, a rede do TEM”, afirmou.

As obras devem sair do papel no início em 2014, com previsão de entrega da primeira etapa em 2016 e finalização em 2018. As configurações do trem devem ser as mesmas do modelo europeu, com quatro vagões que transportarão de 320 a 400 passageiros.

O trem deve trafegar em uma velocidade de 60 e 70 km/h. O investimento de R$ 16 bilhões será dividido entre  iniciativa privada e pública.

“A própria presidente Dilma Rousseff deu toda ênfase ao suporte ferroviário, portanto é prioridade dela. Tem capital externo e engenharia externa querendo investir neste projeto”, disse Domingos.

Segundo o vice-governador, já existe a sondagem de investidores estrangeiros. “Vamos dar um salto no estado de São Paulo que nos coloca equiparados com o primeiro mundo”, afirmou.

Objetivo é desafogar as rodovias
Uma das principais apostas do projeto é desafogar o trânsito nas estradas. Caso seja confirmado também no Vale do Paraíba, a ideia é deixar a Via Dutra em melhores condições.

“É muito positivo. Passar por São José é fundamental. Acredito que essa ligação vai chegar até Taubaté. Acredito que seja mais viável que o trem-bala e vai atender boa parte da população que enfrenta longos congestionamentos na Dutra e na chegada à capital. O maior beneficiado será o passageiro”, disse o secretário de Transportes de São José, Anderson Farias Ferreira.

Para que o projeto do Trem Regional seja um sucesso, é necessário que o valor da passagem seja menor ou igual ao cobrado pelas empresas de ônibus que fazem o trajeto São Paulo/São José dos Campos.

A avaliação foi feita pelo engenheiro e consultor de logística José Geraldo Vantine. “A intenção do governo é espetacular. Se sair do papel, o modelo vai beneficiar muita gente. Na Europa e no Japão, a população só anda de trem. É confortável e rápido. É realmente um grande avanço”, disse o secretário de Transportes de São José.

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Licitação para trem expresso SP-Jundiaí sairá em 15 dias

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, vai lançar nos próximos 15 dias a licitação dos projetos básico e executivo do trem regional expresso que ligará a capital paulista ao município de Jundiaí, de acordo com informações do secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes, que participa na manhã desta quarta-feira de evento no Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo. O valor estimado dos projetos é de R$ 152 milhões.

"Estamos tratando os trens regionais de Jundiaí, Sorocaba e Santos. Deixamos de tratar  do trem de São José dos Campos porque ele poderá ser atendido pelo TAV", afirmou o secretário, em referência ao Trem de Alta Velocidade, projeto do governo federal que deve ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, passando por São José dos Campos.

Ainda no mês de setembro, deve ser realizada audiência pública sobre o trem que ligará São Paulo a Sorocaba e o edital de licitação dos projetos deve ser lançado até dezembro.
Fonte: Agência Estado
 
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Trem de alta velocidade brasileiro deve ficar pronto em 2020

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Quatro anos após o fim da Olimpíada de 2016, o Brasil deverá ter seu primeiro sistema de Trem de Alta Velocidade (TAV) em pleno funcionamento. É o que prevê a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), vinculada ao Ministério dos Transportes. Com um custo estimado de R$ 34,6 bilhões, o TAV deverá ter a abertura do leilão licitatório e a assinatura do contrato do projeto devendo ocorrer nos dias 29 de maio e 7 de novembro de 2013, segundo a assessoria da ANTT. Com ligação entre as cidades de Campinas (SP) e Rio de Janeiro, a primeira linha do supertrem brasileiro pode ter características inspiradas em projetos considerados referências no uso da tecnologia, como o TGV francês, podendo operar a até 350 km/h ao longo dos cerca de 510 quilômetros de distância entre as duas cidades.

A assessoria de comunicação da ANTT afirma que o início das obras da chamada superestrutura da linha do TAV Rio de Janeiro - Campinas deve ocorrer em 2016, com um prazo máximo de finalização de cinco anos e uma concessão de 40 anos. A linha deve oferecer três opções de serviços: expresso, sem escalas entre Rio de Janeiro e São Paulo; regional de longas distâncias, com seis paradas entre Campinas e Rio de Janeiro; e regional de curta distância, com duas paradas entre Campinas e São José dos Campos. As obras serão divididas em três etapas, abrangendo desde a manutenção do TAV até a infraestrutura ferroviária para a instalação completa do sistema.

Conheça modelos de outros países

Em relação aos modelos de trem de alta velocidade existentes em outros países, o professor de engenharia de transportes da UFRJ Hostilio Ratton afirma que existem três tipos principais: o trem elétrico, o de suspensão pendular e o de levitação magnética. Enquanto o primeiro, conhecido como trem-bala e usado em países como França, Espanha, China e Japão - o primeiro a funcionar, na década de 1960 - conta com grande precisão geométrica e pode chegar a quase 600 km/h, o segundo, também chamado de trem-flecha, opera por um sistema diferente, de suspensão dinâmica. "Ele pode trafegar em vias de características geométricas mais modestas, eventualmente até já existentes, por onde também podem trafegar trens de menor velocidade. Os exemplos dessa tecnologia são o Pendolino italiano e o Acela, dos Estados Unidos, também já em operação comercial, que podem chegar a perto de 300 km/h", ressalta Ratton.

Diferente dos outros dois sistemas, o trem de levitação magnética não anda sobre trilhos, mas sim flutua em baixas altitudes, e ainda está em fase de experimentação, especialmente na Alemanha, China e Japão, onde chegaram a velocidades próximas dos 500 km/h. "O motor é dividido entre o veículo e a via, fazendo o trem se movimentar em função da alternância de pólos magnéticos. O pólo da via embaixo do veículo é igual ao do veículo, o que faz com que ele flutue, enquanto o pólo à frente é diferente, atraindo e deslocando o trem", explica o professor de engenharia de transportes.

