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Prefeitura de Porto Alegre lança nova consulta pública para desestatização da Carris

terça-feira, 22 de novembro de 2022

A Secretaria Municipal de Parcerias publicou no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa) dessa segunda-feira, 21, a abertura de nova consulta pública por 30 dias, a contar do dia 22, para concessão do bloco de 21 linhas operadas pela Companhia Carris Porto-Alegrense. A medida faz parte do processo de desestatização da companhia.

Segundo a secretária Municipal de Parcerias, Ana Pellini, a prefeitura está disponibilizando novamente a minuta do edital de concessão da Carris, pois foram implementadas alterações significativas em decorrência de sugestões advindas da consulta anterior.

A consulta é destinada a coletar manifestações da sociedade civil sobre a minuta de edital, contratos e demais anexos para a concorrência pública, de âmbito internacional. Os documentos serão disponibilizados a partir desta terça-feira, 22, no site da secretaria. Eventuais comentários, contribuições e sugestões dos interessados devem ser encaminhados, por meio de correspondência dirigida, incluindo o formulário de contribuições, até 21 de dezembro de 2022.
As novas minutas do edital e dos contratos ficarão disponíveis aqui até o dia 21 de dezembro próximo. Os próximos passos consistem no envio do processo ao TCE, que terá 90 dias para realizar seu exame e em não havendo desconformidade o edital estará em condições de ser publicado.

Principais modificações
- Prazo de concessão das linhas passa de 16 para 20 anos;
- Pagamento pelo serviço concedido será com base em quilômetros rodados e não mais pelo IPK;
- Reavaliação do imóvel sede da empresa pelos técnicos da Secretaria Municipal da Fazenda, que passou a ser de aproximadamente R$ 70 milhões;
- Reavaliação da frota elaborada através de laudo pericial, somando R$ 52 milhões;

Histórico
A Carris é um operador de serviço de transporte público responsável pelas rotas de ônibus de Porto Alegre desde 1872. A empresa tem 21 linhas em operação e 549 paradas de ônibus, representando 24,7% do sistema. Caracteriza-se por ser uma sociedade de economia mista, com o controle acionário da prefeitura de Porto Alegre (que detém 99,9% das ações). A sede da Carris está localizada na rua Albion, 385, bairro Partenon.

Dados da Carris
- Faturamento anual - Setembro/2021 a Setembro/2022: R$ 142,1 milhões 
- Receita Bruta mensal (set/2022): R$ 12.313.652,94
- Receita Líquida (set/2022): R$ 10.876.086,32
- Receita Líquida por Km (setembro/2022): R$ 9,55
- Consumo de óleo diesel (Km/Litro): R$ 1,87
- Número de passageiros transportados - janeiro a setembro/2022: 29.734.958

Operação:
Funcionários ativos: 1.198 colaboradores.

Primeira consulta pública 
A primeira consulta pública da Carris foi realizada em abril de 2022, seguida por uma audiência pública em maio.
Objetivo - Licitação de concorrência pública, tendo como finalidade a concessão dos serviços de operação das linhas da bacia transversal do Serviço de Transporte Coletivo por Ônibus do Município de Porto Alegre, associado à alienação das ações ordinárias e preferenciais da Companhia Carris Porto-Alegrense, nos termos do art. 39 da Lei 8.666/93, e no art. 4.º da Lei Complementar 382/1996, e demais normas aplicáveis.

Informações: Prefeitura
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Porto Alegre: Empresa de transporte Carris comemora 140 anos

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A empresa de transporte coletivo de Porto Alegre, Carris, comemorou os 140 anos de serviços completados esse ano, em solenidade na sua sede, em Porto Alegre, nesta quinta-feira (21). Criada em junho de 1872, a empresa serve a cerca de 300 mil passageiros por dia, percorrendo 75 quilômetros todos os dias e contando com quase 2 mil servidores, 362 veículos e 28 linhas.

Mais antiga empresa de transporte coletivo do País em atividade, a Carris nasceu com a autorização do imperador Dom Pedro II, via decreto, publicado em 19 de junho de 1872. Hoje, a companhia tem mais de 200 dos seus 362 veículos com acessibilidade, enquanto 100% da frota opera com biodiesel.

