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Prefeitura de SP apresenta 50 novos ônibus elétricos e avança na renovação da frota por modelos de energia limpa

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

São Paulo deu mais um passo importante para a substituição de sua frota de ônibus por veículos movidos a energia limpa e apresentou nesta segunda-feira (18) os 50 novos ônibus elétricos à bateria que irão operar na cidade. Com isso, a frota do sistema de transporte público municipal por ônibus, que conta com 201 trólebus e 19 movidos a bateria, passa a ter 270 veículos elétricos em circulação.
A meta do município é chegar a 20% da frota de ônibus movidos a energia sustentável até o fim de 2024. Serão 2.400 veículos e os números da cidade de São Paulo também levarão o Brasil aos primeiros postos do ranking mundial da eletrificação de sua frota de ônibus, atrás apenas da China, e a maior frota de ônibus movidos a energia limpa da América Latina.

“Existem vários aspectos da responsabilidade da cidade com as questões climáticas e uma delas é a diminuição dos gases de efeito estufa. A cidade de São Paulo vai se posicionando e dando exemplo para o Brasil e para o mundo do que é necessário fazer para que possamos ter aquilo, que é um compromisso”, afirmou o prefeito Ricardo Nunes ao apresentar os veículos na Praça Charles Miller, no Pacaembu, Zona Oeste.

Importante etapa para a descarbonização da frota de ônibus de São Paulo, a entrega dos 50 ônibus pelo prefeito Ricardo Nunes faz a Prefeitura avançar em um dos objetivos da gestão municipal para o cumprimento do Programa de Metas da Prefeitura 2021-2024 e da Lei de Mudanças Climáticas, que prevê redução da emissão de gás carbônico fóssil em 50% até 2028 e erradicação desse poluente até 2038.

“Conseguimos ampliar a nossa frota de veículos à bateria, chegando a 69 veículos, tudo com o objetivo de nos tornamos, fora da China, o maior polo de mobilidade urbana com ônibus movidos a energia limpa, graças a todo trabalho desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo”, disse o secretário executivo de Transporte e Mobilidade Urbana, Gilmar Miranda.

O investimento em ônibus de energia limpa também aumenta a sustentabilidade e a proteção ao meio ambiente, além de conduzir a cidade de São Paulo a um transporte público mais limpo, moderno e confortável aos motoristas e passageiros, com veículos mais silenciosos e menos poluentes.

“Em 2018 votamos um Projeto de Lei que deu origem à descarbonização, controlando as emissões de poluentes. Esta política não é só a de colocar ônibus, mas de pensar na saúde lá na ponta. É investir na qualidade de vida das pessoas”, lembrou o presidente da Câmara Municipal e vereador, Milton Leite. 

Operadoras dos novos ônibus
Dos 50 novos veículos elétricos a bateria adquiridos pelas concessionárias que passarão a atender a população de São Paulo, 25 são da Transwolff, 12 da Transpass, 12 da Ambiental e 1 da Campo Belo. Os modelos irão substituir parte de sua frota de ônibus a diesel. Com os novos veículos, o número de ônibus a bateria mais do que triplica. Agora, a São Paulo passa a ter ônibus de tração elétrica nas zonas Sul, Leste e Oeste, além da região central.

Para estes veículos, as concessionárias firmaram contrato com a Enel X para a disponibilização dos veículos e infraestrutura de recarga necessária nas garagens, em substituição ao abastecimento dos veículos movidos a diesel. Os ônibus elétricos terão suas baterias carregadas nas garagens durante a noite e a autonomia permitirá que operem durante todo o período diurno.

“Hoje é o resultado de um grande trabalho que começou há alguns anos, indo às garagens, consultando engenheiros, para a viabilização deste projeto na maior cidade do Brasil. Não tenho dúvidas de que São Paulo será a capital do transporte público elétrico”, disse o responsável pela Enel X Brasil, Francisco Scroffa.

Os ônibus incluídos pelas concessionárias são dos modelos Básico e Padron. O Básico tem capacidade para 69 a 70 pessoas, sendo 27 sentados. Já o Padron opera com capacidade para 92 a 93 passageiros, sendo 38 sentados. Ambos possuem área para pessoas com deficiência.

Há ainda um ônibus articulado de 21,50 m. Os modelos são fabricados pela Eletra com carroceria Caio e tração elétrica WEG, além de veículos com chassis Mercedes Benz e Scania, fabricados no Brasil. Também foi apresentado um veículo português, fabricado pela CaetanoBus, com tração elétrica Siemens.


“Hoje é um dia histórico para o transporte público de São Paulo e para a mobilidade urbana no Brasil e com muito orgulho participamos desse grande evento. Posso dizer que este é o ponto mais alto da nossa trajetória e com muita emoção contemplamos a entrega destes 50 ônibus elétricos, são os pioneiros de um visionário programa de eletrificação da maior frota municipal de ônibus do ocidente”, disse a presidente da Eletra, Milena Braga Romano.

Meio ambiente
Cada veículo movido a tração elétrica deixa de emitir anualmente, em média: 0,24 toneladas de NOx (óxidos de nitrogênio); 0,002 toneladas de MP (material particulado); 106 toneladas de CO2 (dióxido de carbono). Com isso, a cidade passa a ter mais um componente na busca pela melhoria da qualidade de vida.

