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Fortaleza aguarda VLT e metrô; enquanto isso, o trânsito só piora

sábado, 16 de abril de 2011

Apenas em 2010, foram licenciados no município de Fortaleza 86.227 novos veículos, segundo dados do Detran-CE. O aumento no número de veículos na capital cearense já provoca engarrafamentos e acidentes de trânsito, e faz com que a cada dia seja mais estressante deslocar-se em suas ruas, seja de carro ou de ônibus.


Fonte: Portal 2014

“O pior é que, como o transporte público não funciona, não temos como abrir mão do carro”, desabafou ao Portal 2014 o advogado Victor Fontenele, enquanto buscava paciência para suportar o congestionamento matinal da avenida Engenheiro Santana Júnior, uma das principais da cidade.

A garantia da mobilidade é exigência da Fifa para as cidades que queiram sediar os jogos de 2014. Em Fortaleza, as principais obras de mobilidade urbana previstas para os próximos anos são: a conclusão do Metrofor (que está em execução, devendo operar já no final deste ano), a construção do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) - ambas sob responsabilidade do governo do estado - e a ampliação de cinco avenidas: Dedé Brasil, Alberto Craveiro, Paulino Rocha, Raul Barbosa e Almirante Henrique Saboya, conhecida como Via Expressa - a cargo da prefeitura.

VLT Mucuripe/ParangabaNa Via Expressa o governo atuará junto com a prefeitura, se responsabilizando pela implantação do VLT, que ligará o bairro do Mucuripe à estação da Parangaba. Originalmente, a Matriz de Responsabilidades indicava o início das obras para janeiro de 2011 e conclusão em junho de 2013. Mas, em comum acordo, governo do estado e Fifa reajustaram este cronograma, informa a assessoria de imprensa do Metrofor. A data prevista de início das obras foi redefinida para outubro de 2011 e a conclusão da obra para maio de 2013. Em maio próximo, deve ser iniciado o processo de licitação do VLT.  

Outro desafio é a implantação do sistema Bus Rapid Transit (BRT), corredores exclusivos de ônibus nas avenidas Alberto Craveiro, Raul Barbosa, Dedé Brasil e Paulino Rocha, previstos para dezembro de 2012. A ampliação dessas vias, que permitirá a instalação do BRT, envolve recursos da ordem de R$ 260 milhões; só com desapropriações, os gastos previsto são de quase R$ 50 milhões.

“As obras já começaram, com a elaboração do projeto executivo para alargamento da via. Para prosseguir, aguardamos a liberação dos recursos pela Caixa Econômica Federal”, informou o secretário municipal de Projetos Especiais, Geraldo Accioly, acrescentando: “Agora partiremos para a obra física, que deve começar em julho deste ano”. Já o executivo de Finanças da prefeitura, Alexandre Cialdini, acredita que a CEF libere os recursos solicitados para esta e outras obras de mobilidade urbana, considerando que houve aumento no volume de investimentos da prefeitura, de 2009 para 2010. 

Trânsito para além da CopaMesmo antes da conclusão das obras de mobilidade, diferentes setores vem buscando saídas para o problema do trânsito em Fortaleza. Em setembro, o Instituto Brasileiro de Defesa da Cidadania (Ibradec) realizará na cidade o 1º Fórum de Valorização da Vida no Trânsito - Fortran, que apresentará ao poder público alternativas possíveis de serem adotadas para a capital cearense. “Dados oficiais dão conta de que morrem mais pessoas no trânsito do que nas guerras”, alertou o presidente do Ibraced, Maxwell Ribeiro. “Temos a obrigação de encontrar soluções para este problema”, enfatizou.

Participam ainda do Fortran a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) e o Detran-CE. “Queremos discutir o trânsito de Fortaleza para além da Copa do Mundo, pois precisamos encontrar uma solução definitiva para este problema”, conclamou Ribeiro.

Também o setor de eventos mostra preocupação com o problema. Antes, durante e depois da Copa este mercado estará bastante aquecido em Fortaleza, avalia o empresário de eventos Roslavo Brilhante. Então, para não comprometer a qualidade deste trabalho, aconselha, "é fundamental um trânsito que flua com agilidade". “Hoje estamos correndo contra o tempo para não haver nenhum atraso no que planejamos para o período da Copa. Então, é preciso que as autoridades entendam o problema e encontrem rapidamente soluções para que este importante mercado não seja prejudicado”, alertou.
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Fortaleza: Tecnologia traz melhorias para o transporte público

sábado, 11 de abril de 2009


A importância da tecnologia para a gestão do trânsito e para a priorização do transporte público foi o tema do seminário sobre mobilidade urbana. A Capital está equipada, toda a frota de ônibus possui GPS e um projeto piloto utiliza um equipamento mais moderno


A tecnologia é aliada importante do transporte público. Esse foi o tema do primeiro painel do seminário Mobilidade urbana em Fortaleza - desafios de uma metrópole, promovido pelo gabinete do vice-prefeito Tin Gomes. Em Fortaleza, toda a frota de ônibus está equipada com GPS, um dispositivo que informa a localização do veículo em tempo real. O monitoramento feito pelas empresas de ônibus evita que o motorista desvie o caminho ou passe sem parar no ponto de ônibus, reclamações muito comuns entre os usuários. Mas o uso da tecnologia pode ir além e ajudar muito mais. Em São Paulo, por exemplo, um outro equipamento, o GPRS, permite que o motorista se comunique com a central de monitoramento. A troca de informações possibilita a gestão do trânsito em tempo real. Por exemplo, se o veículo está seis minutos atrasado, a central de monitoramento é avisada e repassa o dado para a central de controle que aciona uma “onda verde” no caminho do ônibus, dando prioridade ao transporte público. O GPRS já chegou em Fortaleza. É usado em caráter piloto desde 2005. Da frota de 1.670 ônibus, 100 participam do projeto de Controle Integrado de Transporte de Fortaleza (Citifor). Os veículos circulam em seis linhas desde 2005. Mas por aqui, o GPRS ainda não gera alterações significativas no trânsito. Não se aciona ondas verdes a partir dele. “Essa é uma decisão futura. Precisamos de muitas calibragens. É preciso definir prioridades. Para quem eu libero? Para os ônibus da 13 de Maio ou da avenida da Universidade?”, explica o gerente do Citifor, Paulo Vitorino. Hoje, em Fortaleza, as próprias empresas monitoram o GPS de suas frotas. O controle é partilhado com a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), mas está disponível um monitor. Ligados à Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), o Citifor cuida dos veículos equipados com GPRS e o Controle de Tráfego em Área de Fortaleza (Ctafor) monitora 35 câmeras espalhadas em vias públicas, as câmeras instaladas nos terminais e o funcionamento dos semáforos inteligentes. As salas ficam lado a lado, mas ainda as informações ainda não se convertem em ações imediatas. “A tecnologia é um instrumento importante para criar uma base de informação e um mecanismo de controle, mas só funciona com uma gestão inteligente, pressupõe um comando, um plano de metas comuns para todos os órgãos envolvidos no trânsito”, lembra Valeska Walker, presidente da Comissão de Sistemas Inteligentes de Transportes da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), uma das palestrantes do seminário.
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Sem planejamento urbano, Fortaleza está parada pelo trânsito