Segundo Ratton, os trens de alta velocidade são mais adequados para viagens de distâncias médias, entre 200 e no máximo mil quilômetros e o TAV brasileiro deve ser planejado dentro desta expectativa, com a grande possibilidade da adoção da mesma tecnologia utilizada no TGV francês. "O modelo institucional pensado para a implantação do trem de alta velocidade no Brasil é abrangente quanto à questão tecnológica. O edital para a licitação, na sua versão corrente, deixa a opção tecnológica em aberto. Até onde possa ser percebido, os sistemas implantados ou em implantação estão pendendo mais para os trens como o TGV. A China está construindo 15 mil quilômetros de linhas para esse tipo", observa.

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Túnel de 30 km deve abrigar trem que vai ligar São Paulo a Santos

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A CPTM divulgou recentemente a conclusão de estudos para implantação do trem Regional que vai ligar a Capital Paulista a Santos, e diferentemente do que se pensava, a via férrea não vai seguir pelo traçado de Paranapiacaba. Segundo os estudos, foram analisadas 3 opções, sendo que a considerada mais viável, e provavelmente a escolhida será uma ferrovia que com um túnel de 30 Km.

Traçado

A nova linha deve sair da futura estação São Carlos, que será erguida para os trens da Linha 10 Turquesa da CPTM, que também terá integração para Linha 6 laranja do Metrô. Após o local, o trem seguirá paralelo ao Expresso ABC até a estação Prefeito Celso Daniel – Santo André. Posteriormente a ferrovia segue por um túnel de 30 Km, Serra do Mar abaixo até a cidade de São Vicente e depois chegando a Santos. 

De acordo com a CPTM, tal opção apresenta menores impactos ambientais, melhor opção para maior desempenho, porem com um maior custo em relação a opção de seguir pelo traçado original dos trens de carga que descem pelo sistema de cremalheira, de Paranapiacaba, até Cubatão. Esta última foi considerada desfavorável ambientalmente em relação as demais alternativas, e desempenho inferior, além de ter riscos consideráveis para implantação e operação. 

A terceira opção, descartada, propunha o traçado do trem paralelo a Linha 9 esmeralda, pela marginal Pinheiros até a futura estação Varginha, seguindo pela linha ferroviária existente até Evangelista de Souza, descendo pelo ramal Mairinque-Santos. Mas a ferrovia possui grande movimento de trens cargueiros. O trem regional deve ter integração com o VLT de Santos.

Operação

A bitola usada para ferrovia será a de 1.435 mm e o tempos de viagem entre São Paulo/ABC será de 13 minutos. Já entre São Paulo/São Vicente será de 30 minutos e São Paulo e Santos de 35 minutos. O intervalo entre trens no pico poderá ser de 15 Minutos, e a linha terá 88 Viagens por dia. Os trens terão 3 carros, sendo dois motorizados e um reboque. Cada carro será equipado com 4 motores. Cada composição terá a capacidade de 184 passageiros sentados. Estão previstos banheiros nos trens (mínimo de 2 conjuntos por composição), som interno e instalações para serviços de bordo. Os trens devem atingir a velocidades de 180 km/h.

Os estudos apontam ainda que o modal trará alivio do carregamento do Sistema Anchieta – Imigrantes, diminui o tempo de viagem nos deslocamentos São Paulo – Santos/São Vicente/Cubatão/Praia Grande, reduz as emissões veiculares, gases de efeito estufa e acidentes.

O banho de água fria é que não existe previsão para inicio das obras, muito menos de operação.

por Renato Lobo
Informações: ViaTrolebus



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São Paulo: Projeto da CPTM com a iniciativa privada pode acelerar o Expresso ABC

domingo, 24 de julho de 2011

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos está autorizada pelo governo do Estado a buscar na iniciativa privada ajuda para desenvolver o Expresso ABC, orçado em R$ 1,2 bilhão. O Conselho Gestor das Parcerias Público-Privadas aprovou a incorporação do projeto à sua carta de negócios. A decisão foi divulgada anteontem no Diário Oficial do Estado.

Espécie de Metrô de superfície, a linha é considerada o principal plano de transporte público por trens na região e deverá diminuir o tempo de viagem entre o Grande ABC e a Capital.


Os trens do Expresso ABC, que já foi chamado de Expresso Sudeste, irão correr em paralelo aos trilhos da Linha 10-Turquesa da CPTM, que liga Rio Grande da Serra à Estação da Luz, na Capital.

Além da aprovação, o conselho determinou o início de estudos mais aprofundados e a modelagem para lançamento do edital de concorrência pública para o empreendimento. A expectativa é publicar a licitação até o fim deste ano.

Os trabalhos serão realizados pela Secretaria de Transportes Metropolitanos, com o acompanhamento das Pastas de Planejamento e Desenvolvimento Regional, da Fazenda e a Procuradoria Geral do Estado.


A ampliação dos estudos tem por objetivo garantir que o Expresso ABC seja integrado aos outros modelos de transporte público na região, mas sem prejudicar o funcionamento desses serviços.

Para isso, o conselho pediu o "detalhamento dos potenciais impactos em termos concorrencial e de complementaridade" com os ônibus intermunicipais e com o futuro Veículo Leve sobre Trilhos, que ligará São Bernardo à Estação Tamanduateí, Linha-2 Verde do Metrô.

PPP
A permissão para repartir o projeto com a iniciativa privada pode acelerar o Expresso ABC, que não parece andar na mesma velocidade dos trens e vem sendo ensaiado pela CPTM há pelo menos seis anos.
A ideia da parceria público-privada é viabilizar as demandas tradicionalmente operadas pelo
Estado com a participação de investimentos de empresas e consórcios, que podem explorar comercialmente o negócio.

A Linha 4-Amarela do Metrô, que vai ligar a Estação da Luz à Vila Sônia e tem parte já em operação, é exemplo de empreendimento desenvolvido por PPP. O contrato foi assinado em novembro de 2006 e prevê investimentos de R$ 3,5 bilhões.

