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Tarifa zero pode dominar as eleições de prefeito em 2024 nas Capitais

terça-feira, 4 de julho de 2023

O preço da tarifa do transporte coletivo urbano deve ser um dos temas dominantes no debate da campanha eleitoral de 2024. É o que apontam marqueteiros e estrategistas políticos.

Hoje, seis capitais, entre elas São Paulo, estudam a adoção do sistema de gratuidade no transporte público. São elas: São Paulo, Fortaleza, Goiânia, Cuiabá, Brasília e Palmas.

O movimento em direção à tarifa zero se acentuou com a pandemia de covid-19. Foi depois que o coronavírus se espalhou pelo mundo que 42 prefeitos decidiram reorganizar o transporte público em suas cidades.
Esse foi o caso de Mariana (MG), Paranaguá (PR), Assis (SP) e do mais populoso de todos os municípios a adotar o sistema: Caucaia, na Grande Fortaleza, no Ceará. Desde 2021, seus 368,9 mil habitantes se locomovem com tarifa zero.


A maioria dos políticos e dos especialistas em transportes ouvidos pelo jornal Estado de São Paulo diz acreditar que a discussão sobre essa política pública estará em destaque na próxima campanha eleitoral, em 2024. 

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), já encomendou um estudo para a adoção da medida. Para seus adversários, esta pode ser a bandeira que Nunes precisará para se reeleger. “O estudo que eu pedi à SPTrans deve estar pronto ainda neste ano”, contou o prefeito.

Atualmente, o preço da passagem é R$ 4,40 e não sobe há três anos. Em 2022, o sistema de transporte público custou R$ 10,3 bilhões para a cidade, dos quais R$ 5,1 bilhões foram arrecadados com tarifa e o restante foi subsidiado pela Prefeitura. “A tarifa devia ser R$ 7,20. Começamos a levantar as cidades que tinham tarifa zero e vimos que todas elas demonstravam um ganho econômico do comércio e de empregos”, disse Nunes.

Em uma década, o investimento público no setor caiu a menos da metade, de acordo com estudo do economista Claudio Frischtak, da Inter.B Consultoria.

Se, em 2013, os R$ 8,6 bilhões em recursos estatais aplicados em transporte público já não eram considerados suficientes, o montante de R$ 4,1 bilhões no ano passado aponta uma tendência preocupante.

Enquanto isso, subsídios para automóveis e combustíveis só aumentam. Ainda no ano passado, antes do programa de incentivos fiscais para baratear carros lançado pelo governo federal na semana passada, o setor automotivo já tinha sido beneficiado com isenções tributárias da ordem de R$ 8,8 bilhões, mais que o dobro do investido pelo setor público em mobilidade nas cidades.

Para o consultor de marketing político Juarez Guedes, nas pesquisas que ele tem acessado o grande debate é em todo do transporte público que funcione de verdade, com menos superlotação, com pontualidade, com o mínimo de conforto. 

“Agora, naturalmente esse é um debate atrativo. Já participei de campanhas em que a gratuidade foi colocada mas que naquele momento não teve aderência, porque não trouxe credibilidade naquele momento, naquele contexto”, pontuou Guedes. 

O sociólogo Rodrigo Mendes entende que na eleição municipal tendem a prevalecer os temas locais. Nas capitais, em alguns casos específicos podem surgir temas nacionais, mas via de regra predominam temas mais próximos do cotidiano dos eleitores e, portanto, temas como transporte público, zeladoria (limpeza, iluminação, pavimentação), junto com lazer (parques e praças), saúde (atenção básica) e educação (infantil e ensino fundamental), segurança (guarda municipal quando a cidade tem), emprego nas suas dinâmicas locais, tendem a dominar o debate. 

Estrategista de Marketing e Comunicação e autor do livro Marketing Político, o Poder da Estratégia, Mendes acredita que a questão da tarifa zero no transporte público, sobretudo em cidades que têm finanças ajustadas e maior arrecadação de impostos, pode entrar na pauta de 2024. 

Informações: F5 Online
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Usuários de ônibus de Fortaleza enfrentam lotação, longa espera e insegurança

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Lotação, demora e violência. A reclamação dos usuários do transporte público, em Fortaleza, está praticamente na ponta da língua. Cerca de seis meses após a realização das manifestações, que povoaram as ruas com a exigência, entre outras questões, de um transporte público de qualidade, a situação parece não ter modificado muito. Nos terminais de ônibus, as longas filas que se formam tiram o sossego dos passageiros, que temem os assaltos constantes aos veículos. Além disso, a demanda de pessoas a serem transportadas, maior do que a oferta de assentos nos carros, obriga os usuários a se espremerem em viagens nada confortáveis. O resultado é a insatisfação da maioria.

A reportagem percorreu seis terminais em Fortaleza: Lagoa, Parangaba, Siqueira, Messejana, Antônio Bezerra e Papicu. A reclamação é a mesma: a longa espera nas filas aguardando a chegada dos ônibus, a lotação dos veículos e os assaltos.

A estudante Rebekka Falcão, 20, teve um ano de 2013 não muito agradável em suas viagens de ônibus. A jovem conta que foi assaltada cinco vezes na mesma linha, a 038 (Parangaba-Papicu), quando voltava para casa à noite. Ela diz que precisa do transporte para se deslocar todos os dias e não está nada satisfeita com o serviço. "O transporte público em Fortaleza é muito ruim, não tem segurança. Não consigo ver nem um ponto positivo no serviço", avaliou.