Conforme o prefeito José Fortunati, a atuação da Carris combina investimento na renovação da frota, com recursos de acessibilidade e sustentabilidade, qualificação dos profissionais e instrumentos modernos de gestão. "O referencial de qualidade é presente a partir de quem atua nas viagens, na manutenção dos veículos e nas diversas etapas que viabilizam o serviço prestado aos 300 mil passageiros diários de Porto Alegre e também da Região Metropolitana", avaliou o prefeito.

A comemoração incluiu a apresentação do livro alusivo aos 140 anos, inauguração da galeria de ex-presidentes e apresentação de peça de teatro encenada pelos colaboradores e dirigida pelo gaúcho Flávio Bicca. Nesta quinta, a partir das 14h30, a Carris será homenageada na Câmara Municipal, em ato no Plenário Otávio Rocha.

Para o presidente da Carris, Sérgio Zimmermann, a companhia desenvolveu-se ao longo dos 140 anos pautada pelo desafio de antecipar as inovações para o transporte coletivo. Zimmermann resgatou o início da operação em 1872 com bondes puxados por tração animal, destacando projetos que se consolidaram na rotina dos usuários, como as linhas T, que ligam os bairros sem passar pelo Centro. "É com essa dimensão de serviço que os colaboradores fazem da empresa referência nacional, com foco na prestação de um bom serviço aos cidadãos", manifestou o dirigente.

Entre os funcionários, Valfrido Borges da Silva, motorista da Carris há 35 anos, recebeu a comenda Dom Pedro II, criada especialmente para a data em reconhecimento a personagens que contribuíram para a trajetória da companhia. A homenagem foi concedida a um conjunto de parceiros e autoridades, como o prefeito José Fortunati e o ex-prefeito José Fogaça. 
Conforme a prefeitura, a missão da Carris é transportar pessoas com qualidade, contribuindo com a mobilidade urbana. O Executivo ainda destacou a Linha C4 Balada Segura, que facilita o deslocamento de trabalhadores e frequentadores das regiões boêmias de Porto Alegre.

Informações: Jornal do Comércio

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Em Porto Alegre, Empresa de Viamão terá que adquirir 60 novos ônibus no primeiro ano de concessão

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

A empresa Empresa Viamão Ltda foi declarada nesta segunda-feira (02) a vencedora da licitação da Carris (Companhia Carris Porto-Alegrense), durante a sessão de desestatização, no auditório da Smap (Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio), em Porto Alegre.

Ao ganhar a disputa, por conta da proposta de R$ 109.961.560,00, a Empresa Viamão Ltda, que já atua na região metropolitana, garante a concessão por 20 anos e a operação de 20 linhas – que representa 22,4% do sistema de transporte coletivo da Capital.

A disputa foi estabelecida com proposta comercial mínima de R$ 109 milhões e incluiu também a venda de ações e bens, como ônibus e terrenos.

Fundada em 1953, a Empresa de Transporte Coletivo Viamão está sediada no centro do município de Viamão (RS) e atua no segmento de transporte coletivo de passageiros nas cidades de Viamão, Porto Alegre e Alvorada. A frota é composta por aproximadamente de 350 ônibus que atuam em mais de 400 linhas.

Propostas foram apresentadas por duas empresas: Viação Mimo, de Várzea Paulista-SP, e Empresa Viamão. A empresa Viação Mimo, no entanto, foi desclassificada por não ter garantias aprovadas pela Secretaria da Fazenda. Fundada em 1989, ela opera em 25 cidades, no fretamento contínuo, eventual, executivo e estudantes ou no transporte público.

“Num dia marcante, hoje damos um passo consistente no compromisso que assumimos com a cidade ainda na eleição. A venda da Carris faz parte de um projeto maior de qualificação e modernização do transporte coletivo, que viveu uma grande crise e recebe, desde o início da gestão, ações concretas para melhorar o atendimento ao passageiro e não aumentar o custo no bolso do cidadão”, disse o prefeito Sebastião Melo.

Até o fim do primeiro ano de contrato, cerca de 60 ônibus precisarão ser adquiridos pelo vencedor da disputa. A gestão municipal ressalta que a desestatização não vai acarretar em alterações nas linhas de ônibus da Carris e nem no valor da passagem. O valor da tarifa está garantido pela prefeitura em R$ 4,80 desde 2021, sem reajustes em 2022 e 2023.

