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Sem controle, custo de obras da copa já subiu R$ 2 bilhões

terça-feira, 29 de novembro de 2011

BRASÍLIA - A fraude no Ministério das Cidades que abriu caminho para a aprovação do projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, R$ 700 milhões mais caro que o original, é apenas um dos exemplos de como o custo das obras da Copa do Mundo escapou do controle público. No que diz respeito à mobilidade urbana, os gastos totais aumentaram R$ 760 milhões, quando comparada a atual estimativa à previsão inicial de janeiro de 2010. O caso de Cuiabá foi revelado pelo Estado na última quinta-feira.

Levando-se em conta a alteração orçamentária dos estádios, o aumento total das obras da Copa supera R$ 2 bilhões.
Projeto do VLT de Cuiabá é um dos mais polêmicos

A mudança de planos em Cuiabá atendeu aos apelos do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB). Além de Cuiabá, houve aumento de preço nas obras de mobilidade urbana em outras cinco cidades: Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Em Belo Horizonte, o BRT da avenida Cristiano Machado saltou de R$ 51,2 milhões para R$ 135,3 milhões, acréscimo de 164,3%. Em Manaus, o valor global das duas obras previstas - um monotrilho, já criticado pela Controladoria-Geral da União (CGU), e uma linha rápida de ônibus - aumentou 20%.

O prolongamento da Avenida Severo Dullius, em Porto Alegre, ficou 70% mais caro.
Exceção. Em São Paulo, por outro lado, a obra do monotrilho despencou de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,8 bilhão, o que, no conjunto, reduziu o impacto do aumento de preço em outros Estados. Já em Fortaleza não houve mudança nos investimentos. Em Brasília, a variação foi mínima: 4,48%.

Levando-se em conta a alteração orçamentária dos estádios, o aumento total das obras da Copa supera R$ 2 bilhões.

A mudança de planos em Cuiabá atendeu aos apelos do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB). Além de Cuiabá, houve aumento de preço nas obras de mobilidade urbana em outras cinco cidades: Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Em Belo Horizonte, o BRT da avenida Cristiano Machado saltou de R$ 51,2 milhões para R$ 135,3 milhões, acréscimo de 164,3%. Em Manaus, o valor global das duas obras previstas - um monotrilho, já criticado pela Controladoria-Geral da União (CGU), e uma linha rápida de ônibus - aumentou 20%.

O prolongamento da Avenida Severo Dullius, em Porto Alegre, ficou 70% mais caro. Todas as cinco obras de mobilidade urbana programadas para Recife encareceram - entre elas, o BRT Leste/Oeste - Ramal Cidade da Copa, que aumentou de R$ 99 milhões para R$ 182,6 milhões (84,40% de diferença). O Corredor Caxangá (Leste/Oeste), por sua vez, agora custa R$ 133,6 milhões, ou 80,54% a mais.

Exceção. Em São Paulo, por outro lado, a obra do monotrilho despencou de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,8 bilhão, o que, no conjunto, reduziu o impacto do aumento de preço em outros Estados. Já em Fortaleza não houve mudança nos investimentos. Em Brasília, a variação foi mínima: 4,48%.

O BRT Cristiano Machado, em Belo Horizonte, por exemplo, ganhou recursos remanejados de outro projeto, "em função de estudos mais aprofundados, que mostraram a necessidade de mudanças na pavimentação e inclusão de estações de integração", informou a pasta. (Autor: Rafael Moraes Moura)

Informações: O Estado de S. Paulo

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Minas Gerais realiza seminário sobre mobilidade urbana

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A mobilidade urbana na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) começou a ser discutida, na terça-feira (8), em Seminário Internacional promovido pelo Governo de Minas, com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O objetivo do evento, que termina na quarta-feira (9), é promover um espaço de discussão sobre soluções de mobilidade urbana visando ao desenvolvimento socioeconômico da região, por meio da troca de experiências de gestores públicos e especialistas nacionais e internacionais.
No encontro, que será dividido em seis painéis de discussões, serão apresentadas experiências e boas práticas brasileiras e estrangeiras de mobilidade, focando em três eixos de articulação, essenciais para a melhoria da mobilidade urbana das metrópoles: arranjo institucional e financiamento; circulação e planejamento urbano e soluções em transporte de massa.
O público alvo do seminário são os técnicos da área de mobilidade, pesquisadores, acadêmicos, gestores públicos, empreendedores e executivos da área e representantes da sociedade civil ligados ao assunto. “Promovendo um seminário desta importância, fica clara a preocupação do Governo de Minas com os usuários do transporte urbano, que é um gargalo que aflige não só o Brasil, mas todo o mundo. No caso específico da RMBH, ela exige a mais alta dedicação de inteligências, em função da complexidade e das características do transporte de massa local que precisa, portanto, de soluções inovadoras e viáveis”, avaliou o secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles.
O secretário de Estado Extraordinário de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira, informou que o seminário é a concretização da intenção do Governo de Minas Gerais para o avanço da mobilidade urbana da Região Metropolitana de Belo Horizonte, da trafegabilidade com sustentabilidade e da preocupação com o cidadão.

Transporte na RMBH
Atualmente o transporte na RMBH, composta por 34 municípios, é gerido por 13 agências municipais, duas estaduais e uma da esfera federal. O transporte intermunicipal é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), que faz o planejamento operacional da rede de ônibus, e do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG), responsável pela fiscalização. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), através de uma superintendência regional gere o trem metropolitano de Belo Horizonte. O transporte municipal em 13 cidades é gerido pelos próprios municípios, e nos demais o DER/MG também opera o sistema municipal.
O Governo de Minas e a Prefeitura de Belo Horizonte vêm fazendo gestões junto ao governo federal para que algumas necessidades da capital, relacionadas ao transporte de massa e à circulação, entrem na pauta de importantes discussões.

Investimentos
Desde 2003, o Governo de Minas investiu cerca de R$ 3,8 bilhões em transportes e obras públicas, nos 34 municípios da RMBH. Foram realizadas, além das obras de duplicação de vias, construção de viadutos e passarelas, também a construção de escolas, creches, hospitais e outros.

Linha Verde
Foram investidos, por meio do Governo de Minas, cerca de R$ 483 milhões nas obras da Linha Verde, que incluiu a implantação do Boulevard Arrudas, na área central de Belo Horizonte, intervenções ao longo da avenida Cristiano Machado e duplicação do trecho da MG-010, entre a avenida Pedro I e o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Foram construídos 20 viadutos, 22 passarelas e duas trincheiras e travessias para pedestres. Foi realizada pintura anti-pichação e recuperação funcional da pista. Outras quatro passarelas serão construídas na Cristiano Machado.
Para a prolongação do Boulevard Arrudas, o Governo de Minas fez a recuperação do fundo do canal do ribeirão Arrudas, no trecho da avenida dos Andradas entre a alameda Ezequiel Dias e a rua Levi Coelho, próximo ao Centro de Especialidades Médicas. Essa intervenção antecede o prolongamento do Boulevard Arrudas, que já tem projeto realizado (estimativa de investimentos de R$ 50 milhões). O projeto prevê a cobertura do ribeirão Arrudas, num trajeto de aproximadamente um quilômetro, entre a alameda Ezequiel Dias e a rua Levi Coelho e no sentido contrário, entre a rua Rio de Janeiro e a Carijós, cujo trajeto tem 1,2 quilômetro.

