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No Recife, Começa obra das estações para transporte no Capibaribe

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A construção das estações de embarque e desembarque de passageiros no Rio Capibaribe, no Recife, teve início na sexta-feira (13). As obras fazem parte do Programa Rios da Gente, projeto que pretende tornar o Capibaribe navegável para transporte público fluvial até junho do próximo ano. A ordem de serviço foi assinada, na manhã de hoje, pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio, e pelo secretário das Cidades, Danilo Cabral, em solenidade realizada no canteiro de obras da BR-101, no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte da capital.

Inicialmente, está prevista a construção de sete estações. O projeto, que deve transportar 300 mil pessoas por mês, prevê a circulação de embarcações em duas rotas. Com 11 quilômetros de extensão, a Rota Oeste terá 5 estações e vai passar pelos bairros de Dois Irmãos, Santana, Torre, Derby e Centro do Recife.  As três primeiras estações dessa rota devem ficar prontas até fevereiro de 2014: as estações do Derby, na área central; do Recife, próxima à Estação Central de Metrô, e a de Santana, em Casa Forte. As outras duas devem ficar prontas até junho.


Já a Rota Norte terá 2,5 quilômetros e duas estações, ligando a Rua do Sol, no Centro da cidade, até a região próxima à Escola de Aprendizes Marinheiros, no limite entre a capital e Olinda.

As estações serão erguidas em uma área de 438 m², cuja limpeza está inserida no processo de construção. As cabines serão compostas por plataformas flutuantes, acessibilidade plena, guichê para emissão dos bilhetes, banheiros, circuito fechado de televisão, estacionamento para veículos e bicicletário. Uma audiência pública marcada para 15 de outubro deve discutir com a população o projeto de operação do transporte fluvial, incluindo os preços das passagens, que ainda não estão definidos.

De acordo com o governador, a reunião também vai tratar do processo de licitação para contratar a empresa que vai comandar o serviço. "Vamos terminar o ano sabendo quem vai ser responsável por colocar os barcos na água e operar o serviço. Está tudo dentro do cronograma", afirmou Eduardo Campos. "A ideia é chegar à Copa do Mundo com o sistema funcionando a pleno vapor".

Os treze barcos que farão o transporte de passageiros no Capibaribe têm capacidade para transportar 89 pessoas por vez. As viagens serão realizadas em intervalos de dez minutos e tempo máximo de 40 entre os pontos mais distantes. Também está prevista a construção de uma garagem para a manutenção dos barcos no bairro da Ilha Joana Bezerra. O projeto ainda prevê o serviço de dragagem do rio, que pretende recuperar 17 quilômetros fluviais desde a BR-101 até a divisa entre Recife e Olinda.

Dragagem e limpeza
Desde abril passado, o Capibaribe vem recebendo obras de dragagem, que busca criar um canal de navegação, com 35 metros de largura por 3 metros de profundidade. Todo o sedimento contaminado que é retirado do fundo do rio é levado até o canteiro de obras, na BR-101, onde cerca de 100 caminhões levam até um aterro sanitário em Igarassu, no Grande Recife. Dos treze quilômetros da rota prevista, já foram dragados seis no trecho que liga a BR-101 à Praça do Derby. O processo de dragagem também deve ser concluído até março do ano que vem, juntamente com as três primeiras estações.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio, acredita que o projeto vai unir a população e o rio e criar uma relação melhor do que a que já existe. "Tenho certeza que a integração das pessoas com o rio vai promover um tratamento melhor. O rio hoje é isolado das cidades, as pessoas só vêem o rio nas pontes. A navegabilidade vai fazer todo mundo cuidar melhor do rio", disse. De acordo com ele, projetos a médio e longo prazo também vão discutir a retirada das famílias que vivem à beira do Capibaribe e a mudança para diversos habitacionais em construção na cidade.

O Programa Rios da Gente está orçado em R$ 289 milhões com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do tesouro estadual.

Por Lorena Aquino
Informações: G1 Pernambuco

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No Recife, Programa Rios da Gente é exposto durante seminário

domingo, 24 de fevereiro de 2013

O secretário das Cidades, Danilo Cabral, participou dia 20, na Faculdade de Direito do Recife, no centro da Cidade, do seminário “O novo Recife que precisamos”. Evento que acontece de 18 a 21 de fevereiro é coordenado pelo Grupo Estudantil Ateneu Pernambucano (FDR) e pelo Observatório do Recife e tem como proposta discutir os problema e pensar as soluções para a cidade.

Debatendo o painel “O Rio Capibaribe e as políticas estatais nas questões hídricas”, o secretário apresentou a um público formado por estudantes de várias áreas, em especial, de direito, um panorama sobre o Programa Rios da Gente que vai transformar o Rio Capibaribe, um dos principais cartões postais da cidade, em um corredor de transporte fluvial.

“Esse era um sonho antigo dos recifenses, e hoje estamos conseguindo tornar realidade. Além de resgatar o rio permitindo o seu uso como mais uma opção de corredor de transporte público, também estaremos devolvendo às pessoas a possibilidade de olhar para o Capibaribe como antigamente e que voltem a ter orgulho do mais importante cartão postal da cidade”, ressaltou Danilo, que na ocasião também apresentou as intervenções que o Estado de Pernambuco tem feito para melhorar a mobilidade do Recife, como a implantação dos vários corredores exclusivos de ônibus.

Do painel, também participou a Dra. em Engenharia Ambiental pela USP, Fátima Brayner, que apresentou um historio desde o século XVI sobre o Rio Capibaribe e a sua importância para a cidade do Recife. “O Rio Capibaribe, apesar de toda a sujeira que é lançada nele, continua no imaginário popular como parte importante do Recife, da beleza natural da cidade.” ressaltou a engenheira, mencionando versos de vários autores pernambucanos como João Cabral de Melo Neto, Josué de Castro e Austro Costa, e de movimentos culturais, como o Manguebeat  que tem como objeto o Rio Capibaribe. Ao final das explanações os alunos fizeram perguntas aos debatedores.

