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Prefeitura de São Paulo quer dobrar velocidade de ônibus

segunda-feira, 4 de março de 2013

O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, afirmou nesta quinta-feira (28) que a Prefeitura de São Paulo desistiu de construir novos corredores de ônibus através de parcerias público-privadas. Os projetos devem ser agora financiados com verba do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).

“Foi abandonado [a proposta de fazer via PPP]. Vamos fazer com dinheiro do governo federal por meio do PAC ”, afirmou Tatto. De acordo com ele, a escolha foi tomada para acelerar os projetos. “Para não perder tempo. Nem sempre é fácil estruturar as PPPs”, afirmou.

Segundo a secretaria, o dinheiro do PAC deve ser utilizado para construção de 80 km a serem licitados até o fim do ano. Segundo Tatto, o custo dos corredores é de R$ 25 a R$ 30 milhões por quilômetro. O início das obras está previsto para 2014 com término até 2016.

O prefeito Fernando Haddad (PT) prometeu durante campanha eleitoral entregar 150 km de corredores até o fim da sua gestão.

A previsão é que os novos corredores tenham faixas exclusivas para ultrapassagem, enterramento de fios, embarque nas paradas e controle de horário de veículos. O sistema  é conhecido como BRT (transporte rápido de ônibus, na sigla em inglês). As Avenidas Aricanduva, Bandeirantes, 23 de Maio, Radial Leste, Celso Garcia, Tancredo Neves e Marechal Tito são algumas com previsão de construção de novos corredores.

70 km licitados
Nesta quinta-feira (28), foi publicado no Diário Oficial da Cidade de São Paulo o nome das empresas selecionadas para participar das obras dos 70 km de corredores de ônibus licitados no ano passado. O valor total é de cerca de R$ 1,4 bilhão.

As obras incluem os 17 km de corredor de ônibus na Radial Leste, 12 km de corredor no sistema Capão Redondo/Campo Limpo/Vila Sônia, a reforma de 14 km de corredor na Avenida Inajar de Souza, a construção do Terminal Jardim Ângela e do complexo viário de acesso ao terminal.

Nova operação
Ainda segundo Tatto, a Prefeitura de São Paulo irá reformular o sistema operacional nos corredores de ônibus para aumentar a velocidade média dos veículos que trafegam pela faixa exclusiva. Atualmente, a velocidade média dos ônibus é de 13 km/h.

Para que os ônibus consigam andar com mais rapidez e alcancem até 25 km/h, a Secretaria Municipal de Transportes irá diminuir o número de linhas sobrepostas e linhas locais. “Nós vamos tirar um monte de linhas dos corredores”, afirmou o secretário Jilmar Tatto.

De acordo com estimativas prefeitura, 30% das 1.350 linhas da cidade registram sobreposição. Do total, 230 linhas utilizam os corredores de ônibus.

Outra medida adotada é a mudança na estrutura das GETs (Gerências Regionais da CET). O gerente responsável por cada GET, são oito no total, vai trabalhar em conjunto com um funcionário que coordena o planejamento da São Paulo Transportes (SPTrans) fiscalizando a velocidade dos ônibus nos corredores por um sistema on-line. Quando os gargalos foram identificados e solucionados, a prefeitura pretende aumentar a velocidade dos veículos nas vias secundárias.

Bicicletas
O secretário de Transportes afirmou ainda que, no pacote de obras em planejamento para o trânsito, pretende incluir a integração do empréstimo de bicicletas ao transporte público. A intenção é ter bicicletários espalhados por vários pontos, desde praças até equipamentos públicos, através de uma concessão. Ainda não há informações sobre os custos das obras.

Segundo o projeto da Secretaria Municipal de Transportes, para a bicicleta ser emprestada não será necessário o uso de cartões de crédito, sistema utilizado atualmente por algumas empresas.

O novo modelo em estudo utilizaria o pagamento através do Bilhete Único. O débito deve ocorrer somente no momento que o passageiro fizer a integração com terminais de ônibus, trens ou metrô.