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Uma cidade parada. Assim é Fortaleza há, pelo menos, 10 anos. Passar horas em um engarrafamento já faz parte da rotina diária dos fortalezenses. O estudante Wescley Santos da Costa leva 1h30 para chegar à faculdade. Ele mora na Avenida Bezerra de Menezes e faz, todos os dias, um dos itinerários mais complicados (avenidas 13 de Maio e Pontes Vieira) de transporte público. "Tenho que fazer um planejamento, sair de casa bem antes e ainda pego ônibus lotado", revela. Já o advogado André Real prefere deixar o carro em casa e andar a pé. "É complicado usar automóvel".

O problema, que se agravou nos últimos cinco anos, é que a frota de veículos cresce a cada dia, mas as ruas e avenidas continuam as mesmas. Fortaleza recebe um incremento de 6 mil automóveis por mês. Até 2015, a frota deve ultrapassar a casa de um milhão.

Em números relativos, até junho deste ano, segundo o Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE), a cidade continha 772.170 veículos circulando. De dezembro de 2010 a junho de 2011, houve um aumento de 4,8%.

Um das causas é que Fortaleza, assim como outras cidades brasileiras, está atrasada na implantação de medidas de planejamento urbano para receber o crescimento da frota e da população, como destaca o arquiteto e urbanista, Antônio Paulo Cavalcante. "Outras cidades do mundo, com uma frota maior que a Capital cearense, se preocuparam bem cedo em equilibrar: o uso e ocupação do solo (infraestruturas), a frota (público-privado) e os usuários (educação-transporte de massa)".
Plano Diretor
A cidade não conta nem mesmo com um Plano Diretor efetivo. O projeto, que prevê o desenvolvimento do sistema viário básico do Município, foi aprovado em 2009, mas não saiu do papel. "Ainda relutam as discussões de atualização dos projetos complementares ao Plano Diretor que não teve um cunho operacional e carece que a comunidade técnica tome a direção".

Fortaleza ainda tem a estrutura de trânsito dos anos 90. Conforme o arquiteto, a cidade está repleta de diferentes traçados e de loteamentos desconexos, sem padronização de quadras (quarteirões). "Esta deficiência de padronização é de natureza histórica da formação do Município e que, hoje, não comporta mais a frota existente".

Os congestionamentos são ocasionados por uma conjunção de fatores /atores que compõem os transportes: a frota, os usuários e a infraestrutura (vias), segundo o especialista. "Quanto à frota, a facilidade de aquisição tem elevado o número de veículos nas ruas. Isto tem ocorrido devido às melhores condições financeiras da população e de pagamento do carro".

Mas as dificuldades no trânsito também são ocasionadas pelos usuários. Faltam campanhas educativas e uma maior aceitação de regras, como aponta a doutora em Planejamento Urbano, Cleide Bernal. "Se queremos viver nas cidades e manter o elitismo da cultura do automóvel precisamos aceitar as regras da mobilidade urbana".

Sobre a infraestrutura da cidade, Cavalcante pontua que a eficiência do sistema é refém da lentidão do tráfego, exatamente pelo aumento da frota de veículos privados. Segundo ele, o tempo médio de deslocamento evoluiu para quase 60minutos, a depender da origem e do destino das viagens.

As consequências são devastadoras. Como aponta o especialista, a primeira delas é a morosidade nos deslocamentos, seguida do aumento de disputas por espaços e um crescimento de condições para acidentes. Antônio Paulo Cavalcante acredita em ações concatenadas, simultâneas e culturais na redução do uso do veículo privado e no aumento do uso do veículo público de qualidade, para todas as classes sociais como soluções. "As ações terão que ser ´cirúrgicas´ e urgentes".
OPINIÃO DO ESPECIALISTANão há tempo para mudanças profundas
É um problema de planejamento urbano, de política econômica e de políticas públicas. Com a crise econômica de 2009 o Governo Lula aplicou uma política de isenção fiscal para a indústria automobilística, sem nenhuma reflexão ou interação com os governos municipais. Com a redução dos preços dos automóveis a demanda explodiu. Foi a partir daí que o trânsito de Fortaleza tornou-se caótico, com um aumento inusitado da frota sem nenhuma política pública que viesse amenizar a situação da mobilidade urbana. O que temos, na prática, são investimentos em grandes obras, que são intermináveis, do tipo metrô e Transfor e, por outro lado, o poder público não pensa em investimentos na melhoria e ampliação do transporte coletivo. Além do aumento da frota, comprovamos aumento da quantidade de condutores com novas habilitações.

Precisamos de uma política urgente de ampliação e melhoria do transporte coletivo e campanhas educativas para os condutores. As saídas de ordem técnica são lentas: repensar o modelo de cidades e as espacialidades urbanas dentro da atual realidade. Precisamos mudar os hábitos e reorganizar o uso do solo urbano de forma que possamos andar a pé. Outra mudança necessária é romper com os valores da civilização do automóvel individual. As vias devem ser direito dos cidadãos e não apenas dos usuários de automóveis. As obras de infraestrutura viária, se forem aceleradas, e as campanhas educativas poderão ajudar, mas é muito curto o tempo para fazer mudanças profundas.

Cleide Bernal
- Doutora em Planejamento Urbano

TRANSFOR
Soluções são pensadas e executadas
Para solucionar o caos no trânsito de Fortaleza algumas medidas vêm sendo tomadas e pensadas. O Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor) desenvolve uma política de mobilidade urbana. De acordo com o coordenador, Daniel Lustosa, o programa, em execução há mais de três anos, já conta com mais de 170 quilômetros de pavimentação concluída e mais de 20 quilômetros de drenagem. Além disso, o projeto prevê a construção de quatro túneis, dois viadutos, calçadas e ampliação dos terminais.

"O Transfor está aumentando a capacidade de avenidas, como a Bezerra de Menezes, de três para quatro faixas, restaurando a Domingos Olímpio, a Pontes Vieira e a Costa Barros. Essas ações já estão em andamento ou finalizadas", como informa o coordenador.

