Governo de SP investe R$ 450 milhões em linhas da CPTM cujo plano é privatizá-las ** ** Bauru recebe 27 novos ônibus para transporte coletivo ** ** Número de passageiros do metrô de Salvador cresce 11,6% no 1º trimestre ** ** Governo de Sergipe isenta ICMS sobre óleo diesel para transporte público em Aracaju ** ** VLT Carioca passa a circular uma hora mais cedo ** ** Itajaí testará ônibus elétrico em frota do Sistema de Ônibus Local (SOL) ** ** Empresa quer linha de trem turístico entre Porto Alegre e Gramado; entenda o projeto ** ** Pagamento em Pix passa a ser aceito em todas as estações do metrô do Recife ** ** Siga nossa página no Facebook **

Em Chapecó, Usuários enfrentaram nesta manhã uma paralisação de ônibus

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Quem precisou do transporte coletivo urbano em Chapecó para ir ao trabalho na manhã desta terça-feira teve que enfrentar uma greve no setor. Motoristas e cobradores fizeram uma paralisação, atrasando a saída dos carros.
Segundo o Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores nas Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Transporte Intermunicipal e Interestadual de Chapecó e Região (Sintracol), a categoria quer um aumento de salário e do vale alimentação, além da redução do intervalo de 4 para 2 horas e melhores condições de trabalho.
A paralisação começou às 4h e até a metade da manhã alguns horários haviam sido normalizados.
– Estamos em negociação desde o dia 4 de abril quando entregamos a pauta de reivindicações . Até agora participamos de quatro reuniões e não tivemos acordo – disse Rubismar Cruz, presidente do Sitracol.
Cruz disse ainda que o salário dos profissionais é o mais baixo do Estado. Os cobradores recebem R$ 630 e os motoristas R$ 1.093. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Oeste Catarinense (Sintroeste), disse que já foi oferecido um aumento salarial nas negociações, mas o sindicato da categoria recusou.
Em Chapecó, duas empresas têm a concessão do transporte coletivo. Segundo informações do Sintroeste , uma delas, com 350 funcionários, está com 10% dos funcionários parados, a maioria cobradores. A outra com 100 funcionários disse que apenas cinco profissionais estão parados.

Informações: Diário Catarinense

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Motoristas desrespeitam nova faixa preferencial para ônibus em Fortaleza

No primeiro dia de implantação da faixa preferencial para ônibus na Avenida Bezerra de Menezes, em Fortaleza, foram flagrados vários desrespeitos de motoristas às orientações da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor). Na manhã desta segunda-feira (13), carros particulares continuavam utilizando a duas faixas da direita da avenida, separadas com uma linha de cor azul.

Muitos condutores reclamaram que ainda estavam confusos com as mudanças do Serviço Rápido de Ônibus de Fortaleza (BRS-FOR). "Hoje está complicado por ser o primeiro dia, mas acredito que vai melhorar", afirmou a técnica de enfermagem, Marta Rejane.

Fiscais da Etufor em um carro estavam no local nesta manhã e orientaram os motoristas de carros particulares no trânsito a saírem da faixa preferencial. De acordo com o órgão, nas faixas azuis, é permitido o tráfego de táxis com passageiros nas faixas preferenciais, mas o embarque e o desembarque de passageiros deve ser realizado nas vias transversais. Os carros particulares só podem utilizar as faixas preferenciais quando precisarem acessar um estabelecimento com estacionamento localizado no lado direito da via ou tiverem de fazer conversões à direita. Nesse último caso, eles devem percorrer no máximo 100 metros.

As mudanças também afetaram os usuários de coletivos. As linhas serão divididas nos grupos 1, 2 e 3 e, ao trafegarem na Avenida Bezerra de Menezes, vão parar somente nos pontos de parada que tiverem a sinalização correspondente a elas.