“A empresa que fornecer as bicicletas ganha com a publicidade nos equipamentos”, afirmou o secretário de Transportes. “Para pegar a bicicleta, o usuário não paga a passagem, apenas quando ele fizer a integração com outro modal”, explicou.

Para agilizar a viagem dos ciclistas, a Prefeitura diz que vai construir ciclovias sobre as calçadas, do lado direito da via, onde existirem corredores de ônibus. Para a implantação das ciclovias será necessário aterrar os fios e reformar as calçadas.

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Cancelada pela segunda vez licitações para a construção de corredores e terminais de ônibus em São Paulo

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A Prefeitura de São Paulo cancelou pela segunda vez licitações para a construção de  corredores e terminais de ônibus na cidade. Agora, foram revogadas licitações para a construção de 63 km de corredores de ônibus, no valor total de R$ 2 bilhões.

A decisão diminui ainda mais o prazo para a entrega de 150 km de corredores até o final de 2016, como prometeu o prefeito Fernando Haddad (PT) durante sua campanha, em 2012. A gestão, no entanto, afirma que o objetivo está mantido.

Até o momento, a Prefeitura entregou 2 km. Outros 94 km de corredores já foram contratados pela SPObras, e parte deles está em construção. As licitações começaram todas na gestão de Gilberto Kassab (PSD) e foram concluídas na gestão Haddad, e algumas delas têm prazos de conclusão longos, de 36 meses. (veja abaixo a lista de todos os corredores).

A suspensão mais recente ocorreu após o Tribunal de Contas do Município (TCM) apontar falhas no processo de contratação, como falta de disponibilidade de recursos orçamentários e ausência de indicação de recursos para o pagamento de desapropriações.

Entre os trechos cancelados estão parte dos corredores que serão construídos na Radial Leste, no eixo Avenida dos Bandeirantes - Avenida Salim Farah Maluf e na perimetral Itaim Paulista - São Mateus.

A Prefeitura diz ainda que tem concluído projetos básicos para implantação de mais cerca de 95 km de novos corredores. A construção, porém, ainda não foi licitada.

Os corredores são estruturas à esquerda, totalmente segregadas do trânsito, como os das avenidas 9 de Julho e Santo Amaro. São diferentes das faixas exclusivas, que ficam à direita e têm presença dos carros para conversões em ruas à direita. As faixas se tornaram uma das principais marcas da gestão Haddad. Em pouco mais de dois anos, a Prefeitura de SP inaugurou 464,6 km.

Questionamentos do TCM
Questionamentos sobre o dinheiro que será usado para bancar os corredores já tinham sido feitas pelo TCM à SPTrans, levando a Prefeitura a cancelar licitações para 128 km de corredores de ônibus no meio de 2014. Segundo a SPTrans, as licitações foram revogadas novamente com o objetivo de adequar as sugestões dos tribunais de contas do Município (TCM) e da União (TCU).

O cancelamento foi oficializado no dia 30 de dezembro no Diário Oficial do município. A Prefeitura agora promete relançar ainda no primeiro semestre as licitações para a construção de 41 km dos 63 km cancelados.

Entre os trechos que foram cancelados e terão novas licitações ainda no primeiro semestre, segundo a SPTrans, está um trecho do corredor da Radial Leste, de 9,4 km e custo estimado de R$ 260 milhões.

Outro trecho que deverá ser relançado em breve fica na Avenida dos Bandeirantes, no trecho entre a Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini e a Avenida 23 de Maio, com 16 km e custo previsto de R$ 487 milhões. Há ainda um trecho entre o Itaim Paulista e São Mateus, na Zona Leste, também de 16 km de extensão e valor estimado de R$ 529 milhões.

Estava prevista também a construção de um trecho do corredor Norte e Sul, da Praça da Bandeira, no Centro, até a região da Avenida Teotônio Vilela, na Zona Sul. Esse projeto, porém, será licitado posteriormente, segundo a Prefeitura de São Paulo.

Também vai ficar para depois a construção dos terminais Jardim Aeroporto, Jardim Baronesa, Jardim Miriam, Jardim Anhanguera e um terminal em São Mateus para o corredor que vai ligar o bairro até o Itaim Paulista.
Boa parte dos corredores da cidade vai receber verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade, do governo federal.