As ações para a Copa de 2014 são a retirada de semáforos da Via Expressa, obras de recuperação da Raul Barbosa com Murilo Borges, a duplicação da Alberto Craveiro e intervenções na Dedé Brasil. Além disso, haverá o investimento em ciclovias e em faixas exclusivas para o transporte público. Outras ações citadas por Daniel Lustosa são a regulação do transporte de carga e o investimento em educação no trânsito.

"O Transfor é um programa de ação continuada, já que a frota de veículos vai continuar crescendo e a população também. O foco é melhorar a mobilidade urbana", ressalta. Ele garante que as intervenções serão entregues até a Copa de 2014.

As obras são necessárias, mas geram ainda mais transtornos. Além disso, as vias que são abertas como alternativas durante as obras, não permanecem após a conclusão. Para evitar os transtornos, Lustosa explica que o Transfor comunica previamente que aquela localidade vai passar por obras. Ele diz que as vias estão sendo recuperadas para servir de acesso.

De acordo com o arquiteto e urbanista, Antônio Paulo Cavalcante, as intervenções são necessárias. "Mesmo com as obras, no que se refere a macroacessiblidade (escala da cidade) deve-se ter em mente a busca por amenizar os problemas. A cidade carece de novas continuidades".

O especialista acredita que a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) tem se debruçado sobre métodos de controle da demanda para saber como e onde os fluxos ocorrem com maior intensidade a fim de decidir quais intervenções devem ser feitas. Porém, o arquiteto coloca que as ações concatenadas entre a AMC e a Secretaria Municipal de Infraestrutura precisam ser contínuas e devem atuar em atividades urbanas que contribuam para o acirramento dos congestionamentos.
BR-116
O problema do trânsito em Fortaleza é tão grave que até mesmo nas BRs os congestionamentos são constantes. É o caso da BR-116. Para Cavalcante, a causa disso é que as cidades dormitórios (do Interior) não obtiveram sua independência econômica e, portanto, os fluxos afluem para a Capital. "Com o aumento da frota, todos optam, pelo uso do transporte privado para acessarem seus empregos em Fortaleza. A oferta de oportunidades nas cidades dormitórios precisa vir acompanhada das infraestruturas".

Uma das soluções apontadas pelo promotor do Núcleo de Atuação Especial de Controle, Fiscalização e Acompanhamento de Políticas do Trânsito (Naetran), Gilvan Melo, foi o rodízio de carros. Ele diz que a medida foi rejeitada pela AMC. "O órgão alegou que não tinha como fiscalizar, mas o rodízio ainda é a salvação". O presidente da Autarquia de Trânsito, Fernando Bezerra, não quis se pronunciar sobre o assunto.



LINA MOSCOSO
Repórter do Diário do Nordeste
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Número de automóveis em Fortaleza já supera 800 mil e, rápido, deverá chegar a 1 milhão

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Passar horas praticamente parado em um congestionamento já faz parte da rotina diária dos fortalezenses. O problema se agravou nos últimos dez anos, período em que a frota cresceu vertiginosamente, enquanto avenidas e ruas da Capital permaneceram as mesmas. Prova dessa dificuldade enfrentada no tráfego é o aumento da frota registrada em julho: cerca de 218 novos veículos por dia entraram em Fortaleza.
 
Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE). Conforme o levantamento apresentado, o número de veículos saltou de 402.386, em 2002, para 813.871, em 2012, computados apenas os sete primeiros meses do ano, o que representa um aumento de 102,26%. Em julho, um total de 6.554 veículos foi incorporado à frota que circula na Capital.
 
Estatística atualizada do Detran-CE ratifica que a média de incremento de veículos na cidade fica em torno de seis mil automóveis por mês. Baseado no crescimento, a expectativa é de que, até 2015, a frota da cidade deve ultrapassar a casa de um milhão.
 
Especialistas em planejamento urbano apontam que Fortaleza se arrasta no percurso hoje prioritário de implantação de medidas na área. Assim, a cidade não consegue comportar o crescimento contínuo da frota e da população e sobram congestionamentos ao longo do dia.
 
Como não há tempo para mudanças profundas na infraestrutura, há quem sugira alguns "sacrifícios" para amenizar o caos no trânsito de Fortaleza. É o caso do promotor Antônio Gilvan de Abreu Melo, um dos titulares do Núcleo de Atuação Especial de Controle, Fiscalização e Acompanhamento de Políticas do Trânsito (Naetran), do Ministério Público do Estado. Ele defende a implantação do rodízio para veículos em Fortaleza.
 
Revezamento
A proposta do especialista é fazer o revezamento durante duas semanas seguidas, tirando sábado e domingo. "Não é um sacrifício tão grande assim. O motorista não poderá circular com seu carro a cada 12 dias. O que é impossível de suportar é ter dez mil carros rodando ao mesmo tempo pela cidade", ressalta.
 
Pare ele, melhorias que podem ser implementadas rapidamente passam pela priorização e o ordenamento do transporte público. A oferta de mais coletivos para os usuários e as paradas de transporte alternativo, na sua avaliação, deveriam ser diferenciadas das de ônibus.
 
Além disso, o arquiteto e urbanista Antônio Paulo Cavalcante analisa que outras cidades do mundo, com uma frota maior que a da cidade de Fortaleza se preocuparam em equilibrar tanto a infraestruturas como a frota e o transporte de massa.
 
"Se a variável de veículos está crescendo tanto, precisamos de novos paradigmas", salientou o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), Ademar Gondim. Lembrou que a Lei Federal sobre mobilidade urbana, número 12.587, de 3 janeiro de 2012, cria novos parâmetros, tais como prioridade do transporte público sobre o particular, prioridade do transporte coletivo sobre o individual e utilização do espaço público para a circulação dos veículos em lugar de estacionamento.
 
Admitiu serem necessárias intervenções e mudanças de hábitos da população. Também lembrou que, no próximo dia 28, acontecerá reunião do Fórum Nacional de Dirigentes de Municipais de Trânsito e Transportes em Brasília. Na pauta: o financiamento dos órgãos de trânsito.
 
Por Fernando Brito / Diário do Nordeste
 
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Fortaleza terá frota acima de 1 milhão neste mês

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Que Fortaleza sofre com problemas de mobilidade urbana, não é novidade para ninguém. No entanto, o estresse diário no trânsito vai piorar. De acordo com dados do Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE), a frota da Capital irá superar a casa de um milhão de veículos neste mês de junho. Em maio, o total chegou a 997,9 mil entre carros, motos, caminhões, ônibus, vans, táxis, entre outros. Mensalmente, outros seis mil veículos são somados à frota.

