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Sem acordo, Greve de ônibus no Recife continua e vai para o 3º dia de paralisação

terça-feira, 29 de julho de 2014

Paralisados desde a manhã desta segunda-feira, motoristas, fiscais e cobradores de ônibus da capital pernambucana exigem reajuste de 10% no salário, e um aumento no vale refeição de R$ 171 para R$ 320 para voltar a trabalhar. Em uma audiência realizada na tarde desta terça no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), funcionários e empresas não entraram em um consenso sobre os valores do reajuste. Sem definição, os empregados decidiram manter a greve.

De acordo com o vice presidente do TRT, Pedro Paulo Nóbrega, os empresários ainda não cederam às exigências dos grevistas, e o dissídio coletivo não havia sido instaurado.


Nesta terça, as cenas da ontem voltaram a se repetir nas ruas da região metropolitana da cidade: os poucos coletivos que circularam estavam superlotados, com gente pendurada até nas portas. Muitos trabalhadores desistiram de embarcar, diante do empurra-empurra.

A empregada doméstica Josivânia dos Santos deixou passar cinco ônibus para embarcar do terminal integrado da Macaxeira, na Zona Norte de Pernambuco, para o trabalho, em Boa Viagem, na Zona Sul. Ela disse que não conseguiu viajar antes, com medo de cair e ser pisoteada.

Nas ruas do centro da capital, avenidas normalmente movimentadas permaneceram desertas no fim da manhã de hoje. Na Avenida Agamenon Magalhães, um dos principais corredores de Recife, os motoristas pararam os coletivos em fila dupla, o que provocou congestionamentos por um longo período na manhã.

O Consórcio Grande Recife de Transportes informou nesta terça-feira que 47 ônibus foram depredados durante a greve. Os ônibus que circulam na região metropolitana somam três mil, perfazendo total de 390 linhas e 26 mil viagens diárias. Segundo o Consórcio, à exceção do coletivo que foi incendiado na segunda, todos os outros já sofreram reparos: a maior parte teve pneus rasgados e para brisas ou janelas de vidro quebrados com pauladas e pedradas.

A greve afeta cerca de 2 milhões de pessoas e até a manhã desta terça-feira dez coletivos já haviam sido depredados por passageiros revoltados com a paralisação. Um dos ônibus, da empresa Vera Cruz, chegou a ser incendiado no terminal do bairro do Barro, a dez quilômetros do centro.

Por Letícia Lins
Informações: http://oglobo.globo.com

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Tarifa de ônibus em Campinas será reajustada a R$ 3,30 em 1º de agosto

As tarifas do transporte público coletivo municipal serão reajustadas a partir da zero hora de 1º de agosto, sexta-feira que vem. A tarifa vai passar de R$ 3,00 para R$ 3,30 nos ônibus do Sistema InterCamp, um aumento de 10%. A atualização da passagem será publicada na edição desta terça-feira, 29 de julho, do Diário Oficial do Município.

Junto com o reajuste, a Administração Municipal anunciará o fim do pagamento em dinheiro nos ônibus a partir de 1º de outubro.

A Prefeitura também vai encaminhar projeto de lei à Câmara Municipal propondo desconto de 50% no valor da tarifa para universitários, conquista esta obtida pelos estudantes secundaristas.


Com o reajuste de 10%, o Passe Escolar irá de R$ 1,20 para R$ 1,32. A tarifa também terá novos valores no chamado Linhão da Saúde (linha 5.02), passando de R$ 2,00 para R$ 2,20 no pagamento com o Bilhete Único e de R$ 3,00 para R$ 3,30 no pagamento em dinheiro.  O Passe Escolar nessa linha subirá de R$ 0,80 para R$ 0,88.

O último reajuste da tarifa foi em 01/01/2012, quando passou de R$ 2,85 para R$ 3,00. O índice definido pela Administração está abaixo do índice de inflação aferido nesse período de dois anos e meio. A inflação de janeiro de 2012 a julho de 2014, medida pelo IPCA/IBGE, foi de 16,85% (estimando o índice deste mês).

O custo de operação do Sistema Intercamp, calculado pela Emdec, sofreu uma elevação de 18,94%, levando-se em conta o Sistema Convencional (concessionários/empresas) e o Alternativo (permissionários/cooperativas).

