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Terminais de Integração de Fortaleza completam 30 anos de existência

terça-feira, 5 de julho de 2022

Neste mês de julho, os Terminais de Integração de Messejana e do Antônio Bezerra completam 30 anos de inauguração. Entregues em 1992, os equipamentos tornaram-se um marco nas políticas de transporte urbano de Fortaleza, tornando possível que passageiros viajem a vários locais da cidade pagando apenas uma passagem. Atualmente, Fortaleza possui sete terminais fechados e dois abertos (Washington Soares e José Walter). Mais um terminal aberto está sendo construído na praça do Sagrado Coração de Jesus (Centro).

A adoção do sistema de terminais levou ao surgimento de novas linhas, que passaram a interligar diversas áreas da Capital de maneira mais prática, evitando que o passageiro pegue diversos ônibus até chegar ao seu destino final e pagando por cada conexão. É o que explicou o vice-presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Raimundo Rodrigues.

“Antes dos terminais, os usuários usufruíam, praticamente, apenas de linhas que iam em direção ao Centro da cidade. Com a implantação dos terminais, mesmo que o passageiro tivesse que pegar dois ônibus, ele passou a pagar apenas uma passagem e também recebeu um lugar coberto, protegendo do sol, e com mais segurança”, destacou Rodrigues.

Além do pagamento de tarifa única nos terminais, a partir da implantação deste sistema no transporte coletivo da Capital, o usuário também passou a contar com a integração física dos ônibus, podendo realizar conexões entre linhas de maneira mais segura, em local monitorado, organizado e com infraestrutura de banheiros e lanchonetes.

Vale lembrar que os terminais se somam a outro benefício oferecido pela Prefeitura de Fortaleza, o Bilhete Único. Por meio dele, o passageiro pode pegar quantos ônibus quiser pagando apenas uma passagem, caso as trocas de linhas sejam realizadas dentro do período de duas horas.

Terminal de Messejana

Inaugurado em 1992, o Terminal de Messejana conta com 56 linhas de ônibus operantes, recebendo uma média de 240 ônibus por hora e realizando mais de 2.600 viagens por dia, atendendo a uma demanda diária de mais de 100 mil passageiros. Em 2018, o terminal passou por reforma e ampliação, passando de 4 mil m² para 6,8 mil m² de área construída, representando uma ampliação de 70% em seu espaço físico.

“Com a reforma, melhorou consideravelmente a questão da qualidade de acesso ao usuário, que agora conta com mais áreas sombreadas. Além disso, os boxes de alimentação não ficam mais nas plataformas de embarque, tendo um espaço melhor e não conflitando mais com o fluxo de entrada e saída dos ônibus”, comentou Aristobolo Soares, coordenador do terminal de Messejana.

A reforma incluiu novas instalações como área administrativa, bilheterias, bicicletário, boxes de variedades, além de banheiros acessíveis, sala de controle, almoxarifado, refeitório, Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), área para descanso de motoristas e cobradores, e um amplo estacionamento para ônibus.

O interior do novo equipamento também passou a contar com pavimento rígido em concreto, garantindo a longevidade da pista e diminuindo a incidência de buracos, sendo muito mais resistente ao intenso fluxo de ônibus, que registra uma média de 242 veículos/hora. O terminal conta agora com três plataformas construídas para proporcionar mais acessibilidade, com a possibilidade de embarque em nível.

Maria da Conceição do Nascimento, aposentada de 65 anos, usa o Terminal de Messejana para ir até a Parangaba, onde fica a casa de seu pai. Para dona Conceição, os terminais são espaços essenciais ao deslocamento em Fortaleza. “Eu vou, dia sim, dia não, para a casa do meu pai e passar aqui no Terminal é fundamental, pois é aqui que passam as linhas mais rápidas para lá. Além disso, hoje eu conto com a gratuidade de idoso, mas eu usava muito o terminal para economizar e pagar só uma viagem”, relatou.

Maciel da Silva, servente de 43 anos, é natural de Garanhuns, no estado de Pernambuco. Maciel, que utiliza os Terminais de Integração para se deslocar de casa para o trabalho, mudou-se para Fortaleza há cerca de dois anos e meio e elogiou a estrutura do terminal de Messejana.

“Mesmo morando há muito pouco tempo aqui em Fortaleza, eu não tenho reclamações. Eu gostei muito da estrutura dos terminais. Além desse, também uso muito o terminal da Parangaba. É muito bom isso aqui, simples para entrar, simples para pegar ônibus e simples para ir a qualquer canto”, disse Maciel.

A estudante Isabela Aquino, de 25 anos, também é usuária constante do Terminal de Messejana, utilizando-o todos os dias. De acordo com Isabela, o terminal facilita sua rotina diária. “Eu uso o Terminal para ir para casa, para a academia e para o cursinho. Agiliza muito, é muito bom. Realmente não tenho do que reclamar, até porque eu também pego conduções que passam pelas vias exclusivas de ônibus, o que faz meu descolamento ser muito mais rápido”.

Terminal do Antônio Bezerra

O Terminal do Antônio Bezerra possui 43 linhas de ônibus operantes com uma frota diária de 306 veículos e uma demanda de 140 mil passageiros. O equipamento já foi reformado pela Prefeitura de Fortaleza, quando foi ampliado, passando de 12 mil m² para 29 mil m², com um investimento de, aproximadamente, R$ 21,5 milhões.

O espaço conta com plataforma com piso industrial, cobertura em estrutura metálica e pavimento rígido para circulação de ônibus. No total, são duas plataformas de embarque e desembarque e uma para a Administração, todas com ampla área de circulação para passageiros, com estações para receber os ônibus articulados e os convencionais.
A estrutura possui rampas e túneis de acesso dos pedestres às plataformas, que evitam o cruzamento entre usuários e ônibus, proporcionando mais rapidez, comodidade e segurança.

O Terminal conta com duas entradas com bilheterias, prédio para a administração, posto de monitoramento, auditório, além de quatro conjuntos de banheiros acessíveis. Toda a sinalização do equipamento também foi pensada para facilitar o deslocamento dos passageiros, informando desde a localização dos serviços até a relação das linhas por plataforma.

O Terminal Antônio Bezerra faz parte do corredor exclusivo Antônio Bezerra/Papicu, que liga o Terminal Antônio Bezerra ao Papicu, num percurso total de 17,4 km.

Informações: ETUFOR
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Em Fortaleza, Novo Terminal Antônio Bezerra é entregue

domingo, 21 de setembro de 2014

A população de Fortaleza recebeu, na noite desta sexta-feira (19), mais uma obra concluída pelo Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), que beneficiará uma média de 200 mil passageiros por dia: o Novo Terminal Antônio Bezerra. “Mais que uma obra bonita, com tecnologia e nova estrutura, este terminal faz parte de uma política nossa de priorizar o transporte público. Com isso, vamos diminuir o tempo de espera do cidadão pelos coletivos e aumentar a economia no bolso do povo”, disse o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, durante a solenidade de entrega do equipamento .

O Terminal Antônio Bezerra tem, agora, mais que o dobro do espaço original, passando de 12 mil m² para 29 mil m², tendo recebido um investimento de, aproximadamente, de R$ 21,5 milhões. O novo equipamento conta com plataformas com piso industrial, cobertura em estrutura metálica e pavimento rígido para circulação de ônibus. No total, são duas plataformas de embarque e desembarque e uma para a Administração, todas com amplas áreas para circulação de passageiros, com estações para receber os ônibus articulados e os convencionais.