Antônio Carlos
O Governo de Minas realizou investimentos de cerca de R$ 190 milhões na obra de duplicação da avenida Antônio Carlos, realizada em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte que investiu cerca de R$ 62 milhões. A intervenção fez com que a via tivesse sua capacidade de tráfego dobrada, incluindo pistas exclusivas para ônibus e a construção de sete viadutos e seis passarelas acopladas. Foram implantadas duas pistas com quatro faixas de tráfego e duas pistas exclusivas para ônibus. No momento está em obras o viaduto que fará a ligação da avenida com o hipercentro da cidade, que integrou posteriormente o escopo do projeto.

ProMG
Com relação à melhoria das rodovias estaduais na RMBH, o Governo de Minas, por meio do Programa de Recuperação e Manutenção Rodoviária do Estado de Minas Gerais (ProMG), destinou R$ 51,5 milhões para recuperação, manutenção e conservação, por um período de quatro anos, de 347,1 km de vias da Coordenadoria Regional de Belo Horizonte, que contempla os municípios da RMBH, por meio de contrato entre o DER/MG e empreiteira vencedora da licitação.

PAC Arrudas
Em parceria com o governo federal e as prefeituras de Belo Horizonte e Contagem, o Governo de Minas está investindo cerca de R$ 32,2 milhões na requalificação urbana e ambiental do ribeirão Arrudas. Atualmente o investimento total soma R$ 208 milhões, sendo 75% de repasse da União, 12,5% do Governo do Estado, 6,25% da Prefeitura de Contagem e 6,25% Prefeitura de Belo Horizonte.
Entre as intervenções estão a construção de 672 apartamentos de dois e três quartos para reassentamento de famílias que ocupam área de risco; remoção de outras 124 famílias para habitações já existentes, dentro dos critérios do Programa Reassentamento Monitorado (Remo) da Prefeitura de Contagem; canalização de dois trechos do ribeirão Arrudas, bem como a extensão da avenida Tereza Cristina em 2,7 quilômetros, com impacto positivo no trânsito e no transporte na região; melhoria nas condições de saneamento e para a saúde da população. Serão beneficiadas diretamente cerca de 300 mil pessoas e outras 600 mil que moram no Vetor Oeste da RMBH serão beneficiadas indiretamente.

Proacesso
Taquaraçu de Minas era o único dos 34 municípios da RMBH que, em 2003, não contava com rodovia asfaltada até o seu perímetro urbano. Com investimentos de cerca de R$ 3,21 milhões, foram asfaltados os 9,3 quilômetros da rodovia que ligava a sede do município à BR-381, de um total de 13,1 km.

MG-020
As obras de duplicação na MG-020, entre Belo Horizonte e Santa Luzia, com 6 km de extensão, tiveram investimento de cerca de R$ 34 milhões. Também foi realizada a desapropriação necessária, ponte sobre o córrego Isidoro, obras de contenção e construção de passarela.
Reestruturação do Sistema de Transporte Metropolitano
Um novo modelo do Sistema de Transporte Metropolitano entrou em operação em 2008, quando a Setop transformou o atendimento das linhas da RMBH em sete redes integradas de transportes, RITs. A frota foi numerada com quatro algarismos, não existindo mais as letras anteriormente utilizadas no final de cada série. O critério utilizado, para definir a sequencia numérica, foi criado de acordo com o número do consórcio vencedor da licitação em que a linha irá atender. Dentre os diversos benefícios para os usuários destaca-se a renovação da frota, nova pintura externa que facilita a identificação, bilhetagem eletrônica (Cartão ÒTIMO), integração ônibus-ônibus e ônibus-metrô e o próximo passo será a construção de terminais metropolitanos que farão a integração dos ônibus.


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Projetos de mobilidade urbana nas capitais estão atrasados

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A demora nas obras de mobilidade urbana é um dos principais pontos em debate amanhã, em São Paulo, no 12º Fórum Legislativo das Cidades Sedes da Copa de 2014. A Assembleia Legislativa paulistana será a última a realizar o encontro e, por uma coincidência de agendas, contará com a presença do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que estará no Brasil até terça-feira. E o governo terá contra si uma dura constatação: o Brasil enfrenta dificuldades para entregar as obras de mobilidade a tempo da realização da Copa das Confederações, marcada para 15 a 30 de junho de 2013.

Das 12 cidades que abrigarão os jogos do Mundial de 2014, apenas cinco iniciaram algum tipo de obra para garantir o deslocamento de turistas e torcedores ao longo dos 30 dias do torneio. Das quatro capitais confirmadas para sediar a Copa das Confederações, duas começaram a tocar as empreitadas.
O valor total que será investido em obras de mobilidade em Belo Horizonte ultrapassa os R$ 2 bilhões
A Copa das Confederações funciona como preparação para o Mundial de 2014 e servirá para a Fifa e a CBF testarem o poder de organização do país na hora de realizar grandes eventos. Foi anunciada na última quinta-feira uma nova matriz de responsabilidade, com o cronograma e o estágio das obras de infraestrutura que serão feitas para as duas atividades esportivas. As únicas cidades que mantiveram os mesmos prazos divulgados em 14 de setembro são Salvador, Natal e Curitiba. Em todas as demais, ocorreram alterações.

Como um minilaboratório para o Mundial do ano seguinte, a Copa das Confederações é uma disputa mais curta — metade do tempo — e com apenas oito seleções. Mesmo assim, a Fifa já avisou que será o momento para testar várias situações dos jogos, como agilidade nos deslocamentos do aeroporto até os hotéis, e dali para os estádios.

Além disso, mesmo a Copa das Confederações sendo disputada apenas em Brasília, em Fortaleza, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, o palco da decisão, não seria exagero pensar que os turistas que vierem prestigiar os jogos irão querer conhecer outras cidades e poderão ter uma surpresa negativa com as dificuldades de mobilidade nessas regiões.
Das 12 cidades sedes da copa, apenas 05 estão com obras em andamento
As únicas que já iniciaram algum tipo de obra de mobilidade urbana são Belo Horizonte, Cuiabá, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro. Dessas, apenas mineiros e cariocas sediarão jogos da Copa das Confederações. No caso da capital mineira, a Via 710, uma transversal que ligará diversos bairros de diferentes regiões sem passar pelo centro de Belo Horizonte, ficará pronta em novembro. O corredor exclusivo para ônibus na Avenida Pedro II, que desemboca no Mineirão, previsto inicialmente para terminar em novembro, teve o cronograma antecipado para março de 2013, a tempo de ser entregue para a Copa das Confederações.