“A sessão transcorreu tranquila e com transparência, sem contestações. A Carris foi vendida por um preço justo e o que se espera é que o serviço para o cidadão melhore”, disse a secretária de Parcerias, Ana Pellini.

A sessão pública ocorreu no auditório da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio, na rua Siqueira Campos, 1300, 14º andar, Centro Histórico, e foi transmitida ao vivo pelo YouTube da prefeitura. Além dos interessados na concorrência, imprensa, autoridades e público em geral puderam acompanhar o evento.

Debate

A concorrência pública é resultado de um longo processo, que começou em 2021 e incluiu, entre outras etapas legais necessárias, consultas e audiência públicas, além da aprovação de lei na Câmara de Vereadores, que deu aval para a desestatização. O edital também passou pela análise do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que chancelou o texto.

Entre as razões apresentadas para a desestatização estão o alto custo de operação da companhia, cerca de 20% maior do que o de outras operadoras de transporte coletivo na Capital, e a necessidade frequente de alto volume de investimentos para qualificar o serviço oferecido ao passageiro, como a aquisição de novos ônibus com ar-condicionado, por exemplo.

Histórico

A Carris é uma operadora de serviço de transporte público responsável por rotas de ônibus de Porto Alegre desde 1872. A empresa tem 20 linhas em operação, representando 22% do sistema. Caracteriza-se por ser uma sociedade de economia mista, com o controle acionário da prefeitura de Porto Alegre (que detém 99,9% das ações). A sede da Carris está localizada na rua Albion, 385, bairro Partenon.

Informações: O Sul

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Em Porto Alegre, Trensurb anuncia o fim dos bilhetes de vale-transporte

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A Trensurb dá mais um passo importante na implantação de sua bilhetagem eletrônica com o fim da comercialização, no dia 5 de setembro, dos bilhetes de Vale-Transporte e Integração com os ônibus de Porto Alegre (Carris e Conorte). Os bilhetes de Vale Transporte são adquiridos, atualmente, pelos empregadores, diretamente na Associação dos Transportadores Intermunicipais Metropolitanos de Passageiros (ATM) e na Associação das Empresas de Transporte de Passageiros (ATP). Os bilhetes de Integração com as linhas de Carris e Conorte são comercializados nos ônibus da capital e nas bilheterias da Trensurb.

Usuários dos bilhetes de Vale-Transporte passarão a utilizar cartões SIM ou TRI Vale-Transporte, que devem ser solicitados (e carregados com créditos) pelos empregadores através do site www.tripoa.com.br. Quem já possui um cartão TRI Vale-Transporte não precisa ser cadastrado no SIM. O empregador apenas confirmará os dados do funcionário e fará o pedido de créditos para o cartão que ele já possui. De acordo com o coordenador do projeto de implantação da bilhetagem eletrônica pela Trensurb, Aldir Seifried, "a partir do dia 6, a integração só poderá ser feita com o uso do cartão SIM ou TRI, ou caso o usuário ainda possuir bilhetes antigos".

Usuários dos bilhetes de Integração com os ônibus de Porto Alegre, que se restringiam a 24 linhas de Carris e do Conorte, passarão a utilizar cartões SIM ou TRI Passagem Antecipada, podendo fazer a integração com todas as linhas de ônibus de Porto Alegre, com 10% de desconto no valor total das tarifas. Os cartões de Passagem Antecipada devem ser solicitados pelos usuários nos quiosques localizados nas estações Canoas/La Salle, Sapucaia e São Leopoldo (das 8h às 18h) ou na Central de Atendimento da EPTC, na Rua Uruguai, 45, centro de Porto Alegre (das 9 às 17h). A partir desta quarta-feira, a estação Mercado também terá um quiosque para atendimento. Já o localizado em Esteio, será desativado temporariamente, em função do evento Expointer.

O bilhete Vale-Transporte Integração Porto Alegre também deixa de ser vendido, sendo substituído pelos cartões SIM ou TRI Vale-Transporte – que oferecem a vantagem de uma segunda viagem de ônibus gratuita na capital, desde que realizada no tempo de integração de 30 minutos.

