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Ônibus do Roda SP oferece quatro novos roteiros pela Baixada Santista

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O programa Roda SP oferece agora em Santos, no litoral de São Paulo, quatro novos roteiros. Entre as atrações está o Aquário, a Vila Belmiro e a Bolsa de Café. Os destinos se encontram à disposição do público de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. Os passageiros podem conhecer os principais locais turísticos da Baixada Santista graças à inclusão, este ano, de Cubatão e Bertioga. A iniciativa da Secretaria de Estado de Turismo prossegue até 17 de fevereiro.

A tarifa custa R$ 10,00 e permite aos turistas descer para conhecer as atrações e subir no ônibus seguinte (cerca de uma hora depois), quantas vezes quiser, durante 24 horas, contadas a partir do horário do primeiro embarque. O Roda SP da Baixada Santista dispõe de 70 profissionais, sendo 16 guias de turismo, 32 monitores de campo, dois supervisores, quatro analistas de tráfego, além da equipe técnica da secretaria estadual.

São 35 pontos de parada espalhados por toda a rota, 16 dos quais com monitores que garantem apoio e orientação ao sistema operacional. Os 16 ônibus, alguns com acessibilidade com plataforma móvel, e as sete vans que cobrem os trajetos contam com guias ou monitores de turismo e sistema de áudio com histórias e curiosidades dos locais visitados em português, inglês e espanhol.

Embarque

Na rota ‘Bem Receber’, há três ônibus que partem às 9h do Portinho (Praia Grande), Biquinha (São Vicente) e emissário submarino /Orquidário, em Santos – o roteiro inclui ainda Zoológico, teleférico e Ilha Porchat (São Vicente), e praia do Gonzaga, Aquário e Ponta da Praia/balsa para Guarujá (Santos).

Já o roteiro ‘Calor no Coração’ tem cinco ônibus saindo às 9h do Portinho (Praia Grande), Estátua de Netuno (Ocian, Praia Grande), Plataforma Marítima de Pesca (Mongaguá), Igreja Matriz de Sant’Anna (Itanhaém) e Lamário (Peruíbe) – no trajeto estão ainda praça da Paz e praia do Boqueirão (Praia Grande); Poço das Antas (Mongaguá), Cama e Painéis de Anchieta (Itanhaém), e Ruínas de Abarebebê e praia Central, em Peruíbe.

Na ‘Rota dos Navegantes’, os três locais de embarque, às 9h, são em Guarujá - balsa Guarujá-Santos, praias das Pitangueiras e Branca – e o roteiro se completa com paradas na praia do Tombo, AcquaMundo/praia da Enseada, Tortugas, praia de Pernambuco, Ilha do Mar Casado e Perequê, todos em Guarujá, e ainda Forte São João, Sesc e Rivieira de São Lourenço, em Bertioga.

Às 9h, os ônibus da rota ‘Caminhos do Mar’ saem do Parque Novo Anilinas (Cubatão) e do Portinho (Praia Grande), este último também com outro às 10h. No trajeto estão Biquinha , teleférico e Ilha Porchat (São Vicente); emissário submarino, Orquidário, Vila Belmiro e Memorial das Conquistas do Santos Futebol Clube, Museu do Café, Santuário de Santo Antônio do Valongo e Estação do Valongo, em Santos,  além do núcleo Itutinga Pilões (Cubatão), que integra o Parque Estadual da Serra do Mar. Outras informações sobre o projeto podem ser obtidas pelo telefone 0300-7450-000.

Informações: G1 Santos

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Litoral de São Paulo terá linhas turísticas durante o verão

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Conhecer, em apenas um dia, as principais cidades do Litoral Sul de São Paulo. É isso que oferece o programa Roda SP Litoral, lançado hoje (14/12) pela Secretaria de Turismo do Estado. O evento que marcou o início do programa terminou há pouco em Santos e contou as presenças do governador Geraldo Alckmin e do secretário de Turismo, Márcio França. Na ocasião também foi inaugurado um novo atracador para as balsas que fazem a travessia Santos-Guarujá.

São 15 veículos, sendo dez ônibus double-decker e cinco vans, que irão circular durante toda a temporada de verão (15 de dezembro e 5 de fevereiro). Com uma única passagem, que custa R$ 10, o viajante ganhará uma pulseirinha válida para ser usada por dois dias seguidos e poderá escolher entre sete rotas que passam pelas cidades de Peruíbe, Mongaguá, Itanhaém, Praia Grande, São Vicente, Santos, Guarujá e Bertioga.