Serviço promete reduzir tempo de viagem
A promessa do Expresso ABC é enxugar pela metade o tempo de viagem entre Mauá e a Capital, que é feita hoje em até meia hora e deverá durar somente 12 minutos quando o serviço estiver em funcionamento.

A linha terá extensão de 24 quilômetros e seis pontos de parada, sendo três no Grande ABC e três em São Paulo - Mauá, Santo André, São Caetano, Tamanduateí, Brás e Luz.
O intervalo entre um trem e outro, para embarque e desembarque de passageiros, será de até seis minutos.

Além do aumento da velocidade média dos veículos, a prometida agilidade será alcançada também pela união desses dois fatores: menos tempo de espera e número reduzido de paradas.
Para a implementação do ramal, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos irá adquirir 11 novos trens.

Atualmente, pela Linha 10-Turquesa, que corta cinco cidades do Grande ABC, transitam diariamente cerca de 366 mil pessoas.

Até cerca de 70% desta demanda, segundo levantamento da CPTM, utiliza as estações por onde o Expresso ABC vai percorrer.

O governo do Estado estima que, juntas, as duas linhas - Expresso e Turquesa - irão transportar 626 mil passageiros por dia.


Fonte: Diário do Grande ABC

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Prefeito eleito de Campinas fala de mobilidade urbana, lista de metas inclui trem até Jundiaí

domingo, 30 de dezembro de 2012

O prefeito eleito Jonas Donizette (PSB) terá que elaborar, até 2015, um plano de mobilidade urbana para Campinas, sob pena de não ter acesso aos recursos federais destinados a executar projetos em trânsito e transporte. A exigência é da nova lei federal de Política de Mobilidade Urbana e vale para todos os municípios com mais de 20 mil habitantes. A prioridade do pessebista nesse plano será o pedestre, depois o ciclista, o transporte urbano, a frota de entregas e serviços, para chegar até a frota de veículos de passeio.
Imagem: TV Correio
No setor de transporte urbano, Jonas diz que pretende articular com o governo do Estado a implantação de um trem metropolitano no trecho Jundiaí-Campinas-Sumaré. Esse trem poderá ter conexão com São Paulo e integrar as malhas ferroviárias do Metrô e da CPTM. Além de desafogar as rodovias, o transporte ferroviário poderá ser mais uma alternativa para deslocamento de pessoas que vivem em uma cidade e trabalham em outra e hoje dependem de carros e ônibus.

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Em quatro anos, Jonas acredita que não terá tempo para implantar metrô, mas diz que quer desenvolver projeto de transporte urbano sobre trilhos, aproveitando os espaços remanescentes dos traçados das antigas linhas ferroviárias e, com isso, estabelecer as bases para um futuro sistema de metrô. “Vamos buscar alternativas, estudar soluções para poder aproveitar, ou ao menos deixar indicado o uso desses traçados.”

A nova legislação diz que as prefeituras podem instalar pedágio urbano, como o de Londres, que cobra uma taxa dos carros que entram no centro da cidade, e implantar o rodízio, como o de São Paulo. Embora drásticas, são medidas que desestimulam o uso do carro e ajudam a desafogar o trânsito, mas que não fazem parte, no entanto, do plano de governo do prefeito eleito. Jonas acha que rodízio não resolve e muito menos o pedágio urbano. “A cidade precisa de investimentos na malha viária, na infraestrutura, na implantação de corredores de ônibus”, afirmou.

Além dos corredores Ouro Verde e Campo Grande, que estão na dependência de liberação de verbas do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, Jonas planeja buscar recursos para mais dois: Barão Geraldo (passando pelos Amarais) e marginal da Rodovia Santos Dumont, para poder tirar o tráfego urbano da estrada.

Com os planos, que serão revistos a cada dez anos, os prefeitos não poderão mais transferir para o futuro as soluções esperando recursos federais. A lei exigirá discussão com a sociedade dos aspectos políticos e ideológicos para melhorar a mobilidade urbana. Para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a nova lei não é suficiente para garantir a sustentabilidade das cidades — com a ampliação dos investimentos, redução dos congestionamentos e da poluição e a melhoria da qualidade dos serviços de transporte.

O instituto, que apresentou um estudo sobre a nova política de mobilidade urbana, afirma que é preciso o engajamento da sociedade para fazer a lei funcionar, além da capacitação dos agentes municipais, que terão que adequar e implementar as diretrizes e instrumentos da lei à realidade de suas cidades.

Para o diretor da Associação Brasileira de Transportes Públicos (ABTP), José Ribeiro Camargo, não há alternativa à sustentabilidade das cidades sem investimentos no transporte público. “Temos que criar um transporte de qualidade para que as pessoas deixem os carros em casa. Sem isso, as cidades irão parar, congestionadas e poluídas e cada vez mais o trânsito será fator de estresse”, afirmou.

Os projetos de mobilidade urbana  

Pedestres 

- Nivelar, desobstruir as calçadas e definir padrões de pisos que sejam antiderrapantes, com permeabilidade e faixas orientadoras de deficientes visuais 

- Fazer efetiva a acessibilidade visuais das calçadas para todos os usuários e tendo em conta especial pessoas idosas e com deficiências 

- Reorganizar, com o uso de lombo-faixas, os acesso às calçadas para pessoas com deficiência

- Redefinir as localizações de faixas de segurança a fim de eliminar o conflito entre pedestres e veículos

- Manter livre de quaisquer obstáculos - postes, bocas de lobo, lixeiras, vegetação, etc. - as terminações das faixas de segurança. 