Neste período o custo com mão de obra subiu 21,5%; o salário dos motoristas aumentou 19,91%; o valor dos veículos inflacionou 16,3%; e o litro do diesel teve acréscimo de 25,7%.

Dinheiro sai de circulação
Para ampliar a segurança dos usuários e operadores e garantir maior agilidade ao sistema, as passagens deixarão de ser pagas em dinheiro nos ônibus de Campinas a partir de 1º de outubro de 2014.

Em 2013 foram registrados 329 furtos e roubos em ônibus do Sistema InterCamp. A média do 1º semestre de 2014 é 34% maior que no mesmo período de 2013.

O decreto que será publicado na terça-feira extingue o pagamento em espécie tanto nos veículos do Sistema Convencional quanto do Sistema Alternativo, no ato da utilização do serviço de transporte.

Como pagar a tarifa
Para viajar no Sistema InterCamp, o passageiro terá duas opções: comprar o Bilhete  de Viagem pré-carregado com 1 ou 2 viagens, à venda em diversos estabelecimentos (bancas, farmácias, mercados, padarias, postos de combustível etc); ou adquirir créditos para o Bilhete Único na rede credenciada, sem limite mínimo de crédito a partir da 2ª recarga e sem custo adicional.

O Bilhete de Viagem não proporciona integração tarifária temporal, ao contrário do Bilhete Único.

No caso do Bilhete 1 Viagem, paga-se uma passagem – R$ 3,30 – mais R$ 2,00.  No caso do Bilhete Único 2 Viagens, paga-se duas passagens – R$ 6,60 – mais R$ 2,00. Esses R$ 2,00 poderão ser posteriormente ressarcidos se o usuário devolver o bilhete na sede da Transurc, à Rua Onze de Agosto, 757, Centro, segunda a sexta-feira, 8h às 18h, ou nos postos de venda da Transurc nos terminais de ônibus.

O Bilhete 2 Viagens, após ser utilizado, poderá ser recarregado, sempre com duas viagens. O Bilhete 1 Viagem não poderá ser recarregado.

Já o Bilhete Único, utilizado por aproximadamente 80% dos passageiros do sistema, terá suas vantagens ampliadas. A carga inicial mínima passará a ser de apenas uma tarifa (atualmente são necessárias duas). Mas a principal novidade é que, se o bilhete estiver sem saldo, o usuário ainda conseguirá usar duas tarifas, como se o bilhete “emprestasse” até R$ 6,60, a serem descontados no próximo carregamento.

O Bilhete Único garante integração no período de duas horas, descontos e gratuidades. Informações gerais podem ser obtidas pelo telefone da Transurc, 0800 014 02 04, ou pelo site www.transurc.com.br.

Números do transporte
O Sistema InterCamp possui 206 linhas e 1.243 ônibus em operação (995 do Sistema Convencional e 248 do Sistema Alternativo), sendo 744 acessíveis (59,9% da frota).

Em 2014, nos seis primeiros meses, registrou uma média de 630 mil passagens pela catraca por dia útil (240 mil usuários). São 15,4 milhões de passageiros por mês, dos quais aproximadamente 20% pagam a tarifa em dinheiro. Os demais usam Bilhete Único.

O sistema tem 970 mil cartões de Bilhete Único cadastrados.

Informações: EMDEC
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Prefeitura de São José dos Campos adia expansão de corredores de ônibus

A Prefeitura de São José condicionou a implantação de corredores de ônibus nos bairros ao projeto do BRT (Transporte Rápido por Ônibus), o que só deve ocorrer a partir de 2015.

Os atuais 7 km de vias preferenciais e exclusivas poderão saltar para 70 km com o BRT. Para isto, segundo a Secretaria de Transportes de São José, a ideia é aproveitar o que já foi feito nos corredores de ônibus.
“As avenidas São José e Madre Teresa, por exemplo, têm grande possibilidade do BRT passar. O corredor deverá ser readequado para o sistema de forma definitiva”, disse o secretário de Transportes, Luiz Marcelo Santos. 

Adaptações. Entre os pontos que mais causam controvérsias está a adaptação no trânsito do município para a implantação do BRT. Segundo o secretário de Transportes, todas as alterações no sistema viário de São José dependerão do projeto executivo. 
“Faremos uma licitação no chamado RDC (Regime Diferenciado de Contratação), onde poderemos licitar o projeto executivo e a obra ao mesmo tempo, agilizando o processo. Acredito que o projeto executivo esteja pronto no final deste ano para as obras começarem já no começo do ano que vem.”