O medo dos assaltos também interfere nas viagens da aposentada Aulzenir Negreiros, 68. Para a mulher, a lotação dos veículos contribui com a onda de assaltos. "Com a lotação, se você está com bolsa, eles (criminosos) tentam te roubar. Precisa de mais ônibus e de mais fiscalização pois a gente está desprotegido", contou. A insegurança também é fato para o pastor evangélico José Ribamar Ferreira, 76, que já foi assaltado três vezes durante as viagens de ônibus que faz, diariamente, pela cidade. "Costumo andar de ônibus no fim da tarde e à noite. Nesses horários é que isso acontece", detalha.

Organização

Além do medo de assaltos, o longo tempo de espera por um ônibus, seja no terminal ou na parada, é queixa recorrente dentre os usuários do transporte coletivo.

A auxiliar de manipulação Antônia Elita do Nascimento, 44, cansou de ser prejudicada pela demora dos ônibus da linha 041 (Parangaba/Oliveira Paiva/ Papicu) e fez uma reclamação formal junto ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Ceará (Sindiônibus). Entretanto, afirma ainda não ter visto melhora.

"Eles me explicaram que o atraso acontece por conta dos desvios no meio do caminho, já que a cidade toda está em obras, mas antes de começarem as reformas, os ônibus já atrasavam muito", argumenta, lamentando o longo tempo que leva para se deslocar do bairro Vicente Pinzón, onde mora, até onde trabalha, no bairro Castelão.
O engenheiro civil Leandro Sales, 25, utiliza o ônibus como meio de transporte todos os dias. Ele afirma que é necessário repensar a maneira de lidar com o serviço na Capital. "São poucos ônibus para muita gente. É preciso aumentar a frota e mudar a logística nos terminais", opinou.

Para os usuários em idade avançada, como a costureira Ana Maria Moreira, 65, o problema da demora e da lotação toma proporções ainda maiores. "Não existe respeito com quem é idoso: os motoristas não têm paciência quando subimos devagar, ficamos muitas horas esperando e quase sempre vou em pé, porque ninguém me dá um lugar", enumera, revelando que as falhas no transporte público envolvem também o comportamento dos próprios usuários.

A aposentada Valdelice Ribeiro de Castro, 73, compartilha das reclamações. "Os ônibus estão sempre cheios e os motoristas nunca esperam tempo suficiente para subir", completa.

Soluções

Nos órgãos responsáveis pela gestão do transporte público e áreas relacionadas, as melhorias estão em estudo.

Sobre a insegurança, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou, por meio de nota, que está "em conversa com o Sindiônibus e com o Sindicato de Veículos em Transporte Público Alternativo de Passageiros no Estado do Ceará (Sindivans) para desenvolver uma ação direcionada que venha a coibir os assaltos" que envolvam os equipamentos de transporte público.

De acordo com a assessoria de comunicação da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), a Prefeitura tem trabalhado, desde o ano passado, em parceria com a Polícia Militar, fazendo abordagens nos coletivos, além da presença da Guarda Municipal nos terminais.

A implantação dos corredores exclusivos para ônibus, com os sistemas BRTs e BRSs, de acordo com a Etufor, deve reduzir o tempo de espera pelos coletivos e dar mais agilidade ao transporte. Obras como o BRT Alberto Craveiro e BRT Antônio Bezerra/ Papicu integram o pacote da Prefeitura.

A Etufor informou, ainda, que após a inclusão das vans no sistema de integração com o Bilhete Único, que começa amanhã (15), a Prefeitura de Fortaleza vai aprimorar os estudos para readequar as linhas do transporte público, garantindo mais eficiência ao serviço.

Ampliação

Além da obra de ampliação do Terminal do Antônio Bezerra, em fase de conclusão, outras intervenções são anunciadas pela Prefeitura, como a ampliação e reforma do Terminal de Messejana, incluindo a construção de um bicicletário, e a melhoria viária da Avenida Aguanambi, principal acesso ao corredor Messejana/Centro. O início das obras deve ser no segundo semestre deste ano.

Demora e cansaço na volta para casa

À noite, quando a maioria dos usuários do transporte coletivo regressa para casa, a peleja para se pegar um ônibus continua, porém, com um agravante: o cansaço após um dia inteiro de trabalho. Nos principais terminais de integração da cidade, a mesma cena. Filas e mais filas de pessoas em busca de sua condução para, finalmente, ter o descanso merecido. O que se percebe, no entanto, é que esse retorno quase sempre não ocorre da forma como o passageiro deseja.

No Terminal do Papicu, por volta das 18h, ocorre o pico do movimento. O vai e vem de pessoas é frenético, muitas vezes, de forma apressada ou correndo para pegar o veículo que já aguarda no local. Perder o ônibus nesse horário é, para muitos, motivo de muita chateação. "No mínimo, são mais 30 minutos de espera", ressalta a diarista Francisca dos Santos. Para ela, a solução para o problema seria disponibilizar mais veículos nos horários de pico. "Isso diminuiria filas e a lotação nos ônibus", diz. Além disso, ela reclama da demora de algumas linhas. "Uma vez, esperei 45 minutos por um ônibus para me trazer da Cidade dos Funcionários para cá", comenta.

As longas filas também são alvos de críticas para a maioria dos passageiros. O emaranhado de gente muitas vezes se confunde entre um ponto e outro e, de tão grandes, às vezes chegam a ocupar toda a largura da plataforma de embarque, obrigando alguns usuários a descer na área de tráfego dos carros para poder passar de um ponto ao outro.

"Quanto mais cedo da noite se chegar aqui, pior é a situação. Às vezes é melhor você esperar um pouco para sair e encontrar o terminal um pouco mais vago", destacou a auxiliar de enfermagem Sandra Ferreira, 38.

Quando falou com a reportagem, o auxiliar de serviços gerais Cristiano Luz, 37, estava há dez minutos esperando a linha Messejana-Papicu. O tempo, aparentemente normal, para ele já é irritante, e muitas vezes se estende por um período bem maior. "Já esperei 40 minutos", diz.