Veja a lista dos corredores já contratados e a situação de cada um deles. O prazo para execução das obras começa a valer a partir da data da ordem de início dada em cada processo de contratação.

Corredor Leste
Trajeto: percorre parte da Radial Leste
Radial (trecho 1) - integração com o Terminal Parque Dom Pedro (Linha 3 do Metrô) e outras estações até a Vila Matilde
Tamanho do percurso: 12 Km
Custo: R$ 455 milhões
Fase: obra iniciada em novembro de 2014
Prazo: 36 meses

Trecho 2 - na região das Estações Guilhermina Esperança, Patriarca e Artur Alvim
Trajeto: percorre parte da Radial Leste
Tamanho do percurso: 5 Km
Custo: R$ 200 milhões
Fase: obra contratada, aguardando licença ambiental
Prazo: 36 meses

Trecho Itaquera - na região de Vila Carrão e Itaquera
Trajeto: percorre parte da Radial Leste
Tamanho do percurso: 14 Km
Custo: R$ 225 milhões
Fase: obra iniciada em janeiro de 2015
Prazo: 36 meses

Corredor Aricanduva
Trajeto: vai percorrer toda a extensão da avenida, desde a região da Radial Leste até a Avenida Ragueb Chohfi
Tamanho do percurso: 14 Km
Custo: R$ 126 milhões
Fase: obra contratada, em revisão do projeto
Prazo: 24 meses

Corredores de Acesso ao Terminal Itaquera
Trajeto: são várias intervenções, incluindo a construção de um corredor na Avenida Líder.
Custo: R$ 293 milhões
Fase: obra contratada, esperando licenças ambientais
Prazo: intervenções variadas, sendo a última delas com prazo de em junho de 2016

Corredor M'boi Mirim (requalificação)
Trajeto: ao longo dos eixos viários da estrada do M’ Boi Mirim e Av. Guarapiranga, desde o terminal Jardim Ângela até a Estação de Transferência Vitor Manzini.
Tamanho do percurso: 8 km
Custo: R$ 99 milhões
Fase: obra iniciada em novembro de 2013
Prazo: maio de 2015

Corredor Berrini
Trajeto: ao longo das avenidas Engenheiro Luiz Carlos Berrini e Chucri Zaidan
Tamanho do percurso: 3,3 Km
Custo: R$ 45 milhões
Status: obra iniciada em novembro de 2013
Prazo: junho de 2015

Corredor Binário Santo Amaro
Trajeto: conexão entre vias que vão unir os corredores da Avenida Santo Amaro e do Vereador José Diniz
Tamanho do percurso: 8,5 km
Custo: R$ 48 milhões
Fase: obra iniciada em outubro de 2013
Prazo: outubro de 2015

Corredor Capão Redondo/Campo Limpo/Vila Sônia
Trajeto: vai passar por vias como a Estrada de Itapecerica.
Tamanho do percurso: 12 km
Custo: R$ 243 milhões
Fase: obra contratada, aguardando licença ambiental
Prazo: 36 meses

Corredor Inajar de Souza / Marquês de São Vicente / Rio Branco
Trajeto: tem a função de estabelecer uma ligação rápida por transporte coletivo entre a região noroeste e o centro da cidade.
Tamanho do percurso: 14,6 Km
Custo: 170 milhões
Fase: obra iniciada em agosto de 2013
Prazo: agosto de 2015

Por Márcio Pinho
Informações: G1 SP

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Construção de 150 km de corredores de ônibus começa no 1º trimestre de 2014, diz Haddad

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou na tarde desta terça-feira (19) que as obras de construção de 150 km de corredores exclusivos para ônibus devem começar no primeiro semestre de 2014. O anúncio foi feito durante o Fórum Sustentabilidade, promovido pela revista “Exame”, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.