Os bilhetes Vale-Transporte, Integração Porto Alegre e Vale-Transporte Integração Porto Alegre serão aceitos até o dia 5 de novembro, dois meses após o fim de sua comercialização. Os bilhetes de Integração com outras cidades (inclusive na modalidade Vale-Transporte) e o bilhete unitário continuarão existindo.


Informaçãoes da TRENSURB

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Porto Alegre: Transporte público de qualidade é uma obrigação

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Sempre que se fala em transporte coletivo em Porto Alegre complementa-se a frase com "de qualidade". Ora, transporte público sempre deve ter qualidade, portanto, esse reforço bem que poderia ser um pleonasmo. Ou se tem qualidade ou o transporte coletivo deve ser aprimorado.

Quando Porto Alegre completou 100 anos, em 1872, tinha 44 mil habitantes. Uma viagem de ida e volta dos arraiais mais distantes até o Centro poderia levar um dia inteiro. Um tipo de gôndola apelidada de maxambomba circulou por volta de 1865, mas não teve muito sucesso e logo caiu em desuso.

No dia 19 de junho de 1872, porém, um decreto assinado por Dom Pedro II alteraria, significativamente, o cotidiano da cidade. É que foi concedida à Companhia Carris de Ferro Porto-Alegrense autorização para funcionar, por meio do Decreto nº 4.985.

A partir daí, o transporte coletivo da cidade foi evoluindo, dinamizando o contexto urbano e alterando o aspecto das ruas e dos futuros bairros. Em 4 de janeiro de 1873, a inauguração da primeira linha, a Menino Deus, foi motivo de festa com muita pompa e uma parelha de cavalos brancos no lugar das mulas. No dia seguinte, as mulas já pegaram no pesado, segundo dados da Carris.

Em 1895, ocorreram as primeiras experiências com a eletricidade, com a inauguração da usina termelétrica da Companhia Fiat Lux. Em 1906, as duas empresas de transporte de bondes - a Carris de Ferro e Carris Urbanos, fundada em 15 de janeiro de 1893 - se unem e formam a Companhia Força e Luz Porto-Alegrense, responsável pelo transporte elétrico e também pelo fornecimento de energia para a Capital.

Em 10 de março de 1908 circularam os primeiros bondes elétricos. Vieram da Inglaterra 35 veículos de quatro rodas e dois bondes modelo Imperial, com dois andares, conhecidos como Chopp Duplo. Os primeiros bondes elétricos trafegaram nas linhas Menino Deus, Glória, Teresópolis e Partenon.

Até 1970, os bondes levaram os porto-alegrenses para o trabalho, para as escolas, para a diversão, para os cinemas no Centro e nos bairros. Comprar ou alugar um imóvel "só se tivesse bonde na porta", expressão muito usada. O prefeito Telmo Thompson Flores, nomeado para governar a cidade entre 1969 e 1975, desativou os bondes, para tristeza de muitos.

Realmente, pelo menos uma linha histórica e circular, a do bonde Duque, poderia ter ficado como lembrança e atração turística. Há quase duas décadas que se fala em reativar um trecho de linha de bonde, mas nada é feito. Depois, o prefeito Guilherme Socias Villela implantou os corredores de ônibus.

Décadas após, a prefeitura está preparando os corredores para neles instalar o sistema de veículos rápidos e articulados. Mas a discussão sobre o transporte coletivo não acaba, pois a tarifa seria mais cara nos ônibus com ar-condicionado, alertam os técnicos, e as licitações feitas pela prefeitura não atraíram interessados. Gradativamente, após a década de 1950, surgiram empresas de ônibus que foram assumindo o serviço dos bondes.

Mas a tentativa de implantar ônibus elétricos, no final dos anos de 1950 e início de 1960, fracassou. Hoje, a Companhia Carris Porto Alegrense tem 383 ônibus nos quais foram instaladas três câmeras e uma na parte externa. As imagens são monitoradas por 13 servidores em cada turno. Transporte coletivo de qualidade, é isso que os porto-alegrenses sempre quiseram. Portanto, que se unam prefeitura e empresários em prol de um superior modelo.