Trasporte Público   

- Modernizar a frota de ônibus com opção por soluções menos poluentes

- Promover estudos para ajustar itinerários dos ônibus 

- Dotar de cobertura todos os pontos de ônibus na cidade 

- Criar novos corredores de ônibus, para garantir fluidez de tráfego e a opção para o transporte coletivo

- Controlar com rigor o valor das tarifas do transporte, além de estudar alternativas que barateiam o custo 

- Com a utilização de tecnologia, adotar novos pontos de ônibus painéis com indicação de tempo de espera 

- Apoiar o trem regional expresso ligando a RMC a São Paulo, sem prejuízo para implantação do TAV

- Revisar projetos atuais para os corredores de ônibus e por em circulação os ônibus articulados do sistema de BRT 

- Criar metas para aumentar progressivamente a velocidade dos transportes coletivos 

- Articular junto ao governo do Estado a implantação do trem metropolitano no trecho Jundiaí-Campinas-Sumaré, com possibilidade de conexão a São Paulo e integração a malha do metrô e CPTM

- Desenvolver projeto de transporte urbano sobre trilhos, aproveitando os espaços remanescentes dos traçados das antigas linhas ferroviárias, estabelecendo as bases para um futuro sistema de metrô

- Negociar com os municípios da RMC e com o Estado a criação do bilhete único integrado na região 

- Implantar BRTs, ônibus de trânsito rápido, articulados e biarticulados, com ar condicionado, que transportam até 145 passageiros. A passagem é paga antes do embarque 

- Construir o corredor do Ouro Verde e o corredor do Campo Grande para as linhas do BRT com verbas do PAC 

- Projetar e buscar recursos para a construção de outros dois corredores para ônibus rápido: o de Barão Geraldo, passando pelos Amarais, e o da Santos Dumont  

Por Maria Teresa Costa
Informações: Correio Popular

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Série Transporte pelo Mundo começa na África do Sul, O País da Copa 2010

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Transporte vira dilema para quem vai à África do Sul ver a Copa do Mundo

Um autêntico dilema se apresenta para os torcedores que visitam a África do Sul durante a Copa do Mundo (11 de junho a 11 de julho), que começa daqui a apenas um mês em um país três vezes maior que a Alemanha e onde a rede de transportes ainda não está muito desenvolvida.
A África do Sul investiu US$ 2,6 bilhões para melhorar estradas e aeroportos, construir um novo trem e pôr em marcha um sistema de ônibus rápidos durante o torneio, ainda que os especialistas acreditem que as reformas no setor possam não agradar os 373 mil visitantes estrangeiros esperados.

Para se deslocar entre as nove cidades-sede, muitas separadas por mais de mil quilômetros, o avião aparece como a opção mais conveniente.
O custo das passagens, que chegou a subir até 215% nos dias de jogos, sofreu uma grande queda depois que autoridades locais iniciaram uma investigação por um possível acordo ilegal de preços entre as companhias.

Apesar dos trabalhos de adaptação, que em algumas ocasiões vão até a construção de um terminal provisório, os aeroportos de cidades pequenas como Port Elizabeth (sul) ou Bloemfontein (centro) têm risco de se verem saturados.
Os ônibus que ligam as cidades das partidas podem ser uma alternativa, em um país onde os veículos particulares são muito utilizados e o número de mortos nas estradas subiu para 16 mil no ano passado.
Mas é no interior das cidades que os transportes provocam maiores preocupações. Até a queda do regime segregacionista branco, em 1994, os transportes urbanos tinham como objetivo separar os bairros brancos dos guetos negros, e dezesseis anos depois ainda se nota essa marca.
"Sob o apartheid, as cidades estavam reservadas aos brancos", lembra Ibrahim Seedat, do Ministério dos Transportes. "Levará anos e constantes investimentos para desenvolver uma rede de qualidade, acessível a todos", disse.
Para suprir a falta de uma rede de transportes públicos, foi desenvolvida durante décadas para garantir o deslocamento dos negros dos "townships" uma rede de micro-ônibus privados, que atuam de forma autônoma.
Nestes últimos meses, um sistema de ônibus rápidos foi inaugurado em Johannesburgo, Cidade do Cabo e Durban, provocando a raiva dos condutores desses coletivos, muito organizados e que viram seu monopólio ameaçado.
Recentemente, um ataque contra esses novos ônibus provocou a morte de um homem em Soweto e, no total, oito pessoas ficaram feridas em confrontos com armas de fogo.
Em Johannesburgo, os visitantes poderão recorrer também a um trem regional rápido e também novo, o Gautrain.
Uma linha será inaugurada três dias antes do início do torneio para cobrir o trajeto entre o aeroporto e o bairro de negócios de Sandton, no norte da cidade, evitando assim os grandes engarrafamentos das estradas na hora do rush.
Para chegar aos estádios, situados na parte sul da cidade, haverá também ônibus destinados a levar os torcedores.
Um sistema parecido durante a Copa das Confederações em junho de 2009 beirou o desastre na província densamente povoada que rodeia Johannesburgo, mas os organizadores insistiram que aprenderam a lição e que os erros não se repetirão.

Novo sistema de ônibus da África do Sul expõe divisões raciais

Desde os tempos do apartheid, quando os negros eram obrigados a viver em cidades no subúrbio de Johannesburgo, a doméstica Susan Hanong, de 67 anos, enfrenta uma longa viagem até a casa de família onde trabalha, na região nobre da cidade. Para facilitar a vida dela e de milhões de pessoas, que vivem longe dos centros comerciais, foi criado o sistema de ônibus expresso.

“O ônibus é mais confortável. Na lotação, eles gritam: ‘sai da frente, vó!’ No ônibus, ninguém grita. É disso que eu gosto”, conta Hanong. Mas o projeto, inaugurado em agosto do ano passado, está atrasado e corre o risco de não ser concluído até a Copa do Mundo, em Junho. O sistema enfrenta a resistência, muitas vezes violenta, dos donos de lotação, que transportam 14 milhões de pessoas diariamente e temem prejuízos. Além disso, a minoria branca, moradora de áreas residenciais nobres, não quer os ônibus em seus bairros.

“Não é uma questão racial, mas uma proteção da região, que ficaria mais poluída, com trânsito congestionado e desvalorizada financeiramente”, defende Tessa Turvey, que vive em bairro nobre da Zona Norte da capital.