Fonte:  TV Verdes Mares

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Como funciona o BRT Transoeste, principal transporte da Olimpíada de 2016

Quem chega pela primeira vez ao Terminal de Ônibus Alvorada, na Barra da Tijuca, espanta-se com a fila formada para o embarque no BRT Transoeste – mesmo fora do horário de pico. "A fila está grande, mas daqui a pouco devo estar saindo", avisa uma usuária, por telefone. Ela estava certa. Bastou um ônibus e em cinco minutos mais da metade das cerca de cem pessoas se foram. A mulher que falava ao telefone embarcou no carro seguinte. Cada veículo comporta 70 pessoas sentadas, mas são raros os ônibus que deixam a Barra sem que dezenas de usuários já se aglomerem de pé.

A lotação do sistema parece inevitável, afinal, a demanda por transporte para a região que mais cresce no Rio é imensa. E desde o início da operação do sistema, inaugurado há dois meses, o movimento é intenso. Mas a fila de hoje parece ser o menor dos problemas. Quem hoje usa o BRT conseguiu cortar uma hora e meia do seu tempo de viagem, como atesta o motorista Luís Aurélio da Silva Nascimento, de 34 anos. "Antes, demorava duas horas e meia no meu trajeto, e tinha de levantar da cama às 3h30 para chegar a tempo ao serviço. Cheguei a vir de carro um tempo para compensar, só que gastava mais. Hoje, levo de 30 a 40 minutos. Ganhei mais de uma hora de sono de manhã, e mais tempo para brincar com meus filhos à noite", conta. Ele sabe que se trata de uma obra olímpica, mas integra o grupo de quem já é beneficiado antes da chegada dos turistas: os trabalhadores, que representam 84% dos usuários.

"Os maiores favorecidos são as pessoas que moram na zona oeste e dependem do transporte público para chegar ao trabalho. Estamos falando de uma região com 1,64 milhão de habitantes. É outra cidade dentro do Rio. Mas o BRT é ônibus para turista também", destaca Lélis Teixeira, presidente da Fetranspor e do Rio Ônibus, os sindicatos das empresas de ônibus do estado e da capital, respectivamente. Teixeira lembra, por exemplo, que as quatro linhas do BRT (Bus Rapid Transit, em inglês, ou Transporte Rápido por Ônibus), quando concluídas, integrarão duas das regiões que mais recebem investimentos para a Olimpíada de 2016: Deodoro e Barra da Tijuca, este último local do futuro Parque Olímpico, definido pela presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos Marques, como "o coração dos jogos".

Linhas - Serão, ao todo, mais de 150 quilômetros de vias segregadas, dos quais 51 estão em funcionamento no trecho da Transoeste – a maior delas, que hoje liga a Barra a Santa Cruz e se estenderá até Campo Grande. São 36 estações divididas entre o corredor expresso e o parador (que, como o nome diz, para em cada uma delas). A próxima a ficar pronta deve ser a Transcarioca, que permitirá integração ao Aeroporto Internacional do Galeão. As outras duas, Transbrasil e Transolímpica, estão em fase de projetos.

Dentro dos ônibus articulados, uma gravação informa a próxima estação de parada em português e inglês, quando necessário – como faz o metrô carioca. Atualmente, a Transoeste transporta 60.000 pessoas diariamente. A estimativa é chegar a 120.000 por dia com a ampliação.

Teixeira assegura que o sistema comportará esse aumento de demanda. E mais: precisa que isso aconteça, para que seja lucrativo. Ao custo de 2,75 reais, o valor da tarifa é o mesmo de uma linha de ônibus comum, que não exige os gastos vinculados ao novo sistema – que tem estações de embarque e desembarque especiais, com equipes de limpeza e segurança próprias para ajudar a conter o vandalismo, e sistema informatizado que avisa o intervalo entre os veículos, monitorados por GPS. "O BRT ainda não se paga, mas acreditamos que nos próximos meses, à medida que o sistema crescer, chegaremos a um equilíbrio. A população não está acostumada, porque não cortamos as linhas paralelas, o que deve acontecer gradualmente a partir da migração", explica o presidente do Rio Ônibus, garantindo que não se cogita aumento de tarifa.

Aprovação - Mais qualidade e rapidez no transporte pelo mesmo preço são razões suficientes para justificar a aprovação do sistema: 90% dos usuários se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos, segundo pesquisa realizada no mês de julho pelo instituto de pesquisa Mapear. O índice de insatisfeitos é de 2% (8% se declararam neutros). "É um sucesso que não imaginávamos", admite Teixeira.