“A cidade, que é a quinta maior metrópole no mundo, tem que olhar para a sua questão ambiental, em todas as áreas, na questão da água, da mata, do solo, do calor e na questão do ar. Hoje é uma etapa importante desse contexto da sustentabilidade, que está inserida mundialmente como uma das cidades que mais tem tido ações responsáveis com as questões climáticas e de preservação ambiental”, afirmou o prefeito.

A redução na emissão impacta tanto a população da cidade de São Paulo quanto da Região Metropolitana, ao melhorar a qualidade do ar e, consequentemente, proporcionar maior qualidade de vida e benefícios à saúde dos cidadãos.

“A presença dos ônibus elétricos tem uma grande vantagem de retirar do ar toneladas de gases que causam efeito estufa e, principalmente, por retirar do ar principalmente o enxofre, nocivo à nossa saúde. É muita coragem e muito esforço da Prefeitura, da Câmara Municipal, dos técnicos, do povo de São Paulo nesse investimento que vai transformar a cidade em exemplo para o mundo”, destacou o secretário executivo de Mudanças Climáticas, Gilberto Natalini.

A iniciativa de substituir a matriz energética do transporte público na cidade de São Paulo conta com o apoio das organizações: Conselho Internacional de Transporte Limpo - ICCT Brasil; C40 Cities e WRI Brasil, por meio das iniciativas ZEBRA e TUMI E-Bus Mission, através da troca de experiências mútuas com os técnicos da SPTrans.

“A entrega desses ônibus elétricos, além da diminuição de emissões na cidade, faz parte de um conjunto de ações da Prefeitura de São Paulo voltadas à sustentabilidade, indo ao encontro de outras medidas, como o aumento da cobertura vegetal, a entrega de novos parques e o efetivo cumprimento do Plano de Ações Climáticas, tornando São Paulo uma cidade moderna, resiliente e sustentável”, destacou o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Rodrigo Ravena.

Informações: Prefeitura de São Paulo
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Cidade de São Paulo registra 10 milhões de passageiros a menos neste ano de 2013

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Apesar das ações da Prefeitura de São Paulo para priorizar o transporte público no espaço urbano, com a implantação somente neste ano de 282 quilômetros e 200 metros de faixas exclusivas até agora, os ônibus municipais perderam passageiros.

A queda foi de 9 milhões 496 mil 386 passageiros na comparação entre o acumulado de janeiro a setembro de 2012 com o mesmo período de 2013. Isso representa uma redução de 4,35% na demanda dos ônibus.

Os dados são disponibilizados pela SPTrans – São Paulo Transporte, gerenciadora dos serviços municipais.

No consolidado entre janeiro e setembro de 2012, os ônibus na cidade de São Paulo atenderam 2 bilhões 190 milhões 397 mil 875 passageiros. Em 2013, entre estes meses, passaram pelos ônibus de São Paulo 2 bilhões 180 milhões 901 mil 489 pessoas.

Uma parte dos passageiros migrou para o metrô e outra para o carro.

Os dois cenários são preocupantes do ponto de vista de mobilidade urbana.

O metrô, cuja malha reduzida em São Paulo tem um ritmo de expansão lento diante das necessidades dos passageiros, é um dos mais lotados do mundo. Alguns trechos, em especial da linha 3 Vermelha, estão saturados e as estações sobrecarregadas.

Mais passageiros no metrô no atual quadro do sistema, pode significar comprometimento de conforto. É interessante o aumento do número de pessoas nos modais metroferroviários desde que a oferta da malha e também de viagem nas linhas já existentes acompanhem este ritmo.

As cidades hoje não têm como objetivo principal a transferência de passageiros do transporte público para outro meio de transporte público.

O alvo é diminuir o número de pessoas que se deslocam de carro no cotidiano.

E, até o momento, apesar dos inegáveis ganhos no tempo de viagem, que chegam a cerca de 50% para quem já é passageiro, os ônibus em São Paulo ainda não conseguem atrair quem se desloca por transporte individual em número significativo.

Com as faixas, algumas pessoas deixaram o carro em casa, mas ainda é pouco diante do crescimento acumulado da frota de automóveis em São Paulo.

De acordo com dados do Denatran – Departamento Nacional de Trânsito, referentes a setembro, a frota de veículos na cidade de São Paulo continua crescendo e chegou a 6 milhões 585 mil 559. Deste total, 4 milhões 940 mil 944 são carros de passeio.

O poder público municipal espera que com o aumento de velocidade dos ônibus e mais confiabilidade no sistema com a construção de 150 quilômetros de corredores, que são diferentes de faixas, o transporte público se torne mais atraente.

Corredores do tipo BRT – Bus Rapid Transit – são considerados por especialistas a solução mais adequada para qualificar e tornar os serviços de ônibus mais atraentes.

Os corredores possuem algumas características não comuns nas faixas de ônibus:

- Separação total do tráfego dos demais veículos. Normalmente à esquerda ou no meio das vias, os corredores registram menos invasões e possuem uma quantidade bem menor ou inexistente de gargalos. Nos cruzamento, há sinalizações, como a implantada na Linha Verde em Curitiba, que controlam os semáforos dando prioridade à passagem dos ônibus.