De acordo com o prefeito, 99 km de corredores já foram licitados e outros 50 km estão em processo de licitação. “Até fevereiro teremos o licencialmento ambiental dos corredores. [...] No primeiro trimestre [do próximo ano], vamos ter a licença para dar início à construção dos corredores”, disse.
O prefeito destacou que os recursos para as obras vão vir do governo federal “porque São Paulo não tem recursos próprios para isso”.

A construção desses espaços exclusivos para o trânsito de ônibus é promessa de campanha do prefeito. Em seu plano de metas, lançado em março deste ano, Haddad anunciou a construção de 150 km de corredores durante seu mandato.

Segundo a SPTrans –empresa que gerencia o transporte na cidade–, a capital paulista possui atualmente 119 km de corredores de ônibus e 264 km de faixas exclusivas.

Informações: Portal Boa Informação



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Prefeitura de SP abre nova consulta pública para corredores de ônibus

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Após ter a licitação da construção de 126 km de corredores de ônibus barrada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) há 10 meses, a Prefeitura de São Paulo decidiu abrir 4 novas concorrências para agilizar parte do projeto original. A licitação original foi desmembrada e reapresentada após readequações exigidas pelo TCM.

A nova concorrência prevê a construção de corredores para ônibus, chamados BRTs (transporte rápido de ônibus, na sigla em inglês), divididos em quatro lotes. A licitação faz parte do Plano Municipal de Mobilidade Urbana que prevê entregar 150 km de corredores até 2016. Os corredores são estruturas à esquerda, por onde circulam ônibus e táxis com passageiros.

Em janeiro deste ano, O TCM justificou a suspensão da licitação apontando ausência de comprovação de recursos orçamentários suficientes para arcar com os custos das obras, falta de justificativa para a realização de concorrências individualizadas, projeto básico incompleto e falta de especificações técnicas.

O projeto original estava dividido em dez lotes e previa a construção de 17 corredores em avenidas importantes de São Paulo, como a 23 de Maio, que cruza a região Central, e a Celso Garcia, na Zona Leste, além da construção de terminais. Já a nova consulta pública diminuiu de 10 para 4 os lotes disponíveis para obras.

A São Paulo Transportes (SPTrans) diz que as obras estão estimadas em R$ 1,2 bilhão e devem ter início no começo do próximo ano. Os recursos serão destinados com recursos do governo federal através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade.

Os corredores estão localizados na Radial Leste - trecho 3, são 9,4 km de vias exclusivas para ônibus; Perimetral Bandeirantes/Salim Farah Maluf com 16 km; e Perimetral Itaim Paulista/São Mateus com outros 16 km de extensão.

Os demais corredores, que totalizam 85,4 km, tiveram seus projetos básicos apresentados à Caixa Econômica e aguardam liberação de recursos.

A empresa vencedora será aquela que apresentar o menor preço para a execução das obras.
Atualmente, a cidade de São Paulo possui dez corredores à esquerda, que totaliza 120,9 km de extensão.

Informações: G1 São Paulo

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Prefeitura de SP pretende entregar em 60 dias um pacote de 32 quilômetros de corredores de ônibus

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

A gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) pretende entregar em 60 dias um pacote de 32 quilômetros de corredores de ônibus, o primeiro deles na segunda-feira (28), na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, zona sul de São Paulo, com 3,3 km. A ação, em começo de ano eleitoral, vem com números tímidos diante da promessa de campanha de fazer 150 km de vias exclusivas. O prefeito deve concluir só um terço do previsto.

O corredor da Berrini demorou 26 meses para ficar pronto, ou seis a mais do que a previsão original, e custou R$ 45 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Por ali devem passar 100 mil pessoas por dia. Ele deve alterar o percurso de 14 linhas de ônibus.

As que passarão a usar a via expressa fazem a conexão entre o centro e terminais como Capelinha, Santo Amaro, Jardim Ângela e Guarapiranga, na zona sul. Estudos da São Paulo Transporte (SPTrans) estimam ganho de até 20% na velocidade média.

Segundo a prefeitura, a via foi pensada para servir como ponto de articulação entre a avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona sul, e o futuro corredor de ônibus Perimetral Bandeirantes, até São Mateus, na zona leste (em processo de licitação). Ela foi concebida na gestão Gilberto Kassab (PSD), entre 2008 e 2012, que fez a licitação.