Lotação

Nas paradas nas ruas, a queixa da auxiliar de enfermagem Flaubenia Matos, 39, é de motoristas que não param no local, aproveitando o momento em que já existem outros veículos parados. Já dentro do terminal, a combinação lotação e espera é o que mais desagrada a trabalhadora.
Segundo ela, a estratégia para ir até sua casa com um pouco mais de conforto é esperar na longa fila por três ou até mais ônibus. "Eu trabalho o dia inteiro e saio muito cansada. Tudo o que eu queria era chegar aqui e pegar o ônibus, sentada, para ir para casa, mas para isso tenho que esperar", lamenta ela.

Por Jéssica Colaço/Levi de Freitas/Renato Bezerra
Informações: Diário do Nordeste
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Moovit apresenta relatório sobre transporte público em 2022

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Moovit, uma empresa da Mobileye e o aplicativo de mobilidade urbana mais utilizado no mundo, lança a versão atualizada do seu Relatório Global sobre Transporte Público. O levantamento foi feito com a análise de milhões de viagens por transporte público planejadas com o Moovit ao longo de 2022 em cem grandes metrópoles – dez delas no Brasil. Além da avaliação dos dados, o relatório traz também uma pesquisa de opinião com os usuários do app. 

A pesquisa quis saber o que incentivaria passageiros a usarem mais o transporte público. Para 24%, a maior demanda é o aumento na frota para reduzir o tempo de espera. Em seguida aparecem passagens mais baratas com 21%, e cronogramas mais confiáveis com 16%.

Esta edição do relatório também mostra como os passageiros passaram a usar transporte público após a fase mais aguda da pandemia de COVID 19. A pesquisa mostra que 17% dos passageiros diminuíram o uso de usar ônibus, trens e metrôs nos últimos dois anos. E 9% passaram a se locomover de outra forma, sem usar transporte público.  

Dez regiões metropolitanas brasileiras fazem parte do relatório: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. A pesquisa foi respondida por 33 mil usuários dessas cidades em novembro de 2022. Todos os dados são anônimos.

Confira algumas das conclusões do relatório, que pode ser visualizado na íntegra aqui:

Três cidades brasileiras ficam entre as dez com o maior tempo médio de viagem: Rio de Janeiro (67 min); Recife (64 min) e São Paulo (62 min);
Recife tem o maior tempo médio de espera no país

Recife tem o maior tempo médio de espera no país, com 27 min, seguido por Belo Horizonte, com 24 min, e Brasília e Salvador empatadas, com 23 min;

39% das viagens em Brasília percorrem mais de 12 km, o que é considerado uma longa distância;

Porto Alegre é a única cidade brasileira em que mais da metade das viagens (53%) são diretas;

O uso combinado de bicicletas compartilhadas com transporte público cresceu 7% em relação ao último relatório. 

“Há 3 anos, a COVID impactou fortemente o uso de transporte público. Nosso relatório mostra que as pessoas voltaram a se locomover em 2022, trazendo novos desafios para quem opera e administra os sistemas de transporte. Esperamos que o Relatório Global sobre Transporte Público seja uma ferramenta que ajude operadores e governos na tomada de decisões para ter uma operação eficiente que atenda às necessidades dos passageiros”, afirma Yovav Meydad, vice-presidente de marketing e expansão do Moovit.

O Relatório Global sobre Transporte Público está disponível para qualquer pessoa que deseje utilizar assim como comparar dados das cidades analisadas. As informações são distribuídas sob licença Creative Commons e podem ser utilizadas em artigos, reportagens, estudos bem como trabalhos acadêmicos, com crédito para o Moovit e link para www.moovit.com. 

Dados do Relatório Global sobre Transporte Público

Tempo de Viagem
– O Rio de Janeiro é a quarta cidade no mundo em tempo médio de viagem, com 67 minutos;

– Três cidades brasileiras ficam entre as dez com o maior tempo médio de viagem: Rio de Janeiro (67 min); Recife (64 min) e São Paulo (62 min);

– 12% das viagens no Rio têm pelo menos 2h de duração;

– As viagens curtas, com menos de 30 min, cresceram em todo o país em relação a 2020.

Distância Percorrida

– Brasília tem a maior distância média no Brasil, com 12,41km. É também a sexta maior em todo o relatório;

– 39% das viagens em Brasília percorrem pelo menos 12 km;

– Rio de Janeiro tem a segunda maior distância média no país, com 11,42km; 33% das viagens passam por pelo menos 12km.

Tempo de Espera

– Recife tem o maior tempo médio de espera no país, com 27 min, seguido por Belo Horizonte, com 24 min, e Brasília e Salvador empatadas, com 23 min;

– 55% dos passageiros em Recife esperam mais de 20 min pelo transporte; 

– Curitiba é a cidade com a maior porcentagem de esperas curtas (menos de 30 min): 17%;

– Tempo médio de espera diminuiu em seis cidades das dez cidades do levantamento.

Baldeações

– 27% das viagens em Curitiba têm três baldeações ou mais. É terceira cidade no mundo, atrás da Cidade do México (29%) e Paris (28%); 

– Porto Alegre é a única cidade em que mais da metade das viagens são diretas (53%);

– Recife tem o maior tempo média de espera de todas as cidades – 27 min.

Informações: Portal do Transito
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Espera média por transporte público em BH foi de 24 minutos em 2022

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

O Relatório Global sobre Transporte Público produzido pelo Moovit, popular aplicativo de mobilidade urbana, divulgado na última terça-feira (24/1), revelou que em 2022 o belo-horizontino esperou em média 24 minutos em pontos e paradas durante uma viagem em dias úteis. Só ficou atrás apenas de Recife onde o usuário esperou 27 minutos. Também foram  levantados dados sobre o Tempo de Viagem, Distância Percorrida, Incentivos ao Uso de Transporte Público e etc.

