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Salvador pode se tornar a cidade com mais quilômetros de ciclovias do Brasil

sábado, 3 de setembro de 2011

O zigue-zague dos ciclistas entre carros, ônibus e pedestres é cena natural na cidade de Salvador, que atualmente resume a malha cicloviária a 20 km, composta por aproximadamente 17,5 km de ciclovia e 2,5 km de ciclofaixas. Nenhum bicicletário e nenhum vestiário municipal dão suporte ao cotidiano dos adeptos do veículo, que também são impedidos se deslocar por meio do transporte convencional, como o ônibus, ou através dos típicos Elevador Lacerda e Plano Inclinado, que ligam a cidade alta à baixa. 

Há 15 anos, o pedreiro Carlos de Jesus, de 47 anos, usa a bicicleta como único meio de transporte. Morador do bairro de Mussurunga, em Salvador, ele pedala mais de 20 km até o trabalho, no bairro de Ondina, todos os dias. “Quando penso em pegar um ônibus é uma tristeza, mas quando eu apanho a bicicleta, eu vou embora e esqueço do mundo”, conta. Para chegar ao destino final, Carlos evita o percurso que seria menor, a Avenida Paralela, por medo de acidentes – prefere ir pedalando partindo de Itapuã. “Não aconselho que nenhum ciclista transite pela Paralela, lá os ônibus têm a linha expressa e eles não respeitam a bicicleta”, afirma.

O arquiteto Reinaldo Cezimbra, 30 anos, poderia fazer o mesmo todos os dias. Mas, ao contrário do pedreiro, o arquiteto prefere circular do trabalho para casa em seu carro por medo de acidente.

“Pedalo há 14 anos e até hoje não tive coragem de ir ao trabalho de bicicleta. Moro na Pituba e trabalho na Barra, justamente um trecho que não tem ciclovia”, pontua. Para poder usufruir o hobby de andar de biclicleta, Cezimbra participa do grupo Mural de Aventuras, que percorre canteiros urbanos e promove viagens.
Entre os principais projetos de mobilidade urbana de Salvador para a Copa 2014, está o intitulado ‘Cidade Bicicleta – Mobilidade para Todos’, sob responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia - Conder e que tem sido agenciado pela Secretaria Extraordinária para Assuntos da Copa do Mundo Fifa 2014 - Secopa.

A Reportagem convidou Ney Campello, gestor da Secopa, para experimentar o drama de quem se aventura pelas ruas soteropolitanas por algumas horas. No dia 6 agosto, o secretário visitou, sobre duas rodas, três trechos da cidade: do Porto até o Farol da Barra (sem ciclovia), da Amaralina até a Pituba (com ciclovia) e Piatã (com ciclofaixa). (Confira passeio no vídeo ao lado).

“Realmente há uma diferença muito grande entre enfrentar os percalços da rua e andar em vias com faixas sinalizadas, que dá muito mais conforto. A gente viu material de construção no meio da ciclovia, trechos que se interrompem, que podiam ser interligados. São dificuldades que precisam ser superadas”, reflete Campello.

O único projeto no âmbito estadual voltado para o ciclista começou a ser pensado em 2008, e agora ganha força com vistas à Copa do Mundo 2014, com custo estimado de R$ 41 milhões. O ‘Cidade Bicicleta – Mobilidade para Todos’ prevê a implantação de 217 km de malha cicloviária em Salvador e Lauro de Freitas. O coordenador do projeto, Itamar Mussi, da Companhia de Desenvolvimento Urbanístico da Bahia (Conder), conta que serão beneficiadas todas as principais avenidas expressas como a Avenida Luis Viana Filho, mais conhecida como Paralela, Av. Vasco da Gama, Av. Anita Garibaldi, Av. Mário Leal Ferreira, também conhecida como Bonocô, além do centro da cidade.

“A intenção é que seja implantado em todo o mapa viário, incluindo a qualificação e recuperação da estrutura que já existe, que não chega a 20 km. Uma grande parte da classe média não utiliza por falta de infraestrutura e por ter oportunidade de andar de carro. Potencialmente é o público, nosso interesse é que eles passem a aderir, que mude o hábito cultural, que as crianças sejam instruídas ao uso da bicicleta”, conta.