“A discussão pública do impacto dessa questão mostra que, em muitos níveis, a cidade ainda é muito dividida geograficamente, racialmente e em termos de qualidade de vida”, rebate Rehana Moosajee, do Departamento de Transportes. A África do Sul progrediu muito desde o fim do apartheid, em 1994. Mas a desigualdade de renda entre brancos e negros aumentou. Os ônibus expressos que deveriam unir Johannesburgo não conseguem chegar aos bairros onde a maioria dos usuários trabalha. Apesar dos obstáculos, muitos passageiros apreciam o novo serviço. “Melhorou muito. Agora eu posso sentar aqui. Antes eu não podia, porque sou negra. Tudo está mudando”, diz Susan Hanong.

África do Sul vai inaugurar trem de alta velocidade às vésperas da Copa



O primeiro trem de alta velocidade da África do Sul, o ‘Gautrain’, será inaugurado no dia 8 de junho em Joanesburgo, três dias antes do jogo de estreia da Copa do Mundo. Nesta sexta-feira (7), os responsáveis pela obra fizeram uma apresentação do trem para a imprensa.
O trajeto que vai começar a funcionar antes da Copa vai unir o aeroporto internacional OR Tambo e o bairro de negócios Sandton, o que representa três semanas de antecipação em relação ao cronograma inicial, de acordo com declarações de Christian Gazaignes, diretor-geral da empresa de obras públicas Bouygues.

A empresa faz parte de um consórcio internacional que inclui ainda a canadense Bombardier e outras empresas sul-africanas. As obras foram iniciadas em 2006.
O projeto de US$ 3,2 bilhões tem como objetivo unir a capital administrativa do país, Petroria, com a capital econômica, Joanesburgo, em um meio de transporte que atinge 160 km/h. A linha conta com 80 km de extensão, dos quais 15 km ficam debaixo da terra, e estará concluída na metade de 2011.
Por 100 rands (R$ 30), os turistas que forem à África do Sul poderão fazer parte deste trajeto para ir do aeroporto a Sandton, onde se concentram muitos hotéis.

Copa não conseguiu resolver problema do transporte no país



Quando a Copa chegar em menos de 60 dias, muitos torcedores sentirão no dia-a-dia aquela que é uma das principais deficiências da África do Sul: o transporte público. As limitações não se restringem às cidades grandes, como Joanesburgo e Cidade do Cabo. O problema é crônico em toda a África do Sul.

O governo prometeu melhorar o sistema e legalizar as vans (aqui chamadas de “taxi”), que circulam em péssimas condições e não respeitam as leis de trânsito. Um trem rápido (Gautrain) seria a solução para o deslocamento problemático entre Joanesburgo e a capital, Pretória. No entanto, o trecho não ficará pronto a tempo do Mundial, e as vans continuam a rodar sem fiscalização. Ônibus municipais são vistos esporadicamente nas ruas e mesmo assim só nas principais avenidas. Quem mora nos bairros afastados está isolado.

Vans não têm sinalização sobre itinerário


O problema que é as vans não têm letreiros indicando seu itinerário. Cada bairro ou região corresponde a um sinal com os dedos, então é preciso conhecê-los ou perguntar na rua. Também não há paradas demarcadas, ou melhor, qualquer esquina pode ser um ponto. Basta fazer o sinal que as vans param em qualquer lugar, até no meio da rua.Dedinho pra cima, sinalizando o centro da cidade, a primeira van parou em menos de dez minutos. O preço é outra variável – depende do lugar onde você pega a van, ou seja, quanto mais perto do seu destino, mais barato fica. Desembolsei R9 (pouco mais de R$ 2) pelo trajeto.A van não estava cheia, e o motorista deu voltas pela cidade para pegar mais passageiros. Em geral, as vans têm capacidade para dez pessoas, mas dificilmente circulam com menos de 14. Também é muito raro encontrar um passageiro branco, mas não há nenhum tipo de hostilidade.

Terminal caótico e falta de informação
Do centro, era preciso voltar à Sandton. Achar uma van que me levasse de volta foi uma missão trabalhosa. Como elas não têm números ou qualquer informação, era impossível saber para onde estavam indo. A solução foi andar até o terminal de vans (“taxi rank”). Só que ele é um caos - diversas vans estacionadas sem qualquer ordem ou placa de identificação. Após perguntar a vários motoristas de onde saía a van para Sandton, consegui embarcar. Naquele momento, toda a boa impressão causada pelo BRT já havia dado lugar à frustração (e irritação).
Fonte: G1
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CPTM encalha em velhos problemas das ferrovias que unificou

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O Metrô de São Paulo foi construído na mesma época que o da capital chilena, no final dos anos 1960. A diferença é que o daqui tem 78 quilômetros de trilhos e o de lá 92. Outra diferença é que a região metropolitana de Santiago do Chile, com cerca de 6,6 milhões de habitantes, tem a metade da população da capital paulista. Diariamente, em média, 4,7 milhões de pessoas passam pelas catracas das estações em São Paulo. O sistema exibe sinais de que já não dá conta da demanda e – ao que tudo indica – deve chegar ao final desta segunda década do século 21 com os mesmos 78 quilômetros.
AVENER PRADO/FOLHAPRESS
Um reforço poderia vir da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com linhas que cortam a cidade em praticamente todas as direções e ligam ao centro da capital e entre si dezenas de cidades da Grande São Paulo. A CPTM, porém, transporta hoje 2,8 milhões de passageiros por dia, embora disponha de 260 quilômetros de trilhos. Obviamente, as condições estruturais das vias, estações e trens da companhia, por ter uma história bem mais antiga que a dos automóveis como meio de mobilidade, não foram pensadas para atingir a mesma velocidade e volume de passageiros do Metrô. Mas algumas medidas de modernização, que andam em marcha lenta demais para o ritmo da metrópole, demonstram que a malha ferroviária tem um potencial muito maior do que o oferecido.