- Acessibilidade e conforto: os corredores do tipo BRT possuem estações e não pontos. Estas estações são dotadas de elevadores e rampas permitindo com que o embarque e o desembarque sejam feitos em plataformas que ficam no mesmo nível do assoalho dos ônibus, dispensando os degraus nos veículos. As estações também oferecem abrigo melhor para a espera do ônibus e podem também contar com painéis que informam as linhas que servem o local, além da previsão da chegada do ônibus, por sistema de GPS na frota. O pré-embarque também é outra característica das estações de BRT. Trata-se do pagamento antecipado da passagem por cartão eletrônico. Isso faz com que a entrada no ônibus seja mais rápida e permite que os veículos não possuam catracas, caso só sirvam o corredor, aumentando o espaço interno para os passageiros.

- uso de veículos maiores e com mais tecnologia: Por serem espaços só para os ônibus, os corredores do tipo BRT permitem a aplicação de ônibus de maior porte, com mais capacidade de transporte, como os articulados de 18 metros de comprimento, superarticulados de 23 metros e biarticulados de 28 metros. Cada veículo deste pode transportar entre 160 e 270 passageiros sem superlotação. Além disso, os corredores contam com pavimento especial para ônibus, veículos de maior peso. Este pavimento desgasta e danifica menos o veículo na comparação com o asfalto comum, onde é comum o surgimento de buracos, ondulações e valetas por onde trafegam os ônibus. Oferecendo melhor estrutura de operação, é possível cobrar do empresário a colocação de veículos melhores, com gerenciamento eletrônico, computadores de bordo e motor traseiro ou central que oferecem mais conforto para os passageiros e motoristas. Câmbio automático ou automatizado, reduzindo os trancos típicos das trocas de marchas, e suspensão pneumática são itens que podem ser usados com mais facilidade em pavimento de melhor qualidade.

por Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes


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Especialistas sugerem integração do sistema de transporte público de São Paulo com forte investimento em metrôs e trens

domingo, 1 de maio de 2011

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil afirmam que a única solução possível para diminuir o congestionamento em São Paulo é investir na integração do sistema de transporte público, além de ampliar a rede de metrôs e trens.
Eles ressaltam, no entanto, que o metrô requer altos investimentos, além de ser um projeto de tempo de execução longo. Segundo os especialistas, na capital paulista, no curto prazo, poderia ser ampliado e modernizado o transporte por meio de ônibus. Eles recomendam também a criação de corredores exclusivos para os ônibus.
“Os automóveis ocupam de 80% a 90% do espaço viário para transportar metade da demanda de clientes [pessoas]. Os ônibus ocupam, no máximo, 10% ou 20% do espaço para levar a outra metade”, disse Horácio Augusto Figueira, consultor em engenharia de tráfego e transportes. Nessa comparação, Figueira destaca que não está considerando o transporte feito por trilhos.
São Paulo tem uma população de 11 milhões de habitantes. Segundo a SPTrans, empresa responsável pelo transporte de ônibus na capital, somando a população da região metropolitana, são 17 milhões de pessoas.
Cerca de 55% das viagens na região metropolitana, de acordo com a empresa, são feitas em transporte coletivo, num total de 6 milhões de passageiros transportados por dia. Para atender a essa demanda, existem 16 consórcios operando na região, com 15 mil veículos, em mais de 1,3 mil linhas. Na capital, existem atualmente dez corredores de ônibus.
De acordo com a Secretaria Municipal de Transporte, a média de passageiros transportados por ônibus, em março, chegou a 250,9 milhões, enquanto o metrô transportou 89,8 milhões. Por dia útil, os ônibus transportaram, em março, a média de 9,8 milhões de passageiros. A média diária no metrô foi 3,6 milhões.
O pouco investimento no sistema de transporte coletivo faz com que se crie, em São Paulo, de acordo com Figueira, uma cultura voltada para o transporte individual, o que amplia os congestionamentos. “Nos anos 60, muita gente andava de ônibus. Ônibus era bom? Não. Os filhos dessas pessoas vieram e é a lei do mercado: a pessoa estudou, fez faculdade, evoluiu e a primeira coisa que ela quer fazer é sair do ônibus porque o serviço é ruim. É um processo autofágico. Está se plantando um não usuário a partir daí”, lamentou.
Para Figueira, o ideal é destinar duas faixas por sentido nas principais avenidas da capital para o deslocamento de ônibus. A sugestão dele é que a faixa da esquerda seja exclusiva para ônibus urbano e a do meio, para ultrapassagem de ônibus em horário de pico, ônibus fretado, táxi com passageiro e automóveis com duas ou mais pessoas. As outras faixas seriam destinadas para os demais veículos.
“Numa faixa de ônibus, se consegue levar, de 10 a 15 mil passageiros por hora/sentido. Na faixa de automóveis, não se leva mais do que mil ou 1,5 mil pessoas por hora/sentido, uma relação de dez para um”, exemplificou o consultor.
Segundo Kazuo Nakano, arquiteto urbanista do Instituto Pólis, implantar corredores de ônibus e planejar as linhas dos coletivos não têm custo muito elevado. “Pode-se começar a fazer os investimentos em transporte público agora, com essas medidas de menor custo”, afirmou. E a vantagem desse tipo de transporte, de acordo com ele, é que os ônibus alcançam praticamente todos os bairros da cidade.
Mas, para Sergio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, investir somente em ônibus não resolverá o problema. Ele acredita que a melhor solução para a questão da mobilidade é o metrô.
“Os corredores de ônibus, sozinhos, não têm capacidade para atender à demanda na cidade de São Paulo. O corredor de ônibus tem um limite físico operacional que se dá, teoricamente, em cerca de 46 mil passageiros por hora/sentido. Já o metrô chega a 96 mil passageiros hora/sentido, podendo até ultrapassar isso com medidas de redução de intervalo entre as composições”, observou. Ejzenberg enfatizou ainda que os corredores de ônibus têm uma limitação pelo fato de que nem toda avenida os comporta. Já no caso do metrô, faz-se uma rede pelo subsolo.