Cerca de 4 mil questionários foram aplicados durante o ano de 2009 para entender a cultura da bicicleta na cidade e fundamentar a execução do projeto. Com base no levantamento, a Conder constatou que há uso intensivo do equipamento por parte da classe trabalhadora. “Do total, 80% dos entrevistados recebem até três salários mínimos, têm mais de 18 anos e são homens”, relata Mussi.

Sobre os principais entraves da mobilidade, o coordenador expõe que 80% apontaram o perigo do tráfego e apenas 4% indicaram as ladeiras como dificuldades, o que, de acordo com Mussi, derruba o mito da inviabilidade topográfica. “O uso para deslocamento até o trabalho foi a principal motivação acusada pelas pessoas. A partir desse estudo, começamos a iniciar o planejamento cicloviário para Salvador e Lauro de Freitas, como também para mais quatro cidades: Cruz das Almas, Itamaraju, Prado e Porto Seguro”, indica.

A nova órbita

De acordo com Itamar Mussi, 70 km do percurso cicloviário estarão acoplados ao modelo de transporte que será implantado entre o Aeroporto e a Rótula do Abacaxi.

Os cerca de 140 km restantes serão aplicados em pontos distintos da cidade, que ainda passa por avaliação de prioridade, em prazo que se estende até 2014. Um dos pré-requisitos, no entanto, é a integração com todos os tipos de transporte, seja metrô, BRT ou os trens do Subúrbio Ferroviário da capital. Outra premissa é a menor interferência no trânsito diário.

“Estamos pensando a possibilidade de criar estruturas nas vias de modo que não sejam prejudicadas a pista e a calçada. Assim, se temos uma via com três faixas, a largura de cada uma delas pode ser diminuída. Será um redimensionamento, combinação da demanda com a malha que já tem”, diz.

Bicicletários estão contemplados no projeto – o estágio atual do ‘Cidade Bicicleta’ propõe a instalação de 53 espaços dedicados à acomodação do equipamento ao longo dos 217 km da malha infraviária. “Eu acho que nós teríamos que oferecer, no início do funcionamento da Arena da Fonte Nova, que quem for de bicicleta e estacionar no bicicletário vai pagar meio ingresso na Copa”, revela Ney Campello. Por outro lado, vestiários não foram incluídos na concepção do projeto e, na prática, segundo Mussi, só existirão por livre iniciativa dos terminais de transporte coletivo, de responsabilidade da prefeitura.

Se todos os 217 km do projeto ‘Cidade Bicicleta’ forem concretizados, o secretário Ney Campello afirma que a Bahia ultrapassará os 200 km do Rio de Janeiro, hoje recorde brasileiro. “Salvador será a segunda cidade com maior oferta desse tipo de mobilidade na América Latina, só menor que o Bogotá [Colômbia]. Vai ser uma revolução”, defende.
tabela de preços de construção de vias bahia (Foto: Arte/G1)
Legislação

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) se refere à bicicleta como “veículo de propulsão humana, dotado de suas rodas, não sendo similar à motocicleta, motoneta e ciclomotor”.

Para o uso da bicicleta, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) estabelece a obrigatoriedade de equipamentos como campainha, a sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, além de retrovisor no lado esquerdo.
Entre as infrações firmadas no Código, o condutor de um veículo motorizado pode sofrer sanção caso não mantenha distância mínima lateral do ciclista de um metro e meio (infração média e multa) ou não reduzir a velocidade quando ultrapassar a bicicleta (infração grave e multa).

Fonte: G1.com.br

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Salvador só terá 35 km de ciclovias até a Copa

sábado, 9 de março de 2013


As vias que ficarão prontas até a Copa serão as que compreenderão o entorno da Arena Fonte Nova, com um total de 5,47 km, e o Centro Antigo de Salvador, com 13,74 km.
Foto: Lucio Tavorá
Pesquisa realizada em 2009 pela Conder, apontou o superintendente de Desenvolvimento Urbanístico do órgão, Antônio Brito, mostra que o maior receio dos quatro mil ciclistas entrevistados é a falta de segurança nas vias.

"Pensávamos que eles falariam da topografia ou de outros quesitos, mas a segurança é a preocupação maior de 80% dos ciclistas", diz.

Riscos - Em Lauro de Freitas, cidade que deveria ser beneficiada até 2014 com 22,14 km de ciclovias, os riscos continuarão para os ciclistas. Os ciclistas ouvidos por A TARDE se encaixam nos dados da pesquisa da Conder que mostram que 60% dos usuários desta modalidade de transporte ganham até um salário mínimo.