Ao completar 23 anos, em maio, a CPTM orgulha-se de ter deixado para trás a imagem frequente de passageiros pendurados ou se equilibrando no alto das composições. Também são coisas do passado usuários sem pagar passagem, atravessando cercas esburacadas. O comércio nos vagões, em que ambulantes ofereciam doces, salgados, bebidas, cigarros, brinquedos, revistas e eletrônicos, disputando no grito a atenção dos passageiros com pedintes e pregadores religiosos, é mais controlado.

Mas faltou aos sucessivos governos, desde 1992, dar a merecida prioridade ao trem. À época, o então governador, Luiz Antônio Fleury Filho, assinou a lei que criou a CPTM ao lado do então vice e secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Aloysio Nunes Ferreira Filho, hoje senador (PSDB-SP).

“Fleury criou a CPTM para gerir concessões, uma empresa com estrutura ruim e de caráter provisório. E prometia reduzir os intervalos entre trens para três minutos. Mario Covas assumiu em 1995 e seguiu o mesmo caminho”, lembra o estudante de Planejamento Territorial na Universidade Federal do ABC (UFABC) Caio César Ortega, idealizador do Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana (Commu). Duas décadas depois, o intervalo ainda é um sonho cuja realização nunca é prioridade – e tampouco o orçamento é cumprido. De 2003 a 2014, o total orçado para o setor somou R$ 8,2 bilhões, em valores atualizados, mas R$ 1,1 bilhão deixou de ser investido.

Fora dos trilhos
A atual frota da companhia tem 196 trens. Em setembro passado, o BNDES aprovou financiamento de R$ 982 milhões para a compra de mais 35, a serem fabricados pela CAF Brasil, em Hortolândia, no interior paulista. A empresa é uma das envolvidas em supostas irregularidades praticadas em contratos de obras, serviços de manutenção e fornecimento de equipamentos celebrados pelos governos tucanos.

As denúncias abrangem integrantes dos governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, além de diretores de 18 empresas do setor metroferroviário, conforme revelações feitas por um executivo de uma das suspeitas, a multinacional alemã Siemens, em 2013. Na lista, inclui a francesa Alstom, a canadense Bombardier e a japonesa Mitsui. E a formação de cartel para celebração de contratos até 30% acima do valor, conforme estimativa do Ministério Público (MP) de São Paulo.

Os contratos de manutenção preventiva e corretiva com a CPTM são alvo de diversos inquéritos do MP paulista. Um deles, concluído em dezembro, examinou acordos assinados entre 2001 e 2002 para manutenção de composições com Alstom, Adtranz, CAF e Siemens – todas empresas com diversos acordos ainda em vigor com o governo de São Paulo.

No inquérito, os promotores pedem ressarcimento ao estado de R$ 418 milhões e a dissolução de dez empresas envolvidas. A matriz espanhola da CAF ficou de fora do pedido de dissolução, mas foi incluída no de ressarcimento. Na época, o promotor Marcelo Milani disse acreditar em irregularidades nos novos contratos, que poderiam ter sido evitadas se o MP tivesse levado adiante as investigações em 1997, quando as autoridades da Suíça já verificavam pagamento de propinas.

Ainda em dezembro, a Polícia Federal indiciou 33 executivos. Entre eles, um ex-presidente da CAF, Agenor Marinho Contente Filho, e um ex-presidente da CPTM, Mário Bandeira, cujo nome circula entre trabalhadores da companhia como o “cunhado de Alckmin”, além de quatro diretores. Bandeira foi defendido, elogiado e mantido no cargo pelo suposto cunhado até o final de fevereiro.

A lista inclui o ex-diretor de operações e manutenção José Luiz Lavorente, o diretor de engenharia e obras Ademir Venâncio de Araújo (que teria US$ 1,2 milhão em cinco contas na Suíça), o diretor de operações da estatal nas gestões Covas e Alckmin João Roberto Zaniboni (que teria lá US$ 826 mil), e Antonio Kanji Hoshikawa, diretor administrativo na gestão Alckmin (2003-2006).

Em abril, foi o Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec), do MP paulista, que denunciou à Justiça diretores de 12 empresas por participação em esquema de contratos de fornecimento de trens e de manutenção assinados em 2007 e 2008, durante a gestão Serra. Entre eles, o executivo da CAF José Manuel Uribe e o ex-presidente da comissão de licitações da CPTM Reynaldo Rangel Dinamarco. Outras empresas com diretores denunciados foram as habituais Alstom, Bombardier e Tejofran.

A CAF tem outra ligação com a CPTM. O mesmo Agenor Marinho Contente Filho está vinculado à CTrens – Companhia de Manutenção. A empresa não mantém sequer um site para divulgar suas atividades. Porém, segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana (Sinfer), a CTrens faz manutenção de composições das linhas 8 e 9 em um pátio da estatal na estação Presidente Altino, em Osasco, na Grande São Paulo. “Não se sabe ao certo como é feito o trabalho de manutenção. Eles não permitem a entrada de gente do sindicato lá”, diz o diretor do Sinfer Evângelos Loucas, o Grego. A CPTM não atendeu às solicitações de entrevista.

Sucateamento
Foco dos contratos investigados, a manutenção não é o forte das linhas. A mais sucateada, a 7-Rubi, é conhecida pelos velhos trens da série 1100, fabricados nos Estados Unidos entre 1956 e 1957, além de outros com a lataria remendada e goteiras nos vagões. Em julho de 2000, uma composição com falhas nos freios atingiu outro na estação Perus. Morreram nove pessoas, e 115 ficaram feridas. Vítimas e familiares ainda lutam na Justiça por indenização. Em julho de 2012, dois trens da mesma linha se chocaram na estação Barra Funda, matando cinco pessoas e deixando 47 feridas.