Comparando com outras cidades brasileiras, o usuário de transporte público em BH ainda precisou esperar mais do que o Paulista, que aguarda em média 18 minutos, e o Carioca - 21 minutos. Na capital mineira, 47,5% das pessoas ficam em esperas longas de 20 minutos ou mais durante uma viagem, o que é considerado uma experiência ruim, e apenas 9,2% esperam menos do que cinco minutos.
No quesito, BH ainda ocupa a oitava posição em um ranking internacional, “ganhando” de cidades como Aguascalientes (37 minutos), no México, Palermo e Trapani (29min cada), na Itália. O levantamento inclui dados sobre o uso de ônibus, metrô, trem e outros modais de transporte.

A pesquisa da Moovit foi feita utilizando os dados dos usuários, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sendo complementada por um questionário respondido por 33 mil usuários de dez cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. 

No Brasil o aplicativo já foi baixado mais de 100 milhões de vezes na PlayStore (Android) e ocupa a 3ª colocação na categoria “navegação” na Apple Store (iOS).

Tempo de Viagem

Para Marcelo Amaral, especialista em mobilidade urbana e coordenador de projetos do movimento NossaBH - grupo que faz pesquisas em políticas públicas da capital -, esse tipo de levantamento do Moovit é fundamental para pensar e refletir sobre o transporte. “Não necessariamente a gente precisa deles para dizer se o transporte está ruim ou bom, mas são importantes para o planejamento da Gestão Pública”, comentou.

Fundamental para a integração da cidade, o transporte público de Belo Horizonte tem sido alvo de constantes debates que, nos últimos meses, levaram a greves no metrô e greves nos ônibus.

O usuário que precisa enfrentar os problemas dos modais, no entanto, tem gastado em média 1 hora em deslocamento, tempo que inclui o tempo de caminhada, espera e no transporte.

A Capital Mineira é a quarta cidade no quesito, atrás de Rio de Janeiro (67 min), Recife (64 min) e São Paulo (62 min). Em BH 30,27% dos usuários fazem trajetos de 1 a 2 horas em viagens consideradas de média duração e quase 7% fazem viagens de 2 horas ou mais

Marcelo destaca toda a infraestrutura como fator determinante para reduzir os tempos de espera e viagem, comparando com outras cidades, principalmente aquelas que possuem mais de um milhão de habitantes. 

“A gente fala muito de metrô que é nosso sonho de consumo a décadas e que é uma solução rica, mas não dá para esperar só ele como solução. Os corredores de ônibus BRT (Move) é uma solução que BH começou a implantar, mas parou. Os corredores são um grande ganho para quem faz longas distâncias para reduzir, tanto o tempo de espera, quanto o tempo de viagem. É uma infraestrutura que tende a melhorar muitos fatores”, explicou Marcelo Amaral.

O especialista ainda destaca o BRT da Avenida Amazonas, como algo que a gestão pública deveria se ater em implantar. Em setembro do ano passado, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) firmou um acordo com o Banco Mundial para melhorias na Avenida, onde serão investidos mais de US$ 100 milhões. A expectativa é que a fase de elaboração dos projetos seja concluída em dois anos, após esse prazo as obras devem ser iniciadas.

Distância Percorrida

O levantamento do Moovit também demonstra que o belo-horizontino percorreu uma distância média de 7,82 Km por viagem. A cidade ocupa a sétima colocação entre as participantes brasileiras da pesquisa. Brasília aparece como a primeira colocada com a distância média sendo 12,41 Km, seguida por Rio de Janeiro com 11,42 Km, e Recife com 8,22 Km.

O Moovit ainda considera trajetos que percorrem mais de 12 Km como viagens longas. Nesse sentido, em BH apenas 17,8% dos usuários percorrem essa distância em uma viagem. No Distrito Federal, 39,4% das pessoas fazem viagens de percurso longo, e no Rio de Janeiro 33,5%.

“A cidade vai se alastrando e as oportunidades não se alastram na mesma velocidade das pessoas que vão morar muito longe. O primeiro passo da cidade é o planejamento urbano, o Plano Diretor. Sendo um plano bem feito, que adensa ao longo dos corredores, tende a diminuir o tempo de viagem e as distâncias percorridas”, disse Marcelo, que destacou a política urbana como um primeiro fator a ser melhorado.
“O segundo fator é o transporte de qualidade. A velocidade depende da prioridade ao longo do corredor. Por que as faixas exclusivas são tão importantes nas grandes avenidas? pois assim os ônibus andam mais rápido do que os carros”, ressaltou Marcelo Amaral.

Incentivo ao uso do Transporte Público

Outro destaque da pesquisa promovida pelo aplicativo é a pergunta feita aos usuários: "O que faria você usar transporte público com mais frequência?". Em BH 29% dos usuários responderam que mais veículos e um tempo menor de espera seria um bom incentivo, 19,5% reivindicam passagens mais baratas e outros 15,3% horários confiáveis.

Para Marcelo, a pergunta ajuda a entender o porquê as pessoas deixam de usar o transporte público e usam outros modos. O especialista destaca a ascensão social como um dos fatores que possibilita a compra de motos e carros, no entanto, não existe solução para as cidades que seja baseado em automóveis individuais.

“A ideia de que o transporte público precisa ser atraente é fundamental. O que faria você usar? O ideal é sempre a pessoa esperar um pouco, ser barato e rápido até o destino dela. Não necessariamente dá para fazer tudo ao mesmo tempo. Não dá para tornar a passagem mais barata, por exemplo, se você não tiver outra fonte de financiamento, que é o que BH faz com subsídio”, completou Marcelo Amaral.

