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Projetos para melhorar a Mobilidade Urbana não saem do papel no ABC Paulista

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Compromissos firmados com a população do Grande ABC durante as eleições de 2012, os projetos voltados para área de Mobilidade Urbana, que prometiam amenizar os congestionamentos diários enfrentados por motoristas da região, ficaram só no papel. Por falta de aporte financeiro para custeio das obras ou inviabilidade técnica, a maioria das promessas foi engavetada pelas prefeituras ou caminha a passos lentos para ser concluída.

A situação que se repete mais uma vez, levando em consideração que na gestão passada (entre 2009 e 2012) poucas intervenções viárias foram concretizadas, além de agravar os problemas do sistema viário da região, que viu sua frota de veículos crescer 17% nos últimos quatro anos – passou de 1,5 milhão para 1,7 milhão de automóveis, – mostra também que prefeitos ainda sofrem para superar impasses em projetos da área.

Entre as propostas de destaque, dois projetos ambiciosos do prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB) retratam bem as dificuldades dos gestores. Sem itens técnicos que justificariam sua viabilidade, a instalação de bondinho no Jardim Caçula e a construção de uma minirodoviária na região do Centro Alto foram descartadas pelo Paço, embora as propostas tenham sido anunciadas no plano de governo.

Segundo a Prefeitura, no caso da instalação do bondinho o projeto foi “alterado radicalmente após concluir estudo de viabilidade e impacto na região. Assim, ao invés de promover o transporte via gôndolas em cabos, a Prefeitura optou por asfaltar todas as ruas do bairro”.

São Caetano, por sua vez, seguiu o mesmo caminho e também optou por engavetar proposta ousada para construção de via paralela à Avenida Goiás, anunciada no início do governo do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB). Neste caso, a administração alega que “estudos apontaram a necessidade de grandes desapropriações, tornando a intervenção inviável”.

Em Mauá, obras de grande impacto prometidas pelo prefeito Donisete Braga (PT) não se efetivaram após impasses junto ao governo federal. A expectativa do Paço era de que, até o fim deste ano, fosse entregue a reconstrução dos terminais Zaíra, Itapeva e Itapark, além de corredor de ônibus na Avenida Itapark. Entretanto, o projeto ainda aguarda a autorização do Ministério das Cidades para o início das obras.

O mesmo ocorre em Rio Grande da Serra, onde a construção de corredor de ônibus e a pavimentação de vias ainda estão em obras. Neste caso, o governo federal só liberou R$ 15,2 milhões dos R$ 41 milhões prometidos.

São Bernardo, que previa o maior número de intervenções na área, foi outra cidade que decepcionou seus moradores ao adiar a entrega de todos os 12 corredores de ônibus. Segundo o secretário de Transportes e Vias Públicas, Oscar José Gameiro Silveira Campos, tal mudança no cronograma se deve à dificuldade financeira do País. “Infelizmente, a crise econômica afetou esses projetos. Ainda aguardamos recursos para concluir outras etapas”, observa.

Santo André, que apresentou proposta de construir viaduto na Avenida dos Estados para facilitar o acesso ao 2º Subdistrito, além de implantar a segunda alça de acesso do viaduto Antônio Adib Chammas, também adiou seus projetos com a justificativa de que “ambos encontram-se no Programa de Mobilidade Urbana Sustentável, que é objeto do empréstimo pleiteado junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento)”. Para sua execução, a administração aguarda aprovação da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e do Senado.

Especialistas citam crise econômica, mas criticam falta de opções viáveis

Na avaliação de especialistas, embora a crise econômica tenha contribuído para que projetos na área de Mobilidade Urbana fossem deixados em segundo plano, prefeitos do Grande ABC foram negligentes ao não colocarem em prática outros com custo baixo.

Um dos exemplos citados pela especialista em Mobilidade Urbana e professora da UFABC (Universidade Federal do ABC) Silvana Zioni é a implantação de áreas para ciclistas. “Se formos analisar, é um projeto que não necessita de um aporte alto e já promove uma mudança no sistema viário, mas poucas prefeituras investiram nisso”. No Grande ABC, por exemplo, somente Santo André avançou de maneira significativa nesse sentindo. De 2013 a 2016, foram executados 13,5 quilômetros de ciclovias. Já para o professor de Engenharia Civil da FEI (Fundação Educacional Inaciana) especializado em Mobilidade Urbana, Creso Peixoto, outro ponto que é preciso ser analisado são projetos integrados. “Se não tem aporte federal, uma saída é promover obras em conjunto na região. Assim você facilita o processo de financiamento”, avalia.

Plano do Consórcio prevê R$ 26,4 mi

Grande parcela dos recentes avanços do setor na região envolve propostas do Plano de Investimentos em Mobilidade Urbana elaborado pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Foi através dele que a entidade foi contemplada com aporte financeiro de R$ 26,4 milhões do Ministério das Cidades para iniciar a elaboração de 21 projetos executivos da área.

Atualmente, a licitação para a elaboração das propostas já foi realizada, e a ordem de serviço foi emitida em 8 de março. No momento, estão sendo consolidados os projetos funcionais, que deverão ser concluídos nos próximos meses.

Na avaliação da coordenadora do GT (Grupo de Trabalho) de Mobilidade Urbana do Consórcio, Andrea Brisida, o plano tende a trazer muitos resultados positivos para a região ao longo dos próximos anos. “O plano teve como objetivo propor ações regionais do setor que subsidiem políticas e projetos integrados entre os sete municípios. Esta iniciativa abrange, entre outras ações, a reorganização das redes municipais e metropolitanas de transporte coletivo, além de intervenções físicas em obras de ampliação da infraestrutura viária”.

Segundo Andrea, embora o cenário econômico do País tenha influência em todo tipo de investimento, “os projetos já anunciados estão assegurados no orçamento federal”.

Informações: Diário do Grande ABC
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Pacote para resolver mobilidade urbana no Grande ABC deve custar R$ 7,8 bilhões

domingo, 28 de abril de 2013

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC fechou plano para solucionar os problemas de Mobilidade Urbana da região. O pacote prevê 157 intervenções, que terão custo total de R$ 7,8 bilhões. Na tarde de ontem, o estudo foi entregue à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, na sede da entidade regional, em Santo André.

"Os sete prefeitos apresentaram proposta muito consistente. Há projetos de curto, médio e longo prazos. Agora, vamos trabalhar com os técnicos do governo federal e do Consórcio para levar o plano para a presidente (da República) Dilma (Rousseff - PT)", disse Miriam.

A previsão é que a presidente receba o estudo em junho. "Estamos trabalhando com esse cronograma. Então, tem trabalho técnico a ser feito em cima do plano do Consórcio. Vamos destrinchar tudo para detalharmos a proposta e apresentarmos a Dilma", afirmou a ministra.
Miriam não confirmou se todo o valor previsto no pacote de projetos será bancado pela União. "O governo federal, normalmente, define valores por meio de uma proposta inicial. Hoje, o Consórcio formalizou a solicitação de R$ 7,8 bilhões em recursos. Vamos trabalhar para detalhar algumas dessas informações e fazer um pedido que a presidente possa aprovar."

A ministra acredita que o pacote de intervenções pode mudar o cenário da Mobilidade Urbana no Grande ABC a longo prazo. "Foram feitos alguns estudos sobre o quanto o plano poderia mudar para melhor a situação da região daqui a 15 anos. Os ganhos apresentados são significativos", garantiu.

O prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio, Luiz Marinho (PT), acredita que após reunião com Dilma, em junho, poderá ser feita previsão sobre datas de obras e qual porcentagem do custo total dos projetos será bancada pelo governo federal. "Algumas cidades possuem projetos prontos e isso pode se transformar em recursos para obras já na virada deste ano, por exemplo", disse.

Corredor de S.Bernardo pode se estender para outras duas cidades
As 157 intervenções prevista no plano de Mobilidade Urbana do Consórcio Intermunicipal estão divididas em 16 eixos. Um dos mais importantes, segundo a coordenadora do GT (Grupo de Trabalho) de Mobilidade Urbana da entidade, Andrea Brisida, é a extensão do corredor de ônibus Leste/Oeste, que será construído em São Bernardo com verba de R$ 247 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
"A ideia é estender esse corredor, que hoje é estritamente municipal, para Diadema e Santo André, criando ligação que chegará inclusive à Capital, que também tem propostas de corredores de ônibus", afirmou Andrea.

A coordenadora também exaltou o projeto do Eixo Sudeste, que seria a ligação de Rio Grande da Serra a São Caetano, passando por Ribeirão Pires, Mauá e Santo André. "Esses dois eixos são importantes pelo peso regional que possuem. Mas é claro que temos outras tantas intervenções relevantes", afirmou.