Para garantir o funcionamento adequado das 46 linhas de ônibus que passam pelo local, o terminal possui rampas e túneis de acesso de pedestres às plataformas, que evitam o cruzamento entre usuários e ônibus, proporcionado mais rapidez, comodidade e segurança. O terminal conta com duas entradas com bilheterias, prédio para a administração, posto de monitoramento, auditório, além de quatro conjuntos de banheiros acessíveis. Toda a sinalização do equipamento também foi pensada para facilitar o deslocamento dos passageiros, informando desde a localização dos serviços até a relação das linhas por plataforma.


Na oportunidade, o secretário Municipal de Infraestrutura, Samuel Dias, agradeceu a todos os trabalhadores que fizeram parte da obra. “É uma grande satisfação podermos entregar uma obra que vai beneficiar tantas pessoas. Vamos reformar todos os terminais e melhorar a mobilidade urbana de Fortaleza”, afirmou. Segundo Samuel Dias, os próximos terminais a receberem melhorias serão: Messejana; Siqueira; Parangaba e Papicu.

A dona de casa Maria das Graças, moradora do bairro Quintino Cunha, utiliza o terminal diariamente e diz que essa é uma melhoria muito boa. “Achei bem mais amplo, está bem melhor. Tomara que melhore o movimento também, pois dependemos muito deste terminal”, disse.

Rosa dos Santos, dona de casa, moradora do bairro Antônio Bezerra e mãe de seis filhos, também é usuária constante do termina e o achou muito bonito. “Vai ser bem melhor pra população, a gente tava precisando disso fazia tempo. Ficou muito lindo”, afirmou.

Para o metalúrgico Erivelton Barroso, morador do Quintino Cunha, o novo terminal está maravilhoso. “Para nós que usamos transporte público é sempre boa uma reforma dessas. Nossa esperança é que melhore ainda mais. A gente precisava mesmo de algo assim”, declarou.

O Novo Terminal Antônio Bezerra faz parte do primeiro corredor exclusivo de Fortaleza: o corredor Antônio Bezerra/Centro, que ligará o Novo Terminal Antônio Bezerra ao Centro, num percurso total de 8,2 km. Vale destacar que o corredor Antônio Bezerra/Centro é a primeira etapa do corredor Antônio Bezerra/Papicu, que terá extensão de 17,4km.

Area verde
O Novo Terminal Antônio Bezerra, que antes não possuía nenhuma vegetação, agora conta com ampla área verde e projeto paisagístico, garantindo maior sombreamento no local, que é ponto de grande circulação de pessoas e veículos. No total, são 56 carnaubeiras e 68 mudas de árvores semi-adultas nos passeios e ao longo do equipamento. As mudas semi-adultas são das espécies Munguba (33), Chichá-do-Pará (29) e Ipê Roxo (6). Além disso, há no local 150 mini-lacres, 88m² de Pacavira e 850m² de grama.

Breve histórico
Iniciada em agosto de 2009, a obra de reforma e ampliação do Terminal Antônio Bezerra passou por diversas paralisações, sendo definitivamente retomada já na atual gestão em março de 2013. O projeto passou por ajustes e adaptações para trazer modernidade e conforto à população.

O Novo Terminal Antônio Bezerra teve sua primeira etapa entregue em 20 de janeiro deste ano. A entrega da segunda etapa do Terminal, que tem dois terços do espaço total, completa o pacote de melhorias prometidas para os usuários do transporte público que precisam acessar este equipamento diariamente.

Operação de transporte em 100% do espaço do novo Terminal Antônio Bezerra será iniciada domingo. Clique aqui para saber mais.

Informações: Etufor
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Em Fortaleza, Corredor expresso do Antônio Bezerra / Centro será entregue em novembro

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

As estações para embarque e desembarque do primeiro corredor exclusivo para ônibus serão entregues em novembro pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf). A conclusão das obras, que seguem em ritmo acelerado, vai facilitar e agilizar o deslocamento dos usuários de transporte coletivo que realizam o percurso de 8,2 km do Novo Terminal Antônio Bezerra ao Centro.

De acordo com o secretário de infraestrutura, Samuel Dias, o projeto de implantação das estações, que antes contava com 10 unidades, agora contará com onze estações exclusivas nesta primeira fase. “São dez estações na Avenida Bezerra de Menezes e, a partir de estudos realizados, incluímos mais uma em frente ao mercado São Sebastião”. As estações vão contar com piso elevado, o que vai permitir o embarque e desembarque de passageiros nos ônibus em mesmo nível. Com isso, haverá um ganho na agilidade de embarque/desembarque, resultando na velocidade de deslocamento do transporte coletivo. Segundo Samuel Dias, a previsão é de que a velocidade dos ônibus aumente 40%.

Além das estações, o corredor contará, na fase inicial de implantação, com oito novos ônibus articulados que vão circular apenas no corredor. Os novos veículos terão ar condicionado para melhorar o conforto dos usuários e do motorista e capacidade para mais passageiros, sendo 40 passageiros sentados, 100 em pé e mais duas vagas para cadeirantes.

Com investimento de cerca de R$ 3 milhões, oriundos do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), a intervenção faz parte do corredor exclusivo de ônibus Antônio Bezerra / Centro, que ligará o Terminal de Antônio Bezerra ao Centro, num percurso total de 8,2 km, com previsão de conclusão para o mês de novembro deste ano. Quando o corredor expresso estiver concluído, as quatro faixas (duas em cada sentido) ao lado do canteiro central da Av. Bezerra de Menezes serão utilizadas apenas pelo transporte público e as quatro faixas junto aos passeios (duas em cada sentido), que hoje funcionam como faixas exclusivas para o BRS (Bus Rapid System), serão restituídas para o trânsito de veículos particulares.


O corredor Antônio Bezerra / Centro é a primeira etapa do corredor Antônio Bezerra / Papicu, que terá extensão de 17,4km, com investimento total de R$ 187 milhões. O objetivo é priorizar e dar maior qualidade ao transporte público e coletivo na Capital. As obras fazem parte do plano da Prefeitura de implantação de 130 quilômetros de corredores de ônibus, com um montante de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.

Antônio Bezerra / Papicu

Os viadutos do cruzamento das Avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior também fazem parte do corredor exclusivo para ônibus que ligará o Novo Terminal Antônio Bezerra ao Terminal Papicu. De acordo com o secretário da Seinf, os viadutos serão entregues ainda no mês de outubro.

E para dar continuidade às obras, quatro passarelas serão construídas na área. “Foram feitos vários estudos viários para observar quais as melhores alternativas para os pedestres na região”, explica Samuel Dias. Uma passarela será construída na Avenida Antônio Sales, na altura da Rua São Gabriel, e as outras três serão na Avenida Engenheiro Santana Júnior, próximas às ruas Israel Bezerra, General Tertuliano Potiguar e Bento Albuquerque.

Informações: Etufor

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Túnel no Cocó vai ligar dois terminais no 1º corredor expresso de ônibus de Fortaleza

segunda-feira, 18 de maio de 2015

A obra do túnel do Cocó vai interligar de forma mais rápida os dois mais movimentados terminais de Fortaleza. A informação é do secretário de infraestrutura de Fortaleza, Samuel Dias. Segundo o secretário, a obra vai ligar de forma mais rápida, toda área do Bairro Antônio Bezerra até os bairros Aldeota e Papicu destino da maioria da população. A previsão é que a implantação do túnel seja concluída ao longo do segundo semestre de 2016. O novo desvio de tráfego foi realizado pela prefeitura na última sexta-feira (15).