Pelas ruas da cidade, em maio, circulava uma frota de 997,5 mil. Em junho, Fortaleza deve ganhar mais seis mil, conforme o Departamento Estadual de Trânsito

A capital cearense não foge à regra geral do País, onde a valorização do uso individual de transporte, em detrimento de coletivos é um desafio. Dos 997,9 mil veículos, 59% ou 589,4 mil são de carros particulares. Isso representa um automóvel para quase cinco habitantes. Ou seja, toda população fortalezense cabe na frota de carros particulares.
O número de motos também chama atenção. São 214,4 mil em somente em Fortaleza. No Ceará, elas representam quase a metade do total: são 977,9 mil para 2,2 milhões de veículos. "Em dez anos, o número geral da frota saltou 136,2% na Capital. Em 2003, eram 422,4 mil. No Estado, o aumento foi de 169,9%", aponta o Detran.

Estrutura

Especialistas apontam que a infraestrutura viária ou o controle dos órgãos de trânsito não acompanharam o ritmo acelerado da frota. Segundo o titular do Núcleo de Atuação Especial de Controle, Fiscalização e Acompanhamento de Políticas de Trânsito (Naetran), do Ministério Público do Ceará, Gilvan Melo, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE) revelam que um maior número de pessoas leva mais tempo em seus deslocamentos cotidianos. "É um verdadeiro martírio enfrentar longas distâncias, engarrafamentos e constantes panes do sistema público de transporte. Uma verdadeira via-crúcis. O número de carro sobe e, em contrapartida, quase zero de campanhas de conscientização e investimentos no transporte público de qualidade", compara.

A arquiteta e urbanista Ticiane Sanford avalia que, nos últimos anos, com a melhora da economia, mais pessoas têm acesso ao carro. Várias cidades apresentam índices similares aos de países desenvolvidos, como Alemanha e Estados Unidos, onde a média é de menos de dois habitantes por veículo. "Entretanto, nesses países, a malha viária, transporte público como metrô, fiscalização e conscientização da população ganham de goleada da gente".

Na visão do engenheiro de transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Mário Azevedo, os graves problemas de mobilidade ficarão cada vez piores enquanto não houver uma mudança nas prioridades da Prefeitura e do governo do Estado também, com relação à priorização de investimentos em transporte público. Os túneis, aponta, na verdade trincheiras, podem melhorar um pouco a situação, mas isso não deve durar muito. "Tudo o que você faz no sentido de atender a demanda dos usuários do transporte particular tem vida curta", afirma Mário Azevedo.

Cenário

O professor acrescenta que a situação poderia estar menos ruim se os motoristas fossem mais educados. Muitos, além de estacionarem em locais proibidos, fazem conversões indevidas e cometem diversas outras infrações. "Resumindo, não estão nem aí com as demais pessoas que dividem o mesmo espaço. Não precisa nem um número muito grande desses indivíduos para gerar transtornos. Falta a essas pessoas educação e, note, não é aquela sobre as leis do trânsito. Falta civilidade".

Para o professor e engenheiro de transporte, José de Paula Barros Neto, não se pode esconder que o excesso de veículos, os engarrafamentos, a contaminação do ar, a poluição acústica e o estresse influem diretamente na qualidade de vida do cidadão, que se vê obrigado a conviver com todos estes fatores. "É preciso pensarmos rápido em saídas por que está ficando insustentável".

A Prefeitura defende que investimentos na infraestrutura darão suporte para as ações de mobilidade urbana. O secretário especial da Copa em Fortaleza, Domingos Neto, diz que com as obras no entorno do Castelão, o trânsito nessa área da cidade irá melhorar. Além disso, informa, ainda existem as obras do Transfor e os túneis na Via Expressa.

Veículos não motorizados devem ser as alternativas

Diante do cenário na Capital, a professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Nadja Dutra, defende mais investimentos em veículos não motorizados como uma das alternativas mais viáveis e de curto prazo no sentido de melhorar a mobilidade urbana em Fortaleza.

Na sua avaliação, os congestionamentos e a crescente demanda de tráfego nas grandes cidades e regiões metropolitanas passaram de uma questão de segundo plano para converter-se em um dos principais problemas para os habitantes das áreas urbanas. Para ela, a diminuição do uso do automóvel, substituindo-o por modos mais atrativos ao cidadão é uma questão chave.

Uma forma alternativa e inteligente, diz, é fomentar o uso da bicicleta e priorizar os pedestres. "Mais verde, a construção de espaços apropriados como ciclovias calçadas sem barreiras são sugestões". Para garantir o êxito das medidas, frisa, é necessário não só investimento em infraestrutura, mas em educação e informação à população também.

Realidade

O uso da bicicleta é uma realidade em quase toda a Europa, destaca, sendo que países como Holanda, Suíça, Alemanha, algumas partes da Polônia e dos países escandinavos adotaram a bicicleta como principal meio de transporte. Na Ásia, principalmente China e Índia, é tida como principal modo de deslocamento. "Algumas cidades latino-americanas também têm o uso generalizado da bicicleta, como por exemplo, Bogotá na Colômbia".

Por Lêda Gonçalves
Informações: Diário do Nordeste
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Em Fortaleza, Trânsito pode entrar em colapso com intervenções

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

As obras de mobilidade urbana serão um dos maiores legados que a Copa do Mundo de 2014 deixará para a população. É o que afirma o Governo Federal. Em Fortaleza, as intervenções estão previstas para terem início em janeiro de 2012, com término em agosto de 2013. Dentre as obras do chamado Pacote Copa, estão previstos cinco túneis e três viadutos. Ao mesmo tempo, serão construidos pela primeira e segunda etapa do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), dois túneis e um viaduto.


Tensão
As obras ainda nem começaram, mas a população já está temerosa. O administrador Ellison Costa Machado, de 31 anos, mora no Passaré, bem próximo ao Castelão, e está apreensivo.

"O trânsito de Fortaleza já está em colapso e com essas obras da Copa a situação só irá piorar". Machado conta que nos domingos e feriados, o trajeto de sua casa para o trabalho, no bairro Dionísio Torres, é feito em 15 minutos. No dia a dia, no entanto, demora uma hora. Isso se não tiver nenhuma colisão.