Por Cadu Proieti 
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Especialistas criticam ignorância de deputados sobre mobilidade urbana no Grande ABC

quinta-feira, 24 de março de 2011

Congestionamentos geram estresse, atrasos, problemas de saúde e são alvos de críticas de parte da população e promessas de políticos em épocas de campanha. Mas, para deputados com base eleitoral no Grande ABC, isso tudo não é relevante. Portanto, especialistas em trânsito e mobilidade urbana ouvidos pelo Diário recomendam que esses políticos digam ao eleitorado o que é mais importante que resolver os problemas que fazem o fluxo parar na região.

"Trânsito livre significa melhorar a qualidade do transporte público", disse o professor de Engenharia Civil da FEI (Fundação Educacional Inaciana), Creso Frando Peixoto. "Uma central de monitoramento mudaria o trânsito do Grande ABC. É um recurso usado em países desenvolvidos", argumentou o professor. A atual responsável pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, cobrou de autoridades políticas e do Consórcio Intermunicipal sobre esse tema. Apesar disso, a criação da central não chamou a atenção dos políticos na última reunião do Consórcio, na segunda-feira.

Professor de Engenharia do Mackenzie João Virgílio Merighi fez uma orientação direta aos deputados que consideram o trânsito um problema a ser pensado em segundo plano. "Que esses senhores vejam o ranking de corrupção no site do Banco Mundial. Vão percerber que o Brasil está em um dos primeiros patamares", criticou o docente. "A questão do trânsito envolve tudo: da saúde pública à habitação. Pena que alguns políticos ignorem essa realidade."

SEM SOLUÇÃOPara o professor de Engenharia do Instituto Mauá de Tecnologia e consultor em políticas públicas Adriano Murgel Branco, se as prefeituras do Grande ABC demorarem mais para investir em projetos de melhoria do fluxo a reversão do problema no futuro pode ser quase impossível. "Se (as prefeituras) permitirem que a situação fique semelhante ao que acontece em São Paulo, vai ser difícil mudar", pontuou.

Ele ressaltou ainda a importância da criação de uma central de monitoramento. "É um sistema que otimiza o trânsito e também os equipamentos de controle, como os semáforos", explicou. "Mas também é preciso investir muito no transporte de massa. É a solução mais viável para o que enfrentamos no trânsito da Capital e Região Metropolitana", continuou.


Fonte: Diário do Grande ABC

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Governo de São Paulo quer o PAC no Expresso ABC

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O governo do Estado deu um passo para tirar do papel um plano para o transporte público que promete encurtar a distância entre a região e a Capital, beneficiando diretamente milhares de passageiros que dependem dos trens no Grande ABC.

Discutido há pelo menos seis anos, o Expresso ABC foi inscrito no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade Urbana, do governo federal e, se aprovado, poderá, enfim, obter parte dos recursos que necessita para deixar de ser somente uma boa ideia.
Espécie de Metrô de superfície, a linha é considerada o principal plano ferroviário para o Grande ABC.
A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos garante que o projeto é uma de suas prioridades.

SISTEMA - Orçado em R$ 1,2 bilhão, o Expresso ABC, que também já foi chamado de Expresso Sudeste, consiste na criação de linha paralela aos trilhos por onde hoje correm os trens da Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que liga Rio Grande da Serra à Estação da Luz, em São Paulo.
Quando os primeiros estudos sobre o projeto foram anunciados, a expectativa era de que o tempo de viagem entre Mauá e a Capital fosse enxugado pela metade, passando de quase meia hora para 12 minutos.

O plano prevê a criação de 24 quilômetros de trilhos unidos por seis pontos de parada, sendo três no Grande ABC e três na Capital - Mauá, Santo André, São Caetano, na região, e Tamanduateí, Brás e Luz, em São Paulo.
O intervalo entre um trem e outro, para embarque e desembarque de passageiros, será de seis minutos.
Nas estações de maior movimento, apenas três minutos irão separar uma composição e outra.

Além do aumento da velocidade média dos veículos, a prometida agilidade do sistema será alcançada também pela união desses dois fatores: menos tempo de espera e número reduzido de paradas, por isso serão apenas seis estações.
Para a implantação do ramal, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos irá adquirir 11 novos trens.

PÚBLICO - Atualmente, pela Linha 10-Turquesa, que corta cinco cidades do Grande ABC, transitam diariamente cerca de 366 mil pessoas.
Segundo o governo do Estado, após a chegada do Expresso ABC, as duas linhas irão transportar, juntas, até 626 mil passageiros por dia.
Desde que o projeto começou a ser estudado, diversas datas já foram oferecidas para marcar o começo das obras e início das operações no sistema.
Não há, agora, porém, novo prazo determinado, embora o governo do Estado vislumbre que os trens do Expresso ABC possam correr pelos trilhos ainda nesta gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), que se encerra em dezembro de 2014.

Governo espera autorização para buscar PPP
Antes da resposta da União sobre possível repasse de verba do PAC, a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos terá ou não sinal verde para avançar em outra fonte de investimento, a iniciativa privada.
A CPTM já entregou estudo preliminar para inserir o Expresso ABC na lista das PPPs (Parcerias Público-Privadas) do governo do Estado.
A expectativa é que o conselho gestor se manifeste sobre a solicitação em junho.

A Linha 4-Amarela do Metrô é exemplo de empreendimento desenvolvido por uma PPP. O sistema está sendo construído por um consórcio, que recebeu concessão para explorar comercialmente a linha por 30 anos.
O Expresso ABC terá conexões na CPTM com a Linha 7-Rubi, na Estação Luz; na Linha 11-Coral, nas estações Luz e Brás; e na Linha 12-Safira, no Brás. No Metrô, as conexões serão com a Linha 2-Verde, no Tamanduateí; com as Linhas 1-Azul e 4-Amarela, na Luz; e com a 3-Vermelha, no Brás.

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Fonte: Diário do Grande ABC

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Mobilidade Urbana na Grande São Paulo: Expansão imobiliária vai travar avenidas na região do ABC

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A expansão imobiliária está à vista de todos no Grande ABC. Basta olhar para cima e no horizonte que é possível ver prédios sendo erguidos. São Bernardo, São Caetano e Santo André concentram os maiores condomínios verticais em construção. Os moradores estão cautelosos com a possível piora no trânsito em vias já saturadas.
As principais críticas são para quem utiliza as avenidas Presidente Kennedy, em São Caetano, Pereira Barreto, em São Bernardo, e Giovanni Battista Pirelli, em Santo André, para sair de casa ou chegar ao trabalho.
Atualmente essas vias já ficam engarrafadas em horários de pico, e estão sendo construídos condomínios que vão despejar mais de 1.000 carros em cada um desses locais, diariamente.
O trânsito foi a maior queixa que o Diário ouviu das pessoas nas três cidades. "Isso aqui vai virar o caos se a Prefeitura não fizer nada para melhorar", disse Getúlio Silva, 60 anos, que há 15 mora no Baeta Neves, em São Bernardo. Ele e vizinhos reclamam da falta de planejamento da administração.
Na Avenida Pereira Barreto, no terreno onde funcionava a fábrica Tognato, estão sendo erguidas torres comerciais e residenciais. A Rua Itu e outras das imediações, no próprio Baeta, já se transformaram em rotas de fuga que os motoristas adotaram para escapar do trânsito, antes mesmo da entrega dos empreendimentos.
A Prefeitura de São Bernardo também já espera pelo impacto na infraestrutura do entorno da Pereira Barreto com a inauguração das torres, mas informou que a autorização para as obras foi concedida pela administração anterior, em 2007.
A falta de melhorias no trânsito ou mudanças gerais de infraestrutura, deixam preocupados os vizinhos dos grandes condomínios.
A Prefeitura informou que estão sendo analisadas propostas de mudanças no Plano Diretor, como a adoção do Programa de Transportes Urbano, que prevê obras como o rebaixamento da Avenida Lions - em execução -, junto com a canalização e implantação de sistema viário ao longo do Ribeirão dos Couros.
O governo municipal também prevê a construção de corredores de transporte coletivo, além do metrô-leve, que terá como destino a Capital. Em 2010, foram concedidos 653 alvarás de construção residenciais e 215 comerciais em São Bernardo.
Para a professora de planejamento urbano Silvana Zioni, da UFABC (Universidade Federal do ABC), esse é um dos prejuízos que a expansão imobiliária traz. "Na questão macro, é excelente a construção de novas moradias, com planejamento e com as devidas licenças do poder público. As microrregiões acabam sofrendo mais, e um dos prejuízos é o aumento do tráfego."