França acredita que os ônibus devem transportar cerca de 60 mil passageiros durante este verão e destacou o potencial turístico da região da baixada santista. “A baixada já recebe muitos turistas, mas este programa tem foco naqueles que viajam com as suas famílias à lazer. Com uma única pulseira ele poderá conhecer toda a região”, disse.

Alckmin falou sobre os investimentos que o seu governo tem feito no turismo e citou os R$ 70 milhões destinados a obras em oito cidades da baixada santista e os R$ 211 mil para as demais estâncias turísticas do estado. “Turismo é emprego e distribuição de renda”, discursou. “O turismo é a atividade mais eficiente na geração de novos postos de trabalho e esta região tem se desenvolvido muito”, completou.

Sobre o programa, o governador ressaltou os atrativos da região que poderão ser conhecidos por um número maior de turistas e moradores da região. “Esses dez novos ônibus e cinco vans irão mostrar a baixada santista ao turista. Aqui tem muita história, pois o Brasil começou a se desenvolver aqui”, afirmou.

França lembrou que não se trata de um simples passeio pelas cidades, mas que as rotas proporcionam uma maior mobilidade ao turista, que não precisa ficar preso a uma única praia. “O Roda SP vai muito além de um city-tour comum. O turista pode pegar um ônibus no Guarujá, descer em São Vicente e almoçar na Ilha Porchat. Depois, pegar um outro ônibus e passar o fim da tarde no Gonzaga, em Santos. É um produto turístico extremamente útil e barato, que facilita o passeio dos viajantes e redistribui o fluxo de pessoas entre as cidades vizinhas”, explicou. Outro destaque é a integração das rotas. Em diversos pontos, onde os ônibus se cruzam, os passageiros poderão trocar de roteiro.

Novo atracadouro - Com investimentos de R$ 80 milhões foi entregue hoje pelo governador Geraldo Alckmin o novo atracador para as balsas que fazem o trajeto Santos-Guarujá. Segundo Alckmin, também foram entregues 12 ferri bolts reformados e 12 lanchas. O tempo médio de espera deve cair em 30%. O governador também anunciou um novo atracadouro em Bertioga, para as balsas que fazem o percurso Guarujá-Bertioga. A entrega está prevista para março e a expectativa é diminuir o tempo de espera em 40%.

Veja o descritivo de cada um dos roteiros:

Rota Amarela - Funciona todos os dias, com saídas a cada 45 minutos, das 9 às 16h45. O itinerário começa em São Vicente, na Biquinha, passando pelo teleférico da cidade, onde há a opção de conhecer o Monumento de Niemeyer, na Ilha Porchat. Chegando a Santos, os passageiros podem descer na praia do Gonzaga, próxima à praça das Bandeiras. O ônibus passa ainda pelo Aquário da cidade e finaliza o trajeto na Balsa que leva ao Guarujá, na Ponta da Praia.

Rota Azul - Também parte da Biquinha, em São Vicente, rumo à Praia Grande. Lá, os turistas podem conhecer as praias do Canto do Forte, do Boqueirão e de Ocian, passando pela Praça Duque de Caxias, Praça da Paz e Estátua de Netuno. Essa linha funciona às terças, quintas, sextas-feiras e domingos, com saídas de hora em hora das 9 às 17 horas.

Rota Laranja – A saída é da Biquinha, em São Vicente, rumo à Estátua de Netuno, na Praia Grande. Chegando a Mongaguá, o ônibus passa pela Praia Central, que dá acesso ao Poço das Antas, pela Feira das Artes e pela Plataforma Marítima de Pesca Amadora, junto ao Parque Ecológico “ Tribuna”. Este percurso está disponível às segundas, quartas e sábados, com saídas a cada 1h20, das 9 às 17h10.

Rota Rosa - Parte da Plataforma Marítima de Pesca Amadora, em Mongaguá, em direção a Itanhaém. Neste destino é possível conhecer a Igreja Matriz Sant’anna, onde onde está o Monumento Anchieta, e também poderão descer na Cama de Anchieta e na Praia de Cibratel. Esta linha funciona às segundas, quartas e sábados, com saídas de hora em hora, das 9 às 16horas.