Informações: Jornal do Comércio


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Em Porto Alegre, Bilhetes de Vale-Transporte e Integração perdem validade no domingo

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Termina no domingo (6) o prazo de validade dos bilhetes da Trensurb de Vale-Transporte e Integração com os ônibus de Porto Alegre (Carris e Conorte). Substituídos pela bilhetagem eletrônica, as passagens de papel eram adquiridas pelos empregadores, diretamente na Associação dos Transportadores Intermunicipais Metropolitanos de Passageiros (ATM) e na Associação das Empresas de Transporte de Passageiros (ATP). Já os bilhetes de Integração com as linhas de Carris e Conorte eram comercializados nos ônibus da Capital e nas bilheterias da Trensurb. Desde setembro, eles deixaram de ser vendidos.

Usuários dos bilhetes de Vale-Transporte passaram a utilizar cartões SIM ou TRI Vale-Transporte, que podem ser solicitados (e carregados com créditos) pelos empregadores através do site www.tripoa.com.br. Quem já dispõe do cartão TRI Vale-Transporte não precisa ser cadastrado no SIM, cabendo ao empregador só confirmar os dados do funcionário para pedir os créditos.

Já os usuários dos bilhetes de Integração com os ônibus de Porto Alegre, que se restringiam a 24 linhas de Carris e Conorte, passaram a utilizar cartões SIM ou TRI Passagem Antecipada, podendo fazer a integração com todas as linhas de ônibus de Porto Alegre, com 10% de desconto no valor total das tarifas. Os cartões de Passagem Antecipada podem ser solicitados pelos usuários nos quiosques localizados nas estações Mercado, Canoas/La Salle, Sapucaia e São Leopoldo (das 8h às 18h) ou na Central de Atendimento da EPTC, na rua Uruguai, 45, centro de Porto Alegre (das 9 às 17h).

Além de perder validade, o bilhete Vale-Transporte Integração Porto Alegre também deixa de ser vendido, sendo substituído pelos cartões SIM ou TRI Vale-Transporte – cujas vantagens é garantir uma segunda viagem - de ônibus - gratuita na Capital, desde que realizada no tempo de integração de 30 minutos.

Os bilhetes de Integração com outras cidades (inclusive na modalidade Vale-Transporte) e o bilhete unitário continuam existindo.



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Novo sistema de transporte público de Porto Alegre deve entrar em vigor em fevereiro

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O novo sistema de transporte público de Porto Alegre deverá entrar em operação em fevereiro — dois meses antes do prazo máximo previsto pelo edital de licitação. Pelo menos esta é a meta das empresas de ônibus, segundo o gerente técnico da Associação dos Transportes de Passageiros (ATP), Gustavo Simionovschi. Antes disso, porém, terão que passar por uma vistoria por parte da Prefeitura, para verificar se todas as exigências do edital foram atendidas. “É possível que o sistema comece a operar até o final de fevereiro, mas ainda existem algumas etapas até a definição da data final”, afirma o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari. 

O início das operações também é importante porque será a partir desta data que as empresas poderão solicitar o aumento na tarifa dos ônibus, conforme definido em decreto. Nos outros anos, as operadoras reivindicavam a revisão tarifária e a concessão do reajuste dos salários dos rodoviários, cuja data-base é 1º de fevereiro. Na prática, as empresas já estarão com custos elevados, por conta do reajuste dos rodoviários. 

Mas o principal é que a entrada do novo sistema também resultará em mudanças, como a ampliação de consórcios. Atualmente, são três apenas —  Unibus, STS e Conorte — e uma empresa pública (Carris). Pelo novo modelo, serão quatro consórcios, divididos por seis bacias, e a Carris. Com a distribuição por bacias haverá a troca de algumas linhas. 

A estimativa da ATP é de que a mudança afete até dez linhas. Já a projeção da EPTC é de que sejam afetadas cinco linhas, atualmente operadas pela Carris e que serão repassadas para um dos consórcios. Já a Carris assumirá uma nova linha e três derivações. É provável que outros itinerários sofram mudanças. Não está descartado o prolongamento de trajetos e ajustes nos percursos. Para amenizar os transtornos à população, Cappellari espera que os ajustes ocorram após o início da operação do novo sistema. Defende a necessidade de diálogo com lideranças das comunidades afetadas pelas mudanças. 