Fonte: Agência Brasil

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São Paulo cada vez mais conectada com os passageiros do ônibus

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Todos os dias, 3,8 milhões de pessoas embarcam nos ônibus urbanos em São Paulo apenas com o toque de um cartão no leitor de um validador eletrônico. Uma parte delas também já entra em coletivos fabricados há menos de um ano e tem a possibilidade de ligar um notebook ou sincronizar o celular em um sistema de wi-fi gratuito para se conectar à internet. E mais: se a bateria do telefone ou computador estiver fraca, há tomadas com entradas USB para recarregar na hora os aparelhos eletrônicos. Tudo isso dentro de um ônibus em movimento. Esse é o futuro que já começa a ser vivido em São Paulo, a maior metrópole do País, com 462 anos recém-completados em janeiro e onde vivem nada menos que 12 milhões de pessoas.

O investimento na melhoria constante do sistema de transporte coletivo, a partir da tecnologia, está levando os paulistanos a começarem a vivenciar uma nova forma de se relacionar com os ônibus como alternativa de deslocamento diário para seu trabalho, sua escola, seu lazer e sua casa.

Atualmente já são 362 ônibus com wi-fi, 602 com ar condicionado, 164 com tomadas USB e 2.381 veículos entre articulados e biarticulados, com câmeras que auxiliam no embarque e desembarque de passageiros. Esses ônibus se somam aos outros 12.377 veículos da frota que foram equipados com novos validadores e apresentam tecnologia avançada, com capacidade de armazenamento e transmissão de dados que coíbem possíveis fraudes. Aos poucos, toda a frota de ônibus urbano estará equipada com os dispositivos de tecnologia, uma mudança que até muito pouco tempo seria impensável na cidade.

Desse conjunto de melhorias faz parte também a facilidade de acesso a todos os usuários. A acessibilidade também é um ponto de destaque no sistema de transporte por ônibus em São Paulo. As pessoas com mobilidade reduzida têm à disposição 12.618 ônibus fabricados com tecnologias que facilitam o acesso, como entrada em nível baixo ou com elevador para cadeirantes. O índice de acessibilidade se aproxima e atingirá a totalidade da frota na medida em que ocorre a compra de novos ônibus que se integram ao sistema.

E as vantagens da era digital não param por aí. De três anos para cá foram lançados aplicativos para smartphone que permitem um melhor planejamento da operação do transporte público e do embarque, no caso dos usuários.  Para saber a hora que o ônibus de uma determinada linha irá passar em um determinado ponto de parada, por exemplo, os aplicativos ou apps, como também são chamados, já são peças chave.

Tanto que a SPTrans, em conjunto com a CET, criou um laboratório com o desafio de utilizar os dados de transporte e trânsito a favor da mobilidade urbana, criando soluções tecnológicas modernas. Os aplicativos já contam com mais de um milhão de usuários

Mais luz no serviço da madrugada

A tecnologia virou o novo patrimônio de São Paulo que, em 462 anos de história, está mais moderna, mais acessível e cada dia mais iluminada. As luzes de LED em volta dos ônibus fizeram tanto sucesso durante a época natalina e foram tão úteis para os usuários, que a SPTrans está desenvolvendo um projeto para que essas luzes sejam usadas em caráter permanente.

A ideia é tornar os ônibus do serviço noturno mais visíveis durante a madrugada. Em dezembro de 2015, mais de 1 milhão de passageiros utilizaram os coletivos no período entre a meia noite e até as 4 horas da manhã em São Paulo.

Bilhete Único tem inovações constantes e conquista usuários

O Bilhete Único, implantado há 12 anos, também foi modernizado. O cartão ganhou uma nova tecnologia de chip que permite que seja recarregado com vários tipos de crédito, de acordo com a necessidade de cada usuário: mensal, semanal, diário, estudante, vale-transporte e comum. Além disso, pode ser utilizado em todos os ônibus, micro-ônibus, Metrô e CPTM e nos terminais e estações de transferência do Expresso Tiradentes.

Aqueles que têm o direito de utilizar o transporte gratuitamente também ganham com a tecnologia. Antes, os idosos que desciam pela frente do ônibus hoje passam pela catraca, onde têm mais opções de assentos. O mesmo acontece com os estudantes que conquistaram o Passe Livre.

Essa inovação de bilhetagem eletrônica é utilizada em centenas de grandes cidades pelo mundo como Bogotá, Nova York, Londres, Bangkok e tantas outras, que são exemplos de como a tecnologia mudou para melhor o transporte coletivo. O famoso smart card, como é conhecido o nosso bilhete único ao redor do mundo, já faz parte da vida dos passageiros do transporte público paulistano. Tanto que, atualmente, menos de 7% dos usuários pagam a passagem com dinheiro. O que significa ganho de tempo e de segurança para os usuários.