“Essa obra vai permitir que a gente consiga finalizar o nosso primeiro corredor expresso de ônibus que tem aproximadamente 17 quilômetros desde o terminal do Antônio Bezerra até o terminal do Papicu.  Esses são os dois terminais mais movimentados da cidade. Esse corredor vai ligar de maneira mais rápida toda aquela área do Antônio Bezerra passando pelo Centro de Fortaleza até o terminal do Papicu, que na verdade, ele acumula o destino de todas as pessoas que vem para essa área do Papicu e Aldeota”, disse.

Ainda de acordo com Samuel para que essa obra esteja completa outras mudanças serão necessárias no trecho. “A primeira parte da obra é retirar todas essas interferências, depois construir as redes de drenagem, as paredes laterais do túnel, depois a laje superior do túnel, e por fim toda a urbanização do entorno”, explicou.

Desvio de tráfego
De acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinf), a fase atual é de preparação do canteiro central da Avenida Engenheiro Santana Júnior, no cruzamento com a Avenida Padre Antônio Tomás. Serão iniciados os trabalhos de remoção de interferências subterrâneas para a construção das paredes de contenção do túnel no local.

Segundo o coordenador de operações da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania de Fortaleza (AMC), Disraeli Brasil, para viabilizar a intervenção, o sentido leste-oeste (Cidade 2000/Centro) da Avenida Padre Antônio Tomás será bloqueado no trecho compreendido entre as avenidas Engenheiro Santana Júnior e Almirante Henrique Sabóia (Via Expressa). Um efetivo diário de 18 agentes e operadores de trânsito atuará em campo efetuando o controle de tráfego e orientando condutores e pedestres durante a obra.

Para ter acesso à Avenida Padre Antônio Tomás, os motoristas que trafegarem no sentido leste-oeste (Cidade 2000/Centro) devem utilizar a Rua Andrade Furtado, Rua Júlio Azevedo, Rua Bento Albuquerque e Via Expressa, onde uma das faixas permitirá a conversão à direita livre chegando na Avenida Padre Antônio Tomás.

Devido à interdição, os usuários vindos da Avenida Engenheiro Santana Júnior, no sentido sul-norte (Papicu/Centro), não poderão mais dobrar à direita na Avenida Padre Antônio Tomás. A opção neste caso é entrar antes na Rua Bento Albuquerque, esquerda na Via Expressa e à direita na Avenida Padre Antônio Tomás. Já a alternativa para os motoristas oriundos da Cidade 2000 com destino à Via Expressa permanece inalterada, podendo ser utilizada a Rua Andrade Furtado, Avenida Padre Antônio Tomás, Avenida Engenheiro Santana Júnior e Rua Carolina Sucupira.

"Esse tráfego foi transferido para a Rua Bento Albuquerque. Nós temos equipes em todos os cruzamentos fazendo essa orientação e já no cruzamento da Via Expressa com a Padre Antônio Tomás recebrá uma direita livre para viabilizar esse tráfego. Por enquanto, esse trabalho está sendo feito por guardas de trânsito. Lembro e reforço que quem quiser seguir para a Aldeota vai utilizar a Bento Albuquerque. Já quem vai para área do Dionísio Torres vai pegar a esquerda na Engenheiro Santana Júnior e entra a direita na Rua Carolina Sucupira", disse.

Ônibus
A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) irá alterar o itinerário de três linhas de ônibus que passam pelo cruzamento das Avenidas Engenheiro Santana Júnior e Padre Antônio Tomás.
As alterações acontecem apenas no sentido Terminal Papicu para o bairro Antônio Bezerra nas linhas: 028 – Antônio Bezerra/Papicu; 098 – Expresso/Antônio Bezerra e 032 – Av. Borges de Melo II. O novo itinerário será realizado a partir da Av. Engenheiro Santana Junior, onde os veículos acessam a Rua Bento Albuquerque, depois pegam a Via Expressa e retornam à Avenida Padre Antônio Tomás. De acordo com a Etufor, nenhuma linha que segue no sentido terminal do Papicu/Iguatemi sofrerá alteração. Os desvios serão realizados até que os trabalhos sejam concluídos e as vias completamente liberadas para o tráfego.

Obra
A intervenção faz parte da última obra para implantação do corredor exclusivo de ônibus Antônio Bezerra / Papicu. O projeto prevê que os semáforos existentes naquela interseção de vias sejam eliminados, proporcionando que o fluxo do transporte público se torne expresso, ligando a Cidade dos Funcionários ao Papicu (pela Avenida Engenheiro Santana Júnior) e o Centro à Cidade 2000 (pela Avenida Padre Antônio Tomás).

Com um investimento de cerca de R$ 25 milhões, oriundos de financiamento junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), será construído um túnel de 210 metros de extensão e 23 metros de largura na interseção das vias, com três faixas de tráfego por sentido - uma delas destinada para a circulação exclusiva dos ônibus - requalificação do canteiro central, drenagem, terraplanagem e nova pavimentação.

Além disso, será contemplada a travessia segura de pedestres, por meio de seis pontos com faixas para passagem, além de ciclofaixas compartilhadas com os passeios, que também receberão tratamento e padronização, e área verde com mudas de plantas nativas.

Informações: G1 CE

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População sofre com superlotação e insegurança nos terminais de Fortaleza

terça-feira, 2 de abril de 2013

Superlotação, longo tempo de espera para chegada do transporte coletivo, insegurança, aumento do número de pedintes e moradores de rua e desorganização nas filas são alguns dos problemas dos terminais de ônibus de Fortaleza. O cenário retrata o caos que mais de um milhão de pessoas - segundo a Empresa de Transporte Público de Fortaleza (Etufor) - têm que passar diariamente. Entre os passageiros, o sentimento é de indignação.

No Terminal do Siqueira, passageiros chegam a esperar uma hora pelo ônibus. Em Messejana, os usuários se queixam do aumento de pedintes e da insegurança. Já no Terminal da Lagoa, também há moradores de rua. Frequentadores também reclamam da superlotação Fotos: Alex Costa/Waleska Santiago

No Terminal do Antônio Bezerra, que passa por reforma e ampliação, as obras se arrastam desde agosto de 2009. De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Seinf), somente cerca de 35% dos serviços foram executados. E ainda há outro agravante: durante dois anos, os trabalhos ficaram parados, sendo retomadas somente no começo de março deste ano. A demora é tanta que os usuários dizem tratar-se de uma "obra sem fim".

Além disso, existe a superlotação. O horário de pico é de 17h30 às 19h30, quando enormes filas são formadas. Como só tem uma entrada e saída, um enorme congestionamento de ônibus se forma na via ao lado da entrada do terminal. O gesseiro Alan Jeferson Pereira, 19 anos, diz que o ônibus sempre demora e, por conta disso, muitas vezes chega atrasado no trabalho. "Não é que tenha poucos ônibus, mas esse engarrafamento do lado de fora complica".

Assaltos

Para o comerciante Antônio Edilberto da Silva, 36 anos, que há mais de dez anos trabalha no Terminal do Antônio Bezerra, a insegurança é o que mais incomoda. Ele também se queixa da ausência dos guardas municipais, que antes estavam presentes durante todo o dia. "Hoje, eles não são mais fixos. Chegam de manhã, passam cerca de dez minutos e vão embora e só voltam de noite, quando passam, no máximo, mais dez minutos".