O Rio de Janeiro, que abrigará tanto a partida final da Copa das Confederações quanto a decisão do Mundial de 2014, tem apenas um projeto de mobilidade urbana, o BRT Corredor Transcarioca. Com um orçamento total de R$ 1,582 bilhão, a obra — uma avenida exclusiva para ônibus que ligará a Barra, na Zona Oeste, à Penha, na Zona Norte — tem conclusão prevista para novembro de 2013.

VLT
Brasília comemorou intensamente o direito de sediar a abertura da Copa das Confederações e assistir ao jogo da Seleção Brasileira. A capital federal receberá também sete jogos do Mundial de 2014, sendo um garantido do Brasil na primeira fase a e a decisão de terceiro lugar. Mas os dois únicos projetos de mobilidade urbana da cidade só estarão prontos, de acordo com o cronograma divulgado no mês passado, em dezembro de 2013. Apesar de a licitação não ter sido lançada, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ligando o aeroporto até a Asa Sul, continua com o início das obras previsto para dezembro e conclusão agendada para dezembro de 2013. Já a ampliação da DF-047, que liga o Aeroporto ao Plano Piloto, está prevista para ficar pronta em plena Copa das Confederações, em junho de 2013.
O monotrilho, principal obra de mobilidade em Fortaleza, deve ter licitação até o fim do ano
(foto: Fábio Lima)

Em Fortaleza, a expectativa até o momento é de que todas as obras sejam iniciadas ainda esse ano, mas nenhuma estará pronta antes da Copa das Confederações. Três delas estão previstas para terminar em junho — mês em que o torneio será iniciado — e as outras três em agosto, quando boa parte dos turistas e todas as seleções estrangeiras já terão deixado o país.

Dez dias atrás, a presidente Dilma Rousseff ficou irritada com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que anunciou a possibilidade de Salvador e Recife também entrarem como sedes da Copa das Confederações. Mas impôs uma ressalva em rede de tevê mundial: “Se elas concluírem a tempo a construção dos estádios”. Dilma interpretou essa mensagem como mais uma estocada pública da entidade, expondo a possibilidade de o governo não conseguir cumprir a sua parte no cronograma das obras.

Os estádios deverão estar prontos, já que, pelo cronograma previsto, eles serão concluídos em dezembro de 2012. O mesmo não pode ser dito das obras de mobilidade. Na capital pernambucana, o Terminal Cosme e Damião, do Metrô, tem previsão para entrar em funcionamento em novembro de 2012. Mas todas as outras intervenções de infraestrutura ficarão prontas em 2013. A única já iniciada, a Corredor Via Mangue — uma via expressa com aproximadamente 4,5 km — só fica pronta em setembro de 2013.

Em Salvador, existe apenas um projeto dentro do PAC Mobilidade Urbana: o BRT do Corredor Estruturante, exclusivo para ônibus ligando o aeroporto à zona norte da cidade. Com investimento de R$ 570,3 milhões, estará liberado para uso pela população em fevereiro de 2014.


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Em BH, Seminário de Mobilidade Urbana busca soluções para melhoria da qualidade de vida da capital

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Discutir as ideias de mobilidade urbana sustentável, que se apresenta como um dos principais desafios das grandes metrópoles no Brasil e no mundo, é o objetivo do seminário do Plano de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte (Planmob BH), realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte e a BHTRANS. O encontro, no dia 6 de julho, foi no auditório da Prefeitura e reuniu técnicos, gerentes analistas, consultores de trânsito, acadêmicos, operadores e usuários do transporte coletivo de Belo Horizonte, associações de classe, entidades sindicais, etc. Entre os temas em debate ressalta-se como tornar o transporte coletivo mais atrativo frente ao transprte individual, bem como o estímulo a utilização dos modos de transporte não motorizados.

Na abertura, o prefeito Marcio Lacerda destacou que Belo Horizonte tem uma boa qualidade de vida e a Prefeitura tem nas mãos os instrumentos técnicos e políticos para que possa preservar melhor essa qualidade. Segundo o prefeito, numa previsão de futuro, Belo Horizonte passará dos atuais 2,4 milhões de habitantes, para 3 milhões até 2030. Mesmo a cidade não tendo um taxa de crescimento acelerada, a Região Metropolitana vai crescer muito nos últimos anos e vai exigir mais serviços de qualidade, com produção intelectual de alto valor agregado. Para superar os desafios do transporte público e do trânsito, a cidade vai ter que contar com investimentos, planejamento intregrado com visão metropolitana e o  plano de mobilidade de médio e longo prazos para resolver as questões urbanas. O prefeito afirmou que, para isso, a BHTRANS conta com profissionais com capacidade técnica e gerencial que já coloca em prática um planejamento estratégico de atuação para a melhoria da mobilidade urbana na capital nos próximos anos.

O diretor presidente da BHTRANS, Ramon Victor Cesar, destacou que a estratégia de atuação da BHTRANS na melhoria da mobilidade urbana da capital está plenamente alinhada com o Plano Estratégico de Belo Horizonte para 2030, traçado pela Prefeitura, na qual a mobilidade urbana foi destacada como um dos principais desafios a serem superados. Para isso, a BHTRANS conta com um Plano Estratégico alinhado com o novo ordenamento estratégico da Prefeitura.

No Plano Estratégico 2030 de Belo Horizonte, qualquer que seja o caminho a seguir, a mobilidade terá um papel decisivo, pois influenciará os padrões de desenvolvimento tanto no campo social como no econômico. Ramon esclarece que, para isso, a BHTRANS estabelece seis grandes objetivos finalísticos e, através do Observatório da Mobilidade pretende verificar a evolução dos problemas e o alcance dos resultados em virtude da implantação de projetos. Para o Coordenador do Planmob BH, Marcelo Cintra, o seminário marca o início de uma nova e importante etapa, que é acompanhar e garantir que o planejamento alcance, de fato, os resultados propostos.


Fonte: BHTrans

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Governo de Minas lança Plano de Mobilidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) e da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) lançou, nessa quarta-feira (13/12), o Plano de Mobilidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte (PlanMob – RMBH).

Durante o lançamento, o secretário adjunto da Seinfra, Pedro Calixto, reforçou a necessidade da participação dos municípios para que o planejamento seja efetivamente colocado em prática.

“A Região Metropolitana de Belo Horizonte transcende os limites de cada município e para termos uma solução de mobilidade é impossível que cada município pense de forma isolada. Por isso, a gente trabalhou arduamente neste planejamento. Agora, precisamos avançar para além do plano, em ações concretas que vão mudar e melhorar a vida do cidadão metropolitano”, reforçou.