Vizinhos já esperam pela piora da qualidade do trânsito

"Isso aqui virou um inferno", contou a aposentada Conceição da Silva, 74, que reside há 42 anos, no Baeta Neves, em São Bernardo. Ela é uma das preocupadas com a inauguração dos prédios comerciais e residenciais na Avenida Pereira Barreto.
"Se com essas chuvas nós levamos horas para chegar em casa, imagina quando esses milhares de carros começarem a circular por aqui?, disse Ayrton Rodrigues, 66, também do Baeta Neves.
O pôr do sol e a vista do Pico do Jaraguá não são mais possíveis apreciar da janela da casa do técnico em segurança do trabalho, Paulo Beraldo, 51, no Jardim Marajoara II, em Santo André.
Morando há 23 anos no bairro, ele perdeu à vista e a paciência com as construções dos prédios. "Tem pontos positivos, mas inúmeros negativos", afirmou.
Para o presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC, Milton Bigucci, que é proprietário de uma construtura que conta com 13 empreendimentos na região, as cidades terão capacidade de receber os novos moradores. "Para ser aprovado, um empreendimento é analisado por vários departamentos e as prefeituras estão preocupadas com a infraestrutura", disse.
O aposentado Valter Guerrero, 56, que mora em São Caetano, espera por mudanças no trânsito e no transporte. "Essa é a hora de colocar em prática algumas promessas que estão no papel."

Em dois anos, mais 18,5 mil apartamentos

O Grande ABC contabilizou em 2010 a comercialização de 6.124 apartamentos, isso até setembro. Esse número é quase o dobro em relação ao mesmo período de 2009, quando a marca foi de 3.187 residências vendidas, segundo a Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC. Nos últimos dois anos, foram construídos 18.520 apartamentos. O fácil acesso ao crédito e as melhorias na economia impulsionaram o mercado.
Em Santo André, os moradores dos bairros Homero Thon, Parque Marajoara II e imediações estão apreensivos com a inauguração de mais um condomínio na Avenida Giovanni Battista Pirelli - uma das ligações com Mauá e a Avenida dos Estados.
A tranquilidade que predomina durante o dia muda drasticamente no fim da tarde para quem vive nas proximidades da Avenida Presidente Kennedy, no bairro Santa Maria, em São Caetano, onde estão em fase de acabamento oito prédios.
A previsão é que 750 famílias passem a morar no local. No município estão sendo erguidos 60 empreendimentos. A Prefeitura informou que todos devem ser entregues até 2012 e está próxima de contratar uma consultoria para planejar o transporte público devido ao processo de verticalização por que passou na última década.

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ABC Paulista terá 17 projetos de corredores

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, assinará hoje, a autorização para elaboração de projetos básicos de 17 corredores intermunicipais nas cidades da região do ABC.

Os recursos liberados são de R$ 31,6 milhões no âmbito do PAC regional e atenderá antiga reivindicação dos mais de 2,5 milhões de habitantes dos sete municípios que sofrem com os constantes congestionamentos. O ato de assinatura será realizado em Santo André (SP), na sede do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, com a presença de autoridades da região e do Estado, além dos sete prefeitos que compõem a região.

Com a autorização, serão elaborados projetos básicos para coordenar os levantamentos preliminares de campo e o desenvolvimento das atividades que envolvem os 17 corredores intermunicipais incluídos no Plano de Investimentos em Infraestrutura para Mobilidade da Região do Grande ABC. Esse Plano tem os seguintes eixos: Guido Aliberti, Lauro Gomes / Taioca / Corredor Sudeste / Ligação Leste-Oeste e Corredor Alvarenga / Robert Kennedy / Couros. A contratação contempla ainda o projeto de criação do Centro de Controle de Operações.

Parcerias

No ABC, o ministro Kassab irá também lançar as ações conjuntas entre o Ministério das Cidades e a Universidade Federal do ABC (UFABC) para programas urbanos e do caderno técnico "Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios (PEUC) e IPTU progressivo no tempo".

Durante o evento, o secretário nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos, Luis Oliveira Ramos, coordenará um debate sobre "Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória", em que serão discutidas as experiências das prefeituras de São Bernardo do Campo e de São Paulo.

Também serão assinados o Plano de Trabalho do Ministério das Cidades em conjunto com o Tribunal de Justiça de São Paulo, denominado "Pesquisa sobre Conflitos Fundiários Urbanos"; os termos de execução descentralizada Parceria SNAPU-UFABC em regularização fundiária de assentamentos urbanos e para elaboração de cartas geotécnicas de aptidão à urbanização; e a entrega das Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização aos municípios de São Bernardo do Campo e Rio Grande da Serra.

Consórcio

O Consórcio Intermunicipal Grande ABC reúne os sete municípios do Grande ABC (Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul) para o planejamento, a articulação e definição de ações de caráter regional. Desde 2003, o governo federal investiu, por meio do Ministério das Cidades, R$ 895,5 milhões nas áreas de habitação, saneamento ambiental, mobilidade urbana e infraestrutura somente em Diadema. Em Mauá, o investimento total é de R$ 1,4 bilhão e, em Santo André, é de R$ 1,6 bilhão. Em São Bernardo do Campo, o investimento total é de R$ 7,6 bilhões. No Estado de São Paulo, o investimento total é de R$ 121,1 bilhões, sendo R$ 27,8 bilhões para obras de mobilidade urbana. Em todo o Brasil, o investimento é de R$ 566,4 bilhões. (Estadão Conteúdo)

Informações: DCI

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Trânsito no Grande ABC terá plano para evitar colapso

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC apresenta amanhã, durante reunião com os sete prefeitos, uma série de medidas emergenciais para minimizar os problemas enfrentados pelos motoristas no trânsito da região. A expectativa é de que as ações sejam implementadas ainda este mês.

Batizado de Operação Compartilhada, o plano tem por objetivo trazer alívio imediato aos congestionamentos até que as obras estruturais para viabilizar o transporte coletivo, prometidas pelo governo do Estado fiquem prontas. Estão na lista o Expresso ABC, Metrô Leve e modernização do Corredor ABD.

As novas diretrizes têm três pontos essenciais: melhorar a comunicação entre os agentes que controlam o trânsito nos municípios, a regulamentação da circulação de veículos de carga pesada e a revisão da localização das vagas públicas de estacionamento.

O plano foi uma maneira rápida e barata para atenuar os efeitos irreversíveis da expansão imobiliária regional. Nos últimos cinco anos, cerca de 28 mil unidades foram lançadas e atualmente 200 canteiros de obras estão em atividades, de acordo com a Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC.

"Não podemos apenas esperar as grandes obras. Essas são medidas operacionais que poderão ser colocadas em prática rapidamente e não há necessidade de investimentos estruturais para entrarem em atividade", explicou a coordenadora do Grupo de Trabalho Mobilidade do Consórcio, a arquiteta Andrea Brisida, da Prefeitura de São Bernardo.

A primeira medida do projeto do Consórcio é a comunicação compartilhada, mas não haverá a construção de central única para controlar todo o trânsito dos sete municípios. Na realidade, as companhias de tráfego vão se comunicar por meio dos métodos já existentes, como via rádio, celular, telefone e internet.
"Por exemplo, se vier a ocorrer um acidente no bairro de Piraporinha, em Diadema, as centrais de Santo André e São Bernardo serão informadas rapidamente o que reduzirá os reflexos", explica Andrea.

Além disso, a circulação de caminhões será revista e restrita. E as ruas e avenidas que apresentam maiores complicações de congestionamentos e lentidão serão regulamentadas com a proibição parcial ou total de estacionamentos. A outra alternativa será a instalação da Zona Azul. Caso esses planos não surtirem os efeitos esperados, outras modificações poderão ser cogitadas, como o rodízio de veículos.

ESTRATÉGICO

Nos próximos dias, o Consórcio lançará edital para contratar a empresa responsável por elaborar o plano intermunicipal de mobilidade urbana. O objetivo é implementar ações estratégicas que garantam a fluidez do trânsito a médio e longo prazos. O custo do projeto está em torno de R$ 1 milhão, e a previsão é de que seja entregue em seis meses após a contratação.

Diadema foi a 1ª a proibir caminhões

A Prefeitura de Diadema foi a primeira no Grande ABC a impor regulamentação para a circulação de caminhões em regiões diferentes, como no Centro e no bairro Eldorado, nos horários de segunda a sexta-feira, das 6h às 20h, e aos sábados, das 6h às 14h.

Segundo o secretário de Transportes, Ricardo Perez a medida alcançou os objetivos. "Houve aceitação tanto da parte dos motoristas dos caminhões como de veículos e, principalmente, de transeuntes", avalia Perez.