Durante o seminário também foram discutidos temas como controle urbano, educação, meio-ambiente e planejamento urbano. Após o seu encerramento todas as propostas apresentadas serão consolidadas e entregues ao Prefeito do Recife, Geraldo Julio. 

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No Recife, Projeto que previa dar navegabilidade ao Rio Capibaribe se encontra abandonado

domingo, 3 de abril de 2022

Onde deveria haver estações fluviais, balsas pichadas. No local em que passageiros estariam embarcando para chegar mais rápido ao trabalho ou na volta para casa, matagal. Bastar passar por um dos pontos onde deveriam existir plataformas de embarque e desembarque no Capibaribe para perceber que o projeto Rios da Gente foi interrompido.


O objetivo do Rios da Gente, lançado em 2012, era “aproveitar a calha do Rio Capibaribe para a implantação de um sistema integrado de transporte de passageiros que utilize embarcações adequadas ao transporte de massa através de estações de embarque e desembarque de passageiros”, de acordo com o material de divulgação do projeto.

A Segunda Câmara do TCE julgou irregular o objeto de duas Auditorias Especiais realizadas na antiga Secretaria das Cidades de Pernambuco (Secid), atual Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), correspondentes ao exercício financeiro de 2012. Sob relatoria da conselheira Teresa Duere, os processos analisaram falhas relacionadas ao projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe, do Governo do Estado.

Denominado Rios da Gente, o projeto foi iniciado em 2013, com valor estimado em R$ 190.021.785,64, tendo R$ 185 milhões de repasse da União e R$ 4.382.963 de contrapartida estadual. Com o objetivo de desafogar o trânsito do Recife, a conclusão das obras foi prometida para a Copa de 2014, mas estão paralisadas mesmo após gastos de R$ 81.826.738,94 (43% do total).

O TCE instaurou dois processos de Auditoria Especial para acompanhamento das obras de implantação dos corredores de transporte fluvial.

O primeiro (nº 1302624-0) acompanhou a execução das obras de construção de sete estações fluviais: BR-101, Santana, Torre, Derby, Recife, Rua do Sol e Tacaruna, além do galpão de manutenção e da sinalização náutica. O segundo (nº 1208807-9) teve por objeto o acompanhamento das obras de dragagem do rio no trecho de implantação da hidrovia e seu gerenciamento.
Onde deveria haver estações fluviais, balsas pichadas.


Subsidiado pelo Núcleo de Engenharia do TCE-PE, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu início, em outubro, a um processo de Tomada de Contas Especial, por meio do Acórdão nº 11.337/2020, para apreciar os indícios de gestão irregular e a paralisação das obras. A atuação do TCU no caso se deve ao envolvimento de recursos federais do extinto Ministério das Cidades, atual Ministério do Desenvolvimento Regional, transferidos ao Estado de Pernambuco por meio da Caixa Econômica Federal.

ESTAÇÕES - No processo nº 1302624-0, que acompanhou as obras de implantação das estações, consta que, em 27 de março de 2013, foi realizada a concorrência nº 001/2013-CPL, resultando na contratação do consórcio Brasília – ETC Projeto Rios. No contrato, foi estabelecido um investimento no valor de R$ 94.193.682,38, com prazo de oito meses para a conclusão do trabalho.

Já nesse primeiro momento, o TCE expediu um alerta ao titular da Secretaria das Cidades, à época. Danilo Jorge de Barros Cabral, apontando a exiguidade do prazo de execução estabelecido, pois um tempo de execução tão curto teria efeitos no custo da obra. O gestor, no entanto, decidiu manter o prazo.

Em abril de 2016, após ter seu pedido de rescisão contratual negado pela Secretaria das Cidades, o consórcio Brasília - ETC Projeto Rios abandonou as obras, entregando todos os canteiros de obras e os materiais à Secid.

No voto, a conselheira Teresa Duere argumenta que, “diante dos problemas enfrentados na execução da obra que configuram hipóteses de rescisão contratual, e face à negativa da Secid de rescisão amigável do contrato, cabia ao consórcio, em lugar de abandonar as obras, socorrer-se da via judicial, tendo em vista que a Lei nº 8.666/93 não possibilita a rescisão unilateral por parte do contratado e que o abandono da obra configura ato passível de aplicação da multa”.

“As consequências da decisão de iniciar as obras sem assinatura de Termo de Compromisso, sem a aprovação dos projetos e sem a liberação dos recursos pela Caixa foram (e ainda são) sérias, pois isso ocasionou atrasos e paralisação das obras, já que o consórcio construtor, sem receber por serviços executados, paralisou-os e depois abandonou o contrato. A paralisação interferiu na liberação dos recursos da União, que terminou por suspender os repasses das verbas para o empreendimento, situação que permanece até os dias atuais. Ademais, existe a possibilidade de o Estado de Pernambuco ter de vir a restituir todos os recursos federais recebidos, caso o TCU assim venha a decidir no processo instaurado para analisar o projeto”, diz o voto.

Em julho de 2017 a Secretaria celebrou novo contrato com o consórcio ATP/Projetec para elaboração de projetos de requalificação de três estações fluviais (Santana, Derby e BR-101), praça Otávio de Freitas, estação de transbordo e galpão de manutenção. Apesar das poucas atividades existentes nas frentes de serviço a gerenciar e fiscalizar, o consórcio emitiu medições contendo quantitativo de equipe de fiscalização como se o desenvolvimento da obra estivesse regular, com equipe completa de engenheiros. Ao final dos contratos, os pagamentos totalizaram R$ 1.196.354,43 (77,02% do valor contratual).

Em outubro de 2017, também foi realizado o Estudo de Viabilidade do Sistema de Transporte Público Fluvial de Passageiros pelo Rio Capibaribe, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas, contratada pelo valor de R$ 2,8 milhões.