Em nota a Prefeitura de Belo Horizonte informou que tem trabalhado para aprimorar o acesso da população ao transporte coletivo, e ainda reforça que são realizadas ações de fiscalização para melhorar o tempo de espera e garantir o cumprimento do quadro de horários.

Informações: Estado de Minas
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Fortaleza: Tecnologia traz melhorias para o transporte público

sábado, 11 de abril de 2009


A importância da tecnologia para a gestão do trânsito e para a priorização do transporte público foi o tema do seminário sobre mobilidade urbana. A Capital está equipada, toda a frota de ônibus possui GPS e um projeto piloto utiliza um equipamento mais moderno


A tecnologia é aliada importante do transporte público. Esse foi o tema do primeiro painel do seminário Mobilidade urbana em Fortaleza - desafios de uma metrópole, promovido pelo gabinete do vice-prefeito Tin Gomes. Em Fortaleza, toda a frota de ônibus está equipada com GPS, um dispositivo que informa a localização do veículo em tempo real. O monitoramento feito pelas empresas de ônibus evita que o motorista desvie o caminho ou passe sem parar no ponto de ônibus, reclamações muito comuns entre os usuários. Mas o uso da tecnologia pode ir além e ajudar muito mais. Em São Paulo, por exemplo, um outro equipamento, o GPRS, permite que o motorista se comunique com a central de monitoramento. A troca de informações possibilita a gestão do trânsito em tempo real. Por exemplo, se o veículo está seis minutos atrasado, a central de monitoramento é avisada e repassa o dado para a central de controle que aciona uma “onda verde” no caminho do ônibus, dando prioridade ao transporte público. O GPRS já chegou em Fortaleza. É usado em caráter piloto desde 2005. Da frota de 1.670 ônibus, 100 participam do projeto de Controle Integrado de Transporte de Fortaleza (Citifor). Os veículos circulam em seis linhas desde 2005. Mas por aqui, o GPRS ainda não gera alterações significativas no trânsito. Não se aciona ondas verdes a partir dele. “Essa é uma decisão futura. Precisamos de muitas calibragens. É preciso definir prioridades. Para quem eu libero? Para os ônibus da 13 de Maio ou da avenida da Universidade?”, explica o gerente do Citifor, Paulo Vitorino. Hoje, em Fortaleza, as próprias empresas monitoram o GPS de suas frotas. O controle é partilhado com a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), mas está disponível um monitor. Ligados à Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), o Citifor cuida dos veículos equipados com GPRS e o Controle de Tráfego em Área de Fortaleza (Ctafor) monitora 35 câmeras espalhadas em vias públicas, as câmeras instaladas nos terminais e o funcionamento dos semáforos inteligentes. As salas ficam lado a lado, mas ainda as informações ainda não se convertem em ações imediatas. “A tecnologia é um instrumento importante para criar uma base de informação e um mecanismo de controle, mas só funciona com uma gestão inteligente, pressupõe um comando, um plano de metas comuns para todos os órgãos envolvidos no trânsito”, lembra Valeska Walker, presidente da Comissão de Sistemas Inteligentes de Transportes da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), uma das palestrantes do seminário.
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População sofre com superlotação e insegurança nos terminais de Fortaleza

terça-feira, 2 de abril de 2013

Superlotação, longo tempo de espera para chegada do transporte coletivo, insegurança, aumento do número de pedintes e moradores de rua e desorganização nas filas são alguns dos problemas dos terminais de ônibus de Fortaleza. O cenário retrata o caos que mais de um milhão de pessoas - segundo a Empresa de Transporte Público de Fortaleza (Etufor) - têm que passar diariamente. Entre os passageiros, o sentimento é de indignação.

No Terminal do Siqueira, passageiros chegam a esperar uma hora pelo ônibus. Em Messejana, os usuários se queixam do aumento de pedintes e da insegurança. Já no Terminal da Lagoa, também há moradores de rua. Frequentadores também reclamam da superlotação Fotos: Alex Costa/Waleska Santiago

No Terminal do Antônio Bezerra, que passa por reforma e ampliação, as obras se arrastam desde agosto de 2009. De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Seinf), somente cerca de 35% dos serviços foram executados. E ainda há outro agravante: durante dois anos, os trabalhos ficaram parados, sendo retomadas somente no começo de março deste ano. A demora é tanta que os usuários dizem tratar-se de uma "obra sem fim".

Além disso, existe a superlotação. O horário de pico é de 17h30 às 19h30, quando enormes filas são formadas. Como só tem uma entrada e saída, um enorme congestionamento de ônibus se forma na via ao lado da entrada do terminal. O gesseiro Alan Jeferson Pereira, 19 anos, diz que o ônibus sempre demora e, por conta disso, muitas vezes chega atrasado no trabalho. "Não é que tenha poucos ônibus, mas esse engarrafamento do lado de fora complica".

Assaltos

Para o comerciante Antônio Edilberto da Silva, 36 anos, que há mais de dez anos trabalha no Terminal do Antônio Bezerra, a insegurança é o que mais incomoda. Ele também se queixa da ausência dos guardas municipais, que antes estavam presentes durante todo o dia. "Hoje, eles não são mais fixos. Chegam de manhã, passam cerca de dez minutos e vão embora e só voltam de noite, quando passam, no máximo, mais dez minutos".

Na saída do terminal, também ocorrem muitos roubos. A situação está tão crítica que até dois comércios do local foram assaltados neste ano.

No Terminal da Messejana, por onde passam cerca de 135 mil pessoas todos os dias, a principal queixa também é com relação à insegurança. A comerciante Flaviana Silva, 54 anos, comenta que, apenas no mês passado, ficou sabendo de dois assaltos na entrada do lugar. Aproveitando que as pessoas têm que abrir bolsas e carteiras para retirar o dinheiro da passagem, bandidos fazem a abordagem.