"Há seis anos eu uso a bicicleta para trabalhar, para ir à igreja. É arriscado porque os carros não respeitam a gente. Mas eu economizo até R$ 200 por mês", disse o morador de Itinga e ajudante de pedreiro José Cardoso de Jesus, 42, que estava com o filho Josué, 5, na Avenida Santos Dumont, próximo à Estrada do Coco.

"Se tivéssemos ciclovias, poderíamos ir até Salvador sem problemas", disse o pintor Moisés Chagas, 47, também morador de Itinga. Ele disse que usa bicicleta há pelo menos 40 anos.
Licitações - Recente licitação dos trechos não atraiu empresas interessadas, e as licitações para os trechos citados e os Centro-orla (14,07 km), Itapagipe (14,76 km), orla (16,6 km) foram considerados desertos (sem interessados) em 4 de dezembro do ano passado.

Umas das justificativas foi o baixo preço oferecido para a realização do projeto executivo, cerca de R$ 10 mil para cada quilômetro. Projeto similar realizado em Porto Alegre (RS) estimou valor por quilômetro de R$ 50 mil.

Uma consultoria foi contratada pela Conder para lançar novo edital com preços que atraiam mais, mas não para os trechos que ficarão prontos até 2014, segundo Antônio Brito.

Os circuitos Fonte Nova e Centro Antigo serão executados por profissionais da Conder. O valor por quilômetro de projeto executivo nestes dois trechos será de R$ 15 mil. O valor para a execução dos dois trechos previstos é de R$ 1,7 milhão (Circuito Fonte Nova) e R$ 2,80 milhões (Centro Antigo de Salvador).

Ainda são previstos trechos no Centro Administrativo da Bahia (10,45 km), Parque Metropolitano de Pituaçu (15 km), além dos municípios de Itamaraju (2,88 km) e Cruz das Almas (23,13 km).

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Rio de Janeiro lidera ranking de ciclovias no Brasil

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O Rio de Janeiro (RJ) é a cidade brasileira com a maior estrutura cicloviária entre 11 capitais do país. O levantamento foi publicado na edição desta terça-feira, 9 de abril, do jornal Metro, e foi realizado pela ONG Mobilize. Segundo o estudo, a Cidade Maravilhosa possui 300 km de ciclovias, número que corresponde a 3,17% da malha viária total. Curitiba (PR) e Florianópolis (SC) aparecem na sequência.

São Paulo (SP), por sua vez, aparece na décima posição, com a ciclovia representando apenas 0,39% dos 18 mil km da malha viária. O estudo contabilizou 69,8 km de ciclovias já que não leva em consideração os 119,7 km de ciclofaixas do lazer, que funcionam apenas nos domingos e feriados das 7h às 16h. O objetivo do atual governo municipal é aumentar para 150 km de vias exclusivas até 2016.

A última colocação ficou com Salvador (BA). 0,38% da malha viária soteropolitana é destinada à ciclovias. No final de 2012 foi lançado o edital do projeto Cidade Bicicleta, que buscava aumentar os 20 km de ciclovias da cidade para um total de 217 km de vias destinadas à bicicletas. Ele foi apresentado como uma das soluções para a Copa do Mundo de 2014 e era esperado que sua primeira etapa fosse implantanda já no primeiro semestre de 2013.

No entanto, o primeiro edital foi declarado 'deserto' por falta de interesse de empresas do mercado. Uma das possíveis razões foi o valor abaixo do mercado oferecido pelo CONDER (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia) para a prestação do serviço. Segundo a licitação seriam aproximadamente R$ 10.000 por quilômetro, valor cinco vezes menor do que o oferecido em um edital similar feito em Porto Alegre, por exemplo.

Novos terminais de São Paulo contarão com bicicletários

Previstos para serem entregues até 2016, os onze novos terminais de ônibus urbanos de São Paulo contarão com bicicletários. Neles os usuários poderão guardar gratuitamente suas bikes. A instalação dos espaços é requisito para as empresas que disputarem as concorrências.

Serão no mínimo 10 vagas para bicicletas. Dos atuais 28 terminais municipais, apenas seis possuem espaço para guardá-las. A SP Trans, empresa que administra o transporte público, afirma que estão sendo projetados bicicletários em outros terminais, mas sem divulgar local ou data de entrega.