O coordenador do Transfor, Daniel Lustosa, assegura que as intervenções vão dar uma sustentabilidade para que a cidade possa ter uma mobilidade satisfatória. Para minimizar transtornos, afirma que as obras serão feitas por etapas, evitando que vias sejam completamente interrompidas. Quando tiver que interromper momentaneamente, diz que será dada opção para que as pessoas se desloquem. "As obras vão acontecer dentro do prazo previsto, mas a cidade tem que se movimentar".

O valor total a ser gasto com as obras de mobilidade urbana que competem à Prefeitura é de R$ 261,5 milhões. Desse valor, R$ 206,6 milhões são provenientes da Caixa Econômica Federal e R$ 54,9 milhões da Prefeitura.
ESPECIALISTAS OPINAM

O problema será resolvido?
Com tantas intervenções previstas para ocorrerem na cidade, uma pergunta que muita gente se faz é se essas medidas irão resolver o problema do trânsito de Fortaleza. Para o Ministério Público Estadual (MPE) não resolve, mas proporcionará uma melhor fluidez do tráfego.

"Onde o solo e o terreno comportarem, a solução para o problema do trânsito de Fortaleza são as passagens subterrâneas e os viadutos. Apesar de não resolverem, não restam dúvidas de que melhoram a situação", declara o promotor Gilvan Melo. Ele defende que, mais cedo ou mais tarde, a Prefeitura terá de pensar em fazer um rodízio de carros. Avisa ainda que o Ministério Público estará de olho nas obras que visam o Mundial de 2014 e, caso as intervenções prejudiquem o trânsito, informa que o órgão irá intervir.
Planejamento
Carla Girão, mestre em Urbanismo e professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza (Unifor), afirma que os projetos de mobilidade da Copa são pontuais e fragmentados, implantados sem que tenha um planejamento macro para a cidade.

Sobre os túneis da Via Expressa, diz que vai amenizar o problema de alguns cruzamentos, mas não resolverá o problema. "O projeto da Via Expressa prevê via preferencial para ônibus? A questão é o transporte coletivo e não o individual". A especialista critica o governo por anunciar intervenções pontuais como se fossem projetos para a cidade, quando não são, e por mudar o processo em andamento de pensar a cidade, que está expresso no Plano Diretor de Fortaleza, criado em 2009. Com isso, quando o evento terminar, a cidade não vai saber quais frutos irá colher.

"O Plano Diretor vem sofrendo remendos a revelia da população, inclusive para se adaptar aos projetos da Copa".



Não restam dúvidas que as intervenções trarão melhorias para o trânsito da Capital, que vive situação caótica. O cenário diário é o mesmo, de extensos congestionamentos registrados nos principais corredores da cidade a qualquer horário do dia.


O problema é que, como as intervenções serão realizadas simultaneamente, até que sejam concluídas, o desafio será conseguir se locomover na cidade.


A Via Expressa receberá três túneis, nos cruzamentos com as avenidas Santos Dumont, Pe. Antonio Tomás e Alberto Sá. Já a Avenida Dedé Brasil ganhará dois túneis, no cruzamento com a Avenida Paulino Rocha e o metrô da linha sul, e um viaduto, na confluência com a Avenida Osório de Paiva. Está previsto ainda um viaduto no cruzamento das avenidas Raul Barbosa com Murilo Borges.


Tem ainda os projetos do Transfor, que preveem na Avenida Engenheiro Santana Júnior um túnel no cruzamento com Avenida Pe. Antonio Tomás e um viaduto com a Avenida Antonio Sales. Será construído ainda um túnel na confluência da Rua Eduardo Perdigão com Avenida Osório de Paiva.



Luana Lima - Diário do Nordeste

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Cinco ações pretendem requalificar o trânsito de Fortaleza em áreas piloto

segunda-feira, 10 de março de 2014

Cinco ações de curto prazo prometem melhorar o trânsito de Fortaleza nos próximos meses, em seis áreas estratégicas onde foram identificados os maiores problemas de tráfego e fluidez. Melhoria de pontos críticos de trânsito, reformulação das áreas de estacionamento da cidade, reformulação de operação e fiscalização de trânsito, modelagem de binários e redesenho das rotas de transporte público foram apresentados nesta sexta-feira (7), pela Prefeitura de Fortaleza.

“São cinco intervenções distintas que ao longo do ano serão implantadas em outros pontos de Fortaleza. Nesse primeiro momento, cada uma delas vai começar em uma área piloto. Vamos começar a tratar dos pontos críticos de trânsito, dos estacionamentos irregulares, da regulamentação da zona azul e de um novo modelo de binários”, explica o prefeito Roberto Cláudio.

Uma das intervenções será a implantação de binário no Bairro Aldeota. A partir de maio a Avenida Santos Dumont terá sentido único, centro-praia, até a Via Expressa, onde está sendo construído um túnel. Já a Avenida Dom Luís, terá sentido único no sentido praia-centro. Nas duas vias, os canteiros centrais serão removidos e as avenidas ficarão com quatro faixas: uma preferencial para o transporte coletivo, três para veículos de passeio e uma ciclofaixa do lado esquerdo da via. “Vamos priorizar o transporte público e estimular outros tipos de transporte, com as ciclovias e ciclofaixas”, diz Roberto Cláudio.  Nas vias haverá, ainda, a padronização das calçadas e a readequação dos postes de iluminação pública.

Para o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Freitas Cordeiro, a mudança vai facilitar o acesso a uma das áreas mais importantes para o comércio de Fortaleza. “As mudanças vão facilitar o tráfego na área e permitir uma melhor circulação de pessoas e veículos”, avalia.  Na área circulam cerca de 400 mil pessoas por dia e recebe 30%  das rotas do transporte coletivo.

Praça Portugal
Com a implantação do binário, a Praça Portugal será demolida para dar lugar a um cruzamento das avenidas Dom Luís e Desembargador Moreira. A praça, que forma a rotatória das avenidas, será dividida em quatro partes menores, nas laterais do cruzamento. "Tinha três hipóteses para a Praça Portugal; em duas delas, a gente mantinha a praça como é hoje e faria um túnel na Avenida Dom Luís, e na segunda hipótese, um túnel na Avenida Desembargador Moreira'', diz Roberto Cláudio.

Nessas duas alternativas, a gente tem um bom resultado de redução de tempo de veículo naquele cruzamento, mas temos um grave dano à cidade porque se cria 160 metros de túnel, e a área ficaria degrada", justificou o prefeito de Fortaleza.  A terceira hipótese, que vai ser implementada, "também tem ganhos de velocidade e fluidez menores que o do túnel, mas com ganhos maiores para a cidade, que é tirar a Praça Portugal do modelo de rotatória e transformar em quatro praças retangulares no cruzamento", completou.