Rota Roxa - Estará disponível às terças, quintas, sextas-feiras e aos domingos, com saídas a cada 1h15, das 9h15 até às 16h45. Ela passa pelos principais pontos turísticos do Guarujá, saindo da balsa. Os passageiros poderão descer nas praias do Tombo, das Astúrias, Pitangueiras, Enseada (parando no Acqua Mundo e depois no Tortugas). O passeio continua pelas praias do Pernambuco, do Perequê e Branca, na divisa com Bertioga.

Rota Vermelha - Essa linha terá Bertioga como seu roteiro. Os ônibus sairão do Forte São João, na balsa que liga a cidade com Guarujá, passando pelo Sesc e terminando a viagem em Riviera de São Lourenço. Seu funcionamento acontecerá às terças, quintas, sextas e domingos, de hora em hora das 9 às 17 horas.

Rota Verde - Ela parte da Praia do Cibratel, rumo a Peruíbe. O itinerário prevê passagens pelas Ruínas de Abarebebê, pela Praia Central e pelo Lamário. Esta linha estará disponível às segundas, quartas e sábados, a cada 1h15, das 9 às 16h30.

Informações: Mercado e Eventos


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Programa Roda SP integra pontos turísticos do litoral paulista

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

São 16 ônibus e sete vans que passam, ao todo, por nove cidades do litoral de São Paulo. As paradas são em pontos estratégicos, de interesse turístico. A taxa é de R$ 10 por pessoa e vale por 24 horas. Este é o projeto Roda SP, da Secretaria de Turismo do Estado, que fica no litoral nesta temporada de verão até 13 de fevereiro.
Os turistas podem embarcar em um dos 34 pontos nas cidades de Bertioga, Guarujá, Cubatão, Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém ou Peruíbe. Dentro do próprio ônibus, por R$ 10 é possível comprar o cartão que dá direito a um número ilimitado de embarques e desembarques durante 24 horas. Os ônibus passam de hora em hora, e cada um possui um guia de turismo.

Os quatro itinerários são integrados. Veja os pontos de parada.




Informações: Governo de SP

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Cidade de São Paulo terá (Roda SP) linha turismo

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O governador Geraldo Alckmin apresentou hoje o Roda SP, projeto desenvolvido pela Secretaria de Turismo para levar linhas turísticas de ônibus, com veículos de dois andares, conhecidos como double-deckers, para diversas regiões do estado em diferentes períodos do ano.

Para participar do programa, o turista teria de comprar um ingresso no valor de R$ 10, válido por todo o dia para embarque e desembarque nos pontos de parada do ônibus. Durante a viagem, os passageiros poderiam ouvir áudios em português, inglês e espanhol sobre a história e os atrativos da região.


Os primeiros roteiros experimentais do Roda SP começaram no dia 20 de julho na Serra da Mantiqueira: os ônibus levaram os turistas de Campos do Jordão gratuitamente para conhecer os principais pontos turísticos do município e de cidades vizinhas.


Entre os dias 6 e 7 de agosto, os veículos estiveram no Vale do Ribeira, à disposição de mais de 200 mil turistas que visitaram Iguape para a Festa do Senhor Bom Jesus de Iguape. Até o dia 18 de agosto eles estarão na Serra da Mantiqueira, contemplando Aparecida e outras cidades que não foram incluídas nos roteiros da primeira edição. Em seguida, os ônibus vão atender ao mais de um milhão de turistas na Festa de Peão de Boiadeiro de Barretos, interior do estado.



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Ônibus articulado da Metra movido a baterias já circula com passageiros em Diadema

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Primeiro ônibus articulado movido totalmente a baterias, o E-Bus já roda em testes com passageiros na cidade de Diadema. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou de uma das viagens. O E-Bus vem sendo avaliado pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU/SP), ligada à Secretaria de Transportes Metropolitanos. 

Desenvolvido em parceria com a Mitsubishi Heavy Industries e a Mitsubishi Corporation, do Japão, além da concessionária Metra, o programa pretende verificar a viabilidade da tração elétrica (sem linha de alimentação como para os trólebus) sob os pontos de vista técnico e econômico.

O E-Bus circulava desde novembro de 2013 com lastros, quer dizer, com pesos de areia. Agora começaram os testes em operação regular, com passageiros. O coletivo deve circular até junho fazendo a extensão Terminal Diadema-Morumbi (São Paulo), gerenciada pela EMTU/SP. 