Na cidade foram instaladas 23 placas com indicações da proibição, além de faixas de orientação sobre a restrição a caminhões no Eldorado, adotada devido ao aumento da circulação de veículos pesados, um dos reflexos da abertura do Trecho Sul do Rodoanel. A comunidade apoiou a causa.

Para Ricardo Moretti, especialista em planejamento urbano, uma saída para melhorar o trânsito é o investimento em transporte coletivo. "Tem solução, mas com gosto amargo, que é a restrição de carros, mas ninguém quer adotar esse ônus político. Um exemplo é Londres, onde se adotou a cobrança de pedágio em algumas áreas da cidade."

Projetos que devem ampliar a rede de transporte coletivo devem começar a sair do papel em 2014. O Expresso ABC será a ligação rápida sobre trilhos entre a Estação da Luz, na Capital. e Mauá. O Metrô Leve sairá da Estrada do Alvarenga, em São Bernardo, e ligará a região à Estação Tamanduateí. Já o Corredor ABD, via utilizada por ônibus, terá duas ligações com o Metrô até 2015: até a estação Santo Amaro e à futura estação São Mateus. Atualmente, é ligado apenas à Estação Jabaquara.





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Balanço de fim de ano na mobilidade urbana do Brasil em 2010

domingo, 26 de dezembro de 2010

Espero que, assim como eu, vocês também contaram os dias para o Natal e o Ano-Novo. Nesta época do ano, é comum fazermos uma retrospectiva dos fatos ocorridos. O ano de 2010 foi repleto de desafios e grandes acontecimentos como as eleições presidenciais que elegeram a primeira mulher à frente do povo brasileiro.
Reconhecendo que as cidades são hoje o quadro de vida da maioria da população, são identificados problemas comuns com impactos na qualidade de vida, Segurança e Saúde dos cidadãos, no desenvolvimento e competitividade das cidades e na sua sustentabilidade ambiental.
Passar por desafios que fazem parte da vida de todas as pessoas não foi uma tarefa fácil. No entanto, é chegado momento de saudar um novo ano e a melhor maneira é tentar refletir sobre o que podemos melhorar e colocar em prática nos meses que estão por vir. Afinal todos nós temos motivos de orgulho e satisfação em nossas vidas.

UMA NOVA CULTURA DE MOBILIDADE
Na questão dos investimentos no transporte coletivo houve avanços, porém é preciso mais. O governo federal instituiu um ‘PAC da Copa' com previsão de mais de R$ 11 bilhões em projetos de mobilidade urbana nas cidades-sede. O governo paulista, nos últimos quatro anos, destinou R$ 23 bilhões, sobretudo para a ampliação do metrô e a requalificação da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). De modo geral, os candidatos às eleições de 2010 falaram na importância do transporte público urbano.

PROJETO DE LEI DA MOBILIDADE URBANA
Neste ano tramitou no Senado um projeto de lei oriundo da Câmara que estabelece medidas de desoneração fiscal voltadas para o barateamento de tarifas, o fim das gratuidades pagas pelos usuários e a adoção do sistema integrado temporal (Bilhete Único) ou a integração em terminais. Outro projeto muito importante e cuja tramitação se arrasta no Congresso, institui o vale-transporte social.
Vamos tentar em 2011 garantir maior velocidade e conforto para os usuários do transporte público e menores custos operacionais, ressaltando a importância do uso de diesel com menor quantidade de enxofre e outros combustíveis mais limpos.
Defendo também medidas de restrição a automóveis e motos e a integração desses veículos aos sistemas estruturantes de transporte público, a implementação de corredores exclusivos de transporte publico de superfície, operados com ônibus (BRTs) ou trilhos (VLTs), e a adoção de tecnologias já disponíveis para efetivar o controle e gestão das frotas e garantir maior confiabilidade aos sistemas e um nível mais apurado de informações sobre os serviços aos usuários.
Para a criação de uma outra cultura de mobilidade urbana e para a avaliação dos recursos financeiros necessários, precisamos avaliar as boas práticas; precisamos de muita pesquisa e investigação; de desenvolvimento tecnológico; de um quadro normativo que regulamente a atividade urbana; e de incentivos econômicos e financiamento para a mobilidade urbana. Enfim, precisamos que o novo governo tenha um plano de ação, constituído por um conjunto de iniciativas para uma mobilidade urbana melhorada e sustentável nas cidades do País.
E finalmente, é preciso garantir a segurança no trânsito e eficiência na circulação, para que possamos cumprir a meta da OMS (Organização Mundial de Saúde) de redução em 50% do número de mortos em acidentes de trânsito, nos próximos quatro anos.

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São Paulo: Trabalhador leva mais de 2 horas no trânsito

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Cerca de 22% dos moradores do Grande ABC que trabalham em outros municípios gastam, em média, duas horas ou mais para ir e voltar do trabalho todos os dias. Essa rotina é enfrentada atualmente por 214.802 pessoas que moram na região e têm atividades em outras cidades.
O levantamento é parte do Censo 2010 que foi divulgada na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na proporção com o número de habitantes, Rio Grande da Serra, Mauá e Ribeirão Pires são as cidades onde os moradores levam mais tempo no deslocamento. Na primeira, o índice de trabalhadores que têm essa rotina é de 32% do total, ou 5.300 pessoas. Em Mauá, o número é de 31%, ou 50.000 habitantes. Já em Ribeirão, 10.333 trabalhadores (24,5%) perdem duas horas ou mais diariamente. Dentre as sete cidades da região, as três são as mais distantes do centro da Capital.
Nos municípios mais próximos da região central paulistana, a quantidade de pessoas que perdem uma hora ou mais em cada deslocamento é menor. Em São Caetano, 9.399 trabalhadores (15,7%) se encaixam no grupo. Em Diadema, a rotina é enfrentada por 27.452 habitantes (18,3%), enquanto em São Bernardo, a faixa abrange 57.237 moradores (20%). Dos 55.140 profissionais de Santo André, que equivale a 20,9% do total, gastam duas horas ou mais para ir e voltar do serviço.

Análise - Os dados não surpreendem especialistas, que comumente defendem medidas para diminuir o transtorno de motoristas e passageiros no trânsito caótico das metrópoles. A curto prazo, o engenheiro de tráfego e transporte Horácio Figueira indica alternativas que já são conhecidas na região e na Capital: a criação de corredores exclusivos para circulação de ônibus. "Não adianta restringir o tráfego de caminhões (medida que é estudada para implantação nos 39 municípios da Grande São Paulo). É ilusão. Isso dá vazão aos automóveis, que em um mês irão entupir aquele espaço. A faixa exclusiva é a melhor opção, mas tem de ter fiscalização humana e eletrônica para impedir invasões. Hoje os ônibus não são atrativos. Eles têm de andar mais rápido do que os carros."
Figueira avalia que a opção do investimento no transporte público, como criação de trens e linhas de metrô, é considerada insuficiente diante da urgência que a situação exige, já que as obras levariam anos ou décadas.

Especialista sugere semáforos inteligentes para ônibus
A única saída apontada pelo engenheiro especialista em tráfego e transporte Horácio Figueira para melhorar as condições viárias no Grande ABC é a criação de faixas exclusivas para ônibus, o que possibilita mais fluidez.
Em Curitiba, desde 2008, sistema informatizado garante sinal verde permanente em semáforos de 45 cruzamentos da capital paranaense. A ideia foi criada com objetivo de reduzir pela metade o tempo de percurso dos passageiros e estimular a troca do carro pelo ônibus. "Sem obras, Londres (capital da Inglaterra) implantou o mesmo modelo em 1977 e conseguiu redução de 30% no tempo de percurso. Só falta vontade política para resolver. Os técnicos sabem como implantar. Temos que atrapalhar o usuário de carro, não há outro jeito", avalia.
O sensor do ônibus é acionado a pelo menos cem metros do cruzamento, distância considerada segura para a transição entre os sinais vermelho, amarelo e verde. O sistema funciona por meio de sensores instalados no chão.