Centro
O Centro de Fortaleza também será alvo de intervenções em um curto prazo. De acordo com a Prefeitura de Fortaleza, uma das principais ações será a regularização dos estacionamentos zona azul que hoje conta com 823 vagas. Fiscalização para coibir estacionamento irregular, expansão das vagas rotativas  e implementar soluções tecnológicas para melhorar o trânsito da área são algumas das ações propostas. Além disso, a Prefeitura promete contratar, até o mês de junho, 300 novos agentes de trânsito para intensificar a fiscalização.

Outra medida anunciada e que  é a implantação do corredor exclusivo para ônibus que ligará o Terminal de Antônio Bezerra ao Centro. Serão construídas 12 estações nos canteiros centrais e, a partir, de setembro, os ônibus já deixarão de circular do lado direito da via. Também serão redesenhas as rotas das linhas de ônibus dos bairros Barra do Ceará e Canindezinho.

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Em Fortaleza, Falta prioridade para o transporte público

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O transporte público urbano é um direito que está assegurado pela Constituição Federal, além disso, é um serviço de caráter essencial em qualquer cidade. No entanto, ele não é tratado como prioridade em Fortaleza. Não existem corredores exclusivos, muito menos faixas de circulação distinta dos veículos particulares. Desse modo, o que se vê, diariamente, no trânsito da Capital é uma constante disputa entre modais.

O ônibus disputa com o carro, que enfrenta o táxi, que compete com o motociclista, que concorre com a bicicleta e assim por diante. Todo mundo quer sair na frente, chegar primeiro, mas aqueles veículos que levam mais pessoas e deveriam usufruir de um fluxo livre, encontram várias dificuldades. Conclusões adquiridas na noite em que a equipe de reportagem tomou ônibus para fazer o deslocamento Centro - Edson Queiroz.

Para o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), Fernando Bezerra, o problema é histórico. "Infelizmente, Fortaleza, já na década de 80, construiu alguns corredores prioritários para o transporte coletivo, mas a sucessão dos gestores foi eliminando essas determinações. Aqui nós tínhamos faixas exclusivas nas avenidas João Pessoa, Monsenhor Tabosa, Francisco Sá, Antônio Sales, e isso tudo foi suprimido. A Francisco Sá era exclusiva da Antônio Pompeu até a Castro e Silva, aí chega um novo gestor e diz: ´não, bota aí os carros de novo´,quando era para ter estendido essa prioridade".

Fazer melhorias

Outra questão observada por Bezerra é que o Plano Diretor da Cidade "foi sendo alterado irresponsavelmente, para o benefício da iniciativa privada. Antigamente, só se podia ser construído um edifício nos corredores, isso na lei antiga, aí, de repente, você pode construir prédios de 24 andares dentro de um área que é residencial e todo mundo sai colocando seus carros nas ruas. Não existe milagre a fazer, como arquiteto que sou, engenheiro de trânsito e planejador urbano, vejo uma loucura. A única solução, depois que está feito o mal, é melhorar a eficiência do transporte público".

Solução que demanda a instalação de transporte de massa, como metrô. Para muitos especialistas e urbanistas entrevistados, a primeira linha de metrô que deve ser entregue à população de Fortaleza não resolve esse problema. O presidente da AMC concorda. "Achávamos, como gestores de trânsito, que a linha Leste, que sai do Centro e vai até a região da Unifor (Universidade de Fortaleza), era a primeira a ser feita, porque tiraríamos os carros. Você imagina a quantidade de veículos privativos que vai para Unifor, Iguatemi e comércios no Papicu! A Linha Sul é simplesmente um trem melhorado que teria resolvido o problema".

Enquanto a taxa média de ocupação de um ônibus é de 45 pessoas, a dos carros não chega a 1,2. Ainda assim, restringir o uso dos veículos automotores particulares não é vista como uma solução pelos gestores de trânsito, que não acreditam na eficiência de rodízios ou pedágio. "Precisamos é de metrô, para que possamos deixar o carro em casa", encerra Bezerra.

Conforto

Quando indagadas nas ruas sobre a opção de tomar um ônibus em vez de sair de carro, muitas pessoas disseram que só o fariam se existisse conforto dentro dos coletivos. Mas para o presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Ademar Gondim, o calor e a lotação nos ônibus não é o maior problema da população. "Uma pesquisa mostra que quem anda de ônibus não quer saber de ar-condicionado, quer é uma passagem que ele possa pagar, não adianta dar mais conforto e botar uma passagem a R$ 2,30 ou R$ 2,40".

Para completar, o problema do transporte público não está só dentro dos ônibus. Do lado de fora, quem espera também se sente desconfortável, desinformado e desprotegido. Quanto a essa contestação, o presidente da Etufor respondeu que foi feita uma licitação para a colocação de mil abrigos nos pontos de ônibus em Fortaleza e os equipamentos serão colocados de forma padronizada, incluindo iluminação e itinerário.

Alargar vias para receber a demanda de veículos é também uma proposta colocada ao gestores, no entanto, muito cara para o Município. "Com R$ 10 milhões, você compra 40 ônibus, mas não desapropria uma faixa de tráfego na Avenida Desembargador Moreira com Virgílio Távora", observa Gondim.

ENTREVISTA

Mário Angelo Filho - Doutor em Engenharia de Transporte

Quais os maiores entraves do transporte público?

A velocidade média dos veículos é muito baixa. Como resolver isso? Só vai diminuindo o número de automóveis em circulação. Deve ser dada prioridade à circulação dos ônibus. Eles carregam muito mais gente. São muito mais eficientes. No entanto, as soluções não são fáceis nem de baixo custo. Algumas linhas circulam com ônibus constantemente lotados. A solução lógica seria aumentar a frota da linha, mas verifica-se que ela já opera com intervalos muito pequenos, digamos, três ou quatro minutos. Se assim for feito, teremos ônibus superlotados operando com outros de baixa ocupação, o que resultaria num serviço ruim e caro.

O que fazer diante disso?

As autoridades precisam esquecer um pouco o problema do trânsito de automóveis particulares e dar um jeito de "tirar" os ônibus dessa confusão. Com a melhoria do sistema de transporte coletivo, com a capacidade de realizar mais viagens, mais gente irá deixar o carro em casa e isso vai melhorar a vida também para aqueles que já utilizam o ônibus.

Nas paradas de ônibus, as pessoas sentem-se inseguras, sem falar na falta de sinalização indicando os itinerários e horários. Você percebe esse problema?