A Mitsubishi Heavy Industries desenvolveu o sistema de baterias de tração, que foi integrado a um ônibus articulado de 18 metros com capacidade para 124 passageiros. Esse conjunto de acumuladores utiliza íons de lítio, como ocorre em equipamentos eletrônicos portáteis. São capazes de armazenar bem mais energia do que as baterias de tração mais comumente utilizadas. 

Os investimentos com o ônibus e a montagem da infraestrutura para carregamento das baterias de tração ficaram a cargo da Mitsubishi Heavy Industries, da Mitsubishi Corporation e da Metra. A empresa brasileira Eletra participou da integração do sistema de baterias ao ônibus. O trecho Diadema-São Paulo tem 11 quilômetros. A operação foi planejada para permitir, ao longo do dia, quatro recargas rápidas, cada uma com duração de quatro minutos, no Terminal Diadema. Além disso, receberá cargas lentas (com duração de duas a três horas) na garagem da Metra durante a noite e em horários de baixa demanda. A cada dia o ônibus rodará 160 quilômetros.

Informações: Automotivebusiness

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Cidade de Mauá-SP têm o maior bicicletário da América Latina

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A mais nova aquisição do bicicletário erguido ao lado da estação de trem de Mauá, município da região metropolitana de São Paulo, é um brechó. A pequena loja, montada nos fundos daquele que é considerado o maior estacionamento de bicicletas da América, com capacidade para pelo menos 2 mil magrelas, disponibiliza aos associados pedais, quadros, guidões e todo tipo de peças usadas. O cantinho, que ostenta um delicado gradil forjado com catracas, correias e pedivelas, tem um significado especial para a mantenedora do local, a Associação dos Condutores de Bicicletas de Mauá (Ascobike).

Responsável por uma população mensal flutuante de 1200 a 1700 ciclistas, a maioria deles trabalhadores e estudantes que usam a bicicleta como alternativa de transporte para se deslocar de casa até o trem, a entidade precisa garantir que todos tenham seu veículo em condições de uso, sempre. "Servimos gente muito humilde, normalmente da periferia aqui de Mauá, que compromete a parte do salário que iria para a condução de ônibus em outras coisas, como pão e leite para os filhos. Por isso não podemos deixar ninguém sem bicicleta para voltar pra casa", explica o ferroviário e assistente social Adílson Alcântara da Silva, de 51 anos, idealizador do projeto. Além do brechó, o bicicletário dispõe de uma oficina mecânica com preços abaixo dos praticados pelo mercado, um compressor de ar para calibrar os pneus, banheiros masculino e feminino com espelho, um kit para engraxar sapatos, um bebedouro, café quente a toda hora e um televisor. "Temos também 12 bicicletas para empréstimo." Os associados da Ascobike pagam 15 reais por mês para ter acesso ao bicicletário. Quem não é mensalista desembolsa 1 real avulso para deixar a bike ali por um dia.

Uma década
A associação completou dez anos de existência em maio deste ano e só surgiu por causa da dedicação de Adílson. Paranaense de Apucarana, o ferroviário veio criança para São Paulo, com a mãe e dois irmãos menores. Conta que teve uma vida difícil. Por falta de condições, foi entregue ao Juizado de Menores e viveu internado em instituições como a Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) até os 18 anos. Já adulto, fez bicos em padarias, pequenas fábricas e construções. E foi trabalhando como assistente de pedreiro que soube por um maquinista de um concurso da então Rede Ferroviária Federal. O ano era 1978. Com a 6ª série do Ensino Fundamental, inscreveu-se, fez o teste em duas fases e conquistou a vaga de bilheteiro: estava empregado com carteira assinada. Mas continuou trabalhando por conta. "Com os primeiros salários que recebi, montei duas bicicletarias. Naquela época, consertávamos bicicletas, de verdade. Hoje os meninos só trocam peças", brinca Adílson.

A paixão pela magrela acompanhou o ferroviário durante toda a carreira, como bilheteiro, encarregado, chefe de estação e supervisor. Adepto dos pedais como meio de transporte, ele sempre se incomodou com as bicicletas penduradas nos arredores das estações. "O pior é que eu podia colocar minha bike dentro da estação, mas os passageiros não. E, quando as bicicletas não eram roubadas ou depenadas, eu, como chefe de estação, era obrigado a apreendê-las quando estivessem obstruindo a passagem, uma tortura", lembra. Quando Adílson chegou a Mauá, em 1998, as coisas começaram a mudar. E, de tanto que insistiu, conseguiu, enfim, em 2001, montar a Ascobike em um terreno cedido pela Companhia de Trens Metropolitanos de São Paulo (CPTM).