Média da região é inferior à da Grande SP
A quantidade de pessoas que perdem duas horas ou mais diariamente para ir e voltar do trabalho é maior na Região Metropolitana de São Paulo em comparação ao Grande ABC. Nos 39 municípios da Grande São Paulo, 1,9 milhão pessoas entram para o grupo, o que corresponde a 28,5% do total de trabalhadores com atividade profissional em outra cidade.
Na Capital, a parcela é ainda maior, com 31% do total, enquanto no Estado, a taxa cai para 28,5%. A média nacional de pessoas que ficam pelo menos duas horas por dia no trajeto ao trabalho é de 11,4%.
Para o presidente do Instituto Brasileiro de Ciências do Trânsito, José Almeida Sobrinho, o tempo disperdiçado no trajeto reflete mudanças nas relações de trabalho nas últimas décadas. "Antigamente, as grandes indústrias tinham vilas nas proximidades onde os funcionários moravam. Isso foi mudando."
Na avaliação de Sobrinho, atualmente o tempo de permanência dos profissionais na mesma empresa é menor, o que faz com que aumentem as chances de a pessoa morar longe do trabalho. "O trabalhador optou por ficar em um local para morar e trabalhar onde for conveniente", analisa.
O especialista prevê tendência de aumento no tempo de deslocamento nos próximos anos, caso não sejam feitos investimentos significativos em mobilidade urbana. "O transporte público não é suficiente, tanto em horário quanto em volume. Isso obriga os cidadãos a se deslocarem de forma isolada, o que piora ainda mais a fluidez no sistema viário."
O especialista acrescenta que o tempo perdido no trânsito prejudica a produtividade no trabalho. "Duas horas diárias para ir e voltar equivalem a 25% da jornada de oito horas. Isso é muita coisa. A pessoa não rende o esperado."

Fonte: Diário do Grande ABC

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Consórcio ABC vai liderar planejamento da Mobilidade Urbana na Grande São Paulo

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

O Consórcio Intermunicipal Grande ABC assumiu, nesta terça-feira (17/10), a liderança da câmara temática de Mobilidade, Transporte e Logística do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de São Paulo.

A instalação oficial das cinco câmaras temáticas do Conselho Metropolitano, todas comandadas por consórcios públicos, ocorreu em reunião no centro da Capital, com a presença de representantes dos 39 municípios da Grande São Paulo.

Dentre as pautas que devem ser lideradas pelo Consórcio ABC na Câmara Temática, estão a ampliação da infraestrutura de transporte de passageiros de alta e média capacidade, induzindo a organização espacial das atividades no território metropolitano, e a promoção de gestão integrada e interfederativa dos Sistemas Metropolitanos Viário, de Transporte de Passageiros e de Logística, a partir do desenvolvimento de políticas metropolitanas.

Outros projetos que devem ser trabalhados são: integração modal, tarifária, operacional e de gestão do sistema de transporte; implementação de mecanismos de transparência e de participação social, mediante constituição de Câmara Temática Metropolitana de Carga e Passageiros; regulamentar a circulação e promover a intermodalidade do transporte de cargas na Região Metropolitana de São Paulo; entre outras.


O secretário-executivo do Consórcio ABC, Mário Reali, ressaltou a importância do trabalho em conjunto em todas as frentes para avançar na governança metropolitana.

“Esse é o espírito que precisamos incorporar nesse momento. No Grande ABC, temos nossos municípios trabalhando de maneira integrada e pensando a região. Da mesma forma, cada consórcio tem uma dinâmica de trabalho. Vamos unir esforços e compartilhar nossas experiências em desafios que todos temos em comum”, afirmou.

Reali destacou ainda a necessidade de aprofundar o debate sobre o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI), também conhecido como Plano Diretor Metropolitano.

As câmaras temáticas reúnem representantes das prefeituras e do governo estadual, comandadas técnica e burocraticamente pelas Secretarias Executivas dos consórcios públicos da Região Metropolitana.

Além da câmara temática de Mobilidade, liderada pelo Consórcio ABC, há também a de Desenvolvimento Econômico e Governança, sob comando do Consórcio Intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Paulo (Conisud), a de Gestão Ambiental e Saneamento, administrada pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto do Tietê (Condemat), a de Planejamento Integrado, sob responsabilidade do Consórcio Intermunicipal da Região Oeste (Cioeste), e a de Gestão Territorial, Uso e Ocupação do Solo, coordenada pelo Consórcio Intermunicipal dos Municípios da Bacia do Juqueri (Cimbaju).

Informações: Consórcio ABC
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Ex-prefeito de Bogotá defende faixa de ônibus em vias congestionadas

segunda-feira, 25 de junho de 2012


Ex-prefeito de Bogotá e referência na criação de políticas de mobilidade urbana, o urbanista Enrique Peñalosa defende medidas radicais para combater os congestionamentos. Entre 1998 e 2001, quando esteve à frente da prefeitura da capital colombiana, Peñalosa criou 84 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus, o Transmilênio. O sistema funciona no modelo de BRT (ônibus de trânsito rápido, na tradução), com faixas de ultrapassagem e linhas expressas. Os itinerários servem a 1,7 milhão de passageiros por dia útil, em média. 

No Grande ABC, são poucas as vias que têm corredores de ônibus, como Piraporinha, Lucas Nogueira Garcêz, Brigadeiro Faria Lima, Pereira Barreto e Capitão Mário Toledo de Camargo.

Para melhorar a fluidez nos grandes centros, o urbanista sugere medidas polêmicas. Em vias que costumam registrar altos índices de engarrafamento, o colombiano propõe a segregação de faixa exclusiva para o transporte coletivo. "O problema é que quem tem carro tem o poder político, e não quer ceder um centímetro de seu espaço à coletividade. Um ônibus que transporta 50 pessoas deveria ter 50 vezes mais espaço que um automóvel com um único passageiro. Isso é um princípio democrático básico", avalia. 

Na opinião do ex-prefeito, a construção dos BRTs deve ter preferência em relação ao metrô. Ele aponta para a melhor relação custo/benefício dos corredores. "O ônibus, por exemplo, pode entrar nas ruas dos bairros e recolher passageiros. Outra vantagem é que a distâncias entre os pontos é menor. Ou seja, o tempo de caminhada de casa ou do trabalho até o ponto e, desse local até o destino, é menor", complementa.

Peñalosa vê como hipocrisia a movimentação de grupos que pedem a ampliação da rede metroviária. "Muitas pessoas de alto poder aquisitivo são as que mais brigam pela construção de linhas de metrô, mas elas não têm a mínima intenção de usar esse tipo de transporte. Tudo que eles querem é que outras pessoas utilizem o metrô e deixem as ruas mais livres para os carros."

Outra medida defendida pelo especialista, que hoje preside o Institute for Transportation and Development Policy (Instituto de Políticas para Transportes e Desenvolvimento), é a construção de ciclovias e a restrição para o uso dos veículos particulares. "O automóvel vai gerar uma grande quantidade de custos sociais, ambientais e de qualidade de vida. Se há tantos impactos, o lógico e racional seria cobrar impostos cada vez mais caros pelo uso do carro e, com os recursos, subsidiar o transporte público.(colaborou Illenia Negrin)


Região estuda criação de corredores exclusivos

Para proporcionar mais fluidez ao sistema viário, as Prefeituras do Grande ABC estudam a criação de novas faixas exclusivas para o transporte público. Atualmente, a região conta com 33 quilômetros do Corredor ABD, que liga a região a três terminais paulistanos, além da via segregada na Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, em Santo André.

Em São Bernardo, o projeto da Prefeitura é criar 11 corredores de ônibus e quatro terminais até 2016. As obras deverão custar cerca de R$ 470 milhões, sendo que a metade será financiada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

O secretário de Mobilidade Urbana de Mauá, Renato Moreira dos Santos, informa que a cidade deverá ter vias exclusivas nas futuras avenidas marginais que estão sendo estudadas pela administração. Os corredores serão às margens do Rio Tamanduateí e do Córrego Corumbé.

A Prefeitura de São Caetano pretende construir estações de conexão nas divisas com Santo André e São Bernardo para diminuir o trânsito de ônibus intermunicipais pela cidade. “A ideia é organizar o fluxo dos coletivos para reduzir os congestionamentos”, explica o secretário de Mobilidade Urbana, Iliomar Darronqui.

Fábio Munhoz | Do Diário do Grande ABC

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Mobilidade urbana desafia grandes cidades como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife e Salvador

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Os problemas de mobilidade urbana no Brasil se repetem há anos: excesso de veículos nas ruas, transporte coletivo deficitário e em alguns casos precário, execução lenta de obras de infraestrutura e falta de ações conjuntas entre municípios da mesma região metropolitana. De uns tempos para cá, no entanto, a situação está se agravando. Com o bom momento da economia brasileira e o estímulo da indústria automotiva, ficou mais fácil comprar um veículo. Já chega a 47% o total de domicílios no País que possuem automóveis ou motocicletas para atender o deslocamento dos seus moradores. Em 2008 o número era de 45,2%, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê elevação desse porcentual. Esse movimento vai na contramão do que defendem especialistas de trânsito. Segundo eles, se não houver investimentos volumosos no transporte coletivo, a mobilidade deve ficar cada vez mais comprometida e a cena urbana frequente será a dos congestionamentos.