A auditoria do TCE apurou, também, um excesso de R$ 428.935,51 nos gastos de dez medições efetuadas pelo consórcio ATP/Projetec e pagas pela Secid, à medida em que os boletins possuíam quantitativos de equipe de fiscalização superiores aos efetivamente necessários para gerenciar a obra paralisada. O consórcio ATP/Projetec apresentou, ainda, relatórios de acompanhamento de obras sem especificações exigidas no contrato.

Em sua decisão, aprovada pela maioria dos votos da Segunda Câmara do TCE, a relatora imputou um débito no valor de R$ 271.086,85, a ser ressarcido solidariamente pelo ex-secretário das Cidades, Danilo Cabral, pelo ex-secretário executivo de Projetos Especiais José de Anchieta Gomes Patriota e pelas empresas ATP Engenharia e Projetec (atual TPF Engenharia).

O gerente de Obras, Sílvio Roberto Caldas Bompastor, e as empresas ATP e Projetec deverão ressarcir o débito conjunto de R$ 134.596,44.

Por fim, um débito no valor de R$ 23.252,22 foi imputado solidariamente ao gerente geral de Obras, Alexandre Chacon Cavalcanti, ao ex-secretário executivo de Projetos Especiais Ruy do Rego Barros Rocha e, também, às empresas ATP e Projetec.

DRAGAGEM - O segundo processo (nº 1208807-9) é referente a uma Auditoria Especial que teve como objetivo acompanhar a execução das obras de dragagem de manutenção e recomposição da calha natural do Rio Capibaribe para implantação de hidrovia, parte integrante do Projeto Rios da Gente. Assim como no primeiro processo, a execução dos serviços foi iniciada sem que estivessem assegurados todos os recursos necessários para isso, já que o Termo de Compromisso com a União ainda não havia sido celebrado.

Conforme informações da equipe técnica do Tribunal, em novembro de 2012, a antiga Secretaria das Cidades celebrou o contrato nº 47/2012 com o consórcio ETC/Brasília Guaíba para a realização da dragagem. No entanto, a obra só pôde ser iniciada em abril de 2013, pois não reunia todas as licenças ambientais necessárias quando a contratação aconteceu. O consórcio recebeu, até o momento, R$ 74.856.843,28, sendo R$ 46.442.639,68 oriundos do Tesouro Federal e R$ 28.414.203,60 de recursos estaduais.

O prazo inicial de execução da obra era de 21 meses. Foi reduzido para 17 meses e, posteriormente, prorrogado por mais 244 dias. Por fim, o prazo foi prorrogado por mais 12 meses, com data de término fixada em novembro de 2015. Os serviços, todavia, encontram-se paralisados atualmente, e o empreendimento está abandonado e incompleto, sem transporte de passageiros.

Durante os primeiros nove meses, havia somente um servidor designado para fiscalizar toda a obra. O então secretário, Danilo Cabral, chegou a ser alertado pelo TCE sobre a deficiência de fiscalização em um projeto de tal porte.

Apenas em setembro de 2013, a Secretaria celebrou um contrato com o consórcio ATP/Ecoplan, para o gerenciamento e a fiscalização da execução da dragagem.

Até agora, os pagamentos ao consórcio totalizaram R$ 1.819.532,43, sendo R$ 1.581.225,46 provenientes da União e R$ 238.306,97 do Estado. Apesar disso, o relatório de auditoria apontou que as medições apresentadas pela ATP/Ecoplan não condizem com as exigências mínimas da contratação, a exemplo do Plano de Trabalho Global, Relatórios Mensais de Acompanhamento, Projeto “As Built” e Relatório Final de Encerramento do Contrato. A equipe técnica do TCE calcula um total de despesa indevida de R$ 52.573,09 nesses trabalhos.

Outra irregularidade apontada pelo voto foi o fato de que, antes mesmo do início da execução dos serviços de dragagem, foram efetuadas alterações contratuais substanciais que deformaram o Termo de Referência e as condições licitadas.

A mudança de metodologia na execução da dragagem, decorrente de uma proposta apresentada pelo consórcio executor ao iniciar os serviços, foi aceita pela Secretaria das Cidades sem a realização de uma análise técnica devidamente fundamentada, requisito fundamental para a licitação e as exigências de habilitação estabelecidas no edital do certame.

Levando em consideração o parecer do procurador do Ministério Público de Contas, Cristiano Pimentel, a relatora afirmou que a conduta de iniciar a execução da dragagem do Rio Capibaribe, mesmo com conhecimento de todos os problemas existentes e suas consequências, contraria os princípios da legalidade, da eficiência e da economicidade, previstos na Constituição Federal. Sendo assim, imputou débito solidário de R$ 52.573,09 ao ex-secretário Danilo Cabral e às empresas ATP Engenharia e Ecoplan.

DECISÕES - A conselheira Teresa Duere determinou o envio de cópias das deliberações ao ministro do TCU, André Luiz de Carvalho, relator do processo TCU 008.664/2016-1, à Procuradoria da República e ao Ministério Público de Contas, para que remeta ao Ministério Público Estadual, em virtude da existência de dano causado à Fazenda Estadual.

Os votos da relatora venceram por maioria. Os interessados ainda podem recorrer das decisões.

Informações: Tribunal de Contas do Estado

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Projetos planejam usar rios e lagoas para desafogar trânsito nas cidades de Recife, São Paulo e Rio de Janeiro

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O problema do trânsito desafia muitos pesquisadores, no Brasil e no mundo. A coluna nesta quinta-feira (12) tem o sonho de amenizar os transtornos provocados pelo trânsito, pelo excesso de carro, caminhão e ônibus. E a solução pode estar em locais como rios, lagoas, canais, que cruzam as grandes cidades e podem ser alternativa de transporte para levar caga e também pessoas. Fomos ao Recife e a São Paulo para ver projetos que já estão sendo tocados nesse sentido e prometem melhorar muito a qualidade de vida das pessoas que moram nas duas cidades.

A coluna ‘Você não sabia, mas já existe’ foi testar um projeto que promete melhorar a mobilidade em duas grandes capitais. Ele já foi aprovado por pesquisadores.