Usuários criticaram o adiamento do projeto de expansão dos corredores (leia texto nesta página).
O secretário afirmou ainda que todo o trajeto do BRT será contemplado também por ciclovias, com o objetivo de incentivar o transporte sobre duas rodas, menos poluente e mais saudável. 

Rapidez. A agilidade no transporte é a marca do BRT. Trata-se de um sistema em que os ônibus trafegam em canaleta segregada no sistema viário, por isso, mais rápido. Pela proposta inicial, as estações serão de pré-embarque, ou seja, o usuário paga a passagem antes de ingressar no ônibus, o que facilita a mobilidade do sistema.

Embora as intervenções no sistema viário ainda não sejam conhecidas, possivelmente haverá necessidade de troca de pavimento em vias e readequação de sistemas de galeria de águas pluviais e de saneamento básico para acomodar o BRT. 

A obra deverá custar cerca de R$ 842 milhões, verba vinda do PAC 2, incluindo a contrapartida do município, no valor de R$ 42 milhões. Enquanto o BRT não chega, usuários do transporte público de São José reivindicam a expansão dos corredores de ônibus para os bairros ainda neste ano.

A auxiliar de serviços gerais, Ednaura Romana, 41 anos, moradora do bairro Putim, zona leste, diz que os corredores poderiam melhorar a fluidez dos ônibus nos pontos mais distantes. “Já devia atender aos bairros. Espero quase uma hora pelos ônibus. Se os corredores fossem até os bairros teria mais agilidade.” 

Mesma opinião tem a advogada Marilza Vitória Carvalho, 63 anos, que mora no Jardim Bela Vista, região central. 
“Quanto antes ampliassem os corredores seria melhor, pois foi uma boa iniciativa. Onde eles passam está mais rápido o transporte. Esperar até o fim das obras do BRT vai demorar muito”, disse. 

Já a coordenadora de atendimento, Eliziane Campos Victor, 43 anos, da Vila Industrial, diz que a espera vai valer a pena. “Ainda estamos nos acostumando e as avenidas são curtas. Se aumentar mais uma faixa não teria espaço para estacionamento”, disse.

Por Lauro Lam 
Informações: O Vale

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Grande Recife: Greve de ônibus continua por tempo indeterminado

A greve dos rodoviários no Grande Recife irá continuar por tempo indeterminado. O SINTRREPE (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos de Passageiros do Recife e Regiões Metropolitana, da Mata Sul e Norte de Pernambuco) comunicou, em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (28), que a paralisação segue "até suas reivindicações serem atendidas". A greve foi iniciada à 0h desta segunda-feira.

Com greve de ônibus, passageiros do Grande Recife enfrentaram longa espera nas paradas e no Terminal Integrado da Joana Bezerra, na área central da capital, na volta para casa. Na noite desta segunda (28), primeiro dia de paralisação, a reportagem encontrou coletivos parados no Joana Bezerra e usuários disputando espaço nos poucos veículos que chegavam ao terminal. Impacientes com a espera, alguns passageiros tentaram subir em ônibus antes do desembarque dos demais usuários, criando um tumulto. Apesar da greve, o terminal estava esvaziado, com número de passageiros abaixo do esperado para o horário.
Cansados de esperar, alguns passageiros resolveram se sentar nos pontos. A maioria reclama dos coletivos que vão para a área norte do Grande Recife, como Olinda. "O ritmo aqui está parecendo de fim de semana, com menos ônibus e com o terminal mais tranquilo", destacou a barista Giuliane Jennef, que trabalha em Boa Viagem (Zona Sul da capital) e mora em Sítio Novo. Segundo ela, a espera já ultrapassa meia hora, quando o normal é de no máximo 15 minutos, para as duas linhas que seguem para Jardim Brasil (bairro de Olinda).

Na Avenida Cruz Cabugá, entretanto, o movimento dos coletivos era tranquilo e as paradas apresentavam volume normal de usuários.  "Eles [os ônibus] estão passando um pouco mais cheio, mas nada fora do normal. É sempre assim", disse Adriana Conceição, analista de RH que aguardava um veículo para Rio Doce, em Olinda.