O plano tem como objetivo contribuir com o desenvolvimento urbano sustentável da RMBH, visando a melhoria da acessibilidade e da mobilidade das pessoas e cargas na região.

“Um dos principais problemas que as regiões metropolitanas enfrentam é a questão da mobilidade. O plano vem como uma tentativa de resposta a esses diversos desafios”, enfatizou o diretor-geral da ARMBH, Marcus Vinícius Lopes.

As discussões sobre o PlanMob foram iniciadas em 2017 e contaram com ampla participação dos municípios, entidades, sociedade civil, instituições e demais atores que fazem a gestão da mobilidade urbana na RMBH.

Ele se desdobra em planos de caráter multimodal para a Mobilidade Ativa, o Transporte Coletivo, a Logística Urbana, e o Transporte Individual Motorizado e Sistema Viário de Interesse Metropolitano. Cada um desses planos é composto por programas e ações, e projetos de infraestrutura que assegurem a melhoria da mobilidade urbana.

Além dos planos multimodais, os municípios e a sociedade em geral terão acesso a todos os insumos (estudos, projetos, pesquisas, matrizes, dentre outros) usados para construção deste planejamento, permitindo o desenvolvimento de ações na área da mobilidade urbana, por meio do site da Seinfra.

“O plano tem um viés para que cada município consiga pensar sobre o fenômeno da mobilidade com uma visão um pouco mais ampla”, concluiu o subsecretário de Transporte e Mobilidade da Seinfra, Aaron Dalla.

Detalhamento

O Plano de Mobilidade conta com 13 programas, que se desdobram em aproximadamente 150 ações, além de propostas de melhoria da infraestrutura para ampliar a mobilidade na RMBH.

Como principais projetos, o eixo transporte coletivo prevê a implementação de uma Nova Rede Estruturante de Transporte Coletivo, a integração entre os sistemas e a modernização do marco regulatório do transporte metropolitano.

O eixo Mobilidade Ativa tem o foco na integração com o transporte coletivo por meio do desenho de regulamentações, incentivos e a implantação de uma rede de pontos de integração metropolitana que possa ser facilmente acessada a pé e por bicicleta. Propõe ainda a implementação das Redes de Turismo por Modos Ativos e Cicloviária Estruturante Metropolitana.

Já o eixo de Logística Metropolitana, prevê como principais projetos, a implementação uma rede de plataforma logística de distribuição, abastecimento e consolidação de cargas, o reforço do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, como o operador logístico multimodal do Estado e o aumento do acesso das cargas gerais ao modo ferroviário promovendo a integração modal.

Por último, o Plano Viário Metropolitano e de Incentivo ao Uso Racional dos Modos Individuais prevê a implementação de uma rede viária de interesse metropolitano de caráter perimetral e um rol de ações para racionalização do transporte individual motorizado.

Participação

O plano já foi amplamente discutido com a sociedade civil e as prefeituras da RMBH. Além de visitas e audiências locais nos vetores de desenvolvimento da RMBH no período anterior à pandemia, foram realizadas reuniões específicas e reuniões de acompanhamento das fases do projeto, durante a pandemia, totalizando 29 encontros virtuais, no Comitê de Mobilidade da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de BH, que tem participação de todas as prefeituras da RMBH.

Além disso, foi realizada Consulta Pública para colher sugestões e contribuições dos produtos elaborados a partir do desenvolvimento do Plano.

O PlanMob – RMBH e todos os insumos relacionados ao planejamento podem ser acessados clicando aqui.

Informações: Agencia Minas

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Investimento marca ações da PBH em mobilidade urbana em 2022

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

O ano de 2022 foi marcado pela implementação de soluções para a mobilidade urbana pela Prefeitura de Belo Horizonte. Entre as realizações, estão o acordo para repasse de subsídio e melhoria no transporte coletivo, anúncio de investimentos robustos nas avenidas Afonso Pena e Amazonas e viadutos em travessias sobre a Cristiano Machado. Além da construção da área de escape, no Anel Rodoviário, ampliação e adequação de ciclovias e das pistas preferências para os ônibus na cidade, entre outras melhorias. 

O ano começou com a discussão de medidas para solução das questões relacionadas ao transporte público da cidade. Em abril o assunto começou a ser debatido junto à Câmara Municipal, e a lei autorizando o subsídio para o transporte coletivo municipal – impactado pela pandemia de covid-19 - foi publicada em julho. 

O repasse mensal melhorou a prestação do serviço para os usuários do transporte coletivo na capital e também manteve o mesmo valor da passagem. O quantitativo de viagens aumentou para um mínimo de 21.708 nos dias úteis, 30% a mais do estava sendo realizado. As empresas também estão obrigadas a realizar 528 viagens no período noturno, entre meia-noite e 3h59. 

Obras em avenidas

A Prefeitura de Belo Horizonte conseguiu em 2022 US$ 100 milhões – US$ 80 milhões em operação de crédito e mais US$ 20 milhões em contrapartida da PBH - para investimento em obras de mobilidade na avenida Amazonas. O projeto prevê a criação de faixas exclusivas para o transporte coletivo, abrigos para os pontos de ônibus e readequação de calçadas com foco na acessibilidade. Também foi anunciado investimento de R$ 20 milhões para a requalificação da Afonso Pena, que terá rotas prioritárias para o transporte coletivo, ciclovia e tratamento de calçadas. 
Novos trechos de faixas exclusivas e preferenciais foram implantados nas avenidas do Contorno e dos Andradas, além de consultas públicas realizadas para ampliar o debate com a sociedade e dar continuidade aos projetos de prioridade ao transporte coletivo na cidade.

Outra obra importante, já iniciada, é a implantação do viaduto na interseção das avenidas Cristiano Machado e Waldomiro Lobo, no bairro Guarani. A infraestrutura integra um conjunto de obras de mobilidade planejadas para dar mais fluidez ao tráfego do vetor norte e melhorar o desempenho do transporte coletivo. Além desta etapa, estão em andamento projetos para as interseções da avenida Cristiano Machado com as avenidas Sebastião de Brito e Saramenha. 

De acordo com o secretário Municipal de Obras e Infraestrutura, Leandro Pereira, o ano de 2022 foi positivo para o setor de obras da PBH, o que permitiu o início de grandes empreendimentos pela cidade. “Finalizamos esse exercício com o maior volume de recursos executados nos últimos anos: isso significa mais mobilidade urbana. O prefeito Fuad trouxe-nos a missão de promovermos uma cidade mais feliz, mais alegre e mais dinâmica. Por meio das nossas obras e empreendimentos, estamos focados e comprometidos com esse compromisso”, ressaltou.  

Segurança no Trânsito 

Área de Escape do Anel Rodoviário - Outra grande ação de mobilidade de Belo Horizonte em 2022 foi o início da operação da Área de Escape do Anel Rodoviário. A PBH assumiu a contratação e execução do projeto em 2021, mesmo o Anel Rodoviário sendo uma área de responsabilidade do governo federal, e a obra foi entregue no início de agosto de 2022. O projeto foi desenvolvido pela BHTrans e a execução das obras foi feita com a supervisão da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). 