Moradores de grandes cidades reclamam dos problemas de trânsito em todo país. “O que deveria ser um meio para a gente chegar até o local de trabalho se torna um transtorno”, desabafa a recepcionista Luzinete Medina. Ela precisa sair de casa, na zona sul de São Paulo, antes de o sol nascer. “Você nunca sabe como está o trânsito em São Paulo”, afirma.
Luzinete chega ao ponto de ônibus acompanhada do repórter e ele já está lotado. Após enfrentar o trânsito quase parado, 40 minutos depois, ela desce do ônibus e troca de transporte pra pegar o trem, mas ao ver o vagão lotado prefere esperar outro: “Eu acho que é melhor a gente descer e esperar o próximo”, afirma.

A recepcionista deixou o primeiro trem passar, e a estratégia dela é ir no começo da plataforma para pegar os primeiros vagões onde, em tese, ela vai encontrar um trem mais vazio. Mas nem sempre dá certo, e a recepcionista enfrenta dez estações em pé.
Durante a viagem, é interessante perceber que o trem segue paralelo ao Rio Pinheiros, e você não sabia, mas já existe um projeto para tornar esse rio uma opção de transporte de carga e também de passageiros.
A equipe do Bom Dia chegou à casa de Luzinete às 6h e a acompanhou durante todo trajeto até a estação de destino. E ela só chegou à estação Cidade Jardim às 7h50. “A minha vida se torna transporte e trabalho”, diz a recepcionista.

Usar os rios pode tornar possível a mobilidade em grandes metrópoles praticamente paradas como São Paulo. O Hidroanel vai começar na Represa Billings, seguir pelos Rios Pinheiros e Tietê e por um canal artificial, ainda a ser construído, de 17 quilômetros, que vai se unir à Represa de Taiaçupeba. Serão, ao todo, 170 quilômetros de percurso, passando por 15 municípios da Grande São Paulo. Parte da região metropolitana ficará cercada pelo Hidroanel. Lixo, entulho, cargas - que hoje cruzam a cidade de caminhão - poderiam seguir em imensas balsas, como a que ajuda na dragagem do Rio Tietê.

Atualmente, essas balsas fazem apenas o trabalho de desassoreamento do Rio Tietê. Elas carregam 180 toneladas de carga, com areia, lodo e sujeira do rio, transportando de um ponto a outro. Só uma balsa equivale a tirar das ruas de São Paulo o equivalente a 10 caminhões.
Com menor circulação de caminhões, temos menos poluição. Representa uma queda de até 90% na emissão de poluentes e, pela água, o custo dos transportes cai 80%.

Se o Hidroanel de São Paulo tem como primeiro objetivo retirar o grande volume de caminhões que circulam dentro da cidade, outro projeto, em Pernambuco, tem uma preocupação diferente. No Recife, a ideia é integrar o Rio Capibaribe a todo sistema de transporte de passageiros da capital pernambucana.

Ao longo de 11 quilômetros do Capibaribe, surgirão cinco ancoradouros em pontos movimentados da cidade. Ao todo, 10 mil passageiros vão ser transportados todos os dias, e o tempo de viagem para o centro seria reduzido à metade.

Um dos problemas é a altura das pontes, mas o professor Oswaldo Lima Neto, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), afirma que não haverá trânsito por elas. “Não vai haver tráfego por aqui. Nenhum barco vai passar aqui por baixo. As linhas que estamos prevendo é daqui para lá”, diz o especialista.

Se tudo der certo, o projeto no Recife será inaugurado em 2014, honrando o apelido da cidade: a Veneza Brasileira.

Em São Paulo, junto com um transporte de mais qualidade, o projeto pode dar em lixões e aterros sanitários. Todo lixo produzido pela região metropolitana iria pelo rio para super portos, que vão separar, processar e dar um destino a esse material. “Aquilo que não puder ser aproveitado vai para uma termoelétrica compacta onde vai ser gerado vapor que vai movimentar as máquinas do Triporto e energia elétrica”, explica o professor de arquitetura e urbanismo Alexandre Delijaicov, da Universidade de São Paulo (USP).

Para que o Hidroanel entre em funcionamento, será preciso enfrentar alguns obstáculos. Um deles é a construção de eclusas. A eclusa ajuda a vencer os desníveis dos rios. A balsa entra por um lado, depois, fecham-se as comportas, e o nível d’água dentro da eclusa vai baixando, como um elevador. Em sete minutos e dois metros a menos, o barco sai pelo outro lado, já no novo nível.

Para trajetos mais curtos, o Hidroanel também vai poder ser usado por passageiros, gente que vai ter acesso a um transporte melhor no futuro. “Mesmo que eu não esteja aqui, mas para os meus filhos, minha filha, meus netos, seria uma boa”, declara a recepcionista Luzinete Medina.
O projeto em São Paulo é mais longo e está previsto para 2042, com um custo de R$ 3 bilhões. Segundo pesquisas da USP, com o Hidroanel completo, é possível tirar cerca de mil caminhões por dia das ruas de São Paulo.

Bom Dia faz teste, e barco chega primeiro que carro no Rio
O Bom Dia Brasil fez um teste. Márcio Gomes simulou a velocidade de um barco com a velocidade de um carro que circulou por uma das mais movimentadas da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Enquanto Márcio Gomes partiu da Lagoa de Marapendi, um carro seguiu pela Avenida das Américas. Os dois transportes seguiram praticamente em paralelo, por quase sete quilômetros, até o destino final: o começo da Barca da Tijuca, onde já está sendo construída e será inaugurada 2016 uma estação de metrô. O teste quis saber quem chegaria primeiro, se o barco ou o carro.
E quem chegou primeiro foi o barco de Márcio Gomes, enquanto o carro ficou preso no trânsito da Avenida das Américas. A balsa levou 14 minutos para seguir pela Lagoa de Marapendi até o começo da Barra da Tijuca, onde vai ter a estação do metrô em 2016. Já o carro levou quase meia-hora para fazer o mesmo trajeto, com velocidade máxima de 40 quilômetros por hora.