Na Avenida Conde da Boa Vista, passageiros enfrentaram dificuldades. A cuidadora Sonia Rodrigues, moradora de Santa Luzia, Zona Oeste do Recife, disse que esperava o ônibus há quase uma hora e meia. "Já estou pensando em pegar o metrô, dar um jeito diferente de chegar em casa. Do jeito que está, é impossível", comentou. Em dias normais, ela comentou que a espera por um ônibus da linha Vila Dois Carneiros é de 20 minutos, no máximo.

Audiência de conciliação entre rodoviários e patrões marcada para esta terça no TRT

Uma audiência de conciliação e instrução do dissídio coletivo está marcada para esta terça-feira (29) e pode colocar um fim na greve dos rodoviários de Pernambuco. O vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE), desembargador Pedro Paulo Pereira Nóbrega, agendou o encontro, às 16h, e convocou o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana/PE), o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros no Estado de Pernambuco (Serpe-PE) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos de Passageiros do Recife e Regiões Metropolitana, da Mata Sul e Norte de Pernambuco.

O mesmo desembargador expediu uma liminar, na última quinta-feira (24), para que fossem mantidos em circulação 100% da frota de ônibus nos horários de maior movimento, das 5h30 às 9h e das 17h às 20h. Nos demais horários, mesmo em greve, motoristas, cobradores e fiscais deveriam estar com 50% dos ônibus em funcionamento. Caso a categoria não cumpra a decisão, haverá multa diária no valor de R$ 100 mil reais.

Em resposta, na manhã desta segunda-feira, o sindicato dos rodoviários entrou com um embargo de declaração no Tribunal Regional do Trabalho para pedir esclarecimentos sobre a liminar. A categoria alega que, em dias normais, nem todos os ônibus circulam.

Informações: G1 PE e Diário de Pernambuco

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SP ganha quase 3 km de faixa exclusiva para ônibus

segunda-feira, 28 de julho de 2014

A avenida Vila Ema, na zona sul, contará a partir desta segunda-feira (28) com mais 2,3 km de faixas exclusivas para ônibus. Os coletivos terão prioridade no trecho, no sentido centro, de segunda a sexta-feira, das 6h às 9h. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) a implementação das faixas da Operação Dá Licença para Ônibus, que é feita em conjunto com a SPTrans (São Paulo Transporte), ficará entre as ruas Francisco Fett e Domingos Afonso.  
Daia Oliver/R7
Para sinalizar estes 2,3 km, a CET informa que usará 114 placas de trânsito e 1.555 m² de sinalização horizontal. 

Zona leste

Também a partir desta segunda-feira, a CET e a SPTrans implantam 600 metros de faixa exclusiva à direita para ônibus no sentido centro da avenida Aricanduva, no trecho entre a rua Júlio Colaço e a radial Leste (avenida Conde de Frontin), na zona leste da cidade. Os coletivos terão prioridade de segunda a sexta-feira, das 6h às 20h.

A ativação também está inserida na Operação Dá Licença para o Ônibus. Com isto, busca-se a redução dos tempos de viagens. 

Com os novos trechos implantados hoje, as faixas exclusivas já somam 344,7 km na capital paulista. É estimado pela companhia que 107 mil passageiros sejam beneficiados pela faixa da zona sul. Já pela avenida Aricanduva, as 13 linhas de ônibus da região transportam 164 mil passageiros, em média, por dia útil. 

Fiscalização

A ativação dos novos trechos terá um período de adaptação para que os agentes de trânsito orientem os motoristas para não invadirem a faixa nos horários definidos para a exclusividade dos ônibus. A partir do dia 11 de agosto, a fiscalização será intensificada. Independente disso, a orientação é para que todos os motoristas respeitem a faixa exclusiva desde o início da implantação.  

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, transitar na faixa exclusiva de ônibus é uma infração leve, com perda de três pontos na carteira e multa de R$ 53,20.  