Na saída do terminal, também ocorrem muitos roubos. A situação está tão crítica que até dois comércios do local foram assaltados neste ano.

No Terminal da Messejana, por onde passam cerca de 135 mil pessoas todos os dias, a principal queixa também é com relação à insegurança. A comerciante Flaviana Silva, 54 anos, comenta que, apenas no mês passado, ficou sabendo de dois assaltos na entrada do lugar. Aproveitando que as pessoas têm que abrir bolsas e carteiras para retirar o dinheiro da passagem, bandidos fazem a abordagem.

A ausência de agentes da Guarda Municipal agrava a situação e aumenta a sensação de insegurança. "Têm dias que eles estão aqui, outros não", reclama a comerciante. Outro ponto que gera bastante incômodo aos passageiros é o aumento do número de pedintes e moradores de rua.

São idosos, adultos e até crianças. Sem rumo certo, muitos aproveitam o movimento intenso para vagarem pelos terminais. A comerciante comenta que teve uma época em que o Conselho Tutelar de Fortaleza fazia visitas frequentes para acompanhar esses casos.

A falta de educação dos motoristas também é motivo de reclamação. Por pressa ou falta de compromisso, muitos não param nos pontos de ônibus, o que irrita os usuários de transporte coletivo que, além do atraso do transporte, ainda têm que perder tempo, muitas vezes em pé e no sol quente, esperando que o próximo motorista tenha a boa vontade de atender ao aceno.

Demanda crescente

Nos terminais da Parangaba, Siqueira e Lagoa, os passageiros que antes deveriam desembarcar nas plataformas, hoje, descem no lugar de tráfego dos veículos, devido à lotação. O cenário é reflexo de uma demanda de usuários crescente, cuja a frota não acompanhou o mesmo movimento em uma década.

Até condutores e cobradores reclamam da falta de estrutura dos terminais. Há oito anos trabalhando como motorista, um funcionário que preferiu não se identificar afirma que a situação de todos os terminais é péssima. "O melhorzinho é o de Messejana", diz. Bastante estressado, ele explica que o trânsito de Fortaleza está caótico. "Isso está acabando com a gente", reforça.

A zeladora Maria Antônia Rodrigues, 51, avalia as viagens diárias de ônibus para ir e vir do trabalho como cansativas e estressantes. Ela gasta, em média, de 40 minutos a uma hora no Terminal do Siqueira esperando por um ônibus. "Meu sofrimento começa logo às 5h, pois é preciso acordar neste horário para poder pegar um transporte que me deixe no Siqueira. Chegando lá, eu pego uma fila enorme, passam uns três ônibus, e só no quarto eu consigo entrar".

Variação

Dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) sobre Mobilidade Urbana apontam que, no ano 2000, a quantidade de uso do transporte individual chegou a 286,4 milhões, e, em 2010, este quantitativo saltou para 306,4 milhões, ou seja, um crescimento de 7%. Enquanto isso, a oferta de transporte público, em dez anos, teve um aumento de 0,7%. Há 13 anos a cobertura deste serviço era de 129 mil Km rodados e, em 2010, foi de 130 mil Km.

Como consequência, o uso intensivo do transporte individual, em detrimento do transporte público, tem acarretado uma série de externalidades negativas, como os congestionamentos urbanos.

Segundo o analista de políticas públicas do Ipece, Victor Hugo, o sofrimento da população nos terminais "é reflexo da desorganização do transporte público". "É preciso entender que, com o aquecimento da economia, passa a se demandar mais o uso de transporte público e privado", avalia.

Para ele, as variações na demanda por transporte público podem ser explicadas por dois efeitos do aumento do poder aquisitivo do salário mínimo. O primeiro é o efeito renda. O segundo é a substituição do transporte público pelo individual, que, conforme o analista, "ocorre devido ao transporte público ser considerado inferior".

Prefeitura promete reforma e ampliação

Os terminais do Papicu, Parangaba e Siqueira serão os próximos a passar por reforma e ampliação. No Terminal da Parangaba, o investimento será de R$ 22 milhões, para ampliação, construção de plataformas de embarque e outros serviços. As informações são da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Seinf).

No Terminal do Siqueira, o investimento será de R$ 8,5 milhões. Em relação ao Terminal do Papicu, a Seinf esclarece que o projeto de reforma está em fase de reformulação.

A Etufor informou que o Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor) irá construir corredores para transporte coletivo e reformar quatro terminais - Antônio Bezerra, Papicu, Parangaba e Siqueira. Em fevereiro, a Prefeitura retomou a reforma do Terminal do Antônio Bezerra, que tem prazo de 240 dias para conclusão.

Segurança

Marcela Tabosa, coordenadora das Inspetorias Cidadãs, comenta que, no fim de janeiro e início de fevereiro, a Guarda Municipal trocou o efetivo fixo dos terminais por efetivos móveis. Porém, como observaram - a partir de queixas dos usuários - que existe a necessidade da permanência de um efetivo fixo nos terminais, resolveram realocar os agentes, processo que está ocorrendo gradativamente.

Serão 15 guardas em cada terminal, nos três turnos, para fazer a cobertura fixa das 6h à 00h. Depois, como os passageiros diminuem, terminais terão apoio somente das equipes móveis.

Por Luana Lima e Thays Lavor
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Em Fortaleza, Linha de ônibus 222 que liga os terminais Antônio Bezerra e Papicu agrada os usuários

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Inaugurada há cerca de um mês, a linha de ônibus 222 - que liga os terminais Antônio Bezerra e Papicu, com passagem por toda a extensão da avenida Antônio Sales - tem facilitado a vida dos passageiros. Após teste, O POVO comprovou que o tempo de viagem feita no coletivo é três minutos menor que o mesmo percurso feito em um carro de passeio. A comparação foi feita no horário de almoço de uma quarta-feira em um dos ônibus articulados que compõem a frota de oito veículos da linha.

Do Terminal do Antônio Bezerra ao Terminal do Papicu foram 50 minutos de viagem tranquila, com frenagens menos bruscas do que nos ônibus convencionais e sensação térmica agradável devido ao ar-condicionado, característica que predomina a curiosidade da maioria dos usuários. Nos mesmos dia e horário, um carro do O POVO seguia acompanhando o mesmo percurso da linha 222 na parte da via que lhe cabia. O tempo percorrido pelo carro foi de 53 minutos. 

O motivo da equivalência entre os tempos de viagem, alega Roberto Freitas, fiscal do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Ceará (Sindiônibus), são as repetidas paradas que o ônibus faz ao longo do trajeto. Ou seja, o tempo poderia ser ainda menor caso a distância entre as paradas fosse mais longa.

Ezequiel Dantas, engenheiro da Prefeitura de Fortaleza, diz que a diferença de três minutos do carro para o ônibus é significativa e deve ser considerada um avanço no tempo de viagem. “Quando você coloca a diferença de três minutos, você não está considerando que, sem a priorização (nas faixas exclusivas), o ônibus nunca chegaria no mesmo tempo do carro. É maravilhoso essa diferença ser pequena”, avalia.

Conforto

Para a atendente Josevilma Leite, 47, que todos os dias precisa se deslocar do Terminal do Antônio Bezerra para a rua Padre Valdevino, onde trabalha, os novos ônibus articulados são bons porque são mais confortáveis. Em viagens tranquilas, ela conta, consegue chegar ao seu destino em 30 ou 40 minutos. E diz que o único trecho que dificulta o trajeto fica na avenida Bezerra de Menezes, próximo às obras do BRT (Bus Rapid Transit). “É um pedacinho que atrapalha muita coisa”, reclama a atendente.