Ambientalista afirma que depoluição de sistema lagunar é possível
O Bom Dia conversou com o biólogo e ambientalista Mário Moscatelli, conhecido pela defesa das lagoas da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Bom Dia: Se nós colocarmos passageiros para navegar nos canais, é preciso que os projetos de despoluição tenham que ser acelerados?
Mário Moscatelli, ambientalista: Efetivamente, porque hoje o sistema lagunar está completamente degradado.
Bom Dia: Nós vimos isso em São Paulo, no Recife e no Rio. encontramos muito lixo e muito esgoto.
Mário Moscatelli, ambientalista: Isso é uma situação geral em todo país e principalmente nas grandes metrópoles. O que tem que ficar claro é que nós temos tecnologia, existe verba, e o que sempre faltou foi vontade política. Se essa vontade política existir, todos esses projetos decolam.
Bom Dia: Ou seja, é possível despoluir esses canais, esses rios, tão sujos e tão degradados.
Mário Moscatelli, ambientalista: Há dinheiro e há tecnologia, só falta vontade política.

Fonte: Bom Dia Brasil


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Transporte fluvial do Recife tem obras lentas e não atende à demanda

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Barcos sobre o Rio Capibaribe como uma das alternativas oferecidas pelo transporte público são o desejo de boa parte dos usuários de ônibus, metrô e bicicleta. Pelo projeto apresentado pela Secretaria das Cidades, serão dois corredores para o transporte fluvial: o Oeste, que sai da BR até o Centro do Recife, percorrendo 11 quilômetros e cinco estações de passageiros; e o Norte, da Avenida Guararapes, também no Centro, até a Escola de Aprendizes de Marinheiros, em Olinda, com duas estações e três quilômetros. O plano foi mostrado na quarta reportagem da série sobre mobilidade no Grande Recife, exibida nesta quinta (25) pelo Bom Dia Pernambuco. 

As estações de embarque e desembarque de passageiros foram projetadas com estacionamento, que pode ter de 12 a 50 vagas para carros. O projeto prevê que elas fiquem perto de pontos de ônibus e bicicletas para que o passageiro combine os meios de transporte. A tarifa deve ser a mesma do sistema de transporte dos passageiros, como numa integração. No total, serão 14 barcos, com capacidade para 86 ocupantes. O corredor de navegação terá 3 metros de profundidade e 35 metros de largura.

Apesar de soar animadora, a proposta não consegue dar conta da demanda, como afirma o professor de engenharia civil, estradas e transporte da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Maurício Pina. “É uma alternativa que nós aprovamos, consideramos interessante, mas, pela própria demanda esperada, 10 mil passageiros por dia, tá muito longe de ser uma solução para o problema de mobilidade do Recife que, só pelo sistema de ônibus, movimenta dois milhões de passageiros por dia”, diz.

As obras são feitas lentamente. A dragagem no lado oeste do rio começou há um ano e ainda não foi concluída. Ainda não há previsão de quando começam as obras do lado norte. A construção das estações foi anunciada, mas somente a do Derby tem obra. A justificativa da Secretaria das Cidades é que o estado gastou todo o dinheiro que tinha para o programa e o Governo Federal ainda não analisou o projeto. Mesmo com a falta de recursos, o cronograma prevê que a conclusão das estações, dragagem e da garagem de manutenção dos barcos seja feita ainda neste ano.
“[A expectativa do governo] é no decorrer do ano de 2014 concluir todo o processo de dragagem e concluir também toda a construção das sete estações, bem como a garagem de manutenção das embarcações. E [...] também fazer a licitação, ou seja, contratar o operador que vai atuar em nome do estado para comprar as embarcações que o estado determinar e fazer a operação do sistema”, afirma o secretário das Cidades, Danilo Cabral.

Bicicletas no Recife
Como meio de transporte alternativo, as bikes têm conquistado cada vez mais o recifense. Junto com a popularização cresceu também a discussão sobre a segurança no trânsito. O entregador Adelson Silva usa a magrela todos os dias para trabalhar. Ele garante que é preciso ter experiência e cuidado ao se arriscar diariamente, já que a cidade não foi projetada para o uso desse transporte. “É bom a gente andar de bicicleta, agora tem que saber andar [...] pra não tá sendo atropelado pelos carros. A gente pega a faixa melhor de andar, pelos cantos e não ir pelo meio dos carros. A gente sempre dá uma paradinha pra num levar um revés por aí, se arriscando na vida”, diz.

Para a estudante Aline Rios, que pega a bike em uma das 70 estações espalhadas pelo Recife que disponibilizam o transporte com o uso do cartão VEM, os principais obstáculos são os veículos maiores. “Os motoristas não têm respeito com o ciclista. Motorista de ônibus são os piores, eles trancam as pessoas. A gente corre até o risco de ser atropelado, porque você vai desviar de um ônibus, muitas vezes se joga pra um carro. Isso quando você opta por não andar pelas calçadas. Porque se você andar pelas calçadas você acaba fazendo o contrário, colocando em risco as pessoas, os pedestres”, explica a estudante.

Informações: G1 PE
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Obras viárias do Capibaribe Melhor ligarão Zona Norte e Oeste do Recife

sábado, 24 de março de 2012

Zona Norte e Oeste do Recife vão receber, dentro de 18 meses, uma série de obras viárias do programa Capibaribe Melhor. Dentre as obras que visam melhorias na mobilidade urbana, a elevação da Ponte Semiperimetral e três subsistemas viários ao redor. O total de investimento será de R$ 43 milhões. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (23) pelo prefeito João da Costa, em coletiva de imprensa na sede da Prefeitura do Recife (PCR).