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Projeto pretende criar 217km de ciclovias em Salvador

domingo, 6 de janeiro de 2013

A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Governo do Estado da Bahia (Conder) lançou no ano de 2012, o Plano de Mobilidade Urbana para Salvador e o Projeto Cidade Bicicleta – apresentado como uma das soluções para a Copa do Mundo de 2014, com estímulo ao uso da bicicleta como meio de transporte. As obras devem começar no 1º semestre de 2013.

Com um investimento de cerca de R$ 41 milhões, o Projeto promete implantar um sistema cicloviário na cidade ao ampliar a malha cicloviária para 217 Km. Números não oficiais dizem que a capital baiana tem, hoje, aproximadamente 20km de ciclovias.

“Este projeto pretende dotar as cidades da Bahia, em especial Salvador e sua macrorregião, de sistemas cicloviários completos que permitam o pleno circuito do trabalhador, da população nas atividades sociais e esportivas e do turista”, diz descrição encontrada no site da Secretaria de Planejamento.

Em andamento

A primeira fase do Cidade Bicicleta já está em curso, com a abertura de licitações para os projetos executivos de cinco etapas, somando aproximadamente 64 km de ciclovias situadas basicamente em pontos de interesse para o mundial: entorno da Arena Fonte Nova (palco dos jogos na capital baiana) e no percurso do Centro até a orla, incluindo pontos turísticos da Cidade Baixa e Centro Antigo.

Para o Superintendente da Conder, Antônio Brito, o sistema cicloviário do Projeto Cidade Bicicleta é uma alternativa para solucionar a mobilidade urbana em Salvador e em mais 41 municípios baianos. “Esse modelo é uma tendência mundial e é totalmente adaptável à cidade, além de ser sustentável”, afirmou durante reunião com os membros do Grupo Executivo de Trabalho de Infraestrutura, em novembro.

Promessas não cumpridas

Apesar da iniciativa positiva, a população de Salvador continua desconfiada sobre qualquer proposta de mobilidade para a cidade. Isso por conta da quantidade de promessas não cumpridas, em especial o atraso histórico do Metrô, que teve sua construção iniciada em 2000 e até hoje não foi concluído. ”Acredito que a maioria das pessoas é a favor do projeto, mas tem tido muita resistência e ceticismo em acreditar que as propostas e anúncios do poder público saiam do papel”, disse Roque Júnior, ciclista e morador de Salvador.

Segundo o Jornal A Tarde, uma pesquisa feita pela Conder em 2009 apurou que 60% dos usuários de bicicletas na capital baiana não tem renda ou ganham até um salário mínimo. Para Antônio Brito, o projeto Cidade Bicicleta foi focado principalmente nas classes mais baixas.

“A Copa só veio a ajudar o início da sua implementação, mas não se restringe ao entorno da Arena ou locais de visitação turística. A malha chega ao Subúrbio, Lauro de Freitas, etc. Estas pessoas já se locomovem na cidade com bicicleta, até por não terem dinheiro para outros tipos de transporte. Precisamos oferecer a elas uma mobilidade sem que tenham sua segurança comprometida devido aos [demais] veículos”, diz Brito.

Além de uma questão social, a bicicleta deve ser entendida como um meio de integração entre as pessoas, promoção da saúde e mais uma alternativa viável de transporte a qualquer cidadão. Não adianta pensar nas ciclovias apenas como uma maneira prática de tirar “o pobre do caminho dos carros”, para que não atrapalhem a fluidez. A bicicleta é uma solução real, para todas as classes sociais, gostos e motivações. Segregá-la da via apenas com a justificativa da segurança é empurrar para debaixo do tapete um problema que causa desgaste político e que, por isso, ninguém quer encarar de frente.

As cidades que vão receber as Olimpíadas, Copa do Mundo e Copa das Confederações 2013 (considerado evento-teste que antecede o mundial) sofrem, em geral, com os problemas do excesso de automóveis – e já sentem a necessidade de procurar soluções menos pontuais e paliativas para garantir o deslocamento de moradores e turistas.

O ideal é que os eventos esportivos deixem legados após as competições, melhorando a qualidade de vida das pessoas, com obras de infraestrutura urbana eficientes e, claro, que continuem estimulando a prática esportiva.

Por isso os investimentos em meios de transporte mais humanos e não motorizados devem ser vistos com bons olhos e cobrados das autoridades, especialmente considerando as novas diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, legislação sancionada no início de 2012 pela presidenta Dilma Rousseff.