Motorista da linha, Lima Filho, 50, afirma que, comparando com tempos em que a Cidade não tinha faixas de priorização do transporte público, os ônibus já “avançaram muito na velocidade”. Não fosse o trecho na avenida Domingos Olímpio, relata o motorista, onde fotossensores foram vistos pela reportagem ainda em processo de instalação, a linha atrasaria menos ainda, já que carros e motos teriam, por obrigação, de respeitar a faixa.

Saiba mais

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Ceará (Sindiônibus), o tempo de viagem (ida e volta) em horários fora de pico varia entre 96minutos e 108minutos.

Dependendo do tempo aplicado, a velocidade varia de 14,2 quilômetros por hora a 15,3km/h.

Em média, a linha 222 (Antônio Bezerra/Antônio Sales/Papicu) faz 57,5 viagens por dia.

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A dura rotina dos usuários de transporte coletivo na capital potiguar

quinta-feira, 27 de maio de 2010


Superlotação, longa espera, desconforto, atrasos, ônibus velhos... São essas algumas das reclamações feitas por quem, diariamente, precisa utilizar o sistema de transporte urbano de Natal. Sem contar no valor pago para usufruir de um serviço, que na maioria das vezes, deixa muito a desejar. Independentemente do tipo de transporte, pode ser ônibus, alternativo, ou até o trem, a verdade é que a população da Grande Natal está totalmente insatisfeita com a qualidade do transporte público oferecido na cidade. A superlotação é uma das principais queixas. Para tentar conseguir um lugar sentado, muita gente chega a andar cerca de 30 minutos até o terminal dos ônibus (ponto de partida).

O auxiliar de pedreiro, Adonias da Costa, é morador da Zona Norte de Natal. De segunda a sábado, ele deixa a residência no conjunto Novo Horizonte e caminha 15 minutos até chegar ao terminal de ônibus do conjunto Pajuçara. “Eu vou para o terminal na esperança de pegar um lugarzinho sentado. Tem dias que eu consigo, mas às vezes o ônibus já sai cheio desde a primeira parada”, lamentou Adonias.

A maioria dos usuários que estavam no terminal de ônibus do Conjunto Pajuçara, na última quinta-feira, afirmou que essa situação é mais comum do que se imagina. Uma equipe da TRIBUNA DO NORTE embarcou junto com os passageiros e comprovou de perto a deficiência do sistema de transporte da cidade. Em cada uma das paradas percorridas, problemas e reclamações se acumularam e cresceram.

Primeira Parada: Terminal de ônibus do Conjunto Pajuçara - Hora: 5h20 da manhã

O movimento no terminal de ônibus já era intenso, dezenas de passageiros a espera do ônibus. A essa hora da manhã a situação ainda estava organizada. Quem chegava ia direto para fila, tentar garantir um lugar sentando. Afinal, a viagem, para alguns, chega a durar até uma hora, dependendo de como esteja o trânsito na Zona Norte.

A estudante Joyce Souza (12) já estava na fila, apesar de só ter aulas às 7h30 da manhã. Para não perder o primeiro horário, ela tem que sair de casa ainda de madrugada. “Eu moro no conjunto Vila Verde e venho para o Pajuçara porque, às vezes, consigo pegar o ônibus mais vago. E tenho que sair bem cedo também devido ao engarrafamento que tem lá na ponte de Igapó, se deixar para ir mais tarde para a escola com certeza eu chego atrasada”, explicou a estudante.

Situação semelhante é a do auxiliar de serviços gerais, Kleber Nascimento. O horário de trabalho dele é a partir da 7h, mas às 5h30 ele já está saindo de casa. “Se eu não sair essa hora, não chego a tempo no serviço. É muito difícil para quem precisa pegar ônibus. Os carros são velhos, sujos e o valor da passagem é muito alto. Se for comparar não vale a pena pagar esse tanto de dinheiro para usar um serviço tão ruim”.

Bem próximo ao terminal tem um ponto de parada para os transportes alternativos, que nos últimos anos tem “roubado” boa parte dos usuários de ônibus. A vantagem desse sistema está no fato de chegarem até os lugares que os ônibus não atendem. “Eu desisti de pegar ônibus porque não passa perto do meu trabalho, que é na Prudente de Morais. Pelo menos dos carros que circulam na Zona Norte, nenhum passa por ali. Já as ‘bestas’ (alternativos) param bem próximo ao meu local de trabalho e cobram o mesmo preço dos coletivos”, disse a atendente Vilda da Silva.

Mas para o auxiliar de encanador, Jeandro Fortunato, os transportes opcionais também deixam muito a desejar. As principais reclamações são a mudanças do itinerário, o excesso de velocidade e, principalmente, a falta de um horário certo para as saídas dos veículos. “Eu estou aqui desde as 5h30 da manhã, mas a besta só vai sair de seis horas. Pode uma coisa dessas? Todo dia eles saem em um horário diferente”, falou Jeandro.

Um outro problema é a questão dos pontos de paradas. Tanto para as paradas dos alternativos, como as dos ônibus, não oferecem muita proteção aos passageiros. No Pajuçara, por exemplo, o terminal de ônibus não oferece nenhum conforto aos passageiros, que esperam o transporte debaixo de sol ou de chuva. Por volta das 5h45, a equipe da TN pegou o ônibus, que faz a linha Pajuçara-Mirassol (linha 60). O veículo deixou o terminal com todos os bancos ocupados e algumas pessoas em pé. Alguns quilômetros mais à frente, após a terceira parada, o ônibus já estava praticamente lotado. “Vejo essa cena se repetir todos os dias”, reclamou o supervisor, Zenaido dos Anjos.

Passageiros ficam sem opção

Segunda Parada: Estação de trem do Conjunto Panoram - Hora: 6h10Para fugir do longo congestionamento que se forma todas as manhãs, e, principalmente economizar no valor da passagem, muitos moradores da Zona Norte estão optando pelo transporte ferroviário. O trem acaba sendo uma solução rápida e barata. Ao invés de gastar 1h30 no trajeto Zona Norte-Ribeira, o usuário do serviço ferroviário acaba fazendo o mesmo percurso em 30 minutos. Além disso, economiza R$2,50 por dia, já que a passagem do trem custa apenas R$0,50.

O zelador, Roberto Bezerra é um dos adeptos ao trem. Ele caminha cerca de dez minutos de casa até a estação do Panorama. “Eu prefiro pegar o trem que não atrasa, não tem problema com engarrafamento e a passagem é só R$0,50. É muito mais vantagem, sem se compara”.

Assim como acontece com os ônibus, o estado de conservação dos trens não está muito bom devido ao tempo de uso do equipamento (cerca de 50 anos). Além disso, são poucos os lugares disponibilizados para sentar. Cada vagão possui cerca de oito bancos, com capacidade para oito pessoas cada. Ou seja, apenas 64 pessoas de um universo de centenas de pessoas vão sentadas.

Um outro problema é segurança dos passageiros. Segundo alguns usuários, existem dias, que de tanta gente, o trem segue viagem com a porta aberta.Para o pedreiro, Antônio Barbosa, a viagem de trem não é muito confortável, mas a economia (de tempo e dinheiro) compensa. “Os ônibus estão ruins e o trânsito nem se fala. É muito melhor, na minha opinião, pegar o trem, apesar do aperto, porque a gente gasta bem menos. E se fosse de ônibus também era desconfortável, porque eles só andam cheios também”.