Primeira área de escape realizada por iniciativa do poder público no Brasil, o equipamento evitou, em cerca de três meses de operação, quatro tragédias. A área fica no trecho entre a BR-040 e o trevo do bairro Betânia, a poucos metros do acesso ao bairro Buritis, na chamada “descida do Betânia”. O local foi escolhido estrategicamente pelo tamanho da área necessária para a construção, o ângulo de aproximação em relação à curva e a distância do trecho onde ocorrem as retenções. 

Mobilidade Ativa 

Ciclovia da Orla da Pampulha - Em julho a Prefeitura concluiu as obras de reforma da ciclovia da Orla da Pampulha, no trecho de 7,1 km de extensão, que fica entre a rua Garopas e o Clube Belo Horizonte e com isso todos os 18 km da ciclovia ficaram no nível da calçada, oferecendo assim mais segurança e conforto para os ciclistas. 

Além da elevação da pista de bicicletas, a reestruturação contou com a ampliação da largura da ciclovia para 2,5 metros – compatível com ciclovias bidirecionais e com grande fluxo de ciclistas –, a instalação de separação física da pista de caminhada por jardins e adequações geométricas. Além disso, foi feita a readequação de toda a micro drenagem do trecho, novas sinalizações de placas e pintura no solo e a execução de travessias de pedestres elevadas em todas as interseções da pista de tráfego dos veículos, com o objetivo de proporcionar conforto e segurança aos pedestres, sobretudo os com mobilidade reduzida. 

Bicicletas compartilhadas - Como parte das ações da Semana Nacional do Trânsito, em setembro, o sistema de bicicletas compartilhadas de Belo Horizonte foi ampliado com 10 novas estações e 100 bicicletas na Área Central da capital. A implantação de sistemas de compartilhamento de bicicletas é uma iniciativa para aumentar os deslocamentos utilizando bicicletas e incentivar a utilização delas pela cidade. Os equipamentos compartilhados estão em consonância com as diretrizes do Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte, o PlanMob- BH que vem sendo construído em conjunto com a sociedade civil.

Pedestres - Foram mais de 3.496 mil novas placas de sinalização nas vias capital e mais de 77 mil metros quadrados de pintura de solo, sendo 268 faixas de pedestre na Área Central. Foram 59 novos redutores de velocidade (quebra-molas), 41 rampas de acessibilidade em calçadas e 203 abrigos de ponto de ônibus implantados. A cidade chegou ao total de 3.743 travessias semaforizadas, sendo 46 novas neste ano. 

Educação para Mobilidade

Maio Amarelo e Semana do Trânsito - Após dois anos em que as ações do Maio Amarelo e da Semana Nacional do Trânsito, iniciativas para debater e conscientizar a população sobre o alto índice de mortes e feridos no trânsito, ficaram dedicadas à internet, a BHTrans, com apoio do Observatório Nacional de Segurança Viária, voltou a fazer ações durante todo o mês de maio e em uma semana de setembro. As intervenções ocorreram em escolas, empresas, praças e ruas conscientizando e conversando com a população sobre segurança viária e a participação de todos para salvar vidas. Na Semana Nacional também foi realizada  uma campanha para os motociclistas sobre "ponto cego". 

BHTrans Educa - Foram realizadas mais de 636 campanhas e ações educativas pelas equipes da BHTrans Educa, entre blitzes com motociclistas, orientações aos pedestres, palestras em escolas e empresas, entre outros. Ao todo foram mais de 23 mil pessoas atendidas pelas ações educativas. 

Emplacamento de carroças e registro de condutores - Atendendo a uma demanda antiga da população para coibição de abusos cometidos contra animais de tração, além do apoio à comunidade carroceira por meio da promoção de oportunidades de emprego e renda, em janeiro a Prefeitura iniciou uma grande ação com os carroceiros na capital. Em uma mobilização conjunta, realizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, BHTrans e SLU, foram vacinados 310 animais, emplacados mais de 100 veículos e cadastrados mais de 250 tutores até o início de julho. Os animais também foram microchipados, as carroças vistoriadas, para garantir o cumprimento das regras para o tráfego de veículo de tração animal em via pública, e os carroceiros receberam as instruções necessárias para a obtenção da Carteira de Condutor de Veículo de Tração Animal. 

Operação de Trânsito

Além dessas ações, diariamente os agentes da Unidade Integrada de Trânsito (BHTrans, Guarda Municipal e Polícia Militar) realizam o monitoramento das vias da capital, atuando em trechos mais críticos, que prejudicam a fluidez do trânsito e a segurança de pedestres e motoristas. Auxiliando os agentes em campo, técnicos da BHTrans acompanham a situação de momento na Área Central e nos principais corredores de trânsito da cidade por meio das câmeras do COP-BH. Com esse acompanhamento, é possível proporcionar ajustes necessários a partir do Centro de Operações ou solicitar o deslocamento de equipes para a resolução de problemas, como a alteração de planos semafóricos em função de incidentes ou eventos nas ruas da cidade ou a desobstrução de vias por meio dos reboques pesados. 

A BHTrans utiliza ainda equipamentos de fiscalização eletrônica de velocidade, de avanço do sinal vermelho do semáforo, de invasão de faixa exclusiva para o transporte coletivo e de circulação de caminhões. A fiscalização eletrônica é o meio mais eficaz e confiável para redução do número de acidentes e do grau de severidade, promovendo a segurança no trânsito, 24 horas do dia, nos 365 dias do ano. 

Participação Popular 

Reuniões CRTT - Foram realizadas reuniões das Comissões Regionais de Transporte e Trânsito (CRTT) nas nove regionais da capital, com a participação dos 141 integrantes eleitos pelas comunidades (titulares e suplentes), moradores, pessoas interessadas, representantes da BHTrans e de outros órgãos da Administração Municipal. Foram mais 110 sugestões viárias implantadas a partir das reuniões da CRTT. 

Contribuições via WhatsApp - Os usuários do transporte coletivo ganharam mais um canal para contribuir com sugestões e solicitações, agora por meio WhatsApp (31) 98472-5715. De Julho até Novembro já são mais de 12 mil contribuições via WhatsApp. 

Mais obras  

Mais de 180 Km de vias recapeadas e 162 mil operações de tapa-buracos executadas até o mês de novembro nas 9 regionais

Dentre os benefícios das obras de manutenção de vias públicas estão melhorias nas condições de trafegabilidade, segurança viária, restabelecimento dos parâmetros técnicos viários, economia na manutenção dos veículos coletivos e privados, conforto acústico e redução no tempo de deslocamento. Os cuidados com as vias da cidade são realizados diariamente durante todo o ano. 