A fiscal de caixa Daniele Duarte, de 31 anos, é uma das que engrossa as estatísticas elogiando o sistema que, com corredor exclusivo, escapa de qualquer congestionamento. "Antes, eu ficava de 40 minutos a uma hora parada no trânsito, e chegava em casa cansada e estressada. Não passo mais por isso e sei que vou sempre estar no horário."

Na tarde de segunda-feira passada, a reportagem de VEJA percorreu o caminho de Alvorada a Santa Cruz, e o inverso. A fila observada na ida não se repetiu na volta – nem o volume de pessoas em pé dentro do ônibus. Por ser articulado, o veículo sacode um pouco mais do que os tradicionais, o que exige bom equilíbrio e pulso firme dos usuários. A maioria que conseguiu lugar sentada logo se ajeitou para um cochilo, que só foi interrompido quando um passageiro decidiu ouvir música no celular sem fones de ouvido – afinal, o novo sistema não anula velhos problemas de convivência e educação. Mesmo assim, a principal vantagem apontada pelos usuários foi comprovada: com pouca ou muita gente a bordo, o tempo gasto foi de exatos 50 minutos de ponta a ponta, em ambos os sentidos.

Atropelamentos - A fluidez com que andam esses ônibus, que não têm obstáculos na faixa exclusiva e só param nas estações ou semáforos, permite entender a razão de tantos elogios, mas também leva a pensar diante de outro número que começa a surpreender: o de pessoas atropeladas. Foram cinco acidentes desde a inauguração, em junho, três com morte - a última, na quinta-feira passada, próximo à estação Bosque da Barra, em direção a Santa Cruz. Segundo a CET-Rio, a mulher tentava atravessar a via fora da faixa de pedestres. Em coletiva de imprensa no último dia 3, o prefeito Eduardo Paes disse que o índice não preocupa e que pode ser contido facilmente com campanhas de conscientização. "O que a gente precisa é alertar, educar a população, mostrar que não dá para atravessar fora da faixa - nem em área de BRT nem em área de veículo comum."

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Governo de SP quer ‘carona’ no TAV para implantar trem regional em Campinas

segunda-feira, 13 de agosto de 2012


O governo do estado de São Paulo estuda a implantação de um trem rápido regional da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) entre Campinas e Jundiaí (SP). A ideia é usar a infraestrutura do Trem de Alta Velocidade (TAV), do governo federal, para o transporte de passageiros entre os dois municípios de acordo com o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.

Durante um ciclo de debates sobre infraestrutura logística, realizado em Campinas nesta terça-feira (7), Fernandes disse que os governos já estudam uma parceria entre os dois projetos do setor. “Queremos aproveitar a mesma obra. Agora estamos trabalhando de modo inteligente sem ser de forma antagônica como antes”, destacou.

Embora o trem entre Campinas e Jundiaí esteja sendo negociado entre os governos, ainda não há previsão para início de obras. Enquanto é aguardada a nomeação do ex-diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Bernardo Figueiredo, para a presidência da Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (ETAV), os dois governos analisam a formulação de uma minuta de acordo e cooperação no projeto.

O TAV tem um investimento estimado em R$ 33 bilhões. Já o trem regional ainda não há previsão dos custos segundo Fernandes.
A composição teria a capacidade de 564 passageiros e com seis partidas entre as estações a cada hora, totalizando 3,6 mil pessoas transportadas a cada 60 minutos. Uma média de 40 mil passageiros por dia.

A ideia é que passagem para o transporte de passageiros no trem rápido tenha o mesmo valor do ônibus rodoviário.

De acordo com o secretário, é possível fazer o compartilhamento do mesmo trilho entre os dois tipos de trens. Uma linha férrea construída para suportar uma composição do trem-bala que atinge até 350 km/h, poderia ser aproveitada para os trens rápidos, que têm uma velocidade máxima de 180km/h.

Transporte até SP
Um trem rápido da CPTM será implantado entre Jundiaí e São Paulo a partir de 2013. O projeto está em fase de estudo e as obras devem começar no fim do ano que vem, com previsão de término de dois anos.