A tecnologia se instalou em São Paulo, embarcou nos ônibus e conectou os paulistanos com as facilidades do dia a dia. A tendência é que, daqui para frente, novos aplicativos sejam lançados e incorporados a novos ônibus que trarão ainda mais conforto às viagens dos usuários do transporte público.

Informações: SPTrans

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Tarifas de ônibus e metrô na cidade de São Paulo vão subir de R$ 3,50 para R$ 3,80 a partir de 9 de janeiro

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiram reajustar as tarifas de ônibus, metrô e trem a partir de 9 de janeiro de 2016. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (30) pelo Bom Dia São Paulo.

O bilhete unitário foi reajustado em 8,57%, passando dos atuais R$ 3,50 para R$ 3,80. A tarifa com integração entre ônibus e trilhos aumentou de R$ 5,45 para R$ 5,92. As tarifas dos bilhetes mensal, semanal, diário e madrugador permanecem congeladas.

O reajuste é menor do que a inflação acumulada no período, de 10,49%, segundo o IPC-Fipe.

Como vão ficar as tarifas a partir do dia 9 de janeiro:

- bilhete unitário de ônibus: reajustado para R$ 3,80
- bilhete unitário de metrô: reajsutado para R$ 3,80
- bilhete unitário de trem: reajustado para R$ 3,80
- bilhete 24 horas de ônibus: mantido em R$ 10
- bilhete semanal de ônibus: mantido em R$ 38
- bilhete mensal de ônibus: mantido em R$ 140
- integração entre ônibus e trilhos: reajustado para R$ 5,92 
- integração entre ônibus e trilhos 24 horas: mantido em R$ 16
- integração entre ônibus e metrô semanal: mantido em R$ 60
- integração entre ônibus e  trilhos mensal: R$ 230
- Trilhos madrugador: mantido em R$ 2,92
- Da Hora: mantido em R$ 2,92
- Para os ônibus da EMTU, o percentual médio do reajuste irá variar em cada uma das cinco regiões metropolitanas vinculadas à empresa - São Paulo, Campinas, Baixada Santista, Sorocaba e Vale Paraíba, mas nenhum valor será reajustado acima da inflação.

O último aumento ocorreu em janeiro deste ano, quando Haddad autorizou que tarifa dos ônibus subisse de R$ 3 para R$ 3,50 após ficar mais de um ano congelada. Dias depois, Alckmin aumentou as passagens de trens e metrô para o mesmo valor. O Movimento Passe Livre (MPL) fez protestos contra o reajuste.

Em 2013, o aumento das tarifas do transporte público geraram protestos em junho de 2013, se espalhando para todo o país. As manifestações fizeram o prefeito e o governador de São Paulo recuarem do reajuste de R$ 3 para R$ 3,20 naquele ano.

Subsídio
Em outubro, a Prefeitura de São Paulo publicou um decreto aumentando os subsídios pagos às empresas de ônibus em R$ 144 milhões. Os valores são compensações tarifárias previstas em contrato e que servem para “indenizar” as empresas pelo transporte de pessoas que não pagam a tarifa. É o caso dos estudantes, que desde o início do ano podem fazer viagens totalmente gratuitas, e de aposentados.

Os R$ 144 milhões foram retirados de projetos tidos como prioritários pela gestão Fernando Haddad (PT), como a construção e a modernização de corredores e terminais de ônibus, que vão perder R$ 33 milhões. Outros R$ 14 milhões virão da verba prevista para a construção de moradias populares.

emanejamento foi publicado nesta terça-feira (20) no Diário Oficial do município. Com a verba, a administração tenta resolver a dívida com as empresas de ônibus da cidade, que já chega a R$ 90 milhões.

A Prefeitura de São Paulo afirma que o Orçamento previsto anteriormente ficou “aquém do total de subsídios” necessário. O Orçamento deste ano previu R$ 1,4 bilhão para esse tipo de compensação. Para 2016, o valor deve ser ainda maior. Segundo projeto de lei enviado pela Prefeitura à Câmara, a previsão é gastar R$ 1,9 bilhão no próximo ano.

A SPUrbanuss, que representa as empresas de ônibus da cidade, afirma que elas estão enfrentando dificuldades para honrar seus compromissos financeiros com os funcionários e fornecedores. Ressaltam, porém, que não haverá problemas com a operação.

"As empresas concessionárias esperam que essa situação se normalize o mais rápido possível e asseguram que não haverá problemas com a operação normal do serviço de transporte urbano."
No início de outubro, o prefeito negou que já tenha decidido sobre o possível congelamento do valor da tarifa de ônibus. Haddad disse que tem feito uma política metropolitana e que as decisões de aumento são tomadas em conjunto com o governo do estado e demais municípios.

“Na verdade tem dois fatores que precisam ser considerados: primeiro, que a gente tem feito uma política metropolitana que inclui inclusive o governo do estado, as decisões sobre tarifa de transporte público têm sido organizadas mediante conversas entre prefeitos e entre o prefeito e o governador. Então, as decisões têm sido tomadas na mesma data criando uma política metropolitana e não uma política casuística, em função de calendário ou de partidarização”, destacou.