Ao mesmo tempo, as principais capitais estão diante de uma oportunidade única, ao ter pela frente dois grandes eventos que podem mudar esse cenário. Com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, o País deve receber bilhões em investimentos, dos quais uma boa fatia para a infraestrutura de transportes. Os principais projetos envolvem ampliação e construção de novas vias e principalmente a implantação do sistema Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um estrutura que permite o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Das 12 cidades-sede da Copa, nove têm projeto nesse sentido. As propostas, segundo fontes consultadas pela Agência Estado, não vão resolver todos os problemas, mas podem diminuir de forma considerável os gargalos da mobilidade urbana.

A cidade de São Paulo é de longe o maior exemplo do excesso de veículos nas ruas, com sua frota de 6,9 milhões ante uma população de 11,2 milhões - uma média de um veículo a cada 1,6 habitante. Em 2010, essa saturação causou em média congestionamentos de 99,3 quilômetros nos horários de pico. Os desafios da mobilidade nas grandes cidades, no entanto, não são causados só pela multiplicação dos carros nas ruas. Em Salvador e no Rio de Janeiro, a configuração das vias é espremida entre os morros e o mar, o que dificulta a fluidez do trânsito e impõe soluções de engenharia distintas.

Lentidão na execução de obras de infraestrutura é um outro entrave. São Paulo e Cidade do México, por exemplo, começaram na mesma época a construção do metrô, no início da década de 1970. Hoje, a capital mexicana possui uma malha quatro vezes maior em extensão.

Além disso, há uma forte demanda por transporte coletivo de qualidade, o que, na visão de especialistas, significa atender itens como conforto, pontualidade, frequência e cobertura do trajeto aliados a uma tarifa condizente. Sem essas condições, a população prefere migrar para o transporte individual.

A implantação do BRT é o principal projeto de mobilidade urbana apresentado pelas cidades-sede da Copa para aliviar os gargalos. A proposta consiste em um sistema de ônibus que trafegam em corredores exclusivos e possuem embarque e desembarque ágil, sem degraus (a plataforma fica no mesmo nível do ônibus), maior número de portas e cobrança da tarifa fora do veículo, antes do embarque. O modelo foi implantado com sucesso em Curitiba e exportado para Bogotá, na Colômbia. De acordo com especialistas, como a demanda por transporte coletivo é alta nas cidades, o BRT corre o risco de já nascer operando no limite. O ideal, nesses casos, seria a implantação do metrô, mas que tem um custo final mais alto.

CURITIBA

Pioneira em projetos de transporte urbano, Curitiba luta para continuar como cidade de referência nessa área. Para isso, tenta fazer com que a população diminua o uso do carro. "O automóvel não é sustentável dentro de uma sociedade moderna", afirma Marcos Isfer, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pelo planejamento de transporte e trânsito.

Para se ter uma ideia, a capital paranaense registrava em outubro de 2010, segundo o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), 1,1 milhão de veículos, dos quais 845.774 automóveis e 109 mil motos, para uma população de 1,7 milhão de habitantes (Censo 2010 do IBGE). "Há uma excessiva motorização individual. Você exclui crianças e idosos e tem quase um carro para cada dois habitantes. Além disso, o sistema de transporte público está sobrecarregado. Muita gente da região metropolitana usa o transporte de Curitiba", diz Fábio Duarte, professor do programa de Gestão Urbana da PUC-PR.

Para ele, uma das soluções seria a criação de "órgãos gestores de escala metropolitana com poder de decisão", a fim de que Estado e municípios adotem medidas conjuntas para melhorar o transporte público. "Hoje tenta-se resolver no nível municipal um problema que tem escala metropolitana."

A Urbs planeja implantar até a Copa de 2014 o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), um conjunto de obras, equipamentos e softwares para gerir o trânsito e o transporte coletivo de Curitiba. O SIM, por exemplo, terá o Controle de Tráfego em Área (CTA). "Sensores vão acionar o sinal verde quando o ônibus estiver se aproximando do semáforo. Isso prioriza o transporte público e diminui o tempo de viagem dos ônibus", segundo a Urbs

Também haverá o Circuito Fechado de Televisão (CFTV), com acompanhamento em tempo real do tráfego das principais vias. Assim, em painéis luminosos, os motoristas vão receber as informações de como se encontra trânsito nas quadras seguintes.

Novas tecnologias vão beneficiar os usuários de ônibus - são 2,4 milhões transportados por dia útil, em um sistema integrado com tarifa única que atende 93% da demanda, segundo a Urbs. Está prevista uma operação para permitir com que a pessoa saiba em quanto tempo o ônibus vai chegar ao ponto e em que local o veículo se encontra. Existe também a expectativa de introduzir a bilhetagem eletrônica, para que o usuário recarregue o cartão de transporte dentro do ônibus. E serão instaladas câmeras nos veículos e em terminais para proporcionar mais segurança.

A Urbs destaca que desde 2005 todas as obras de reforma ou implantação de equipamentos públicos são feitas de acordo com as normas de acessibilidade. "No sistema de transporte o índice de acessibilidade passou de 42%, em 2004, para 86%, em 2010, e a meta é chegar a 100% até 2012." O órgão também informou que Curitiba tem atualmente cem quilômetros de ciclovias e pretende investir em sua ampliação. "Está em fase final de elaboração um plano diretor cicloviário."

SÃO PAULO

São Paulo tem problemas de mobilidade proporcionais ao porte de sua população de 11,2 milhões de habitantes e, principalmente, da sua frota de veículos (6,9 milhões). A média é de um veículo a cada 1,6 habitante, o que já denota uma alta proporção entre motores e pessoas. Os analistas de trânsito chamam esse fenômeno de "individualização dos transportes", cenário caracterizado pelo excesso de veículos nas ruas e pelos congestionamentos frequentes. Tanto que, hoje, a velocidade média de deslocamento na maior cidade brasileira é de 16 km/h, a mesma de uma carroça

A principal explicação para esse atraso está no desenvolvimento vagaroso da rede de transportes coletivos - ônibus, lotação, trem e metrô. Na capital paulista, a proporção da população que usa esses meios para sair de casa é de apenas 36%, a mesma de 20 anos atrás, de acordo com uma pesquisa da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) que levantou dados de 1987 e 2007. Em Barcelona, cidade considerada modelo nesse quesito, são cerca de 70%. "Sofremos de uma histórica falta de investimentos nos modais coletivos. Hoje, pagamos o preço caro da ilusão da ''sociedade do automóvel''", critica Maurício Broinizi, coordenador da Rede Nossa São Paulo, instituição de defesa de direitos civis.

Os problemas não resolvidos ao longo de décadas desembocaram na adoção de medidas coercitivas. Em 2010, a Prefeitura de São Paulo restringiu o tráfego de caminhões entre as 5 e 21 horas nas marginais e nas principais vias da zona sul. Em 2009, as restrições foram impostas à circulação dos ônibus fretados. Ao mesmo tempo, cresceu a quantidade de equipamentos para fiscalização. Os 530 radares espalhados pela cidade conseguem flagrar, além das restrições já citadas, o desrespeito ao rodízio municipal de veículos e a invasão de faixas exclusivas para ônibus por automóveis.

De acordo com a prefeitura, essas iniciativas, associadas a um novo trecho do rodoanel e a novas estações do metrô, reduziram a média de congestionamento nos horários de pico em 2010 para 99,3 km. O número ficou abaixo dos 100 quilômetros pela primeira vez desde 2007.

Apesar de melhorias para o trânsito no curto prazo, as medidas restritivas são consideradas insuficientes por analistas. De acordo com o Broinizi, é necessário um conjunto de medidas de curto, médio e longo prazo para mudar a situação. Sua proposta, junto com outras organizações da sociedade civil, está em um documento chamado "Plano de Mobilidade e Transporte Sustentável", já aprovado pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores paulistana. O plano de ação pede mais agilidade na construção do metrô e de uma série de corredores expressos de ônibus (BRTs). Além disso, também recomenda a descentralização dos serviços públicos e centros funcionais, com o objetivo de desconcentrar o tráfego.

RIO DE JANEIRO

A geografia do Rio de Janeiro premia a cidade como uma das mais belas do mundo. No entanto, por estar entre o mar e montanhas, a capital fluminense oferece um desafio constante em relação à mobilidade urbana. Some-se a isso seguidos anos de ausência de planejamento e de prioridade no sistema de transporte, principalmente o coletivo. Um dos resultados desse descaso está em estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Considerando as regiões metropolitanas, o Rio de Janeiro possui o menor porcentual de trabalhadores que se deslocam diretamente para o trabalho com tempo inferior a 30 minutos: apenas 43,9%.