Abrigos adequados e informação aos usuários são muito importantes. O cidadão pode tirar melhor proveito do sistema quando entender quais são suas possibilidades. Nesse aspecto, eu acho que uma ampliação da abrangência da integração temporal seria muito interessante. Atualmente, pelas informações que disponho, ela é tão restrita que é utilizada por um percentual muito pequeno dos usuários. O mais importante, de fato, é ter um serviço confiável e rápido, diminuindo o tempo de viagem, mesmo que ela seja não tão confortável. Reportagem (Janayde Gonçalves)

Fonte: Diário do Nordeste

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Rio de Janeiro, Salvador e Recife entre as cidades mais congestionada do mundo

terça-feira, 22 de março de 2016

Três capitais brasileiras aparecem na lista de 10 cidades do mundo que mais sofrem com trânsito. Um levantamento da empresa TomTom, divulgado nesta terça-feira (22) aponta que, no ranking mundial, o Rio de Janeiro é a quarta cidade onde os motoristas perdem mais tempo em vias congestionadas, depois de Cidade do México, Bangcoc e Istambul, na ordem. No top 10, figuram ainda Salvador (7º) e Recife (8º). Os dados são de 2015.

Por ano, os motoristas do Rio gastam 165 horas da vida em congestionamentos - 66 horas a mais na comparação com 2014 -, o que equivale a ficar mais de seis dias inteiros no trânsito. Na segunda colocada do ranking de cidades brasileiras, Salvador, cada motorista gasta 160 horas extras nos trajetos - 67 horas a mais em relação a 2014.

Em São Paulo, só no congestionamento, os condutores perdem por ano 103 horas no trânsito, ante 77 horas em 2014. O tempo extra gasto nos trajetos, entre 2014 e o ano passado, aumentou em 26 horas. Isso significa dizer que os paulistanos passaram a perder mais de um dia em congestionamentos.

O relatório da TomTom tem como base o Índice de Nível de Congestionamento, que é o tempo adicional (em porcentual) que o motorista levará no trânsito em comparação com uma situação em que não há congestionamento. Utilizando dados de 2015, o TomTom Traffic Index 2016 avalia a situação do congestionamento de trânsito em 295 cidades de 38 países em seis continentes. Esta é a quinta edição do relatório.

Segundo Marcelo Fernandes, diretor de Operações da TomTom para América Latina, a medição aplicada na pesquisa não considera o tamanho dos congestionamentos. É uma comparação entre o tempo que um motorista leva para percorrer o mesmo trajeto em horários de pico e em situações sem congestionamento (das 22 horas às 5 horas). O resultado é o tempo adicional que o condutor leva no trânsito.

"O primeiro passo das cidades é entender por que esse tipo de trânsito é gerado em determinados lugares e, depois, fazer um planejamento urbanístico. Investimento em transporte público é um grande mantra nesse tipo de discussão, desde oferecer mais corredores até informar os horários em que os ônibus passam", disse Fernandes.

De acordo com o diretor da TomTom, as administrações municipais precisam oferecer à população uma alternativa viária para deixar o carro na garagem.

"Fazer com que o transporte seja previsível, por exemplo. Não adianta ter transporte público se você não sabe a hora que o ônibus chega", explicou. 

Para Creso de Franco Peixoto, professor de Transportes da Fundação Educacional Inaciana (FEI), a principal razão para o aumento de horas extras do paulistano no trânsito é a baixa adesão da população às mudanças de mobilidade dos últimos dois anos. "Com o menor número de faixas de tráfego nas vias urbanas para carros, em função da perda de espaço para a passagem de bicicletas e ônibus, o volume de congestionamento ficou maior", afirmou.

Na avaliação de Peixoto, a adesão dos motoristas ao transporte público foi menor do que o esperado e o paulistano continua sem abrir mão do carro.

Lista das capitais brasileiras com pior congestionamento*:

1. Rio de Janeiro: 47%
2. Salvador: 43%
3. Recife: 43%
4. Fortaleza: 33%
5. São Paulo: 29%
6. Belo Horizonte: 27%
7. Porto Alegre: 22%
8. Brasília: 19%
9. Curitiba: 18%

*O porcentual corresponde ao tempo extra gasto no trânsito

Informações: Estadão
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Em Fortaleza, o trânsito atrapalha programa ''Bem na Hora''

domingo, 27 de setembro de 2009


O transporte público de Fortaleza tem sido alvo da críticas constantes da população e até mesmo do governador Cid Gomes, que reconheceu no Dia Mundial Sem Carro, celebrado na última terça-feira (22), que “ônibus não é opção” na Capital cearense. De acordo com a Prefeitura de Fortaleza, a cidade conta hoje com 1.270 ônibus, que circulam por sete terminais de integração, 223 linhas e pelo menos 4.000 paradas.
Uma pequena parcela desse universo – 100 veículos que circulam por seis linhas, 100 paradas e quatro terminais –, experimenta um programa para melhorar a eficiência das viagens. É o “Bem na Hora”, do Controle Integrado de Transportes de Fortaleza (Citfor), com gerência da Autarquia Municipal de Trânsito, Cidadania e Serviços Públicos (AMC).
De acordo com o gerente do Citfor, Paulo Vitorino, a estrutura do programa conta com ônibus equipados com GPS; “semáforos inteligentes”; câmeras de vídeo nos terminais e embarcadas nos veículos; placas eletrônicas nas paradas para informar a previsão de chegada; painéis dentro dos ônibus para indicar a próxima parada, com recursos de áudio e imagem; e, mais recentemente, um site na internet disponibilizando as informações das placas que estão nas ruas. “O programa tem três objetivos básicos: informar o usuário, melhorar e dar prioridade ao transporte coletivo, e fornecer mais segurança à viagem”, enumerou Paulo.
De acordo com o gerente do Citfor, o equipamento instalado nos ônibus indica a velocidade do carro e a distância da próxima parada, com base nesses dados, é feito um cálculo do tempo que ele levará para chegar os próximo ponto. Esses números ficam expostos em 35 placas espalhadas pelas 100 paradas cobertas pelo programa e no site Bem na Hora. Esse é recurso do primeiro ponto enumerado por Paulo, “a informação ao usuário”.
Os “semáforos inteligentes” que, segundo o gerente do Citifor, dão prioridade ao transporte coletivo, identificam quando um ônibus está perto de passar por um cruzamento. “Se um semáforo fecha em 60 segundos e um ônibus, com horário atrasado, está, por exemplo, há 10 segundos de passar pelo cruzamento, nós prolongamos o tempo do sinal verde para que esse carro possa ganhar caminho”, explica. Segundo Paulo, dos 550 cruzamentos com semáforos em Fortaleza, 300 possuem o sistema inteligente.
Já o terceiro ponto enumerado, a segurança, ficar por conta das oito câmeras instaladas em cada terminal e nas duas que seguem dentro do ônibus. “Uma fica perto do cobrador e outra perto da porta dianteira, próxima ao motorista. Isso inibe os assaltos e registra qualquer ato estranho realizado dentro do coletivo”, informa.
Paulo Vitorino ressalta ainda que o software que controla todo esse processo é o mesmo usado pelo transporte público inglês. “O que falta para gente é que o controle dos semáforos seja automático, mas já estamos perto de avançar para esse ponto”, contou.