Enquanto isso, a Prefeitura tenta contratar um novo serviço de ônibus para substituir o atual. Uma licitação foi lançada na última semana e tem previsão de abertura de envelopes para o mês de novembro. A licitação vai alterar o funcionamento do serviço de ônibus da capital pelos próximos 20 anos e vai mudar também a forma como a remuneração é feita.

Uma das alterações diz respeito à satisfação do consumidor, que passará a ser levada em conta nos valores repassados às concessionárias.

Preservar 'orçamento familiar'
Em nota, os governos estadual e municipal informaram que o objetivo de reajustar abaixo da inflação e manter os valores dos bilhetes para além de uma viagem é o de "preservar o orçamento familiar".

"As administrações municipal e estadual têm atuado no sentido de alinhar alguns aspectos das respectivas políticas tarifárias, visando a redução do peso do transporte no orçamento das famílias residentes na Região Metropolitana de São Paulo. Dentre as medidas tomadas em conjunto, desde então, cabe destacar:

1. Foi criado o Bilhete Único de ônibus e trilhos mensal, que permite ao usuário frequente dos sistemas de transporte um desconto em relação à política tradicional do Bilhete Único. Nos dois reajustes desde então, as tarifas dessa modalidade não sofreram qualquer aumento, o que se reflete em um crescimento gradual de sua utilização.

2. Também não sofrerá qualquer reajuste o usuário dos bilhetes Madrugador, válido no início da operação do Metrô, entre 4h40 e 6h15, e na CPTM, das 4h até as 5h35. Também ficará sem reajuste o bilhete Da Hora, que concede benefício entre as 9h e 10h da manhã nas linhas 5 do Metrô e 9 da CPTM.

3. A tarifa zero permanece para pessoas com deficiência e idosos (a gratuidade foi ampliada para pessoas com mais de 60 anos em julho de 2012 – Lei 15.187) e alunos de escolas e universidades que comprovarem baixa renda. Além disso, todo estudante, da rede pública ou privada, já tem direito à meia tarifa e continuará com esse benefício.

4. O trabalhador desempregado, usuário do transporte por ônibus no município, passará a contar com a gratuidade, em moldes similares aos praticados no transporte sobre trilhos.

5. Mais da metade dos usuários do sistema de transportes (53%) não será impactada pela mudança na tarifa unitária, porque são benificiários de gratuidades, usam bilhetes temporais que não terão aumento ou são trabalhadores que já pagam o limite legal de 6% do salário para o vale transporte", diz a nota.

Informações: G1 São Paulo

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Motorista de carro de SP deve migrar para ônibus, diz secretário

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, disse nesta segunda-feira (5) que o motorista de carro deve migrar para o transporte público para fugir dos congestionamentos. A afirmação foi feita durante entrevista ao Bom Dia São Paulo, ao responder à pergunta de um telespectador que se queixou de gastar mais tempo em seus deslocamentos diários após a adoção de faixas exclusivas para ônibus.

Apenas nesta segunda-feira, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) inaugurou mais 10,4 km de faixas exclusivas para ônibus no Corredor Norte-Sul. As faixas foram implantadas em trechos da Avenida 23 de Maio, Rubem Berta, Professor Ascendino Reis, Moreira Guimarães, Washington Luís e Jornalista Roberto Marinho. Segundo Tatto,  a Prefeitura pretende ampliar as faixas exclusivas e corredores para aumentar a velocidade média dos coletivos e diminuir o tempo de espera do passageiro.


“Não tem solução [para aumento da lentidão para carros após faixas exclusivas para ônibus] . O espaço não é democrático. O motorista de carro deveria agradecer o usuário de ônibus pelo fato de ele estar usando o ônibus. Você tem uma parte que é cultural. Às vezes a pessoa mora num lugar que tem o Metrô, tem o ônibus, tem uma rede adequada, é de boa qualidade, e ela vai de carro trabalhar. Então, isso é uma mudança cultural. Às vezes as pessoas saem daqui, viajam para fora, para outro país, lá anda de metrô e ônibus e aqui não quer andar”.

O secretário afirma que a velocidade média dos ônibus em São Paulo, de 13 km/h, é inaceitável. “Para resolver este problema, a Prefeitura está inaugurando nesta segunda-feira mais 10 km de faixa exclusiva na Avenida 23 de Maio e vamos interar mais 100 km de faixas exclusivas [até o final do ano]. O projeto este ano é ter 220 faixas exclusivas além dos 150 corredores de ônibus até 2016”.

Apesar de incentivar o uso do transporte coletivo, o secretário admite que o serviço não é de boa qualidade. “Reconhecemos que a qualidade do sistema do transporte não é bom, principalmente na periferia. Mas na região central, no Centro expandido, você tem uma rede de ônibus e Metrô que é adequada. No horário de pico em todos os lugares do mundo, nas grandes cidades, o ônibus é lotado, não é só São Paulo”.