Para o Fernandes, a criação de um transporte ferroviário entre as duas cidades “desafogaria a malha rodoviária, tirando pelo menos 600 ônibus fretados diários que partem da região de Campinas para São Paulo”.

O trem rápido da CPTM seria voltado para o trabalhador do interior que vai e volta todos dias para a capital, evitando que ônibus tenham a necessidade de entrar na cidade.

Federal
A ANTT informou que não pode tratar de assuntos relacionados ao TAV. O G1, por sua vez, entrou em contato com o Ministério dos Transportes, mas não houve resposta sobre a parceria até a publicação.


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Sustentabilidade e transporte público: é preciso vontade política


O tema mobilidade urbana e o debate sobre a busca contínua por sustentabilidade no setor foram exaustivamente abordados na Conferência Rio+20 e, como em quase todas as discussões travadas no encontro, não trouxe soluções concretas. Para que as melhorias saiam do papel é necessário o estabelecimento de políticas claras e de longo prazo.
Apesar de toda a discussão sobre os problemas e as "soluções" relacionadas aos poluentes locais e mundiais e ao aquecimento global, ainda não existe um conjunto de princípios, instrumentos e ações governamentais que estabeleçam compromissos permanentes e bem delimitados para promover avanços significativos nessa importante questão.

Sem essa atuação do setor público, as inúmeras iniciativas em implantação produzirão, provavelmente, resultados aquém daqueles esperados e necessários para reverter a situação atual e trarão uma falsa impressão de sucesso. Num primeiro olhar desatento, pode parecer que se obteve o esperado. Mas, na verdade, e segundo uma visão mais ampla de sustentabilidade, será um êxito limitado.

Essa realidade é ainda mais flagrante quando o assunto é transporte urbano de passageiros no Brasil. Ano após ano, a indústria automobilística bate recordes de produção e venda de carros. Esse desempenho pouco surpreende, pois uma das iniciativas preferidas pelo governo tem sido a isenção do Imposto sobre a Produção Industrial (IPI) em tempos de crise mundial financeira e de resultados macroeconômicos recessivos. Consequentemente, observa-se o aumento significativo dos deslocamentos urbanos individuais com automóveis, que são energeticamente ineficientes e ambientalmente insustentáveis.

Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2011, essas viagens respondem por mais de 65% das emissões dos poluentes no transporte de passageiros em áreas urbanas. Ademais, a contribuição dos automóveis particulares é de cerca de 51% do total de emissões de gases de efeito estufa, segundo relatório do Ministério do Meio Ambiente (2009).

Por seu lado, o transporte público urbano tem sido negligenciado nas políticas públicas e sobrecarregado com impostos dos mais diversos. Apesar da recente sanção da Lei nº 12.587/2012, que define a Política Nacional de Mobilidade Urbana, e dos recursos voltados para a infraestrutura por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), as últimas décadas foram marcadas pela inexplicável ausência de investimentos para o transporte público urbano. Ao contrário, ainda segundo o referido estudo do Ipea, os automóveis recebem até 90% dos subsídios dados ao transporte de passageiros no país, ou seja, 12 vezes mais que o transporte público.

Esse privilégio ao automóvel comprova que a sustentabilidade ambiental no transporte público urbano é um desafio subestimado por aqueles não envolvidos na operação diária em mais de 2 mil municípios brasileiros. Os empresários do setor trabalham dentro de uma realidade em que todos os recursos financeiros advêm da coleta das tarifas praticadas, obrigando as empresas a considerar as escolhas de veículos e combustíveis de acordo com as condições de operação (demanda de passageiros; vias de operação; priorização).

O setor empresarial vê com bons olhos a adoção de avanços tecnológicos, desde que venham associados a políticas claras e duradouras de governo. A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) propõe uma série de ações governamentais de longo prazo para que avanços concretos sejam obtidos.