O doutor em Engenharia de Transporte e professor de Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense (UFF), Walber Paschoal, afirma que falta transporte público para atender a demanda. "E o pouco que é oferecido, é de má qualidade." Segundo ele, um entrave na questão da mobilidade também passa pela atenção à "convergência radial" do Rio. "A configuração da cidade é a seguinte: existe um centro comercial e a maioria das viagens converge para aquele ponto. Para esse tipo de situação, o ideal, mostram estudos, é investir em transporte de massa para desafogar as vias", explica.

O secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão, diz que o porcentual da população que se utiliza de transporte público é de 70% entre as viagens motorizadas, ante um índice de 50% verificado em São Paulo. "Nossa maior tarefa para melhorar os índices de mobilidade é dar eficiência ao transporte coletivo, tanto em velocidade operacional quanto em adequação entre oferta e demanda." Ele admite que há uma oferta de ônibus excessiva nos bairros da zona sul e escassa em regiões mais distantes, como a zona oeste. "Nossa tarefa é reverter esse quadro."

Paschoal concorda, mas mostra certa precaução com promessas: "Há anos é preciso mudar esse quadro, e o poder público insiste em investir em novas vias, em aumentar a largura delas. Essas ações atendem pontualmente, mas a longo prazo voltam os congestionamentos."

Como solução para os principais gargalos de locomoção, Paschoal enumera um planejamento em três pontos. Primeiro, de estratégia, o que significa fazer um diagnóstico da qualidade com que os meios de transporte operam na capital fluminense. Depois, uma ação tática. Com os dados estratégicos em mãos, implantar simulações para observar o impacto que intervenções propostas teriam no sistema de transporte. Por fim, um planejamento operacional. "Acompanhar os efeitos resultantes das ações de estratégia e tática."

Sansão lembrou que a Prefeitura do Rio promoveu em setembro de 2010 a primeira licitação do sistema de passageiros de ônibus de sua história. Em vez de 47 empresas, o sistema passou a ser operado por quatro consórcios. Para ele, o novo marco jurídico permitirá a gestão integrada de uma rede de transporte hierarquizada e com integração tarifária. "O Bilhete Único, que garante a realização de duas viagens (ônibus mais ônibus) ao custo de apenas uma tarifa (R$ 2,40) já está em vigor e vai mudar o padrão das viagens realizadas no município."

Para os Jogos Olímpicos de 2016, Sansão afirma que o Rio contará com quatro corredores de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Serão eles: Transcarioca, TransOeste, TransOlímpica e Avenida Brasil.

Para Paschoal, o governo passará a dar mais atenção ao sistema de transporte com a Copa de 2014 e a Olimpíada. "Vai melhorar a mobilidade. Mas logo, logo estará tudo congestionado de novo", diz, tendo décadas de ausência de planejamento como respaldo para sua previsão.

BRASÍLIA

Cidade planejada, Brasília deveria ser hoje exemplo na mobilidade urbana. Não é. A capital brasileira, com 2,5 milhões de habitantes, segundo o Censo 2010 do IBGE, enfrenta os mesmos problemas que outras capitais de mesmo porte. "Há um rápido adensamento da cidade e do entorno sem controle do uso e ocupação do solo, carência de um sistema viário eficiente e falta de políticas integradas entre os governos federal, distrital e municipal", afirma o secretário dos Transportes, Paulo Barongeno.

O arquiteto e urbanista Valério Medeiros cita que a "forte setorização (bairros distante uns dos outros), resultante do desenho de Brasília, contribui para dificultar a dinamização do espaço". Ele lembra que a cidade detém o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, distinção que impede certas mudanças em sua arquitetura.

Medeiros afirma que, além de buscar a integração entre meios de transporte e incentivar a população a diminuir o uso do automóvel, é preciso trabalhar com uma gestão metropolitana. De acordo com ele, além dos cerca de 30 municípios em torno do plano piloto - o projeto urbanístico - há cidades até de Goiás que sofrem influência de Brasília. "Existe a necessidade de uma postura metropolitana, que considere movimentos diários entre todas as cidades. Os municípios crescerem não é um problema. É só necessário que esse crescimento seja acompanhado por políticas públicas."

A Secretaria dos Transportes informa que está em execução o Plano de Transporte Urbano (PTU), a fim de implantar uma "nova concepção de operação do sistema de transporte público coletivo, fundamentada na ideia de integração entre itinerários ônibus/ônibus e ônibus/metrô". O órgão também aponta que trabalha com um projeto cicloviário para Brasília e destacou as obras no Lago Sul e no Lago Norte que preveem sinalização e o "compartilhamento harmônico" das vias entre bicicletas e veículos.

Medeiros vê com bons olhos os projetos de ciclovia, pois, segundo ele, Brasília já possui uma das maiores malhas de ciclovia do País. "O terreno (da cidade) é suave, sem grandes subidas e descidas." O urbanista só lamenta o "preconceito" que algumas pessoas têm em relação ao ônibus e à bicicleta, como se utilizá-los denotasse perda de status. "É preciso uma mudança de cultura."

A obra de maior impacto em Brasília para a Copa do Mundo de 2014 será a implantação de um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um trem urbano com menos capacidade e velocidade que os trens do metrô, porém menos poluidor e barulhento. A verba para a construção do VLT, que custará R$ 263 milhões e vai ligar o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek ao Terminal da Asa Sul, estão garantidas, segundo o governo.

SALVADOR

Salvador perdeu o título de capital brasileira para o Rio de Janeiro em 1763. Passados 247 anos, a capital baiana quer se reerguer e chegar longe, tornando-se "Capital do Mundo". Este é o título do projeto apresentando em 2010 pela Prefeitura de Salvador, que pretende investir em infraestrutura e mobilidade urbana com o objetivo de preparar a cidade para a Copa do Mundo de 2014. O desafio, porém, será desafogar o trânsito e garantir acesso de transporte público a todos os cidadãos.

Salvador tem os mesmos gargalos das maiores cidades do País, como excesso de carros, aglutinamento da região metropolitana e escassez de transporte de massa. Além disso, a topografia da cidade é acidentada, com praias e morros, cidade alta e cidade baixa, o que dificulta ainda mais o deslocamento. "O trânsito em Salvador é como um caminho de água. Ele escoa das partes mais altas e estreitas para os vales, de maior fluidez. Só que isso tem sobrecarregado as principais vias, que ficam nos vales", explica a pesquisadora Ilce Marília de Freitas, do Departamento de Transportes da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Para evitar congestionamentos de veículos, é necessário aumentar a eficiência do transporte coletivo de Salvador, que transporta apenas 1,7 passageiro por quilômetro, enquanto o ideal seria entre 2,5 e 5 passageiros por quilômetro, segundo Ilce. A ineficiência se deve a falhas na cobertura do itinerário dos ônibus, baixa frequência das viagens e tarifa (R$ 2,30) considerada cara pela população de baixa renda. Isso explica porque 25% a 30% da população se deslocam a pé todos os dias, um índice alto. "Andar a pé ou de bicicleta é bom, mas não serve para grandes distâncias", diz Ilce.

O pacote "Salvador, Capital do Mundo" reúne mais de 20 projetos de mobilidade, entre eles a ampliação da Avenida Paralela, uma das principais vias da cidade, e a construção de duas novas avenidas. O principal projeto é a implantação do sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), inspirado no modelo de Bogotá, na Colômbia. O BRT soteropolitano prevê 20 km de vias, tráfego em corredores exclusivos e ligação com o aeroporto e com a zona metropolitana.

Orçado em R$ 570 milhões, ele faz parte da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e deve ficar pronto em 2013, segundo a prefeitura. "O sistema foi escolhido porque é três vezes mais barato que o metrô e aproveita condições de infraestrutura da cidade", afirma Renato Araújo, chefe da Superintendência de Trânsito e Transportes do Salvador.

Para a pesquisadora da UFBA, o sistema é bem-vindo, mas não resolverá sozinho o problema, pois Salvador demanda transporte de grande capacidade, como o metrô. Nesse quesito, a evolução é lenta: após oito anos de obras, a primeira etapa do metrô (Lapa-Acesso Norte) ficará pronta em 2011.

RECIFE

Pernambuco quer aproveitar a Copa de 2014 para dar ênfase na qualidade do transporte público na região metropolitana de Recife. Com isso, pretende incentivar a população a usar ônibus e metrô e a diminuir o uso do automóvel. A meta é melhorar a mobilidade urbana. O secretário das Cidades do Estado de Pernambuco, Dilson Peixoto, explica que o objetivo é necessário porque as ruas do Recife já estão "fartamente" ocupadas, e a frota de veículos cresce mais de 7% ao ano. "Para piorar, por ser antiga, a cidade possui ruas estreitas e qualquer razoável obra viária tem um custo muito alto de desapropriação."