Um dos grandes desafios da administração pública, segundo Tatto, é reorganizar o sistema do transporte. “Tem lugares que faltam ônibus e tem lugares que tem ônibus sobrando. É um problema de organização do sistema, mas também não podemos tapar o sol com a peneira: a cidade de São Paulo precisa de uma rede ferroviária que não existe, tanto da CPTM quanto do Metrô, porque o ônibus é um transporte auxiliar, ele não é um transporte de massa, ele tem que ajudar o transporte de massa. Na medida em que você não tem esse transporte de massa, que é o Metrô, o ônibus precisa dar conta”.

M'Boi Mirim
Jilmar Tatto explicou que um dos motivos para o gargalo na Estrada de M'Boi Mirim, na Zona Sul da capital, acontece porque a reorganização dos transportes não foi concluída e dificulta o tráfego de ônibus.
“Na M’Boi Mirim você tem o corredor de ônibus do lado esquerdo e ao mesmo tempo você tem lá os micro-ônibus que ficam do lado direito. Isso está errado, mas não dá para mudar de uma hora para outra porque precisamos seccionar estes ônibus no terminal. O Ângela [terminal] e o [terminal] Guarapiranga estão abarrotados, por isso está dentro do projeto da Prefeitura construir um novo terminal para seccionar estas linhas no sentido de amenizar o problema”.

Segundo o secretário, a cidade ficou muito tempo parada sem investimento no transporte público. “O que estamos fazendo agora é acelerar e construir terminais, corredores, fazendo faixas exclusivas, e agora reorganizando as linhas", disse Tatto.

Informações: G1 São Paulo
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Como São Paulo quer melhorar o transporte público com menos ônibus

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo, quer resolver o problema do transporte público na cidade de uma maneira, que a princípio, pode não fazer sentido. Para tornar o sistema mais eficiente, a prefeitura pode propor, na nova licitação dos transportes, uma redução no número de ônibus que circulam diariamente pela cidade.

Em entrevista a EXAME.com, o secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto, não confirmou em quanto (e se) o número de ônibus será reduzido. Segundo ele, as possibilidades ainda estão sendo avaliadas pela prefeitura. A previsão é de que a atual frota seja reduzida em 27%, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo do último domingo.

Tatto afirma que uma empresa já foi contratada para delinear o novo conceito do sistema de transporte público de São Paulo. "Estamos revendo o traçado das linhas de ônibus, a quantidade de linhas que temos na cidade e a de assentos", diz. A nova licitação deve ser aprovada ainda neste semestre. 

Veja quais as possíveis mudanças:

1. Ter menos ônibus, mas o mesmo número de assentos

Uma das possibilidades, segundo Tatto, é substituir os veículos tradicionais por ônibus superarticulados. Se aprovada, a medida deve diminuir o número de ônibus que circulam pela cidade, mas manter a quantidade de assentos oferecidos hoje.

Enquanto um ônibus convencional carrega 75 passageiros sentados e em pé, um ônibus superarticulado tem capacidade para levar 170 passageiros - 58 sentados e 112 em pé.

2. Reorganizar a lógica do sistema de transporte público

"O que sabemos hoje é que a quantidade de ônibus em São Paulo é suficiente, mas mal distribuída do ponto de vista dos locais onde operam e do tamanho", afirma o secretário. De acordo com ele, hoje há ônibus pequenos circulando em locais de grande demanda enquanto veículos grandes trafegam em áreas com uma demanda menor.

Para solucionar isso, a proposta é reorganizar a rede de transportes municipal. Hoje, a distribuição das linhas de ônibus é pensada de acordo com os horários de pico. Neste período, toda frota e estrutura administrativa da SPTrans é colocada na rua. Assim que o horário de pico termina, os ônibus são retirados de forma linear, com intervalos cada vez maiores.

No novo modelo, o sistema seria estruturado em cinco redes integradas que seriam planejadas de acordo com a demanda específica do momento. Uma seria focada nos horários de pico e outra para o período que se estende das 9h às 18h, além de outras elaboradas especialmente para as madrugadas, sábados e domingos.

Um exemplo disso é como funcionará o esquema de ônibus durante a madrugada. Neste período, haverá linhas que seguem o trajeto do metrô – que não funciona entre meia-noite e 4h da manhã -, além de rotas para hospitais e para locais que concentram eventos noturnos, como restaurantes, bares e baladas, por exemplo.

3. Encarar os corredores de ônibus como metrô

Atualmente, o sistema de ônibus da cidade é dividido em zonas. Pela proposta da prefeitura, o serviço seria estruturado de acordo com o tipo de percurso e a demanda. Tatto projeta que isso pode garantir mais velocidade aos ônibus em cada trajeto. Para isso, o sistema seria dividido em três tipos: estrutural, coletor e intra-bairro.

Os chamados “ônibus estruturais” circulariam apenas pelos corredores de ônibus da cidade. Os veículos seriam grandes e articulados. É nestes eixos que os modelos menores seriam substituídos por ônibus maiores, mas em menor quantidade.

A ideia é que os corredores funcionem como uma espécie de metrô, levando os passageiros de forma rápida de um mesmo ponto de origem e destino.

Já os “ônibus coletores” terão o tamanho padrão e buscariam os passageiros dentro dos bairros para levá-los até os corredores. Os “intra-bairro” seriam menores (micro-ônibus e vans) e circulariam pelas ruas mais estreitas que não suportam veículos maiores dentro dos bairros.