Com os novos sistemas, o trânsito de muitos bairros do Recife melhorará, a exemplo de Monteiro, Iputinga, Parnamirim e Casa Forte. Algumas vias da cidade também serão beneficiadas, segundo o prefeito. Avenida Agamenon Magalhães, Rui Barbosa, Real da Torre e Conde do Irajá são as principais. "Garantiremos a mobilidade e até mesmo a auto-estima das pessoas que não têm acesso fácil à muitos lugares", afirmou João da Costa.

A Ponte Semiperimetral será o eixo principal de ligação entre as duas regiões da cidade, construída sobre o Rio Capibaribe e com extensão de 280 metros e 20 metros de largura. O elevado contará com duas faixas no sentido Monteiro-Iputinga e outras duas no sentido inverso. Na parte Norte, a ponte terminará na Rua Pinto Campos. Já na área oeste, na Rua Maria de Fátima Soares. Todo o projeto será realizado no trecho da bacia do Rio Capibaribe, entre a BR-101 e a Avenida Agamenon Magalhães.

O marco inicial da intervenção é a pavimentação da Rua Jornalista Possidônio Cavalcante, na Iputinga. A via faz parte de um dos subsistemas viários criados (A, B e C). Dividido em três partes, os subsistemas ligam a nova ponte aos bairros próximoss, dos dois lados do Rio Capibaribe. Os sistemas serão importantes para a criação de outros percursos. "As obras interessarão àqueles que precisam criar uma rota alternativa entre a zona norte e zona oeste", ressaltou o prefeito. Para João da Costa, as obras viárias também trarão benefícios para a Copa 2014. A ideia é ligar algum dos sistemas ao Corredor Leste-Oeste, na Caxangá, fazendo o trajeto para o Terminal Integrado de Camaragibe.

Outras intervenções serão feitas paralelas à construção dos sistemas viários. Ações de drenagem, iluminação e pavimentação estão no projeto. Além da construção de três parques, com obras já em andamento, com o objetivo de criar uma estrutura de parque linear, ao longo das margens do Rio Capibaribe. O bairro de Apipucos, Caiara e Santana serão os contemplados. De acordo com a presidente da Empresa de Urbanização do Recife (URB), Débora Mendes, uma ciclovia também será construída. "Ao entorno dos sistemas, a ciclovia será construída, também visando melhorar a infraestrutura de acesso ao rio".

Os serviços do Projeto Capibaribe Melhor receberam recursos da Prefeitura do Recife e do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). No total, foram investidos 46 milhões de dólares. Do montante, quase R$ 30 milhões já foram usados. Os recursos do PAC Drenagem (R$ 23 milhões), PAC 2 (R$ 198,7 milhões) também farão parte do orçamento, para a urbanização de assentamentos precários.

Do NE10

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Grande Recife vai ganhar transporte coletivo hidroviário com estações modernas integradas aos ônibus e metrô

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Um sonho antigo dos pernambucanos começa a ser concretizado. Nesta quinta-feira (17/01), o Governo de Pernambuco iniciou o processo de dragagem do Rio Capibaribe, mais um passo do Programa Rios da Gente, que vai transformar um dos principais cartões postais da cidade em um corredor de transporte. O início da obra foi marcado por uma solenidade realizada com a presença do Governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e do Secretário das Cidades, Danilo Cabral, às margens do Parque Santana, em Casa Forte, local onde será instalada uma das estações fluviais de embarque e desembarque de passageiros.

A dragagem será realizada pelo Consórcio ETC & Brasília Guaíba, ganhador do processo licitatório de nº 009/2012, em 08 de novembro de 2012. A dragagem vai remover todas as restrições existentes à navegação, como o lixo, escombros de antigas construções e até suprimir parte da vegetação local. Serão dragados 17 quilômetros do Rio, das proximidades da BR-101, passando pelos bairros do Parque Santana (Casa Forte/Poço da Panela), Torre, Derby, área central do Recife e Tacaruna (divisa entre Recife e Olinda) – locais onde passarão as embarcações e serão construídas as estações para embarque e desembarque de passageiros.

Para o Secretário das Cidades, Danilo Cabral, este um dos passos fundamentais para a concretização deste projeto. “Tenho a felicidade de participar deste momento representando as várias pessoas que acreditaram neste projeto. Vamos devolver a cidade do Recife o rio limpo e belo, com isso, aumentando o seu potencial. Este é um dos antigos sonhos do recifense e essa vontade irá transformar a cidade”, comemorou o secretário.

Já para Elzanira da Silva, 48 anos, gerente de serviço social e moradora da comunidade Parque Santana há 30 anos, o projeto Rios da Gente irá beneficiar a comunidade, pois, será mais uma alternativa de transporte público. “Acredito que este projeto terá um impacto positivo em relação ao cuidado com o rio Capibaribe, já que o mesmo será totalmente revitalizado, trazendo uma melhoria de vida para a população ribeirinha”, ressaltou.

Para a realização da dragagem o Estado investirá R$ 101 milhões. A atividade será executada em duas etapas: a primeira será a dragagem da camada inicial, retirando o material contaminado (metais pesados, esgoto entre outros que já estão sedimentados no fundo do Rio) e levando-o para um terreno localizado nas proximidades da BR-101, um local de transbordo onde esses restos sedimentados passarão pela análise da bacia de contenção e depois seguem para um aterro sanitário. Para este serviço será utilizada uma draga de sucção, com uma linha de tubulação para transferência do material até o local.

A segunda parte será a retirada do material não contaminado por meio de uma escavadeira até o limite do canal de navegação. Este será levado para o bota-fora oceânico – lugar apropriado para o depósito dos sedimentos dragados a uma distância de seis milhas náutica da costa litorânea (o equivalente a 11 km da costa). Todo o processo levará 18 meses para ser concluído.

Construção das Estações - Paralelo a esta ação, a Secretaria das Cidades iniciará em fevereiro deste ano o processo de licitação para a construção das estações de embarque e desembarque de passageiros. São sete estações ao todo, sendo cinco na rota Oeste e duas na rota Norte. As estações serão implantadas em locais estratégicos, permitindo a integração com o atual Sistema de Transporte (ônibus e metrô). As estações terão área de circulação e espera, guichês para emissão de bilhetes, banheiros, estacionamento e bicicletário. A obra para construção das estações deve iniciar no mês de junho, após concluído o processo licitatório. Em março de 2014, o Rio já estará navegável, com o corredor fluvial em funcionamento.