Fizemos o teste
Com base no site do Bem na Hora, o Diário Online foi conferir a precisão do tempo indicado pelo sistema numa parada de ônibus. Às 15h54, o site indicava que o ônibus 36119 da linha Siqueira/Papicu/Via 13 de Maio (30) chegaria ao seu ponto na Praça da Imprensa em 7 minutos. Três minutos depois, já na parada, o tempo estava de acordo com cronometrado com o do site e indicava que o veículo chegaria em 4 minutos. O carro chegou às 16h04min, apenas três minutos após o projetado.
No ônibus 14601, da mesma linha, que indicava também às 15h54min sua chegada ao ponto em 10 minutos. Apareceu no destino informado em 14 minutos.
Reclamações e problemas
Um pequeno erro, levando em consideração a situação do trânsito de Fortaleza. No entanto, a população, mesmo ela própria levantando a questão de que é difícil precisar o tempo de chegada de um veículo que trafegue nas ruas da cidade, fez questão de reclamar.
O motorista José Cleiton, que se encontrava na parada da Praça da Imprensa no momento da apuração do tempo dos ônibus, disse que não dá para confiar nos painéis de informações instalados nas paradas. “Agora (16h), você só viu isso de erro, mas vem aqui no horário de pico para você ver” desafiou o motorista.
Já a técnica de enfermagem, Luana Marques, acredita que, por conta da questão do trânsito, o sistema de mapeamento dos ônibus não tem como ser eficaz. “Como saber a hora certa que o ônibus vai chegar com um trânsito desses? Por isso, nem olho a placa”, disse.

Linhas cobertas pelo Citfor
29 - Parangaba Náutico
30 - Siqueira Papicu – Via 13 de Maio
31 - Av Borges De Melo
132 - Av Borges De Melo
275 - Pici Unifor
315 - Messejana Parangaba

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Pesquisa revela os piores dias para tirar o carro da garagem

terça-feira, 7 de abril de 2015

Quem mora em grandes cidades brasileiras já deve ter notado que alguns dias da semana são mais ou menos propensos a congestionamentos. Mas o que muitos motoristas já cogitaram na prática, a fabricante de GPS TomTom constatou cruzando dados do trânsito de nove cidades brasileiras.

Em ranking recente, a empresa concluiu que, em boa parte das grandes metrópoles nacionais, as terças e as sextas-feiras são os piores dias para ir ou voltar do trabalho levando em consideração o tempo extra gasto no percuso por causa do trânsito.

Os moradores de Recife (PE), por exemplo, gastam em média  até o dobro de tempo para voltar para casa  no entardecer das sextas-feiras quando se leva em conta a duração do mesmo percurso em horários do dia sem congestionamento.

Em São Paulo, nas terças-feiras de manhã, os motoristas gastam até 49% a mais de tempo por percurso devido aos engarrafamentos.

Veja os piores dias para tirar o carro da garagem em 9 cidades brasileiras. Confira também quanto tempo os motoristas perdem por dia em cada local e a posição dos municípios no ranking global da TomTom.

Em tempo: as cidades foram listadas de acordo com suas posições no ranking da TomTom.

Onde mais se perde tempo parado no trânsito no Brasil

Indicador

O que é

Dias com os piores horários de pico da manhã

Dia da semana + Em quanto aumenta a duração do percurso por causa do congestionamento

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Dia da semana + Em quanto aumenta a duração do percurso por causa do congestionamento

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

Tempo extra de duração do percurso por causa de congestionamentos diários

Posição no ranking mundial

Posição em lista de 146 cidades

Rio de Janeiro (RJ)

Cidade

Rio de Janeiro

Dias com os piores horários de pico da manhã

Terça (75%)* e Sexta (74%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Sexta (87%)* e Terça (81%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

26 minutos

Posição no ranking mundial

3

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

Salvador (BA)

Cidade

Salvador

Dias com os piores horários de pico da manhã

Terça (69%)* e quinta (66%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Quinta (84%)* e sexta (77%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

24 minutos

Posição no ranking mundial

5

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos
Trânsito em Recife é pior nas tardes das sextas-feiras

Recife (PE)

Cidade

Recife

Dias com os piores horários de pico da manhã

Quinta (88%)* e Terça (84%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Sexta (101%)* e Quinta (82%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

27 minutos

Posição no ranking mundial

6

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

Fortaleza (CE)

Cidade

Fortaleza

Dias com os piores horários de pico da manhã

Quinta (57%)*, Segunda (52%)* e Terça (52%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Sexta (69%)* e Quinta (63%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

22 minutos

Posição no ranking mundial

23

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

São Paulo (SP)

Cidade

São Paulo

Dias com os piores horários de pico da manhã

Terça (49%)* e Segunda (45%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Sexta (69%)* e Quinta (62%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

20 minutos

Posição no ranking mundial

36

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

Belo Horizonte (MG)

Cidade

Belo Horizonte

Dias com os piores horários de pico da manhã

Segunda (47%)* e Terça (45%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Sexta (78%)* e Quinta (55%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

20 minutos

Posição no ranking mundial

70

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

Porto Alegre (RS)

Cidade

Porto Alegre

Dias com os piores horários de pico da manhã

Segunda (47%)* e Terça (46%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Quinta (56%)* e Sexta (55%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

19 minutos

Posição no ranking mundial

89

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

Brasília (DF)

Cidade

Brasília

Dias com os piores horários de pico da manhã

Terça (39%)* e Segunda (37%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Sexta (67%)* e Terça (54%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

18 minutos

Posição no ranking mundial

106

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos

Curitiba (PR)

Cidade

Curitiba

Dias com os piores horários de pico da manhã

Terça (35%)*

Dias com os piores horários de pico do fim da tarde

Sexta (48%)* e Quinta (42%)*

Quanto tempo se perde no trânsito diariamente

16 minutos

Posição no ranking mundial

118

*Em quanto aumenta a duração do percurso por causa dos congestionamentos.

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