Por Aline Cavalcante
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Projeto de 217km de ciclovias em Salvador pode ser cancelado

sexta-feira, 1 de março de 2013

O Coletivo Mobicidade, que promove o uso da bicicleta como transporte na região de Salvador (BA), alertou recentemente para o fato das licitações do projeto Cidade Bicicleta terem sido declaradas “desertas”, o que cancelaria o edital. Apresentado como uma das soluções para a Copa do Mundo de 2014, o projeto de cerca de R$ 41 milhões prometia ampliar a malha cicloviária da Região Metropolitana para 217 Km.

Segundo o Coletivo, que analisou os documentos da licitação, o valor máximo estaria “abaixo dos valores de mercado e, muito provavelmente, diminuiu o interesse das empresas em participarem do processo”. A Mobicidade faz uma comparação com um edital de junho de 2012, para um trabalho muito similar em Porto Alegre (RS), onde o valor estimado no edital teria sido de “R$ 50.000 por km, cinco vezes o valor do que foi estimado em Salvador”.

Críticas

Ciclistas da região já estavam ressabiados com o projeto quando foi anunciado. “Acredito que a maioria das pessoas é a favor do projeto, mas tem tido muita resistência e ceticismo em acreditar que as propostas e anúncios do poder público saiam do papel”, disse à época Roque Júnior, ciclista e morador de Salvador. Agora, então, perderam a fé de que a coisa realmente aconteça. “Pense numa decepção!”, comentou Lu Falcoa ao compartilhar a notícia no Facebook. “Como sempre, prioridades deixadas de lado”, foi a opinião de Leo Ramos, que também compartilhou a notícia.

O Cidade Bicicleta também sofre críticas por priorizar áreas próximas à Arena Fonte Nova, causando a impressão de ser um projeto “vitrine”. Para Lucas Jerzy Portela, “se a CONDER quer ‘proteger o usuário pobre que já existe’ (a meu ver, um discurso paternalista eivado de Indústria do Medo), não deveria focar nem no Centro Antigo nem na Copa, e sim nas periferias e na ‘cidade informal (e desforme)’”.

Opinião parecida é partilhada pela Mobicidade: “estava claro que as intenções eram puramente turísticas e ‘futebolísticas’ e havia pouca prioridade para execução de um programa real para incentivos do uso de bicicleta como meio de transporte pensando no cotidiano da cidade, infelizmente algo muito comum na gestão pública em Salvador”.

E agora?

O Vá de Bike tentou contato diversas vezes com a Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia), responsável pelo projeto, mas tivemos nossos questionamentos ignorados, mesmo aguardando quase uma semana pela resposta. Também não encontramos na internet nenhuma declaração ou informação atualizada sobre o projeto.

Resolvemos então pesquisar os possíveis cenários para o Projeto Cidade Bicicleta e chegamos a algumas possibilidades:

O projeto pode ser abandonado. Pessoalmente, acho a possibilidade pequena, afinal é uma obra “da Copa” e o custo político e de imagem em cancelar é grande. Houve bastante divulgação, ajudando a vender uma imagem sustentável e moderna do Governo da Bahia, que seria revertida com esse cancelamento.
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Um novo edital pode ser lançado. Com valores reajustados, nova licitação seria feita, tentando novamente atrair empresas interessadas. Isso certamente criaria um grande atraso, pois o início das obras estava previsto já para o 1º semestre de 2013 e, claro, não dá para adiar a Copa. Mas se o projeto for desatrelado da Copa, essa possibilidade abriria espaço para melhorias no traçado e na ordem de implantação, objetivando de fato a segurança dos cidadãos que já pedalam na região.
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Pode ser realizada uma contratação direta. Segundo o site Jus Navigandi, “a ausência de interessados em participar de licitação regularmente processada, conduz a uma situação administrativa de possibilidade de contratação direta”. Porém, é necessário haver “risco de prejuízos se a licitação vier a ser repetida” e a contratação deverá ser feita em condições idênticas às da licitação anterior (mesmo valor, mesmo projeto). Esse procedimento é amparado pelo inciso V do artigo 24 da Lei n.º 8.666/93.
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A Conder assumir a implementação do projeto. Possibilidade aventada pelo Clément, da Mobicidade, aqui nos comentários desta página. “Seria uma boa opção para favorecer a capacitação do orgão público”. Bem pensado. Talvez seja a melhor opção nesse momento.

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