As embarcações – O Projeto prevê que 12 barcos façam o transporte de aproximadamente 335 mil passageiros por mês, realizando 156 viagens por dia, onde cada barco terá capacidade para receber 86 passageiros sentados e trafegar a uma velocidade de 18 km.

Programa Rios da Gente - Orçado em R$ 289 milhões, o Programa Rios da Gente vai proporcionar a criação de um canal de navegação com 13,9 km no Rio Capibaribe, utilizando embarcações adequadas ao transporte de massa. Serão duas rotas, sendo a Rota Oeste, com 11 km de extensão, que vai da BR-101 ao centro do Recife e a Rota Norte, com 2,9 km de extensão, que tem origem no centro do Recife e segue até o município de Olinda, nas proximidades do Tacaruna. A iniciativa integra as premissas do Plano Diretor de Transportes Urbanos da Região Metropolitana do Recife (PDTU) e faz parte do Programa Estadual de Mobilidade (PROMOB).

Rota Norte

Bairros atendidos: Santo Antônio, São José, Boa Vista e Santo Amaro.
ESTAÇÃO
INTEGRAÇÃO
Correios (Rua do Sol)
Integra com o corredor de TRO Norte-Sul
Tacaruna
Integra com o corredor de TRO Norte-Sul

Rota Oeste

Bairros atendidos: Centro do Recife, Derby, Torre, Apipucos.
ESTAÇÃO
INTEGRAÇÃO
Estação Recife
Integra com o metrô e com o TRO (Norte-Sul)
Estação Derby
Integra com o corredor de TRO Norte-Sul
Estação Torre
Integra com as linhas troncais do SEI que passam pela II Perimetral
Estação Santana
Integra com as linhas troncais do SEI que passam pela III Perimetral
Estação BR 101
Integra com as linhas que circulam pela IV Perimetral

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Revolução pernambucana no transporte público promete melhorar a vida dos usuários

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Pernambuco das revoluções que fizeram parte da história do Brasil, agora estamos vendo um marco que para muito não sairia do papel, que a vinda da Copa do Mundo ajudou bastante a implantação destes projetos é inegável, mas a causa no passado era tão importante quanto a atual, se no passado a revolução era devido a crise econômica e criação de novos impostos, a nova revolução é para evitar uma crise já semi-instalada na cidade, a chamada crise da mobilidade urbana que consequentemente atinge a economia do estado.

E pensando nisso, obras e mais obras estão acontecendo nos 04 cantos da Região Metropolitana do Recife, enquanto algumas cidades brasileiras que sediarão a Copa de 2014 estão com algumas obras atrasadas devido a impasses burocráticos e jurídicos, e outras que perderam tempo em relação a escolha do modal a ser implementado, Pernambuco vem dando exemplo e não é atoa que em breve a Região Metropolitana do Recife ganhará cerca de 100 km de corredores exclusivos para ônibus, Sistema VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), Novos Trens para o Metrô, Transporte Hidroviário integrado aos ônibus e Metrô  e ainda novas ciclovias.

Até a Copa de 2014, estão previstas as conclusões das obras dos corredores TRO Norte-Sul, que vai ligar Igarassu à capital pernambucana, e Leste-Oeste, entre a Avenida Agamenon Magalhães e o terminal de Camaragibe, ainda na Região Metropolitana.

Atualmente, 385 linhas de ônibus funcionam na Região Metropolitana, com cerca de 3 mil ônibus disponíveis. Os números, no entanto, não são suficientes para evitar superlotação e longas filas nas paradas. Recentemente o governo entregou mais um terminal integrado de ônibus (Cajueiro Seco) e ainda este ano serão entregues mais 07 terminais (TIP, Xambá, Cosme e Damião, Tancredo Neves e Largo da Paz, além do Barro e Joana Bezerra que estão sendo ampliados.

Outra melhoria significativa vai ser a volta dos ônibus com ar condicionado, hoje a cidade só dispõe deste serviço nos chamados ônibus opcionais e com apenas 03 linhas oferecendo este serviço, mesmo com uma tarifa maior, é bastante procurado pelos usuários.

Já no sistema ferroviário, a chegada de 15 novos trens para o Metrô da cidade, promete diminuir o intervalos dos trens e consequentemente uma melhora no atendimento, isso sem falar que com a inauguração dos outros terminais, vai possibilitar uma melhor distribuição dos usuários a seus destinos.

E as grandes novidades ficam por conta do VLT e das Barcas

O VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) já está em teste e entrará em operação definitivamente nos próximos dias, trata-se de um trem moderno que vai melhorar e muito a ligação da capital para a cidade do Cabo de Santo Agostinho e em breve até Suape, grande pólo de empregos hoje em pernambuco devido a Refinaria e ao Estaleiro Atlântico Sul.

E a mais nova novidade é o transporte pelo rio Capibaribe, onde estações modernas serão construídas para o transporte de Barcas, o que vai possibilitar a integração com os ônibus e também com o Metrô. Serão dragados 17 quilômetros do Rio, das proximidades da BR-101, passando pelos bairros do Parque Santana (Casa Forte/Poço da Panela), Torre, Derby, área central do Recife e Tacaruna (divisa entre Recife e Olinda).

As embarcações – O Projeto prevê que 12 barcos façam o transporte de aproximadamente 335 mil passageiros por mês, realizando 156 viagens por dia, onde cada barco terá capacidade para receber 86 passageiros sentados e trafegar a uma velocidade de 18 km.

Bicicletários
Todas essa ações terão Biciletários de forma que um usuário possa guardar sua bicicleta nos terminais e prosseguir a viagem nos em outro modal, ampliando assim a integração.