O trem, que saiu do município de Ceará-Mirim chegou à estação da Ribeira por volta das 6h40. Foram gastos cerca 30 minutos. Se o mesmo trajeto tivesse feito de ônibus, seria gasto cerca de uma hora.
Terceira Parada: Passarela Neópolis - Hora: 8h30Quem disse que os moradores da Zona Sul não têm problemas com o sistema de transporte público de Natal? Basta dar uma volta pelos bairros de Capim Macio, Cidade Satélite, Neópolis para constatar que a situação é semelhante à Zona Norte. Atrasos, ônibus antigos e cheios, má educação de alguns motoristas e cobradores.

O universitário Felipe dos Santos que o diga. Ele mora no bairro de Neópolis e a universidade que ele estuda fica na avenida Engenheiro Roberto Freire, Ponta Negra. Um percurso que não é tão distante, quando vai de carro, gasta em média 20 minutos, mas quando vai de ônibus... “Tenho que apelar para sorte. Existe um espaço de tempo muito grande em um ônibus e outro. Já cheguei a esperar mais de 45 para pegar um ônibus.”A reportagem da TRIBUNA DO Norte chegou por volta das 8h30 na parada de ônibus que fica embaixo da passarela de Neópolis. O ponto ainda estava cheio de passageiros.

De acordo com uma legislação municipal, alternativos e ônibus não podem utilizar o mesmo ponto de ônibus, mas na realidade não é bem assim que a coisa funciona.Muitos alternativos não respeitam as paradas de ônibus e param nesses locais para tentar embarcar mais passageiros e acabam ocupando o lugar destinado apenas aos ônibus. Nessa confusão os usuários são prejudicados porque sem ter onde parar, os ônibus passam direto do ponto.

Uma outra reclamação é com relação ao estado de conservação dos veículos e o preço da passagem de ônibus. “A maioria da frota é sucateada. São ônibus antigos, que fazem um barulho enorme e quebram com muita freqüência. A passagem então, o valor que nós pagamos não compensa porque Natal é uma cidade pequena. Outras cidades maiores que possuem a tarifa um pouco mais alta, mas em compensação um mesmo transporte chega a vários pontos da cidade, coisa que não acontece aqui”, explicou Felipe.

Para a empregada doméstica Francisca Canindé Gomes, o sistema de transporte público só favorece aos donos das empresas e não a população como deveria ser. “Eu moro no Conjunto Bela Vista, no Planalto, e lá eu só posso pegar um ônibus, que é o 33. Eu já esperei mais de 40 minutos por ele. E a passagem de ônibus é muito cara, mas o pobre não tem direito nem de reclamar, depende do ônibus, então tem que pagar. Não dá para andar a pé, né?”
Quarta Parada: Campus Universitário - Hora: 9h15

Na UFRN a situação é tão ou mais complicada do que nos outros pontos da cidade. A instituição recebe alunos de todos os locais do Estado, que sentem muitas dificuldades para conseguir chegar e sair do Campus, já que poucas linhas fazem esse percurso.

Dependendo do local que desejar ir, os estudantes tem que pegar dois ônibus: o Circular até a avenida Salgado Filho e outro até o destino final. O problema é que, em determinados horários, o Circular chega a demorar cerca de 20 minutos ou mais e ainda vem lotado.“Chamamos esse sistema de transporte público, mas ele não tem nada de público. Nós pagamos, e caro, para ter direito a ele. Deveríamos, no mínimo, ter um transporte de qualidade”, reclamou a universitária Débora Melo, que já chegou a esperar uma hora pelos ônibus da linha 47 e 48 (Nova Descoberta).Já o, também universitário, Fernando Araújo, define como “razoável” o valor da tarifa e a qualidade do sistema de transporte da cidade. “Deveriam ser colocados mais ônibus para rodar em Natal. Eu, por exemplo, estou a 18 minutos esperando o 31 e até agora nada. Mas acho que o valor da tarifa razoável. Poderia ser mais baixo, mas também não está tão caro assim”.

TAC quer recompensar usuário

Recentemente a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito Urbano (STTU) negociou com os empresários do setor, o reajuste da tarifa de ônibus. Para justificar o aumento das passagens, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público. O acordo é uma espécie de recompensa para o usuário que passou a pagar, desde o dia sete de setembro, uma tarifa de R$1,75.

De acordo com o TAC, as empresas concessionárias de ônibus terão que cumprir uma série de recomendações: renovar a frota em cerca de 372 veículos nos próximos 36 meses,; ampliar o serviço noturno com dez linhas a serem definidas pela STTU e que sairão entre meia-noite e cinco horas da manhã, de hora em hora; implantação do serviço porta à porta com a aquisição de 20 veículos tipo microônibus sem cobrança da tarifa para os portadores de deficiência física com alto grau de deficiência na mobilidade.

O acordo definiu ainda a reativação de alimentadores do Residencial Redinha; implementação de Circular Integrado ao Terminal de Soledade, beneficiando as comunidades de Nova República, Jardim Brasil, Brasil Novo, Parque das Dunas e os loteamentos Novo Horizonte, Jardim Floresta, Dom Pedro e Santa Cecília, entre outras recomendações.

De acordo com a secretária adjunta, Lúcia Rejane de Almeida, a STTU já iniciou os estudos para por em prática as determinações. “Os projetos para ampliar o horário noturno dos transportes, bem como a questão dos circulares e o transporte porta à porta já estão sendo feitos. Acredito que vamos cumprir todas as recomendações dentro dos prazos estabelecidos”.

O não cumprimento do ajuste de conduta implicará em interferência do Ministério Público e multas por descumprimento do acordo. As multas variam de acordo com cada recomendação. No caso do transporte porta à porta, por exemplo, se não for cumprido a partir do 13° mês (contando a partir de setembro) a empresa vai pagar uma multa de R$ 400,00 por dia e por veículo que deveria está em operação.Questionado sobre a qualidade da frota que está rodando na cidade, o chefe do departamento de estudos de projetos da STTU, Flávio Nóbrega, reconheceu que boa parte dos ônibus é antiga e já estava precisando ser renovada.

“A frota de ônibus de Natal tem uma idade média de sete anos. A renovação desses ônibus chegou na hora certa. Com essa medida, a frota ficará com uma média de quatro anos e meio. Fato que além de aumentar o conforto da população, vai diminuir o tempo das viagens, porque carro novo roda melhor que velho”.

De acordo com dados da STTU, Natal possui hoje uma frota total de 703 ônibus, sendo a frota efetiva (que circula diariamente) de 611 veículos. Sete empresas (Cidade das Dunas, Riograndense, Reunidas, Via Sul, Santa Maria, Guanabara e Conceição) possuem concessão para fazer esse tipo de transporte.Já a frota de opcionais é composta por 177 carros. O sistema transporta mensalmente um total de 11 milhões de passageiros. Por dia, são, aproximadamente, 430 mil usuários transportados nos ônibus e alternativos. Para fiscalizar toda a frota, a secretaria disponibiliza cerca de 104 fiscais de trânsito, que trabalham em todas as regiões do município, independente do tipo de autuações.

Os transportes alternativos são os que mais acumulam infrações. Até o dia oito de agosto deste anos, o Sindicato do Permissionários de Transporte opcional registrou um total de R$ 696.726,97. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn) o sistema de ônibus recebe uma média de 100 multas por mês.