Transporte rápido
O movimento no bicicletário não para. A Ascobike funciona 24 horas. Os primeiros associados chegam ainda de madrugada e o pico da manhã começa às 5 horas e segue intenso até pelo menos as 7. Uma fila de gente em pé ao lado da bicicleta se forma no calçadão em frente à entrada da entidade para retirada do bilhete de acesso ao local. Os funcionários da associação, todos do Programa Primeiro Emprego, que insere jovens no mercado de trabalho, checam o cadastro de cada um no computador antes de imprimir o tíquete. Os ciclistas penduram suas bicicletas nos ganchos do estacionamento e, depois de tomar um café, quase sempre apressados, caminham para a estação de trem. À tarde, o corre-corre é no sentido contrário. Levas de passageiros do trem chegam para retirar suas bikes a cada comboio que para na estação e o entra e sai é incessante.

Em Mauá, a grande vantagem da bicicleta, além da redução dos gastos com condução e dos benefícios para a saúde, é a economia de tempo para voltar para casa. Quem depende do ônibus, principalmente durante o rush, depois das 5 da tarde, horário em que as filas estão enormes, chega a esperar mais de meia hora entre a liberação de embarque e a partida do "busão". Como ali o percurso dos ciclistas dificilmente ultrapassa 6 quilômetros, pedalar é mais rápido que pegar qualquer outro transporte público. Que o diga o encanador Gildácio Santos Dias, de 37 anos. Ele trabalha na construção de um prédio na cidade de São Paulo e usa o trem durante a semana. "Levo pouco mais de 15 minutos de bicicleta da estação até em casa, é bem rápido. De ônibus, ia demorar mais", garante.

Varal de duas rodas
O sistema de ganchos para pendurar as bicicletas, hoje replicado em todos os bicicletários da CPTM, nasceu em Mauá. "Saiu da minha cabeça", orgulha-se Adílson. A solução é simples e engenhosa. Um varal de ferro de cerca de 3 metros permite a acomodação de 20 bicicletas suspensas pela roda, dez de cada lado. O segredo está na disposição dos ganchos, que apresentam alturas intercaladas, o que lhes permite ficar a apenas 30 centímetros distantes uns dos outros. Esse desenho faz com que os guidões das bicicletas ladeadas se encaixem sem atritos. Mas há também vagas horizontais, para quem tem dificuldade para erguer a própria bicicleta. Erasmo Lima, de 55 anos, usuário desde os primórdios do bicicletário, é um deles. "Tenho problema na coluna e paro minha bicicleta neste suporte aqui do chão", conta ele, apontando para sua vaga numerada. Outra solução, mais recente, é o uso de conduítes, os famosos espaguetes, na ponta dos ganchos, para proteger o aro das bikes.

A ideia dos ganchos acompanhou Adílson desde a época das bicicletarias, mas erguer a Ascobike no fim dos anos 1990 exigiu muito do então supervisor de estação e sindicalista atuante. Ele precisou fazer um empréstimo no banco e passou a pedir todo tipo de ajuda para a comunidade local. Para abrir o dia inteiro, arrumou três sócios, que se revezavam na portaria, um de manhã, outro de tarde e o terceiro à noite. Cada um ficava com 1 real dos 5 que a associação cobrava dos mensalistas. "Nos primeiros dias, tínhamos apenas uma bicicleta. O Toninho [um dos sócios] chegou a guardar a bike na banca de jornal dele." Com o tempo, a demanda aumentou e, em poucas semanas, já eram cerca de 250 bicicletas. De lá para cá, Adílson se formou assistente social, a CPTM injetou recursos no projeto para padronizar e ampliar o lugar e o número de usuários subiu. Hoje, existem mais de 10 mil nomes no cadastro da Ascobike, embora o número de associados regulares, que têm gancho numerado no bicicletário, seja menor. Adílson contabiliza muitas inadimplências e exige da oficina descontos de pai para filho no remendo de câmaras, na troca de sapatas de freio e na compra de peças novas ou usadas, mas garante que vale a pena, por um motivo muito simples: "Não estamos preocupados com as bicicletas e sim com a pessoa sentada no selim".

Reportagem: Giuliano Agmont
Fonte: Vida Simples


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