Entregue pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras na terça-feira, o corredor foi usado por carros nesta semana, sem fiscalização. Na segunda, os coletivos começam a circular oficialmente, parando nos novos pontos à esquerda. A previsão da gestão Haddad é que haja um período de adaptação, de provavelmente cinco dias, antes de a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) começar a multar os carros que trafeguem por lá. Também não há data definida para que os pontos de ônibus da direita sejam desativados.

"Não vi nenhum aviso ainda orientando a mudança. Acho que estou do lado certo. Tem gente dizendo que o ponto da Marginal do Pinheiros vai ser transferido para o corredor, mas não sei", disse o comerciante Alessandro Soares Filho, de 56 anos, que esperava por um coletivo à direita anteontem.

O secretário municipal de Obras, Roberto Garibe, diz que outros dois corredores serão entregues em janeiro. "O corredor Inajar [de Souza, na zona norte] e o M'Boi [Mirim, na zona sul]. Em fevereiro, é a vez do Binário Santo Amaro [também na zona sul]." Contando com esses corredores, a capital paulista terá 66,3 quilômetros de obras, abrangendo nove avenidas - foram prometidos 173,4 quilômetros.

O secretário conta ainda com 35,5 quilômetros de corredores, em cinco vias, cujo processo de licitação terminou e as obras devem começar nesta gestão. Nas pranchetas da prefeitura, há três corredores que obtiveram todo o licenciamento ambiental e estão com os editais de licitação publicados e outros quatro com os projetos prontos, esperando a publicação dos editais de licitação. Os últimos são todos na zona sul.

Em apresentação feita ao Conselho da Cidade no começo do mês, foram detalhadas ações para a construção de 165,5 quilômetros de corredores exclusivos - isso considerando tanto as obras que já estão em execução quanto os trabalhos que já foram contratados e ainda não começaram e aqueles cuja licitação está acontecendo ou deve ocorrer ainda na gestão petista.

Nem com essa margem, incluindo projetos só no papel, a gestão chega perto da meta anunciada no primeiro trimestre de mandato de Haddad, que era "projetar, licitar, licenciar, garantir a fonte de financiamento e construir" 23 corredores de ônibus - cuja extensão total era de 173,4 km, além até da promessa de campanha de 150 km.

O ritmo fraco se deve, em parte, à demora na liberação de recursos do governo federal, que secaram diante do ajuste fiscal e da queda de arrecadação da União. Mas parte do atraso também resulta de bloqueio de licitações feito pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). Três tentativas de licitações dessas obras foram suspensas pelo tribunal, que apontou irregularidades burocráticas.

Ao longo dos três anos de governo, a Prefeitura viu todos os bloqueios impostos pelo TCM como ações pontuais e foi respondendo aos questionamentos. A gestão chegou a manobrar, transferindo a responsabilidade de licitações da SPTrans para a Secretaria de Obras, de forma a mudar o conselheiro responsável pela análise. 

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Cidade de São Paulo está cada vez mais lenta, revela estudo da CET

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Não é impressão, e sim fato: o trânsito está cada dia pior. A velocidade média verificada nas principais vias da capital caiu ainda mais no ano passado, revelam dados inéditos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) obtidos pela são Paulo. 

A queda ocorreu de forma geral, tanto no início como no fim do dia. Das 7h às 10h, considerado o horário de pico da manhã, a velocidade média no sentido bairro-centro foi de 18,1 km/h, o número mais baixo verificado desde o início das medições pela companhia, em 2005, quando era de 22,9 km/h.

No fim da tarde, na volta para casa, a viagem também ficou mais lenta: os veículos circulam em média a 16,8 km/h entre as 17h e as 20h. Trata-se do segundo menor índice histórico, superado só pelo de 2009, com 16,1 km/h. 

O ranking de velocidade em cada uma das vias analisadas pela CET revela quadros ainda piores. 