Manutenções em pontes, viadutos e passarelas

A Prefeitura realizou neste ano de 2022 a manutenção preventiva e corretiva em 42 Obras de Artes especiais (OAEs) do município. As OAEs são de equipamentos estruturais da capital, tais como pontes, viadutos, passarelas, túneis, trincheiras e outras estruturas da construção civil. Este trabalho aumenta a segurança e a durabilidade dessas estruturas e equipamentos. As OAEs são projetadas com uma determinada vida útil e, para assegurar e prolongar esse tempo, precisam passar por processos contínuos de preservação.

Informações: BHTrans
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Menos de 30% das principais cidades brasileiras possuem Plano de Mobilidade Urbana

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Em abril de 2015, finda o prazo de três anos para a elaboração do plano de mobilidade urbana nos municípios brasileiros com mais de 20 mil habitantes, estabelecido pela Lei 12.587/2012, a Lei de Mobilidade Urbana. Nesse período, as cidades deveriam ter incluído nos seus planos diretores as diretrizes de transporte determinadas na Política Nacional de Mobilidade Urbana. No entanto, a poucos meses da expiração desse prazo, mais de 70% das capitais e cidades brasileiras acima de 500 mil habitantes, e 95% do total de municípios acima de 50 mil habitantes, não conseguiram finalizá-lo.

Desde 1988, a Constituição Federativa do Brasil já objetivava, na política urbana, a ordenação e o desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia do bem-estar da população. O plano diretor já constava como obrigatório para os municípios acima de 20 mil habitantes. No entanto, apenas 13 anos depois, com o Estatuto das Cidades (Lei n.° 10.257/2001), ocorreu a regulamentação e foram estabelecidos os critérios dessas políticas urbanas, incluindo a obrigação da União em instituir as diretrizes para os transportes urbanos - o que aconteceu somente em 2012.

A Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), realizada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que apenas 3,8% do total dos municípios brasileiros possuíam Plano Municipal de Transporte. Nas cidades acima de 500 mil habitantes, 55,3% dos municípios tinham o Plano e 28,9% estavam em processo de elaboração.     

Em recente controle dos Planos de Mobilidade Urbana feito pelo Ministério das Cidades, de 1.317 municípios que responderam a pesquisa (equivalente a 38% dos 3.325 mil municípios acima de 50 mil habitantes), apenas 61 (5%) possuem o plano de mobilidade urbana. O número total de municípios que não têm o plano são 1.256 (95%), dos quais apenas 361 (29%) estão em processo de elaboração.

Às vésperas do encerramento do prazo definido pela Lei de Mobilidade, a Revista NTU Urbano apurou em 46 cidades, incluindo as 27 capitais e as cidades acima de 500 mil habitantes, os principais gargalos sobre a elaboração dos chamados “Plamob” e também de que maneira secretários e técnicos têm encarado a missão de transformar a mobilidade urbana em suas localidades.

No levantamento, foi constatado que 71,8% das cidades não têm o plano. Dentro desse percentual, 91% estão em processo de elaboração e 9% não iniciaram. Das cidades que possuem o plano, 69% são capitais. Das 27 capitais brasileiras, 67% não possuem o Plano de Mobilidade Urbana e 33% possuem ou estão em fase de elaboração (confira os gráficos).

De acordo com a apuração da Revista NTU Urbano, dentre os principais problemas enfrentados pelos municípios na elaboração dos planos, destacam-se a falta de recursos financeiros e a precária estrutura de pessoal. Esses também foram apontados como os motivos para o atraso na entrega dos projetos.

Segundo o Ministério as Cidades, as razões são variadas. “Pudemos identificar que alguns municípios não conhecem o teor da lei nem as reais sanções para a não-elaboração do Plano de Mobilidade, apesar dos esforços da Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana (SeMob) para divulgação da Lei nº 12.587, seja através de seminários, cursos e publicações sobre o tema”, explica o órgão em nota oficial.

A SeMob do Ministério das Cidades ressalva que “vem identificando um crescente interesse por parte dos municípios para a capacitação e maior mobilização nos últimos meses para a elaboração de Plano de Mobilidade”.

Em suma, a realidade é que um número muito alto de cidades não conseguirá atender ao prazo da Lei. Essa é a realidade de Cuiabá (MT), que ainda está na fase de contratação de empresa para elaboração do plano. Segundo Anna Regina Feuerharmel, secretaria-adjunta da Secretaria de Mobilidade Urbana da capital, esse processo não foi iniciado antes por falta de recursos humanos e financeiros. “Já foi feito o escopo básico e o termo de referência para licitação. A previsão para a finalização do plano é até 18 meses após o seu início”, revela Anna Regina.

Das cidades que ainda não possuem plano, dois exemplos são Duque de Caxias (RJ) e Goiânia, que ainda não deram início a nenhuma etapa do processo de elaboração. Na capital goiana não há previsão para a construção do PMU. É o que informa Sérgio Wiederhecker, diretor de Planejamento e Gestão Sustentável. “A elaboração do plano está na agenda, mas não sabemos quando será iniciado porque existem outras prioridades (da prefeitura de Goiânia), como saneamento e outras questões”, justifica.

Integrando a cidade

Como previsto na Lei 12.587/2012, o Plano de Mobilidade Urbana deve ser integrado ao Plano Diretor do município. Apesar de ser um dos aspectos fundamentais da legislação que as áreas de desenvolvimento urbano estejam em consonância, esse também se tornou um dos motivos para os atrasos dos planos.

Devido a esse fator, alguns municípios precisam aguardar a elaboração ou revisão do Plano Diretor para dar andamento ao Plamob. Um exemplo dessa situação é Palmas (TO). O projeto foi iniciado há dois anos. Mas, como está sendo integrado a todas as outras áreas de planejamento da capital, a finalização do plano de mobilidade urbana e transporte foi adiada. Ainda assim, a previsão é de que o plano seja apresentado ao Ministério das Cidades em abril deste ano.

A diretora de Planejamento e Projetos da Secretaria Municipal de Acessibilidade, Mobilidade, Trânsito e Transporte (SMAMTT), Joseísa Furtado, afirma que todo o plano de mobilidade urbana e transporte da capital tocantinense está em harmonia e totalmente integrado a outras áreas da cidade. “Teremos a implantação de sistemas BRT que caminha junto com calçadas e ciclovias”, garante.

Para Furtado, todas essas mudanças são muito importantes. Ela enxerga de maneira otimista que, embora, esses investimentos tenham demorado a acontecer, são extremamente necessários. “Sem dúvida, nunca investiram tanto em mobilidade urbana. A Copa do Mundo foi um fracasso (na cidade), mas deixou todos esses projetos como um legado para as cidades”, opina.

Há também aquelas cidades que se antecederam à Lei, trabalhando com um planejamento para a mobilidade e transporte antes de 2012, e que agora passam por um momento de revisão desse plano, atendendo melhor aos critérios estabelecidos na Política Nacional de Mobilidade Urbana. Entre elas, está Curitiba (PR), cidade modelo em implantação de redes multimodais e sistemas mais avançados de transporte coletivo urbano. A capital paranaense possui o plano desde 2008.