Aparentemente mais moderna, a linha 8-Diamante carece de reformas em sua via. Em dezembro de 2011, dois trabalhadores experientes foram atropelados e mortos por um trem durante uma inspeção regular nos trilhos, perto da estação Barueri.

Isso aconteceu menos de uma semana depois de três outros funcionários serem mortos entre as estações Belém e Tatuapé da linha 11-Coral. Dias depois, o governador Alckmin extinguiu a 3ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, o Meio Ambiente do Trabalho e as Relações do Trabalho. Vinculada ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), o órgão investigava as causas do acidente. Oficialmente, foi extinta para otimização dos recursos humanos e materiais.

Comparada ao Metrô, a linha 9-Esmeralda margeia o Rio Pinheiros, cortando bairros nobres da zona sul. Liga Osasco ao bairro do Grajaú, na zona sul. Recebeu investimentos, estações e trens novos entre 1998 e 2000, entre os quais os famosos espanhóis doados pela Renfe mediante contrato de reforma assinado por Covas, no valor de R$ 93,2 milhões, sem licitação. As panes, porém, são frequentes. Em fevereiro de 2011, um trem descarrilou próximo à estação Ceasa.

Partindo do Brás até Rio Grande da Serra, cortando São Caetano, Santo André, Mauá e Ribeirão Pires, municípios da região do ABC, a Linha 10 é outra com vagões velhos e estações malconservadas. A de Rio Grande da Serra tem passarela apoiada em uma estrutura metálica instalada emergencialmente. O telhado da única plataforma em operação tem péssimas condições, assim como os banheiros. A Linha 11-Coral, que vai do Brás à estação Estudantes, de Mogi das Cruzes, atende também o Expresso Leste, que vai da Luz a Itaquera, com menos paradas. Antes de receber trens novos para a Copa, a linha sofreu uma pane em 2008, deixando 60 mil pessoas sem transporte. Os passageiros apedrejaram o trem.

Intervalos crônicos
Autora do livro de crônicas A Viajante do Trem, Andréia Garcia, 42 anos, promove saraus na estação do Brás. Usuária da CPTM há 20 anos, ela publica toda semana em seu blog casos que só acontecem ali.

“Embora estejam mais confortáveis e com linhas novas, os trens ainda são superlotados. É preciso diminuir o intervalo, mas isso depende de mais trens e menos falhas”, diz. “Há várias linhas que não se concretizam como prometido, o que é sério. Isso dá a entender que, por ser investimento público, as verbas escorrem, como não deveriam, causando os atrasos que todos vemos a cada dia.”

Reforçando a queixa de seu colega Grego, do Sinfer, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, Leonildo Bittencourt Canabrava, cobra investimentos na manutenção da frota, das vias, da sinalização, da comunicação e do fornecimento de energia. “Os trens saem a cada cinco minutos, mas com a redução de velocidade e paradas entre as estações esse intervalo muda no trajeto. Do jeito que estão as vias, não há hoje como diminuir os intervalos”, afirma Canabrava.

Segundo ele, os maquinistas relatam os problemas que afetam as viagens. As soluções chegam a demorar três, quatro meses. Nas condições atuais, cinco trabalhadores levam uma hora para trocar um dormente, e os trens ficam sem circular por cerca de duas horas, no início da madrugada. Por isso, a curto prazo, é necessário contratar trabalhadores e investir em equipamentos mais modernos. E a médio prazo, tirar do papel o ferroanel, para que os trens de carga, lentos e pesados, deixem de usar as linhas dos trens de passageiros.

A companhia lucrou R$ 123,3 milhões em 2014, apesar de cortes. E informa em seus relatórios que moderniza os sistemas de energia, construindo e reformando subestações e cabines seccionadoras em praticamente todas as linhas; que revitaliza a faixa ferroviária em toda a rede, essencial para a conservação das vias; e que implementa os chamados sistemas de sinalização e de comunicação entre trens, centro operacional e estações. Porém, no final de fevereiro, suspendeu, por tempo indeterminado, diversos contratos.

Segundo o próprio governo paulista, foram suspensos 38 dos 252 contratos da estatal em obediência ao Decreto 61.061, assinado por Alckmin em janeiro sob alegação de equilibrar as despesas. As responsabilidades de falhas são lançadas sobre trabalhadores. Descarrilamentos e acidentes geralmente sobram para o maquinista.

São profissionais que estudam na própria CPTM para operar seus trens durante oito horas por dia, sem horário de almoço, fazendo refeições fracionadas a cada troca de composição na estação terminal – pouquíssimos deles almoçam, mas só porque conquistaram esse direito na Justiça. Entram a cada dia em horário e locais diferentes. Têm de estar atentos à sinalização e a qualquer nova trepidação na via e se antecipar a falhas na comunicação, muito frequentes. É quando é apertado o botão “prosseguir em velocidade reduzida” ou o trem é parado. “Toda atenção é pouca. Se avançar a sinalização, o trem sair do trilho ou bater no da frente, na melhor das hipóteses estamos na rua”, afirma Canabrava.

Conforme os sindicatos, falta manutenção também nas estações. Das 96, só 30% estão no padrão. Na Brás Cubas, há uma diferença de 30 centímetros entre o piso da plataforma e a porta do trem. A CPTM fala em construção, reforma e adaptação de estações, destacando a de Franco da Rocha, entregue ano passado, e obras nas de Suzano e Ferraz de Vasconcelos.

Porém, a estação de Francisco Morato, que já foi paga, não passa de um sonho da população. Licitada em 2009 e prometida para março de 2011, só deverá ficar pronta no final de 2017. O consórcio vencedor, Consbem/Tiisa/Serveng, cobrou

R$ 65,5 milhões para construir esta e a estação de Franco da Rocha, que já entregou. A CPTM pagou R$ 63,5 milhões. A estação provisória, desde 2010, tem plataformas estreitas. Para acessá-las, os usuários são obrigados a atravessar sobre os trilhos. O portão de saída não dá vazão principalmente no horário de pico. Não há acessibilidade para idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Daniele Almeida, estudante: só justificativas para sem fim
“A justificativa é que a estação fica numa área de aterramento, instável, que alaga e requer obras da prefeitura, como um piscinão. E que há briga na Justiça com o consórcio que perdeu a licitação”, conta a estudante de Jornalismo Daniele Almeida, 21 anos, moradora de Franco da Rocha.