Com relação aos pontos de passageiro, a STTU informou que de 2006 a 2007 foram instalados 120 novos abrigos, mas 100 foram recuperados e ainda tem uma licitação em andamento para que sejam instalados mais 92 abrigos. “Sabemos que a quantidade não é suficiente, mas estamos trabalhando para melhorar ao máximo. Existe também um problema sério: muita gente não conserva os abrigos, praticamente todos os dias temos que consertá-los”, reclamou Flávio Nóbrega.

Para o diretor de Comunicação do Seturn, Augusto Maranhão, o Termo de Ajustamento de Conduta vai trazer muitos benefícios tanto para aqueles que utilizam, como para quem oferece e fiscaliza o sistema de transporte urbano. “A tendência é que o sistema de transporte fique realmente organizado. Esse foi apenas o primeiro passo. Esperamos que essa mudança de postura do órgão gestor (STTU) permaneça firme, porque só assim vamos conseguir um transporte de qualidade.”

Opcionais criticam diferenciação

“As pessoas vêem o sistema de transporte alternativo como uma espécie de ‘quebra galho’ que socorre a população, principalmente aqueles que moram nos bairros mais carentes de Natal”, desabafou o presidente do Sindicato dos Permissionários de Transporte Opcional do RN (Sintoparn), José Pedro dos Santos Neto (Pedrinho).

Segundo Pedrinho, a STTU não dá a devida atenção aos alternativos, que não foram beneficiados com o corredor da Bernardo Vieira. “Nós deveríamos ter mais vantagens já que somos o único sistema de transporte licitado, mas parece que funciona diferente. Uma prova é que não fomos beneficiados com o corredor da Bernardo Vieira, que a STTU faz questão de dizer que é exclusivo para os ônibus e nem temos o direito de circular com passageiros em pé”.

Com relação a permissão para circular com passageiros em pé, o Sintoparn desistiu de esperar pela Câmara dos Vereadores e está realizando uma campanha para o recolhimento de 15 mil assinaturas. “Pretendemos apresentar um projeto de iniciativa popular par vê se com o apoio da população conseguimos esse direito, que os ônibus já possuem”, disse Pedrinho.

Uma das principais reclamações contra os alternativos é a falta de segurança desse sistema. Por ser menor que o ônibus, os passageiros dos opcionais estão mais sujeitos a assaltos. E para acabar com esse problema, o Sintoparn está tentando implantar um sistema de GPS, que vai monitorar toda a rota do veículo. Mas a implantação do GPS esbarrou na burocracia do órgão gestor, que só vai liberar o sistema quando os ônibus também providenciarem.

“Nós estamos apenas esperando a liberação da STTU, já providenciamos tudo que foi solicitado. Mas temos que esperar que os ônibus se adequem também, mas pelo que eu sei não tem nem previsão. As pessoas falam do transporta alternativo, mas nós queremos fazer tudo direitinho, já o Seturn não quer porque com o GPS, a STTU teria o controle de tudo”, alfinetou Pedrinho.Para o diretor de comunicação do Seturn, Augusto Maranhão, o sistema de ônibus é diferente. “É tudo em proporções maiores, temos mais veículos, mais gastos. Não é de uma hora para outra que conseguimos resolver tudo”. Ele disse ainda desde que os alternativos começaram a rodar na cidade, os ônibus perderam 20% dos seus passageiros. “E desde 200 o sistema não tem acréscimo na demanda, só nos gastos”.

Um exemplo é a meia passagem e a gratuidade dos idosos, deficientes e portadores de doenças crônicas. Segundo ele, de cada 100 pessoas, 20 não pagam a tarifa e 40 pagam meia passagem. “Ou seja, as outras 40 pessoas é quem acabam pagando, por isso o aumento da tarifa e não porque queremos ganhar mais dos usuários”, disse Augusto.

Questionado sobre a qualidade do sistema de ônibus da cidade, Augusto Maranhão respondeu: “O nosso sistema é de boa qualidade. Tem alguns defeitos, mas a frota é suficiente para transportar toda a população. O que precisamos é de mais velocidade do trânsito”.

Passagem de trem atrai passageiros

Uma opção que está começando a ser utilizada por grande parte dos moradores da Zona Norte, Ceará-Mirim e Extremoz é o trem. Além de ser mais barato, a passagem custa R$0,50, o tempo de duração da viagem é bem menor do que se fosse feita de ônibus.

O ambulante, Jenivaldo Costa, é uma das pessoas que preferem utilizar o trem. “A gente sabe que o trem é velho e não oferece nenhum conforto, mas seu eu for de ônibus também vou em pé. Mas pelo menos eu pago mais barato.Além da tarifa outra coisa atrai o ambulante. “Aqui no trem é todo mundo mais unido. Todo mundo se conhece. Teve até um dia que eu cantei para os passageiros. E também é mais seguro que ônibus porque nenhum malandrinho se atreve a fazer alguma maldade com ninguém aqui dentro, eles não são nem doidos”.

De acordo com dados da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), cerca de 12 mil passageiros são transportados diariamente, nas 27 viagens feitas pelas três composições (vagões e locomotiva). O trem está sendo tão utilizado que a companhia está com o projeto de ampliação, para atender cerca de 60 mil pessoas.

“O Projeto de Veículos Leve sobre Trilhos (VLT) está em fase de negociação. A governadora Wilma quer muito executá-lo, mas só poderá fazê-lo se contar com recurso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), já que o projeto inicial está orçado em R$ 130 milhões”, explicou o gerente administrativo da CBTU, Flávio Cordeiro.

Além disso existe um outro projeto, em fase de estudo, que prevê a ampliação para Macaíba, São Gonçalo do Amarante, São José do Mipibu e Nísia Floresta. Segundo Flávio, ainda não existe um valor para o projeto, mas os primeiros estudos estimam um custo de R$ 400 milhões, já que teriam que ser construídas novas ferrovias.

Ainda tem aqueles que preferem economizar mais ainda e acabam fazendo uso de outro meio de locomoção: a bicicleta.“Para quem mora na Zona Norte a bicicleta é melhor. A gente não gasta nada e ainda chega mais rápido do que quem vai de carro ou de ônibus. O meu patrão sai de casa de 6h30, de carro, e eu de 7h30, de bicicleta. Adivinha quem chega primeiro? Eu é claro.”, disse o ASG Deílson Lemos.

Fonte: Tribuna do Norte
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Prefeitura de Fortaleza inicia operação das onze estações do Corredor Expresso

domingo, 19 de julho de 2015

A Prefeitura de Fortaleza entrega, neste sábado (18/07), as onze estações do Corredor Expresso Fortaleza, na Avenida Bezerra de Menezes. A partir das 9 horas, o prefeito Roberto Cláudio e os secretários municipais estarão na estação Olavo Bilac, localizada em frente ao North Shopping.


Com a nova operação, a linha 200 - Antônio Bezerra/Centro passa a utilizar a Faixa 2 do corredor ao lado do canteiro central. Os usuários da linha só poderão utilizar as estações pra embarcar e desembarcar, pelas portas do lado esquerdo dos ônibus articulados. Em breve, passa a operar nas estações também a linha 222 - Antônio Bezerra/Papicu/Antônio Sales.