A ausência de agentes da Guarda Municipal agrava a situação e aumenta a sensação de insegurança. "Têm dias que eles estão aqui, outros não", reclama a comerciante. Outro ponto que gera bastante incômodo aos passageiros é o aumento do número de pedintes e moradores de rua.

São idosos, adultos e até crianças. Sem rumo certo, muitos aproveitam o movimento intenso para vagarem pelos terminais. A comerciante comenta que teve uma época em que o Conselho Tutelar de Fortaleza fazia visitas frequentes para acompanhar esses casos.

A falta de educação dos motoristas também é motivo de reclamação. Por pressa ou falta de compromisso, muitos não param nos pontos de ônibus, o que irrita os usuários de transporte coletivo que, além do atraso do transporte, ainda têm que perder tempo, muitas vezes em pé e no sol quente, esperando que o próximo motorista tenha a boa vontade de atender ao aceno.

Demanda crescente

Nos terminais da Parangaba, Siqueira e Lagoa, os passageiros que antes deveriam desembarcar nas plataformas, hoje, descem no lugar de tráfego dos veículos, devido à lotação. O cenário é reflexo de uma demanda de usuários crescente, cuja a frota não acompanhou o mesmo movimento em uma década.

Até condutores e cobradores reclamam da falta de estrutura dos terminais. Há oito anos trabalhando como motorista, um funcionário que preferiu não se identificar afirma que a situação de todos os terminais é péssima. "O melhorzinho é o de Messejana", diz. Bastante estressado, ele explica que o trânsito de Fortaleza está caótico. "Isso está acabando com a gente", reforça.

A zeladora Maria Antônia Rodrigues, 51, avalia as viagens diárias de ônibus para ir e vir do trabalho como cansativas e estressantes. Ela gasta, em média, de 40 minutos a uma hora no Terminal do Siqueira esperando por um ônibus. "Meu sofrimento começa logo às 5h, pois é preciso acordar neste horário para poder pegar um transporte que me deixe no Siqueira. Chegando lá, eu pego uma fila enorme, passam uns três ônibus, e só no quarto eu consigo entrar".

Variação

Dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) sobre Mobilidade Urbana apontam que, no ano 2000, a quantidade de uso do transporte individual chegou a 286,4 milhões, e, em 2010, este quantitativo saltou para 306,4 milhões, ou seja, um crescimento de 7%. Enquanto isso, a oferta de transporte público, em dez anos, teve um aumento de 0,7%. Há 13 anos a cobertura deste serviço era de 129 mil Km rodados e, em 2010, foi de 130 mil Km.

Como consequência, o uso intensivo do transporte individual, em detrimento do transporte público, tem acarretado uma série de externalidades negativas, como os congestionamentos urbanos.

Segundo o analista de políticas públicas do Ipece, Victor Hugo, o sofrimento da população nos terminais "é reflexo da desorganização do transporte público". "É preciso entender que, com o aquecimento da economia, passa a se demandar mais o uso de transporte público e privado", avalia.

Para ele, as variações na demanda por transporte público podem ser explicadas por dois efeitos do aumento do poder aquisitivo do salário mínimo. O primeiro é o efeito renda. O segundo é a substituição do transporte público pelo individual, que, conforme o analista, "ocorre devido ao transporte público ser considerado inferior".

Prefeitura promete reforma e ampliação

Os terminais do Papicu, Parangaba e Siqueira serão os próximos a passar por reforma e ampliação. No Terminal da Parangaba, o investimento será de R$ 22 milhões, para ampliação, construção de plataformas de embarque e outros serviços. As informações são da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Seinf).

No Terminal do Siqueira, o investimento será de R$ 8,5 milhões. Em relação ao Terminal do Papicu, a Seinf esclarece que o projeto de reforma está em fase de reformulação.

A Etufor informou que o Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor) irá construir corredores para transporte coletivo e reformar quatro terminais - Antônio Bezerra, Papicu, Parangaba e Siqueira. Em fevereiro, a Prefeitura retomou a reforma do Terminal do Antônio Bezerra, que tem prazo de 240 dias para conclusão.

Segurança

Marcela Tabosa, coordenadora das Inspetorias Cidadãs, comenta que, no fim de janeiro e início de fevereiro, a Guarda Municipal trocou o efetivo fixo dos terminais por efetivos móveis. Porém, como observaram - a partir de queixas dos usuários - que existe a necessidade da permanência de um efetivo fixo nos terminais, resolveram realocar os agentes, processo que está ocorrendo gradativamente.

Serão 15 guardas em cada terminal, nos três turnos, para fazer a cobertura fixa das 6h à 00h. Depois, como os passageiros diminuem, terminais terão apoio somente das equipes móveis.

Por Luana Lima e Thays Lavor
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Prefeitura de Fortaleza envia PL para concessão de Terminais de Ônibus e Corredores

domingo, 2 de julho de 2023

O prefeito José Sarto enviou à Câmara Municipal projeto de lei que autoriza a concessão de terminais, estações e corredores estruturados vinculados ao sistema de transporte coletivo urbano de passageiros em Fortaleza. A matéria, que tramita nas comissões de Orçamento e Constituição e Justiça do Poder Legislativo Municipal, visa aliar a expertise da iniciativa privada com a experiência do setor público, para garantir a contínua evolução no serviço prestado à população, com mais conforto e satisfação dos usuários do tranporte público municipal.

O projeto de lei trata de uma Parceria Público-Privada (PPP) para gerir 10 terminais urbanos e dois corredores estruturados, resultando em gestão menos onerosa para o Município. Atualmente, esses equipamentos constituem uma despesa de aproximadamente R$ 6 milhões por mês, abrangendo somente os custos básicos e diretos da operação. As receitas recebidas neste contrato poderão, inclusive, ser destinadas ao subsídio da tarifa do transporte público coletivo urbano de passageiros e a outros investimentos na área.