De acordo com o gerente técnico da ATP, os últimos meses foram dedicados à análise das adequações que serão necessárias. Igualmente aproveitam para treinar os profissionais, no sentido de que se adaptem às novas rotas. Simionovschi informou ainda que, em um primeiro momento, haverá renovação parcial da frota. Está previsto o ingresso de cerca de 300 ônibus zero quilômetro. A maioria dos coletivos terá ar-condicionado, em atendimento a uma das cláusulas do edital. 

Conforme a licitação, as empresas devem iniciar a operação dos consórcios com no mínimo 25% da frota climatizada. Na sequência, os operadores terão até 10 anos para equipar a totalidade da frota com equipamentos de ar-condicionado. 

Tarifas podem aumentar

O início de 2016 será marcado por mudanças no transporte coletivo de Porto Alegre. As discussões começarão com a elaboração da proposta de reajuste dos rodoviários. A primeira assembleia da categoria ocorre hoje, a partir das 19h. Durante o encontro, pretendem elaborar a pauta de reivindicações. Posteriormente, será encaminhada ao Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa). Pelas manifestações de ambos os lados, a intenção é que as negociações ocorram normalmente. 

É mais provável que se repita o movimento de 2015, quando o acerto ocorreu em três semanas, e bem diferente de 2014, quando houve paralisação por 17 dias dos serviços e a negociação acabou na Justiça, trazendo prejuízos aos usuários. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, Adair da Silva, a ideia é que a proposta contemple um ganho real, um pouco acima da inflação. Outra proposta que deverá ser apresentada é a garantia de manutenção dos empregos. A categoria conta com cerca de 9 mil funcionários. 

“Reconhecemos que este é um momento de dificuldades financeiras e queremos a garantia de que não haverá cortes”, afirma. Ao mesmo tempo, ele rebate o movimento de alguns profissionais que reivindicam aumento salarial de 20%. “Não vamos mentir para os profissionais. Vamos levar a negociação com a mesma transparência do ano passado, quando obtivemos ganhos importantes”, assinala.

Em 2015, além de 8% de reajuste, a categoria conseguiu elevar o valor do vale-refeição, entre outros benefícios. Já na Associação dos Transportes de Passageiros (ATP) a perspectiva é de que a negociação seja concluída até o final deste mês. A expectativa é grande, uma vez que o índice de reajuste a ser concedido aos rodoviários é fundamental para o reajuste da tarifa de ônibus da Capital. 

Atualmente, o pagamento dos salários dos funcionários representa entre 48% a 49% da composição do valor da passagem. Existe porém um diferencial neste ano. Em função da licitação do transporte público, a revisão da tarifa só poderá ser solicitada após os novos consórcios iniciarem a operação. Segundo o edital, isso poderá ocorrer até abril de 2016. Antes disso, o valor ainda precisa ser analisado pelo Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu), para depois ir à sanção do prefeito José Fortunati.

Cores indicam região

As empresas, que serão responsáveis pela prestação do serviço por 20 anos, terão que fazer outras melhorias na frota. Além do ar-condicionado, os ônibus deverão ter acessibilidade plena e uma redução do número máximo de passageiros por veículo, entre outros pontos. 

Gradativamente os coletivos da capital gaúcha ganharão nova identidade visual, com cores diferenciadas por região: Centro e linhas transversais — Carris (ocre), Norte (vermelho), Leste (verde) e Sul (azul).

Trajetória da licitação

• 2011: começa o processo para elaboração da licitação do transporte público de Porto Alegre. É formado um grupo de trabalho para elaboração do edital. 
• 31 de março de 2014: primeiro edital é lançado.
• 3 de junho de 2014: prazo para apresentação das propostas. Não houve interessados. 
• 19 de setembro de 2014: lançamento de novo edital para licitação do transporte coletivo.
• 24 de novembro de 2014: prazo para as empresas apresentarem propostas e mais uma vez não há interessados. 
• 6 de maio de 2015: publicado o terceiro edital, desta vez aberto a empresas internacionais e com a divisão da cidade em seis lotes.
• 6 de julho de 2015: empresas interessadas apresentam propostas de operação do sistema. 
• 30 de julho de 2015: Prefeitura publica o primeiro resultado da licitação do transporte.
• 9 de outubro de 2015: contratos com as empresas vencedoras da licitação foram assinados. Estabelecidos prazos de até 180 dias para o início das operações. 