Informações: R7.com
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Após 40 anos, BRT dá sinais de cansaço em Curitiba

Pioneira na implantação de sistemas de BRT (Bus Rapid Transit), as canaletas exclusivas para circulação de ônibus, Curitiba sente os efeitos da saturação do sistema. Sua principal linha, a Santa Cândida / Capão Raso, que transporta 170 mil pessoas por dia no eixo Norte-Sul da cidade, é alvo de reclamações por causa dos atrasos constantes e veículos em comboio. Trafegando sem impedimentos por vias exclusivas não dá para imaginar que os expressos atrasem, mas isso ocorre – e com fre­­quência maior do que os usuários gostariam.

Uma das causas para o comboio de ônibus atrasados é a falta de sincronismo entre os semáforos. A situação foi agravada depois de tantas obras na linha – de recapeamento do pavimento ao desalinhamento das estações-tubo. “Quando se faz a recomposição do pavimento, às vezes você rompe os laços magnéticos de sincronismo dos semáforos e isso demanda manutenção”, justifica o presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Junior. Nesta semana, a Urbs corrigiu o sincronismo de 21 dos 55 semáforos distribuídos ao longo do caminho do biarticulado. A expectativa é de que a regularidade da linha seja retomada.

O próprio sucesso do modelo acaba sendo a causa da saturação, porque a proposta de transporte atraiu muitos passageiros e depois estagnou. “Parece que em Curitiba o grande problema foi deixar de revitalizar o corredor já existente, principalmente os semáforos. Dependendo do número de cruzamentos, se não dá prioridade ao ônibus, você perde eficiência. Isso tem conserto, já temos alta tecnologia para criar semáforos inteligentes e até comandados do próprio ônibus”, argumenta Otávio Cunha, presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

Na avaliação de Cunha, Curitiba deixou de cuidar dos corredores, não investindo na melhoria de pavimento e estações, mas o sistema continuou atraindo usuários. De acordo com um levantamento da Urbs, os seis eixos de linhas de BRT da capital transportam diariamente cerca de 543 mil passageiros, quase um quarto dos passageiros de todo o sistema integrado. O maior volume de passageiros está na linha Santa Cândida / Capão Raso, com 170 mil pessoas por dia, chegando a picos de 45 mil passageiros nos dois sentidos em horário de pico. “O BRT tem uma capacidade de transporte de 40 mil passageiros por hora, por sentido. Se não existe mais possibilidade de ampliação do serviço, tem de investir em outro modal”, analisa Cunha.
Para Gregório, os desafios do sistema estão presentes em todo o momento porque não podemos considerá-lo pronto e adequado. “Ter uma rede integrada e consolidada é um desafio, envolve ajustes operacionais e de infraestrutura, além de aposta na tecnologia”, pondera.

Cidades se inspiram no modelo paranaense

Pelo menos três cidades brasileiras terão uma malha de BRT superior à de Curitiba, de acordo com o levantamento da Global BRT Data, vinculada à rede Embarq. É o caso do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, onde as canaletas foram implantadas recentemente e a toque de caixa. Na capital mineira, um plano de mobilidade elaborado em 2010 projetou as intervenções que devem ser realizadas até 2030. Em 20 anos, BH pretende criar 220 quilômetros de vias estruturantes, sendo que até 180 quilômetros podem ser de BRT.

Para Célio de Freitas Bouzada, diretor de Plane­­jamento da BHTrans, os problemas que Curitiba apresenta são um preço a pagar pelo pioneirismo. Por enquanto, em Belo Horizonte a avaliação do sistema é muito positiva, também por causa do pouco tempo de operação – a maior parte começou neste ano. “Nosso projeto foi implantado agora e projetado para suportar aumento de demanda até 2030”, explica.

Na cidade, nenhum usuário pode ficar a mais do que 600 metros de um ponto de ônibus, o que deixa a distância média entre as estações em torno de 450 metros. “Nosso sistema principal, da Avenida Antonio Carlos, tem pista dupla contínua e sistemas direto e parador”, conta. O sistema direto é semelhante ao Ligeirão curitibano: segue no mesmo eixo, mas com menos pontos de parada e mais rápido no deslocamento.

Bouzada considera que a capital mineira tem dois pon­tos positivos que a diferenciam de outros sistemas. O primeiro é que nem todas as linhas partem de uma estação. “Podem ter linhas com veículos do BRT que saem de um bairro e entram na canaleta”, diz. A outra é o modelo de estação, que é no nível da rua e ajuda a tornar a operação do sistema mais ágil.

Por Ivonaldo Alexandre
Informações: Gazeta do Povo


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