O prazo da concessão será de até 30 anos, com fiscalização feita pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP). A regulação caberá à Agência de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (AcFor).

Consulta e audiência pública

A Prefeitura de Fortaleza realiza, por meio da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico (SDE), consulta e audiência pública referentes à Parceria Público-Privada prevista para os Terminais de Ônibus Urbanos e Corredores Estruturados do Município.

O edital, que prevê o formato de concorrência pública para selecionar o vencedor, irá adotar o critério de julgamento combinando a apresentação da melhor proposta técnica e menor proposta de valor de contraprestação a ser paga pelo Poder Concedente (PMF).
As medidas propostas, as obras de intervenções imediatas serão concluídas 180 dias após a assinatura do contrato. Já as obras de requalificação contam com o cronograma delineado dentro de 48 meses, garantindo a Implantação e Certificação ISO 14001 - Gestão Ambiental.

Benefícios

Entre os benefícios diretos e indiretos proporcionados para cerca de um milhão de pessoas por dia, espera-se obter ganhos como: melhoria de infraestrutura, conforto e qualidade, conveniência e facilidades (implantação de centros de serviços e conveniência aos usuários e clientes do transporte (academias, mercados, faculdades, clínicas populares), maior segurança, geração de empregos, hub de infraestrutura, possibilidade de implantação de recarga de ônibus elétricos, padronização técnica dos terminais; atualização tecnológica; melhoria da qualidade dos serviços de administração, manutenção, vigilância e limpeza, permitindo otimização e redução dos custos diretos e indiretos.

“A iniciativa propõe, ainda, que o valor relativo à outorga recebida, no âmbito da PPP, seja destinado ao subsídio da tarifa do transporte público, bem como outros investimentos em modais alternativos e sustentáveis. É um aspecto importante e merece amplitude”, destaca a coordenadora de Parcerias Público-Privadas e Concessões, Alana Sampaio.

O investimento a ser realizado pelo setor privado encontra-se estimado em um Capex de R$ 322,30 milhões ao longo do período concedido, incluindo construção, pavimentação, usinas fotovoltaicas e tecnologias. O reflexo da redução de despesas fixas da Prefeitura foi orçado em R$ 16 milhões por ano, resultando em uma economia de R$ 490 milhões em 30 anos. Ao final do prazo da concessão, haverá um toral de R$ 320 milhões de patrimônio reversível para o município de Fortaleza.

“Fortaleza está dando um passo importante para melhorar o transporte público na cidade. O alto fluxo potencializa a capacidade dos Terminais para tornarem-se centralidades regionais e vetores de desenvolvimento urbano e econômico, sendo atrativos para o comércio, além de serviços públicos e privados”, pontua o secretário do Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Nogueira.

Consulta pública

Contribuições, dúvidas, sugestões e questionamentos devem ser protocolados durante o período de consulta pública, entre os dias 30/06 e 31/07/2023, através do e-mail parcerias@sde.fortaleza.ce.gov.br. Para essa finalidade, os documentos estarão disponíveis neste link.

Audiência pública

A audiência pública ocorrerá em formato virtual, no dia 13 de julho de 2023, com início às 10 horas e término às 11 horas, horário de Brasília. O ingresso dos interessados dependerá de prévia inscrição, através do e-mail parcerias@sde.fortaleza.ce.gov.br, com o envio dos seguintes dados: nome completo, telefone e indicação de órgão ou empresa, se for o caso.

Informações: Prefeitura de Fortaleza
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Deficientes físicos não têm acesso ao transporte público em Fortaleza

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

São muitas as dificuldades enfrentadas pelos deficientes físicos para circular em Fortaleza. Uma delas é o acesso ao transporte público. Fila, espera e ônibus cada vez mais lotado. Essa é a rotina desgastante de quem depende do trasporte público.

Duas cadeirantes foram chamadas pelo CETV para testar o serviço em Fortaleza. No primeiro ônibus ela encontrou dificuldades. O transporte coletivo não é acessível para cadeirantes e o cobrador teve que ajudar a cadeirante Daiane Clésia a entrar no ônibus. "Já quebraram até uma peça da minha cadeira por causa da dificuldade de entrar no transporte coletivo de cadeira de rodas. São quase todos apresentam problemas", afirmou Daiane Clésia.

Em outro ônibus o cobrador tem dificuldades de descer o elevador. Consegue só depois de várias tentativas. No terceiro ônibus, apesar de ter o equipamento, o mesmo não funcionava, estava quebrado. "É a primeira vez que paramos para cadeirantes. E acho que pelo ônibus ser novo, o equipamento não está funcionando", disse o cobrador Rafael Fontelles.

Pelo menos 12 mil deficientes físicos utilizam o transporte público em Fortaleza. Esses usuários são cadastrados no banco de dados da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) e embarcam de graça nos ônibus. Atualmente metade da frota já adaptada para receber cadeirantes, mas o serviço ainda não é 100% eficaz, segundo especialistas.

"Não existe ponto de parada ainda para os cadeirantes. Essa é a dificuldade sentida pelos motoristas. Poderia ter um espaço para nós encostarmos mais e deixar a via aberta para os outros ônibus passarem", afirmou o motorista José Eduardo.

Já para o diretor do Sindicato dos Motoristas de ônibus, Tobias Brandão, os motoristas são obrigados pelos empresários a não perder tempo nas paradas de ônibus por ter que cumprir com uma rotina sempre apertada. "As empresas não querem trasportar com uma boa qualidade de segurança. Elas querem que o motorista corra. Faça o maior número de viagens possíveis. O motorista tem que sempre andar a mil por hora para tentar cobrir uma programação de viagem", disse.