Na parte da manhã, os veículos se mantêm, em média, a 9,2 km/h no corredor formado pelas avenidas Zaki Narchi, Santos Dumont, Tiradentes e Prestes Maia (veja no mapa ao lado). Campeã de lentidão no período, essa rota liga a zona norte à região central. 



Antes, em 2010, ela aparecia em décimo lugar e a liderança de trânsito lento pertencia à rota formada pela estrada de Itapecerica e a avenida João Dias, na zona sul -esta caiu para quarto lugar, com 13,1 km/h. 

No fim do dia
Entre o fim da tarde e o início da noite, o trajeto das ruas Teodoro Sampaio e Cardeal Arcoverde, em Pinheiros, zona oeste, foi eleito, novamente, o pior. Ali, os veículos alcançam 7,4 km/h. Em 2010, eram 8,3 km/h. 

Essas rotas estão saturadas, e outras avançam para o mesmo caminho. A avenida 23 de Maio recebe, pela manhã, no sentido bairro-centro, até 9.400 veículos por hora, mais de 50% acima do volume ideal para permitir a fluidez da via. Completam a relação de rotas mais carregadas da cidade a Radial Leste e a avenida Rubem Berta. 

O diagnóstico do trânsito foi feito pela CET ao longo de 2011, quando pesquisadores percorreram em carros as 32 rotas mais importantes da malha viária, que juntas somam 255 km. 

As explicações para os resultados se repetem há anos, assim como o que é necessário fazer para desatar esse nó. A CET atribui o esgotamento das vias principalmente ao crescimento contínuo da frota de veículos. Segundo a companhia, em 2011 a cidade chegou à taxa de 63,4 veículos para cada 100 habitantes, mais que o dobro do índice verificado em 2005.

Outra causa apontada pela companhia é a concentração de viagens de áreas distantes da cidade para regiões com alta concentração de atividades, como a Vila Olímpia, na região sul.

Especialistas em engenharia de tráfego incluem na lista de culpados a limitação do espaço viário, a expansão da economia -que faz as pessoas circularem mais pela cidade- e a falta de investimento em transporte público. 

"A velocidade média só diminui porque a cada dia entra um novo contingente de carros em circulação e isso não é acompanhado pela expansão do sistema viário", diz Percival Bisca, professor do Departamento de Engenharia de Transporte da Unicamp.

"Não tem milagre, a solução é o pedágio urbano", afirma ele. A cobrança, a seu ver, aliviaria as ruas e arrecadaria recursos para a construção de novos corredores de ônibus. 

De acordo com Humberto Pullin, engenheiro de tráfego e consultor, o novo prefeito terá de investir "pesadamente" em transporte público. "O sistema viário de São Paulo está esgotado e não adianta fazer mais vias." 

Próxima gestão
Em seu programa de governo, o prefeito eleito, Fernando Haddad (PT), incluiu um conjunto de medidas para a mobilidade urbana. Entre elas, está a criação de 150 km de corredores de ônibus, em vias como a Radial Leste e a avenida Celso Garcia, na zona leste, e outros 150 km de faixas exclusivas. 

Nos últimos quatro anos de gestão, a promessa de Gilberto Kassab (PSD) era fazer 66 km de corredores de ônibus, para aumentar a velocidade nas vias e diminuir o tempo de viagem dos passageiros. Nenhum quilômetro, porém, foi entregue até hoje.

Para os próximos quatro anos, o petista prometeu ainda dez obras viárias, como a construção de vias paralelas à marginal Tietê, o prolongamento da avenida Doutor Chucri Zaidan, na zona oeste, e o alargamento da estrada do M'Boi Mirim, na zona sul. 

Outras prioridades de Haddad, segundo seu programa, serão a instalação de mais ciclovias e a destinação de verba para a expansão do metrô. Caberá ao paulistano, a partir do ano que vem, acompanhar o cumprimento de cada uma das promessas. 

Por Elvis Pereira / Folha de SP

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Frota de São Paulo ganha 509 carros por dia

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Apesar das recentes medidas adotadas para incentivar o uso do transporte coletivo, como as faixas exclusivas, o número de carros e motos emplacados na capital paulista não para de aumentar - e em um ritmo maior do que nos últimos anos.