Com a possibilidade do embarque e desembarque em nível, na estação, os usuários podem ter mais agilidade, reduzindo ainda mais o tempo de viagem dos coletivos. A entrada e saída das estações são realizadas pelas rampas que ficam próximas dos abrigos. A sinalização orienta por onde os passageiros devem seguir, inclusive com piso podotátil. As estações são dotadas de sistema de automação que viabilizam as portas automáticas de maneira sincronizada com a chegada e saída dos veículos.

A Av. Bezerra de Menezes está sendo monitorada por agentes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), distribuídos em rotas volantes, além de equipamentos de fiscalização eletrônica instalados ao longo do corredor para coibir o desrespeito ao espaço exclusivo de circulação dos ônibus. A fiscalização é contínua e o objetivo é garantir o cumprimento às normas de circulação viária.

Com recursos oriundos de financiamento junto ao Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), de cerca de R$ 9 milhões, a implantação do corredor Antônio Bezerra/Centro permitirá a ligação do Novo Terminal Antônio Bezerra ao Centro, num percurso total de 8,2 km. O corredor Antônio Bezerra/Centro é a primeira etapa do corredor Antônio Bezerra/Papicu, que terá extensão total de 17,4km, por meio de um sistema com mais qualidade de serviços e que prioriza os usuários do transporte coletivo.

As estações
Localizadas junto ao canteiro central, as estações contam com mapas de orientação, placas em braile, itinerário das linhas, localização, sentido e orientações gerais. O embarque no coletivo continua sendo realizado pela porta traseira, e o desembarque pelas duas portas dianteiras. O embarque de idosos, gestantes, pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção deve ser feito pela porta dianteira mediante pagamento junto ao cobrador. Os usuários que contam com cartão de gratuidade devem utilizar a porta de embarque.

Corredor exclusivo para ônibus
Como parte da implantação do Corredor Expresso Fortaleza, foram instalados blocos de concreto na faixa exclusiva de ônibus ao longo da Avenida Bezerra de Menezes. As duas faixas situadas junto ao canteiro central da avenida estão segregadas por obstáculos de concreto que delimitam a circulação dos coletivos, evitando acidentes com outros veículos. A medida visa garantir a segurança e a funcionalidade do corredor expresso de forma mais rápida e eficiente.

Campanha educativa
Desde o último mês de junho, é realizada ação educativa na Av. Bezerra de Menezes, com distribuição de cartilhas informativas sobre o embarque e desembarque correto dos coletivos e acerca de como pedestres, ciclistas e motoristas de ônibus devem se portar no Corredor Expresso Fortaleza. A cartilha educativa ensina, em detalhes, como embarcar, desembarcar e utilizar os abrigos e estações.

O material contém explicações, por exemplo, de como acessar o Corredor dirigindo-se exclusivamente às faixas de pedestres e alerta que é proibida a circulação na ciclovia e canaletas de ônibus. Os técnicos também trabalham para dirimir as dúvidas dos usuários do serviço, indicando as sinalizações existentes nos equipamentos, assim como o modo mais adequado para aguardar a travessia da calçada para o corredor e vice-versa, além da transposição da via.

Informações: Prefeitura de Fortaleza
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Fortaleza: Tempo de viagem diminui 15 minutos com novo corredor de ônibus

domingo, 19 de agosto de 2012

“Quem está reclamando disso aqui é porque não anda de ônibus.” A fala de Luiz Gonzaga Rodrigues, 68 anos, funcionário de um estacionamento, reflete bem o ganho do usuário de transporte público com o funcionamento do Serviço Rápido de Ônibus (BRS, da sigla em inglês Bus Rapid Service).

Luiz e milhares de outras pessoas que se deslocam de ônibus, van ou táxi todos os dias pela avenida Bezerra de Menezes ganharam alguns preciosos minutos diários desde que o BRS entrou em atividade.
 
A equipe do O POVO decidiu testar o novo sistema e trafegar, de ônibus, do terminal Antônio Bezerra, no bairro de mesmo nome, até o fim da avenida Bezerra de Menezes, nas proximidades do Centro. A linha escolhida para percorrer os cinco quilômetros do trajeto foi a 086 - Antônio Bezerra/Santos Dumont.

Nos dois dias, o caminho foi feito no horário de pico da manhã, das 7h às 8 horas. Na sexta-feira, 10, faltavam três dias para o BRS ser implantado. Descemos, o repórter fotográfico Mauri Melo e eu, no último ponto da avenida, 40 minutos depois de termos pegado o ônibus no terminal. Uma semana depois, o mesmo caminho foi feito com 15 minutos de vantagem.
 
No trajeto do dia 10, engarrafamentos foram constantes nas quatro faixas em direção ao Centro. E, para piorar, não era nada difícil encontrar irregularidades cometidas por motoristas de carros de passeio. Apesar da presença de agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) e de funcionários da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) em cada canto da avenida, havia carros parados, com o pisca-alerta ligado, sem problemas no veículo. Eram motoristas que usavam o recurso apenas enquanto compravam um medicamento nas farmácias ou esperavam abrir vagas no estacionamento. “Ninguém tem respeito por ninguém”, dizia a empregada doméstica Erineuda Sousa.
 
Nesse trajeto, percebi descrença de algumas pessoas quanto à funcionalidade do BRS. “É porque não informam nada a gente. Parece que vai ter umas mudanças na parada, né? Não sei ainda como vai ser”, contava a auxiliar de enfermagem Isabel Braga, 56. Apesar disso, afirmava ela, “se der certo mesmo, vai ser muito bom pra gente que anda de ônibus. Era bom se fosse na cidade toda”, sugeria.
 
Com BRS
Após o funcionamento do BRS, a faixa preferencial parecia a de toda via nas tardes de sábado. Trânsito de ônibus fluía tranquilamente e, de certa forma, livre, apesar de alguns desrespeitos. Vez ou outra, alguns motoristas mais “espertos” realizavam ultrapassagem pela direita e até pegavam o caminho do ônibus, sem convergir à direita nos 100 metros seguintes. O espaço é o permitido pela AMC no caso de estacionar ou dobrar à direita. O motorista do coletivo Aldenilo Sousa, 26, falava estar chegando aos terminais bem mais rápido que anteriormente, adiantado até. “Com o tempo, não é possível que esses motoristas não respeitem”, falava.

Enquanto o ônibus transitava na faixa de preferência, uma fila de carros se fazia à esquerda da avenida. O percurso do segundo dia de experiência durou 25 minutos. E, apesar de ter saído alguns instantes na frente, o carro do O POVO chegou ao ponto final da jornada minutos depois do ônibus.

 
O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O Sistema Rápido de Ônibus (BRS, da sigla em inglês) funciona na avenida Bezerra de Menezes desde a última segunda, 13. O sistema destina duas faixas prioritárias ao transporte público de ônibus, vans e táxis com passageiros.

Saiba mais

A partir de segunda, 20, a faixa preferencial da avenida Bezerra de Menezes também vai permitir a circulação de táxi sem passageiro e de transporte escolar.
 
A avenida Bezerra de Menezes possui o trecho pelo qual mais passam carros em Fortaleza. Segundo dados da AMC, nos cruzamentos da avenida com a rua coronel Mozart Gondim trafegam 41.239 por dia.
 
Um total de 16 agentes da AMC e 216 da Etufor percorrem toda a avenida Bezerra de Menezes. A previsão é que orientem os motoristas até o fim da próxima semana.
 
Na segunda-feira haverá uma reunião na AMC para definir qual dia começará a ser cobrada e o valor da multa por desrespeito à faixa preferencial.

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