A Etufor falou em nota que os ônibus passam por vistorias todos os meses. Mas se algum passageiro não conseguir embarcar pode denunciar para a ouvidoria da Etufor pelo número 3452.9292.

Informações: G1 Ceará

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Fortaleza terá frota acima de 1 milhão neste mês

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Que Fortaleza sofre com problemas de mobilidade urbana, não é novidade para ninguém. No entanto, o estresse diário no trânsito vai piorar. De acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE), a frota da Capital irá superar a casa de um milhão de veículos neste mês de junho. Em maio, o total chegou a 997,9 mil entre carros, motos, caminhões, ônibus, vans, táxis, entre outros. Mensalmente, outros seis mil veículos são somados à frota.

Pelas ruas da cidade, em maio, circulava uma frota de 997,5 mil. Em junho, Fortaleza deve ganhar mais seis mil, conforme o Departamento Estadual de Trânsito

A capital cearense não foge à regra geral do País, onde a valorização do uso individual de transporte, em detrimento de coletivos é um desafio. Dos 997,9 mil veículos, 59% ou 589,4 mil são de carros particulares. Isso representa um automóvel para quase cinco habitantes. Ou seja, toda população fortalezense cabe na frota de carros particulares.
O número de motos também chama atenção. São 214,4 mil em somente em Fortaleza. No Ceará, elas representam quase a metade do total: são 977,9 mil para 2,2 milhões de veículos. "Em dez anos, o número geral da frota saltou 136,2% na Capital. Em 2003, eram 422,4 mil. No Estado, o aumento foi de 169,9%", aponta o Detran.

Estrutura

Especialistas apontam que a infraestrutura viária ou o controle dos órgãos de trânsito não acompanharam o ritmo acelerado da frota. Segundo o titular do Núcleo de Atuação Especial de Controle, Fiscalização e Acompanhamento de Políticas de Trânsito (Naetran), do Ministério Público do Ceará, Gilvan Melo, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE) revelam que um maior número de pessoas leva mais tempo em seus deslocamentos cotidianos. "É um verdadeiro martírio enfrentar longas distâncias, engarrafamentos e constantes panes do sistema público de transporte. Uma verdadeira via-crúcis. O número de carro sobe e, em contrapartida, quase zero de campanhas de conscientização e investimentos no transporte público de qualidade", compara.

A arquiteta e urbanista Ticiane Sanford avalia que, nos últimos anos, com a melhora da economia, mais pessoas têm acesso ao carro. Várias cidades apresentam índices similares aos de países desenvolvidos, como Alemanha e Estados Unidos, onde a média é de menos de dois habitantes por veículo. "Entretanto, nesses países, a malha viária, transporte público como metrô, fiscalização e conscientização da população ganham de goleada da gente".

Na visão do engenheiro de transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Mário Azevedo, os graves problemas de mobilidade ficarão cada vez piores enquanto não houver uma mudança nas prioridades da Prefeitura e do governo do Estado também, com relação à priorização de investimentos em transporte público. Os túneis, aponta, na verdade trincheiras, podem melhorar um pouco a situação, mas isso não deve durar muito. "Tudo o que você faz no sentido de atender a demanda dos usuários do transporte particular tem vida curta", afirma Mário Azevedo.

Cenário

O professor acrescenta que a situação poderia estar menos ruim se os motoristas fossem mais educados. Muitos, além de estacionarem em locais proibidos, fazem conversões indevidas e cometem diversas outras infrações. "Resumindo, não estão nem aí com as demais pessoas que dividem o mesmo espaço. Não precisa nem um número muito grande desses indivíduos para gerar transtornos. Falta a essas pessoas educação e, note, não é aquela sobre as leis do trânsito. Falta civilidade".

Para o professor e engenheiro de transporte, José de Paula Barros Neto, não se pode esconder que o excesso de veículos, os engarrafamentos, a contaminação do ar, a poluição acústica e o estresse influem diretamente na qualidade de vida do cidadão, que se vê obrigado a conviver com todos estes fatores. "É preciso pensarmos rápido em saídas por que está ficando insustentável".

A Prefeitura defende que investimentos na infraestrutura darão suporte para as ações de mobilidade urbana. O secretário especial da Copa em Fortaleza, Domingos Neto, diz que com as obras no entorno do Castelão, o trânsito nessa área da cidade irá melhorar. Além disso, informa, ainda existem as obras do Transfor e os túneis na Via Expressa.

Veículos não motorizados devem ser as alternativas

Diante do cenário na Capital, a professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Nadja Dutra, defende mais investimentos em veículos não motorizados como uma das alternativas mais viáveis e de curto prazo no sentido de melhorar a mobilidade urbana em Fortaleza.

Na sua avaliação, os congestionamentos e a crescente demanda de tráfego nas grandes cidades e regiões metropolitanas passaram de uma questão de segundo plano para converter-se em um dos principais problemas para os habitantes das áreas urbanas. Para ela, a diminuição do uso do automóvel, substituindo-o por modos mais atrativos ao cidadão é uma questão chave.

Uma forma alternativa e inteligente, diz, é fomentar o uso da bicicleta e priorizar os pedestres. "Mais verde, a construção de espaços apropriados como ciclovias calçadas sem barreiras são sugestões". Para garantir o êxito das medidas, frisa, é necessário não só investimento em infraestrutura, mas em educação e informação à população também.

Realidade

O uso da bicicleta é uma realidade em quase toda a Europa, destaca, sendo que países como Holanda, Suíça, Alemanha, algumas partes da Polônia e dos países escandinavos adotaram a bicicleta como principal meio de transporte. Na Ásia, principalmente China e Índia, é tida como principal modo de deslocamento. "Algumas cidades latino-americanas também têm o uso generalizado da bicicleta, como por exemplo, Bogotá na Colômbia".

Por Lêda Gonçalves
Informações: Diário do Nordeste
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