Segundo estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo, a quantidade de automóveis que começaram a circular nas vias paulistanas no ano passado cresceu 3,4% em relação a 2013. No mesmo período, 4,5% mais motocicletas foram para as ruas.

Em 2014, 186 mil carros (509 por dia) e 45 mil motos (123 por dia) foram acrescentados à frota da cidade, ante 130 mil e 32 mil dois anos atrás. O número de carros chegou a 5,63 milhões e o de motos, 1,04 milhão.

Na avaliação de especialistas, a situação só deve mudar com a melhora da qualidade do serviço de ônibus. Como revelou o Estado na semana passada, em 2014 o número de usuários nos coletivos administrados pela São Paulo Transporte (SPTrans) caiu 0,3%.

E, embora a cidade já tenha 465 km de faixas exclusivas, esse mecanismo não é suficiente.

Para Sergio Ejzenberg, engenheiro e mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), a população opta pelos meios de deslocamento "menos ruins".

"O tempo é o bem mais precioso e as pessoas têm levado até 5 horas para ir e voltar do trabalho de ônibus. Com uma moto paga à prestação, por exemplo, essa pessoa poderia voltar mais cedo para casa", afirma Ejzenberg.

Foi o que fez o universitário Thiago Anastacio, de 30 anos. Usuário contumaz de trens e ônibus, ele, que mora em Carapicuíba, na Grande São Paulo, comprou uma moto alguns meses após começar a estudar em uma faculdade na Barra Funda, na zona oeste. "Eu pagava R$ 12 por dia para ir voltar de trem e ônibus.

Agora, com a moto, gasto R$ 7. Deixaria a moto de lado se o sistema de transporte público fosse mais barato e rápido."

Já o consultor de Tecnologia da Informação David Ribeiro, de 32 anos, decidiu comprar uma moto há quatro meses, depois que mudou de emprego.

Ele vive na região de Interlagos, na zona sul, e sempre andou de transporte público. Antes, trabalhava no centro. "Mas agora, meu trabalho é em Moema e lá não tem metrô nenhum perto. Não quero depender de ônibus. Por isso, comprei a moto. Com ela, faço o percurso em 25 minutos. De ônibus, em no mínimo uma hora e meia."

Bicicleta

Alexandre zum Winkel, que é consultor em Trânsito, afirma que apenas a abertura de novos eixos de transporte de alta capacidade, como linhas de metrô e corredores de ônibus, resolverá o impasse da mobilidade em São Paulo, atraindo pessoas dos transportes individuais para os coletivos.

"Fala-se muito que está fazendo (metrô e corredores), mas isso não está sendo efetivamente sentido pela população. A Prefeitura passou a incentivar mais a bicicleta em vez do transporte público e a maioria dos grandes corredores de ônibus previstos estão parados."

Melhorias

A Secretaria Municipal dos Transportes informou, em nota, que estimula o uso do transporte coletivo, tendo obtido "resultados positivos" nesse sentido. A pasta ressalta as melhorias, como as faixas de ônibus, as ciclovias (que já somam 214 km) e a construção de 150 km de corredores de ônibus, previstos para serem entregues até o fim de 2016.

Para a Prefeitura, "não se pode relacionar o aumento de poder aquisitivo da população - refletido pela elevação de vendas de veículos - com a maior ou menor utilização do transporte público".

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Ônibus em SP é mais rápido em faixa do que em corredor exclusivo

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Enquanto a cidade de São Paulo ganhou 270 km de faixas exclusivas que aceleraram os ônibus que passam por elas, nos antigos corredores a velocidade dos coletivos continua mais baixa que a de um corredor da São Silvestre.

Vistas como paliativo para melhorar a fluidez dos ônibus, as faixas à direita tiveram sua implantação acelerada por Fernando Haddad (PT) após os protestos de junho.

Pelo último balanço divulgado, a velocidade média dos ônibus nessas vias subiu de 13,8 km/h para 20,4 km/h --um ganho de quase 50%.