Também integrante do Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana, ela participou de reunião em junho com o presidente da CPTM, Paulo de Magalhães Bento Gonçalves. Daniele já chegou a ficar dentro de um trem lotado por mais de duas horas, no escuro, com as portas fechadas, entre as estações Pirituba e Piqueri. “Havia mulheres grávidas, pessoas passando mal. Só depois de uma hora e meia fomos informados de que faltou energia.”

O estudante da UFABC Caio Ortega afirma que a CPTM é “controlada por pessoas que não conhecem a empresa e tampouco sabem o que farão para reduzir a humilhação diária à qual o passageiro é submetido nos horários de pico”. Para ele, há dez anos o governo estadual subestimou a demanda dos subúrbios, para então se espelhar excessivamente no Metrô. “Ignorou as longas distâncias, negligenciou regiões que giram em torno de cidades como Jundiaí, Campinas, Santos e São José dos Campos, agravando a pressão sobre as rodovias e enfraquecendo o papel da ferrovia como serviço de metrô urbano e regional.”

A solução do problema, avalia o estudante, depende de reforma administrativa que afaste a CPTM do antigo sistema ferroviário e se volte para o cenário atual. E que constitua um plano de desenvolvimento apoiado nos trilhos, envolva as prefeituras e estimule planos diretores abrangentes. “O governo precisa ser menos preguiçoso, ouvir consultores, pesquisadores, a população, e acabar com os contratos e seus aditivos intermináveis que assina com as grandes empreiteiras que financiam sua campanha.”

Tabela mapa trens

Linha 7 –Rubi: Inaugurada em 1867, passou à E. F. Santos a Jundiaí e à Rede Ferroviária Federal. Trens velhos superlotados, problemas de sinalização e fornecimento de energia.

Linha 8 –Diamante: Criada em 1875 como Companhia Sorocabana, foi estatizada em 1919 e em 1971 tornou-se Fepasa. Carece de reformas. A manutenção dos trens piorou com terceirização desses serviços.

Linha 9 – Esmeralda: Entre 1998 e 2000 ganhou estações e trens novos. Superlotada, a linha mais bonita carece de subestação elétrica e tem gargalos nas integrações Pinheiros e Largo 13.

Linha 10 –Turquesa: Com a mesma origem da Linha 7, tem trens antigos, superlotados, panes elétricas e de sinalização. Como nas demais linhas, os trilhos irregulares precisam de reforma.

Linha 11 – Coral: Criada em 1875 para ligar São Paulo e Rio, tornou-se E.F Central do Brasil em 1889. Superlotada, necessita de novas estações e de sistemas de controle e sinalização.

Linha 12 – Safira: Construída em 1932 pela Central do Brasil, tem estações antigas, em péssimo estado de conservação, composições superlotadas e problemas elétricos e na sinalização.

Expresso Leste: Complementar à linha 11 Coral, para somente nas estações Brás, Tatuapé e Guaianases. Seus trens são os mais lotados de toda a rede.

Prejuízos generalizados

Dinheiro federal - Somente em aval para empréstimo até o momento, o governo federal já concedeu R$ 22 bilhões para o estado, junto ao BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica e instituições multilaterais de fomento, como Banco Mundial, JBIC, BID, entre outros, para obras metroferroviárias.
Do PAC Mobilidade Urbana, o estado e as cidades paulistas ganharam R$ 4,5 bilhões a fundo perdido do Orçamento Geral da União. Serão R$ 400 milhões para a Linha 18–Bronze, monotrilho que ligará a cidade de São Paulo a São Bernardo do Campo, passando por Santo André e São Caetano.
Também serão repassados, a fundo perdido, R$ 1,3 bilhão do Orçamento da União para três projetos: a construção da Linha 13–Jade, duas novas estações na linha 9 e a reforma de 18 estações. A lista de obras é longa:

Atrasos – Os usuários deverão continuar se apertando por muito mais tempo. As razões dos atrasos vão de obras paralisadas pelo Tribunal de Contas por irregularidades em editais, em licitações e em contratos, a falta de recursos.

Extensão Linha 9 até Varginha – Orçada em R$ 727 milhões, a obra que inclui a estação Mendes foi prometida para 2014. Ainda em fase de desapropriação dos terrenos, tem novo cronograma para 2016, com recursos do PAC.

Linha 13-Jade – Ligação de São Paulo ao aeroporto de Guarulhos, com 12,2 quilômetros de extensão, ao custo de R$ 1,8 bilhão, deverá transportar 130 mil passageiros por ano. Prometida para 2014, não deve sair antes do final de 2017. Alckmin alega que faltam repasses federais, mas o projeto original não previa recursos da União.

Modernização de estações – Em 2007, o então governador José Serra (PSDB) prometeu modernizar 63 estações ao custo de R$ 2,5 bilhões no prazo de quatro anos. O prazo terminou em 2011, mas apenas 15 estações (23% do prometido) foram modernizadas.

Trens regionais – São Paulo a Sorocaba – Anunciado em 2013 e previsto para funcionar em 2017, não tem data para sair do papel. O projeto prevê investimento de R$ 4 bilhões, com a construção de trilhos e estações em Sorocaba e São Roque. 

Trem Intercidades – Litoral-Interior – Em dezembro de 2013, sem detalhar o projeto, Alckmin anunciou um trem ligando São Paulo, Santos, Jundiaí, Sorocaba, Campibnas e São José dos Campos. A primeira etapa começaria por Campinas. A ideia está parada no Conselho Gestor das Parcerias Público-Privadas.

por Cida de Oliveira
Informações: Rede Brasil Atual

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