Tatto afirma que tais mudanças seguem os eixos estabelecidos pelo recém-aprovado Plano Diretor de São Paulo. Um dos principais pontos do projeto é o de adensar a população ao longo das vias expressas de transporte público, como corredores de ônibus e estações de metrô, para reduzir o tempo de deslocamento entre casa e trabalho.

"Foi o Plano Diretor que definiu quais serão esses eixos. Cabe a nós agora aplicar e construir os corredores onde ainda não tem", diz Tatto.

Vai funcionar?

"São Paulo tem 1.700 km de linhas transpostas, que percorrem o mesmo trajeto com ônibus tradicional e articulado. Isso não é eficiente", afirma Luiz Vicente Figueira de Mello, especialista em gestão ambiental com foco em mobilidade urbana e coordenador do curso de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.

Para o especialista “já estava na hora” de mudanças como as propostas acontecerem. No entanto, segundo ele, a nova lógica pode não ter um impacto positivo para todos os setores da sociedade – a começar pelos motoristas e cobradores de ônibus que podem perder seus empregos. Os usuários do transporte coletivo podem também não gostar da ideia em um primeiro momento.

"As pessoas estão acostumadas a pegar o mesmo ônibus todos os dias. Elas não vão gostar de ter que pegar mais de um ônibus para fazer seu trajeto completo, mesmo que ele seja mais rápido", explica. “Isso precisa ser feito de forma gradativa e com muita informação disponível para o público”. 

Por Beatriz Souza
Informações: Exame Abril

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São Paulo: Linhas intermunicipais passam a circular na madrugada

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O governo do estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (19) a criação de linhas de ônibus intermunicipais para operar nas madrugadas. Dezoito cidades serão beneficiadas. A tarifa será a mesma cobrada pelos serviços durante o dia.

A partir desta sexta-feira (20), o serviço denominado "Corujão" vai assegurar a circulação de linhas 24 horas na Zona Oeste de São Paulo todas as sextas e sábados. Em uma segunda etapa, dez linhas terão o horário ampliado.


Na Zona Oeste da capital, as linhas devem circular nas madrugadas de sexta para sábado e de sábado para domingo para ajudar passageiros que trabalham ou frequentam bairros boêmios, como a Vila Madalena e a região da Avenida Doutor Arnaldo. O serviço será um estímulo para quem ingerir álcool não se deslocar de carro.

Noventa e oito ônibus farão as linhas: Itapecerica da Serra (Pq. Paraíso) – SPO (Pinheiros), Embu das Artes (Jd.São Marcos) – SPO (Pinheiros), Osasco (Munhoz Júnior) - SPO (Vila Madalena), Carapicuíba (Cohab V) – SPO (Pinheiros) e Cotia (Terminal Metropolitano Cotia) – SPO (Pinheiros). Inicialmente, eles deverão passar de hora em hora. 

Ampliação do horário
A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) está fazendo ajustes nos horários para assegurar que os últimos passageiros do Metrô possam pegar um ônibus nos terminais e chegar a municípios vizinhos a partir de sexta-feira (27) deste mês.

Serão 114 ônibus que farão as linhas:
003- Guarulhos (Taboão) – São Paulo (Metrô Tucuruvi)
105-Guarulhos (Jardim Moreira) – São Paulo (Metrô Parada Inglesa)
319-Guarulhos (Vila Any) - São Paulo (Metrô Corinthians-Itaquera)
288- São Bernardo do Campo (TerminalFerrazópolis) - São Paulo (Metrô Jabaquara)
138- Osasco (Munhoz Junior) - São Paulo (Metrô Vila Madalena)
855- Diadema (Jd.Santa Rita) - São Paulo (Jabaquara)
350- Itapevi (Cohab) - São Paulo (Terminal Rodoviário Barra Funda)
562- São Caetano do Sul (Jd. São Caetano) - São Paulo (Metrô Vila Prudente)
361- Francisco Morato (Parque 120) – São Paulo (Terminal Rodoviário da Barra  Funda)
377-Poá (Jardim Nova Poá) - São Paulo (Parque Artur Alvim)

Para mais informações, visite o site da EMTU (http://www.emtu.sp.gov.br). Um aplicativo ficará disponível para os usuários em cerca de 15 dias. Através dele o usuário poderá saber a distância que o coletivo está do ponto de ônibus. O tempo estimado para fazer o percurso, no entanto, não estará online em um primeiro momento.

Leia também sobre:
·         Metrô São Paulo
·         SPTrans
·         EMTU-SP

Capital
No início deste mês, a São Paulo Transporte (SPTrans), empresa responsável pelo transporte público da capital paulista, informou que, a partir de janeiro do ano que vem, a cidade São Paulo terá 140 linhas funcionando durante as madrugadas. A ideia é facilitar a mobilidade entre as 0h30 e as 4h e evitar que usuários fiquem muito tempo esperando nos pontos.

A iniciativa amplia o serviço que existe hoje, composto por 98 linhas. No total, 430 coletivos entre incluindo micro-ônibus irão circular durante a madrugada.

No sistema estrutural, composto pelas principais avenidas da cidade, o intervalo será de 15 minutos entre os ônibus. Assim, algumas linhas poderão fazer trajetos semelhantes aos do Metrô, que não funciona durante a madrugada. Já nos bairros, o intervalo entre os ônibus será de 30 minutos, segundo a SPTrans.

Informações: G1 São Paulo
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