Já os corredores ficam à esquerda justamente para terem melhor desempenho e menos interferências, evitando as conversões dos carros. Não é à toa também que são mais caros de construir e que são posicionados nos principais eixos viários --como Rebouças e Nove de Julho.

Mas a velocidade dos ônibus nos noves corredores existentes, que totalizam 130 km, se limitou a 13,5 km/h no primeiro semestre --contra 14,5 km/h no mesmo período do ano passado, sob a gestão Gilberto Kassab (PSD).

No últimos meses, a prefeitura adotou nova metodologia de medição, que diz ser mais precisa. Mesmo assim, a velocidade se limitou a 16,6 km/h em agosto e setembro --últimos dados disponibilizados.

Ou seja, em qualquer dos casos, muito aquém da velocidade adequada de 25 km/h.

A prefeitura reconhece as distorções e promete uma reestruturação a partir de 2014.

A baixa velocidade nos corredores reforça a preocupação de técnicos devido à degradação de pistas que deveriam ser a solução mais eficiente.

Implantados entre 1980 e 2004, os corredores da cidade foram acumulando gargalos nos últimos anos que derrubaram seu potencial.

"Estão saturados. Chegam a ter 300 ônibus por hora. Já as faixas estão vazias. Na da av. Sumaré, por exemplo, são cerca de 30. É por isso que os ônibus estão mais rápidos nelas", diz Sergio Ejzenberg, mestre em transportes pela USP.

"Na av. Ibirapuera as filas formam um paredão de ônibus nos [horários de] picos. Outro problema são as paradas, mais lotadas nos corredores. Quanto mais gente, mais demora para embarcar. A solução seria cobrar a tarifa antes [do embarque]", afirma Luiz Carlos Mantovani Néspoli, da Associação Nacional de Transportes Públicos.

Os especialistas citam outros fatores que interferem na velocidade dos corredores, como a presença de outros veículos (como táxis com passageiros, vetados nas novas faixas à direita) e semáforos.

Situação dos corredores é 'absurda', mas só muda em 2014, diz secretário

O secretário de Transportes, Jilmar Tatto, diz que a prefeitura faz estudos sobre o desempenho dos corredores de ônibus para que os ganhos de velocidade não fiquem restritos às faixas exclusivas.

"Temos preocupação de aumentar a velocidade também nos corredores, porque é um absurdo o corredor andar menos que a faixa exclusiva."

O discurso é o mesmo adotado desde o início da gestão. Tatto diz que as mudanças ainda não ocorreram porque dependem de estudos. Ficarão para o ano que vem.

O plano é reduzir o número de linhas --e, assim, diminuir a quantidade de ônibus nos corredores--, alterar itinerários e promover reformas no piso e nas paradas.

O primeiro corredor a sofrer intervenção será o Pirituba-Lapa, que passa por avenidas como Edgar Facó e Francisco Matarazzo e é um dos mais lentos e superlotados.

Deve perder 70% das linhas. Segundo a prefeitura, as ações nesse corredor servirão como modelo para os demais.

A redução de linhas implica em mais baldeações, o que pode trazer complicações. Foi o que ocorreu na zona leste, no mês passado, quando a prefeitura alterou 43 linhas.

Apesar da promessa de ganho de tempo, muitos passageiros reclamaram.

Outra situação estudada é a restrição ou até a proibição dos táxis nos corredores. Após pedido da Promotoria, técnicos municipais passaram a apurar o grau de interferência causada pelos táxis.

Também estão sendo testadas formas de pagamento antecipado, para reduzir o tempo de embarque.

Além da reforma dos existentes, a gestão Fernando Haddad (PT) promete iniciar em 2014 a construção de 150 km de novos corredores. Parte deles em vias que já receberam faixas, como na avenida 23 de Maio.

Neste ano, apesar do anúncio da liberação de R$ 3,1 bilhões para mobilidade, foram iniciadas só duas obras --cujas licitações são da gestão passada. "[As obras] vão começar em breve", disse Tatto, sem citar um prazo específico.

Informações: Folha SP
READ MORE - Ônibus em SP é mais rápido em faixa do que em corredor exclusivo

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