Entre elas, a criação de condições para que o atual estágio de desenvolvimento tecnológico (Fase P7 do Programa de Controle de Emissões Veiculares — Proconve) seja amplamente implantado por todo o país, o monitoramento do progresso dos sistemas BRT em obras e a multiplicação das experiências de sucesso para as cidades de médio porte, a criação de uma política de avanço tecnológico para o setor, o desenvolvimento de um programa estratégico de longo prazo e a implantação de incentivos graduais à transição de um combustível para outro para viabilizar a adoção de novas tecnologias. Em suma, para o Brasil alcançar o nível de mobilidade urbana condizente com seu tamanho e potencial, é preciso vontade política e pulso firme de nossos governantes.

Artigo de Otávio Vieira da Cunha Filho 

Presidente executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU)
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Em Pernambuco, Secretário Estadual das Cidades, Danilo Cabral, fala sobre planos de mobilidade para o Estado

Em entrevista ao Jornal do Commercio, o secretário estadual das Cidades, Danilo Cabral, fala sobre planos de mobilidade para o Estado e, sobretudo, Região Metropolitana do Recife. Cabral garantiu que o governo de Eduardo Campos está aberto ao diálogo, mas que a ideia de construir quatro viadutos na Avenida Agamenon Magalhães não foi deixada de lado.
 
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

De Olho no Trânsito  – O governo está revendo a ideia dos viadutos, como o governador deu a entender na semana retrasada, ou está dando sequência ao projeto?
 Danilo Cabral – O governo continua, como sempre esteve desde o início desse processo, aberto à discussão. Desde que a gente deu um passo para tirar do papel a implantação do corredor de transporte público da 1ª Perimetral (Agamenon Magalhães), porque essa é a discussão, a de um corredor de transporte, sempre estivemos e continuamos abertos à incorporação de sugestões, contribuições e ao próprio debate, como fizemos em várias oportunidades. Realizamos audiências públicas com moradores, depois com o MPPE, participamos de vários debates com entidades e instituições técnicas. Ou seja, o governo sempre participou desse debate e queremos coletar todas as contribuições. O projeto continua em curso sim, seguindo o rito que tinha sido programado. Claro que ele encontra-se agora numa fase de detalhamento dos estudos de impacto para que possamos dar sequência à intervenção propriamente dita. Nesse momento estão em curso os estudos de impacto de vizinhança e ambiental, o plano de circulação durante a obra e o detalhamento do projeto executivo. No horizonte de 90 dias de espera, contados a partir de julho, teremos condições efetivamente de discutir o início da intervenção.

De Olho no Trânsito – Então, se a construção dos viadutos está mantida, o que o governador quis dizer quando deu a entender que iria rever o projeto, sem ser provocado, durante o lançamento do programa de navegabilidade do Rio Capibaribe?
 Danilo -  O governador colocou que continua aberto a discussões para incorporação de contribuições de melhoria à ideia dos viadutos. Não chegamos a colocar a alternativa de desistência do projeto. Isso não aconteceu. Continuamos a afirmar a importância de ouvir a sociedade para aprimorar o projeto. Lançamos esta semana uma intervenção na Agamenon que exemplifica esse aprimoramento e dialoga com a mobilidade na via, o projeto de implantação de 100 quilômetros de ciclovias nos corredores de ônibus. O Estado, como disse o governador, está aberto para aprimorar. Agora, o resultado final só será definido após a conclusão dos estudos e, até lá, o que podermos ter de contribuição será bem vinda.

De Olho no Trânsito – E se esses estudos apontarem que o impacto dos viadutos será grande, havendo desgate para o governo, vocês podem desistir do projeto?
 Danilo – Não vou me antecipar aos resultados dos estudos. A finalidade deles é exatamente dar consistência técnica para fazermos a intervenção. Essa consistência, inclusive, não depende só de nós, mas de diversos órgãos técnicos, como por exemplo a própria CPRH, que vai analisar a questão ambiental. A análise desses estudos vai ser feita pelo governo no que lhe cabe, mas também pelos órgãos de controle, para que tomemos essa decisão.

De Olho no Trânsito – Os estudos de impacto vão ser divulgados abertamente para a sociedade, inclusive a imprensa?
 Danilo –  Sim, claro. Inclusive como eu disse, são estudos que serão submetidos aos órgãos técnicos, como a CPRH e a prefeitura. Ainda mais agora com a Lei de Acesso à Informação.