Peixoto, que acumula o cargo de presidente do Grande Consórcio Recife, responsável por gerenciar o transporte público da capital e região metropolitana, admite que hoje não há qualidade no ônibus e no metrô. "O transporte público tem capilaridade, mas não tem qualidade. É preciso garantir eficiência, conforto e pontualidade para incentivar as pessoas a usá-lo, deixando o carro em casa."

Para a Copa, uma das metas do governo é construir o Terminal de Metrô Cosme e Damião. Com 39,5 km de extensão e 28 estações, a rede de metrô do Recife é atualmente composta pela linha Centro e pela linha Sul. O terminal ficará na linha Centro, entre as estações Rodoviária e Camaragibe. A obra permitirá que passageiros que cheguem à rodoviária tenham acesso à linha BRT Leste-Oeste, ainda em fase de projeto.

A Leste-Oeste terá a implantação de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos, e vai ligar a Avenida Caxangá à Cidade da Copa, onde serão realizados os jogos, em um trecho de três quilômetros, em São Lourenço da Mata. Nesta região, o BRT fará o atendimento tanto ao terminal integrado e estação do metrô de Camaragibe quanto ao futuro terminal e estação de metrô de São Lourenço.

Nos mesmos moldes será o BRT Norte-Sul, que vai conectar Igarassu, o terminal Joana Bezerra e o centro do Recife. Com 15 km de extensão, terá conexão com os projetos Corredor da Via Mangue e Corredor Caxangá Leste-Oeste. Este abrigará faixa exclusiva de ônibus, ligando a Avenida Conde da Boa Vista à Caxangá, com meta de beneficiar 900 mil pessoas e 27 mil veículos que circulam pela via. Aquele será uma via expressa de 4,5 km com corredor exclusivo de tráfego de veículos para a zona sul da cidade. O projeto também contempla uma ciclovia.

O consultor em transporte urbano Germano Travassos afirma que o "Recife está caminhando para ter uma rede (de transporte) tão densa quanto à de Curitiba". A capital do Paraná é pioneira no País em projetos nessa área e vista como referência. "A região metropolitana do Recife foi a que mais avançou (no País) em termos de ações integradas." O governo espera que essas obras deem qualidade ao transporte público e melhorem a mobilidade urbana. Travassos, no entanto, diz que pouco que tem sido feito para dar conforto e segurança para quem usa ciclovias. "Não temos muito o que apresentar a não ser boas intenções no quesito bicicleta."

BELO HORIZONTE

Belo Horizonte é uma das capitais onde o transporte público mais perdeu espaço nesta década. O número de carros, motos, ônibus e caminhões nas ruas da capital mineira cresceu 84% em nove anos. O salto foi de 706 mil veículos em 2001 para 1,3 milhão em 2010, de acordo com dados da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). Entre todas as categorias, o maior crescimento foi visto na frota de transportes individuais: motos (114%) e carros (38,8%). Os ônibus aparecem em terceiro lugar (24%).

O fenômeno é avaliado por analistas de trânsito como o resultado de políticas públicas que privilegiaram, ao longo dos anos, o transporte individual em vez do coletivo. Aumentaram drasticamente os congestionamentos nas ruas, o que configurou um "atentado à mobilidade urbana".

"Com esse crescimento da frota, não há investimento público em túneis e viadutos que suporte a demanda", afirma Ramon Victor Cesar, presidente da BHTrans. Ele conta que, ao mesmo tempo em que a cidade viu expandir sua frota nas últimas duas décadas, o transporte coletivo perdeu muita qualidade, o que acelerou a migração para o transporte individual. "O transporte coletivo ficou insustentável", diz.

Para o presidente da BHTrans, a melhora na mobilidade urbana depende do renascimento dos transportes públicos na matriz de tráfego. Hoje, na capital mineira, 55% dos deslocamentos são feitos por transportes coletivos (ônibus e trens). "Nossa meta é chegar a 70% até 2030, como na cidade de Barcelona", afirma Cesar. "No início da década de 90, esse índice já alcançou 65%, mas foi perdendo participação para os carros".

A Copa do Mundo de 2014 pode acelerar o cumprimento da meta. Belo Horizonte foi a primeira cidade a fechar com o governo federal recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinados a melhorias da mobilidade urbana. Até 2014, serão investidos R$ 1,23 bilhão nas obras que incluem o sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês) nas avenidas Presidente Antônio Carlos, Dom Pedro I, Dom Pedro II, entre outras, além da ampliação da Central de Controle de Tráfego da BHTrans. Em outra vertente, a cidade também aposta em um ambicioso projeto de 345 quilômetros de ciclovias, o segundo maior do Brasil, atrás somente de Porto Alegre, com 495 km.

Na opinião do professor Nilson Tadeu Nunes, chefe do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os BRTs - principais projetos das cidades brasileiras para a Copa - são muito úteis. "Não dá para permitir a concentração em apenas um meio de transporte", diz. Por outro lado, correm o risco de iniciar o funcionamento já no limite da capacidade. Em algumas vias, segundo Nunes, a demanda já supera 40 mil passageiros por trecho a cada hora. O ideal para este fluxo é o transporte por trens urbanos, mas, por falta de recursos, elas não entraram no pacote de infraestrutura para a Copa.

PORTO ALEGRE

Entrar em Porto Alegre pode ser uma tarefa difícil. Sair também. A dificuldade de acesso à capital gaúcha se explica pelos gargalos viários logo no entorno da metrópole, de acordo com avaliação do professor Luis Antonio Lindau, do Laboratório de Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Na zona norte, o problema está na saturação da rodovia BR-116, principal passagem para veículos de passeio e carga entre a capital gaúcha e a região metropolitana. A rodovia federal recebe cerca de 120 mil veículos por dia, uma saturação que obriga os motoristas a reduzir a velocidade para 40 km/h em vários trechos.

Na sequência da rodovia fica outro gargalo - a ponte do Rio Guaiba - que liga Porto Alegre ao sul do Estado. A ponte, de 1960, sofre constantes problemas técnicos para içar o trecho por onde passam navios. "Tem vezes que ela sobe e não desce, parando o trânsito", conta o professor. Segundo ele, a tecnologia de içamento está ultrapassada e não serve mais para o cenário atual, em que o fluxo de veículos na região é consideravelmente maior.

Hoje, a solução para os dois pontos de afogamento da mobilidade urbana dependem de grandes obras de infraestrutura. No eixo norte, o prolongamento da Rodovia do Parque, da BR-386 até a BR-290, deve ficar pronto em dois anos, e criará uma rota alternativa entre a região do Vale dos Sinos e parte da zona metropolitana com destino à capital. Já a conexão com o sul do Estado depende de uma outra ponte, que não condicione o tráfego a interrupções, segundo Lindau.

Dentro de Porto Alegre, o excesso de veículos (frota estimada de 542 mil) e motos (72 mil) é o principal problema, associado a corredores de ônibus lotados. A situação tende a se agravar com o crescimento anual da frota estimado em 5%, o equivalente a 30 mil carros e motos a mais por ano. "A motorização será mais forte na periferia, onde os aumentos recentes da renda familiar têm possibilitado à população a compra de veículos", afirma Lindau. "O uso do carro não é um mal em si. O problema está no uso em excesso e nos horários de pico", ressalva.

O único jeito de escapar à paralisia está no investimento pesado em transportes coletivos e alternativas complementares. Nesse quesito, o cenário é otimista. A Prefeitura de Porto Alegre tem dois projetos ambiciosos. O primeiro deles é o de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um tipo de corredor expandido, com estações fechadas, veículos maiores e faixas exclusivas para o tráfego. Até a Copa de 2014, estão previstas 11 estações, em vias como as avenidas Bento Gonçalves, Assis Brasil e Protásio Alves. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre, o BRT associado a outras intervenções urbanas, como túneis e viadutos, vai desafogar o trânsito no centro da cidade.

A prefeitura também aposta no maior projeto de ciclovias do Brasil. O Plano Diretor Cicloviário, já sancionado, quer expandir a rede atual de 7,9 km de ciclovias para 495 km. Desse total, a prefeitura espera entregar 14 km nas Avenidas Ipiranga e Serório em 2011. "Não pensamos a bicicleta apenas como lazer. Buscaremos integrar as ciclovias ao transporte público, para que o cidadão possa utilizar a bicicleta e ônibus para deslocamentos", afirma a EPTC. (Reportagem de Renan Carreira e Circe Bonatelli)
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