“Atualmente, estamos em fase de finalização da revisão do Plano Diretor Municipal. Após a entrada em vigência desta versão atualizada, iniciaremos a revisão do Plano de Mobilidade, já em consonância com a nova política nacional e com o próprio plano diretor atualizado”, explica o supervisor de Informações do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Oscar Ricardo Schmeiske.

Em Boa vista (RR), a prefeitura informa que o Projeto de Mobilidade Urbana está de acordo com o Plano Diretor da Cidade, no que se refere à mobilidade. O projeto, executado por meio do convênio com a Caixa Econômica Federal, destina R$ 68 milhões para a  melhoria do sistema de transporte urbano da capital, que inclui a implantação de 44,6 quilômetros de ciclovia. Estão previstas ainda a implantação de 50 bicicletários e a revitalização da sinalização vertical e horizontal. Os processos licitatórios para contratação das empresas já foram iniciados e, depois de seguidos todos os trâmites legais, estima-se que os serviços sejam finalizados no final de 2016.

Em Florianópolis (SC), a participação do BNDES no desenvolvimento dos estudos foi muito além do apoio financeiro, afirma o coordenador técnico do PLAMUS pela SC Parcerias, Guilherme Medeiros. “A troca de experiências e conhecimentos com a Área de Estruturação de Projetos do BNDES, acostumada a desenvolver e acompanhar diversos projetos estruturados de grande porte e bem sucedidos no Brasil, foi bastante positiva e a participação da equipe técnica do BNDES durante todo o período de desenvolvimento do estudo, muito intensa e direta”, explica.

Segundo Medeiros, por meio de um Acordo de Cooperação Técnica, o BNDES apoiou o desenvolvimento dos estudos com recursos provenientes do Fundo de Estruturação de Projetos (FEP). Os recursos aportados pelo banco, no estudo, possuem caráter não reembolsável por parte do Governo de Santa Catarina, sendo este responsável pelo apoio institucional em conjunto com os municípios. “É a primeira vez que um estudo patrocinado pelo FEP possui caráter regional e não nacional, e há uma expectativa por parte do BNDES que o PLAMUS vire uma referência para que outras regiões metropolitanas construam seus planos de mobilidade”, conta o coordenador.

Elaboração do PMU

A Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), assegurada na Lei n.° 12.587/2012, estabelece os princípios e as diretrizes para o transporte nas cidades e também do Plano de Mobilidade Urbana. Esse, por sua vez, deve ser elaborado pelo poder público municipal em integração com os respectivos planos diretores dos municípios acima de 20 mil habitantes. A sua avaliação, revisão e atualização devem ser feitas, periodicamente, no prazo de até 10 anos. 

Para a composição desses planos, muitas cidades precisaram efetivar a contratação de empresas de consultorias para alguns processos e até mesmo para a elaboração total do plano. Algumas delas contaram com o apoio de entidades parceiras como a Embarq Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público para Todos (MDT) e também do Ministério das Cidades.

Pensando em contribuir com a construção do plano e auxiliar melhor as cidades nesse processo, a Embarq Brasil desenvolveu o guia “Passo a Passo para a Construção de um Plano de Mobilidade Urbana Sustentável”. A publicação traz conceito e exemplos práticos que colaboram para a formulação da política e do plano de mobilidade municipal. O guia apresenta a metodologia que descreve o passo a passo necessário para preparar, gerenciar, elaborar, instituir, implementar e revisar o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável. É possível fazer o download da publicação no site www.embarqbrasil.org. Outras publicações com orientação para elaboração do Plano de Mobilidade Urbana podem ser acessadas no site do Ministério das Cidades (www.cidades.gov.br).

Se as cidades não elaborarem os planos, terão como penalidade a falta de recursos financeiros para investir em mobilidade urbana. De acordo com o parágrafo 4° do Artigo 24 da lei, “Os Municípios que não tenham elaborado o Plano de Mobilidade Urbana na data de promulgação desta Lei terão o prazo máximo de 3 (três) anos de sua vigência para elaborá-lo. Findo o prazo, ficam impedidos de receber recursos orçamentários federais destinados à mobilidade urbana até que atendam à exigência desta Lei.”

Virando Lei

Embora não conste na Lei n.º 12.587/2012 que os planos de mobilidade urbana tenham que se transformar em um Projeto de Lei (PL) e posteriormente em uma lei municipal, algumas cidades sinalizaram que isso deva acontecer. Dos planos já elaborados, alguns já possuem PL, como é o caso de Sorocaba (SP).

O PL 198/2014 encontra-se em votação na Câmara Municipal de Sorocaba, segundo Adriano Brasil, gerente de Operação e Transporte Urbano, que informou que a previsão de votação é até o final de março. “O projeto de lei ficou parado na câmara porque está interligado com o Plano Diretor, que teve algumas alterações”, explica.

Já em Belo Horizonte a Câmara Municipal sancionou, em 2011, a Lei n° 31/11, que institui a Política Municipal de Mobilidade originária do Projeto de Lei n° 2.347/09, de autoria do Vereador Anselmo José Domingos.

Existem também os casos das cidades em que os Projetos de Lei foram arquivados. É o caso de Brasília (DF) e Recife (PE), nos quais os números dos projetos são, respectivamente, PL 796/2012 e PLE 12/2011. 

Informações: Revista NTU Urbano

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Sem investimento no metrô, Belo Horizonte aposta em ônibus e táxi

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Belo Horizonte – O relógio na tradicional praça da Liberdade, em Belo Horizonte, marca 520 dias para a Copa do Mundo e a capital mineira corre contra o tempo para não fazer feio no maior evento do futebol mundial. Apesar de o Mineirão, arena que hospedará os jogos da Fifa, já estar pronto – com a reinauguração marcada para o próximo dia 21 –, a cidade ainda encontra desafios na mobilidade urbana e na estrutura para atender os milhares de torcedores esperados para o evento. 

De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), somente na capital estão previstos investimentos que superam R$ 2,6 bilhões. Até agora, foram gastos pouco mais de R$ 700 milhões em obras de infraestrutura, mobilidade urbana e melhoria na prestação de serviços básicos para o turista, como ampliação da rede hoteleira e capacitação de funcionários. O planejamento pensa desde a chegada do turista até sua ida ao estádio.

No quesito hospedagem, segundo o Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindhorb), a cidade possui, hoje, 185 hotéis classificados e não classificados, com oferta de cerca de 18 mil leitos. Até 2014, este número deve passar de 25 mil, com a execução de 30 projetos de hospedagem. 