De Olho no Trânsito  – A licitação pública para escolha da empresa que vai construir os viadutos já foi concluída e homologada. Caso o governo decida por outro projeto, ela continua valendo?
 Danilo – Não. A licitação tem um objeto, que é a construção de quatro viadutos. Você pode até suprimir ou acrescentar em até 25% o montante do contrato, segundo a Lei das Licitações, mas não pode transformar os quatro elevados em um único viaduto, por exemplo. Porque assim você estaria alterando o objeto e eliminando gente que poderia ter participado da licitação se soubesse que ela seria para um único elevado. Mas não participou porque eram quatro viadutos.
De Olho no Trânsito – Então isso pode impedir o governo de desistir da ideia dos viadutos?
 Danilo – Volto a repetir que o Estado continua tocando o projeto que foi apresentado e discutido com a sociedade.

De Olho no Trânsito – Outras ideias para o corredor foram apresentadas ao governo, entre elas a de Jaime Lerner, que previa um elevado só para ônibus na Agamenon. Por que o governo optou pelos viadutos? Está querendo, de fato, beneficiar o automóvel?
 Danilo – De forma alguma, pelo contrário. Essa alternativa foi apresentada pelo arquiteto Jaime Lerner, a partir de uma parceria feita com os operadores do sistema, o Urbana-PE, que era esse grande elevado. A partir desse projeto e do debate com a sociedade, identificou-se que, em primeiro lugar, ele também tinha um problema operacional, que era impedir uma alternativa futura de outro modal, que estaria invabilizado pelo elevado. Segundo, do ponto de vista estético, o elevado proposto era extenso, com quase cinco quilômetros, o que iria agredir bastante a Agamenon e teria impacto ambiental porque mexeria na borda do canal. Depois o governo estudou o monotrilho, fizemos um estudo de uma Parceria Público-Privada (PPP), que teve muito fôlego. Do ponto de vista técnico, teve respaldo porque não alteraria em nada o funcionamento da Agamenon do ponto de vista dos carros. Mas quando se analisou o financiamento desse projeto, na ordem de R$ 4 bilhões na época, verificou-se que o custo da tarifa ficaria elevado. Como o governo decidiu não levar o impacto do sistema para a tarifa, desistimos. E foi aí que chegamos aos elevados, com menor custo.

De Olho no Trânsito – Os contrários aos viadutos apontam o aspecto da travessia dos pedestres e a insegurança nas áreas localizadas embaixo dos viadutos como algumas das razões para que o projeto não seja executado. Como o senhor rebate esses argumentos?
 Danilo –As passarelas são uma necessidade e um respeito ao direito do cidadão de se locomover. Estamos com projeto de colocar passaraleas em todos os corredores de transporte público. Na Agamenon serão cinco – quatro interligadas aos viadutos e uma isolada, na altura da Comunidade do Xié. Agora, a população precisa ter consicência e fazer uso desses equipamentos. Sobre a degradação embaixo dos viadutos podemos dizer que o fato de eles serem estaiados ajuda. No Parque Amorim, por exemplo, haverá uma ampliação da área verde. Agora, é claro que a cidade precisa ser cuidada de uma forma geral.

De Olho no Trânsito  – Faça a defesa dos viadutos.
 Danilo – Os viadutos fazem parte do grande projeto que é a implantação de um corredor de transporte público, o Norte-Sul, que começa em Igarassu e terá um eixo para o Centro e outro se ligando com o eixo sul da cidade. Num primeiro momento irá até a Ilha Joana Bezerra, mas futuramente se ligará com Jaboatão dos Guararapes. Quando se fala que a Agamenon representa apenas seis quilômetros do corredor é preciso lembrar que eles são estratégicos para a interligação entre os eixos Norte e Sul. A solução dos viadutos foi proposta para viabilizar esse corredor. Todos eles tiveram um lastro técnico. Nossa preocupação, isso precisa ficar claro, é com o transporte público. Se pudermos, e vamos fazer isso, melhorar também o transporte individual, ótimo. Mas a visão estratégica do governo é o transporte público de passageiros.


Por Roberta Soares / JC Online - De Olho no Trânsito


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