Blog Meu Transporte
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Pernambuco terá R$ 2,4 bilhões do PAC da Mobilidade

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Pernambuco terá um investimento de R$ 2.4 bilhões do PAC da Mobilidade, dos quais R$ 1,6 bilhão será repassado ao Governo do Estado e R$ 800 milhões ao município do Recife. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (24), em Brasília. Ao todo serão R$ 32 bilhões para 18 estados brasileiros.

O programa é um incentivo do Governo Federal para melhorar a mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras e promete implantar, nos 51 municípios beneficiados, 600 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus, mais de 380 Estações e Terminais, 200 km de linhas de metrô e a aquisição de mais de 1 mil veículos sobre trilhos.

Em Pernambuco, os recursos serão empregados para a construção de empreendimentos como os corredores exclusivos de ônibus na II Perimetral/Via Metropolitana Norte e IV Perimetral (BR-101), o programa de Navegabilidade do Rio Capibaribe - projeto pioneiro da Secretaria das Cidades onde o barco se transformará em um novo modal de transporte público da RMR, além da construção das obras de arte e estações dos corredores Norte Sul e Leste Oeste, que já estão em andamento pelo Governo do Estado.

De acordo com o secretário das Cidades, Danilo Cabral presente no anuncio oficial dos projetos contemplados no PAC da Mobilidade, os investimentos destinados ao Estado eram aguardados desde fevereiro do ano passado, após o anuncio da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, a decisão vai beneficiar mais de 2 milhões de pessoas que utilizam, diariamente, o transporte público, uma vez que os Corredores Exclusivos de Ônibus vão atender às cidades de Abreu e Lima, São Lourenço da Mata, Camaragibe, Igarassu, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Recife.

Ainda de acordo com Danilo, o Governo do Estado vai aguardar ser chamado pelo Ministério das Cidades para discutir as regras de financiamento, uma vez que os recursos do PAC são parte da OGU e outra parte oriunda de empréstimo.

Conheça os projetos aprovados no PAC da Mobilidade
II Perimetral - A nova avenida se chamará Via Metropolitana Norte e funcionará como prolongamento da II Perimetral Metropolitana, que será triplicada no trecho entre a avenida Presidente Kennedy e a PE-15 (com 4 km). A Via Metropolitana Norte começará no entroncamento com a Rodovia PE-15, a partir do Terminal Integrado da PE-15, onde será construído um viaduto. Depois seguirá margeando o Rio Fragoso. A estrada prossegue até a PE-01, na altura da ponte sobre o Rio Paratibe, que separa as cidades de Olinda e Paulista.

IV Perimetral / BR 101 - Na IV Perimetral (BR-101), o estado também irá construir um corredor exclusivo de transporte nos moldes do Transporte Rápido por Ônibus (TRO). A rodovia terá o pavimento requalificado ao longo do seu contorno (30,7 km). O canteiro central será usado para implantação das estações de embarque no padrão TRO: pagamento antecipado e embarque no nível da porta de entrada, a exemplo do metrô. No percurso será implantado ainda um elevado nas proximidades da reitoria da UFPE até a altura da BR-232. Com a implantação de uma faixa exclusiva para ônibus, a via será alargada.
Além da faixa do ônibus haverá outras três faixas para os veículos. O projeto também prevê dois viadutos: um sobre o viaduto da Caxangá e outro próximo ao Posto da Polícia Rodoviária Federal nas imediações do Colégio Militar. O TRO da 4° Perimetral terá 39 estações de embarque e será interligado a cinco terminais de integração: Abreu e Lima, Macaxeira, Caxangá, Barro e Cajueiro Seco. A requalificação do contorno da BR-101 também trará benefícios no tráfego das avenidas Caxangá e 17 de Agosto. Para este projeto serão investidos R$ 723 milhões.

Corredores Fluviais: o projeto visa o aproveitamento da calha do rio Capibaribe para a implantação de um sistema integrado de transporte de passageiros, que utilize embarcações adequadas ao transporte de massa e que por meio de suas estações de embarque e desembarque de passageiros, se realize o transbordo e a integração com o sistema de transporte metropolitano existente.

A implantação do corredor possibilitará a integração entre o Corredor Fluvial e o Sistema Estrutural Integrado (SEI) por sentido. Ou seja: com uma só passagem de ônibus para ir e outra para voltar, os passageiros podem integrar com o barco sem precisar pagar nova tarifa. Cada embarcação poderá receber até 86 passageiros sentados, transportando em média 80 mil passageiros por mês. Os barcos serão climatizados e acessíveis para pessoas com deficiência. Outro diferencial será a regularidade das viagens, sem interferência de trânsito. Para este projeto serão investidos R$ 289 milhões.
Sistema de Transporte Rápido de Ônibus - Ainda dentro do PAC da Mobilidade, os corredores Norte Sul e Leste Oeste, cujas obras já estão em andamento (com recursos do próprio Tesouro Estadual - contrapartida), serão contemplados com a construção de estações e diversas obras de arte.

No Corredor Norte-Sul – uma obra de R$ 390 milhões e que vai atender 328 mil passageiros/dia dos municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife – o PAC MOB vai financiar 9 das 42 estações, os viadutos que estão sendo construídos nos Bultrins e Ouro Preto e ainda os viadutos da Agamenon Magalhães. Todo o corredor tem uma extensão de 37,9 km, saindo de Igarassu e indo até o Terminal de Joana Bezerra, com bifurcação, no Tacaruna, para o centro do recife, via Cruz Cabugá.

No Leste-Oeste – uma obra de R$ de R$ 145 milhões e que vai beneficiar 126 mil passageiros/dia que circulam no trecho que vai da Praça do Derby (em Recife) até o Terminal Integrado de Camaragibe (12,5 km de extensão), serão implantadas além das 22 estações e dos dois Terminais de Integração (III Perimetral, IV Perimetral) – recursos do PAC Copa -, serão construídos com recursos do PAC da Mobilidade, um túnel na Praça João Alfredo, um viaduto.

Informações: Folha PE


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