O atendimento a estes hóspedes, muitos vindos de fora do país, é mais uma preocupação. De acordo com pesquisa da EF English Proficiency Index, divulgada no ano passado, o Brasil está em 46º lugar no ranking de 54 países sobre a qualidade do nível de inglês de sua população, o que indicaria o grau “proficiência muito baixa” dos brasileiros. Apesar de Belo Horizonte se sair um pouco melhor e ser qualificada com “proficiência baixa”, no levantamento entre as cinco principais capitais do país, a cidade só ganha de Salvador na habilidade de seus habitantes em falar a língua inglesa.

Para o secretário Extraordinário para a Copa do Mundo de Minas Gerais (Secopa-MG), Tiago Lacerda, este não será um problema. “20 mil pessoas estão em processo de capacitação, aprendendo línguas e também treinando para trabalhar nos novos hotéis. Há cursos de camareira, cozinheira, recepcionista, entre outros, em andamento”, explica. As inscrições para as aulas começaram em 2012. 

A preparação no setor de serviços também inclui tradução de cardápios e de placas de sinalização, mas basta uma volta pela cidade para ver que ainda há muito a se fazer, principalmente quando se pensa que faltam cerca de seis meses para a Copa das Confederações.

O evento que antecede 2014 será um teste para os belo-horizontinos. Tiago Lacerda o vê como uma chance para se repensar as estratégias tomadas até aqui. “Será a oportunidade de aprimoramento. Não só para a cidade, mas para o comitê organizador local e para a Fifa, que também vai aprender a organizar uma Copa no Brasil”, afirma. Pelo cronograma dos organizadores, alguns pontos-chave dos preparativos não estarão prontos até junho.

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Quem não tem metrô vai de BRT
Se Belo Horizonte vai poder aprimorar suas estratégias para a Copa do Mundo um destes testes vai ser na área da mobilidade urbana. A ampliação do metrô – promessa da década de 1970 para a cidade – mais uma vez saiu de campo e a aposta da prefeitura é a construção de linhas de BRT (sigla em inglês para Bus Rapid Transit) para a locomoção rápida de pessoas. O projeto já é reconhecido em outros países, como Alemanha e Colômbia e, também, em cidades brasileiras como Curitiba e Uberlândia, no interior do estado. Trata-se de um sistema de transporte público baseado em corredores exclusivos para ônibus com maior capacidade de passageiros.

Segundo a BHTrans, empresa de economia mista que organiza o trânsito da capital e é uma das responsáveis pela implementação do BRT, são previstas três linhas: uma ligando as avenidas Antônio Carlos e Pedro I – principais vias de acesso ao Mineirão; outra na avenida Cristiano Machado, que liga o Centro à Linha Verde – de onde é possível chegar à Cidade Administrativa (sede do Governo) e ao aeroporto de Confins; e, por fim, uma integrando ruas da área central. Com outras obras de intervenção viária na capital, como a ampliação do Boulevard Arrudas e a criação dos corredores de trânsito 210 e 710, são previstos investimentos que superam R$ 1,7 bilhão. Somente com o BRT, a prefeitura deve gastar por volta de R$ 600 milhões. 

O cronograma de obras sofreu uma série de atrasos e a BHTrans informou que o BRT só deve ser concluído no segundo semestre de 2013, após a Copa das Confederações. Procurada pela RBA, a empresa informou que vem planejando operações especiais para o evento. Uma delas será a criação de linhas complementares de ônibus para acesso exclusivo ao Mineirão. O órgão também deve impor restrições de tráfego nas vias que ligam ao estádio e em seu entorno, além da conclusão de uma licitação pública que concederá 605 novas permissões de táxis na cidade.

Mesmo com a finalização do BRT em 2013, alguns especialistas não o veem como a melhor solução para os problemas do trânsito na capital. É o caso do engenheiro Ronaldo Guimarães Gouvêa, coordenador do Núcleo de Transportes (Nucletrans), da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais.

Para ele, a prefeitura não está se preparando corretamente para a Copa. “As obras que estão sendo feitas são insuficientes. Não investimos no metrô ou em obras fundamentais, como o Rodoanel”, argumenta. Ronaldo explica que os corredores de ônibus não atendem às demandas da população de Belo Horizonte. “Infelizmente, estamos enfrentando problemas estratégicos com obras limitadas. O BRT é um sistema eficiente, mas não para BH. Nossa demanda é por um metrô de qualidade, pois o nosso já nasceu obsoleto”, lamenta o engenheiro.

O advogado Joviano Meyer, membro do Comitê Popular dos Atingidos pela Copa de Belo Horizonte, movimento que acompanha e fiscaliza os preparativos para o evento da Fifa, é ,da mesma opinião. Para ele, o projeto não atende a real necessidade de investimentos em transporte público. “As obras reproduzem um modelo rodoviário de mobilidade que privilegia os carros em detrimento das pessoas. O metrô, que era uma promessa de anos, da década de 70, ainda não foi concluído. O que estamos vendo é uma dilapidação dos recursos públicos”, acusa. 

Assim como Joviano Meyer, o professor Ronaldo Guimarães Gouvêa acredita que os belo-horizontinos perderam a oportunidade de deixar um legado maior com a Copa do Mundo. Para ele, o BRT será uma herança positiva, mas a cidade desperdiçou a chance de conquistar melhorias significativas na área da mobilidade urbana. “Nossa estrutura de transporte público é muito deficiente. Eu prefiro não estar em BH na Copa. Vai ser constrangedor”, enfatiza. 

Atrasos no aeroporto
Entre os empecilhos para o sucesso da Copa em BH, o aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana, é uma das principais preocupações da organização. Seu projeto de ampliação tem enfrentado atrasos e paralisações desde 2010, colocando em xeque os planos para 2014. Com previsão inicial de entrega da obra para dezembro de 2013, a Infraero informou que, atualmente, apenas 15% do cronograma foi concluído.

Em dezembro, o governo federal anunciou que Confins e o aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, serão concedidos à iniciativa privada. A estimativa de investimentos nos dois terminais é de R$ 11,4 bilhões, sendo R$ 4,8 bilhões no aeroporto mineiro. O edital de licitação deve ser publicado até agosto, e a expectativa é de que o leilão seja realizado no mês seguinte. 

O projeto inicial para Confins previa a reforma dos terminais existentes e a ampliação da pista de pousos e decolagens e do sistema de pátio, além da construção do Terminal 3. A expectativa é que a capacidade de passageiros suba de 10,3 milhões para 17,5 milhões de pessoas por ano.

Procurada pela RBA, a Infraero informou que o prazo de entrega das obras continua sendo dezembro de 2013 e que a cidade não corre riscos de não conseguir atender os turistas durante os jogos de 2014 e nem na Copa das Confederações. Em nota, a empresa explica que parte do que foi planejado para o aeroporto já estará concluído no evento deste ano e não haverá necessidade de operações especiais nem a utilização do aeroporto da Pampulha como alternativa para atender o fluxo de passageiros.

Informações: Rede Brasil Atual

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