Consórcios

• Bacia Norte/Nordeste
Lotes 1 e 2
Consórcio Mob Mobilidade em Transportes
Empresas: Sopal / Nortran / Navegantes
• Bacia Sul — Lotes 3 e 4
Consórcio Sul
Empresas: Trevo / Viação Teresópolis Cavalhada / Viação Belém Novo / Restinga
•  Bacia Leste/Sudeste
Lote 5 - Consórcio ViaLeste
Empresas: Viação Alto Petrópolis / Auto Viação Presidente Vargas / Viação Estoril
Lote 6 - Consórcio de Mobilidade da Área Integrada Sudeste Mais
Empresas: Sudeste / Gasômetro

Fonte: EPTC e Correio do Povo


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Prefeitura confirma extensão da vida útil dos ônibus em Porto Alegre

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

A vida útil dos ônibus do transporte coletivo de Porto Alegre foi aumentada para até 15 anos no caso dos veículos comuns e 16 anos para os articulados. Pela legislação em vigor, de 2018, os carros deveriam rodar por, no máximo, 12 anos para os comuns e 13 anos para os articulados. Contudo, a prefeitura vem publicando sucessivas normas para aumentar o limite.

Até 2023, os acréscimos de vida útil eram de 24 meses. Agora, isso foi esticado ainda mais, chegando aos 36 meses, o que acaba envelhecendo a frota. A resolução que ampliou a idade máxima saiu no Diário Oficial de Porto Alegre (DOPA) no dia 2 de janeiro de 2024.

O texto contém um aspecto de dubiedade: um item menciona que os carros fabricados em 2010, atualmente no 14° ano de circulação, poderiam seguir nas ruas até abril de 2024. Mais abaixo, um inciso autoriza a “prorrogação excepcional da vida útil máxima em até 36 meses”. O secretário Municipal de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, confirmou que a extensão é válida por até 36 meses. Isso significa que está permitida a circulação de ônibus fabricados entre 2009 (comuns) e 2008 (articulados).

Castro afirmou que a medida foi necessária em função exclusivamente da Carris, empresa pública em processo de privatização. A resolução permite que a Carris mantenha 29 ônibus ativos: 23 comuns fabricados em 2009 e seis articulados de 2008. Deste montante, 18 carros estão em operação. Os outros 11 seguem ativos no sistema, mas aguardam peças de reposição para voltar a circular ou foram colocados na reserva.

— Foi necessária a iniciativa para não comprometer a tabela horária da Carris — diz Castro.

Ele afirma que os três consórcios privados que atuam na cidade não deverão fazer uso do aumento da vida útil. Os carros mais velhos dos operadores privados são de 2010, assegura. Atualmente, a idade média da frota de ônibus comuns no sistema de Porto Alegre é de 6,99 anos. Se acrescidos no cálculo os articulados, o tempo de uso geral sobe para 7,36 anos.

Castro projeta o rejuvenescimento do indicador em 2024. Ele menciona negociações para que os consórcios privados adquiram 110 veículos novos. E ainda destaca que a Viamão, compradora e próxima de assumir o controle da Carris, terá de providenciar 60 ônibus novos no primeiro ano de operação.

— Poderemos nos aproximar dos 6 anos de idade média nos comuns e 6,5 anos nos articulados. É o que esperamos alcançar até o final de 2024 — diz Castro.

PAC
Existe expectativa positiva na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana quanto à inscrição realizada no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), do governo federal, em uma modalidade da política pública direcionada à renovação de frota.

A prefeitura apresentou proposta para adquirir 600 ônibus zerados, sendo 500 movidos a diesel e 100 elétricos. O investimento, de cerca de R$ 1 bilhão, seria feito com recursos federais, aportados a fundo perdido. A prefeitura, caso receba a confirmação, teria de adquirir os veículos via licitação. Depois, os repassaria ao sistema de transporte.

Como isso diminuiria o custo das empresas, seria discutida uma forma de compensação, que poderia ser desde a redução de tarifa do usuário até o corte nos subsídios públicos para manter os ônibus rodando ou aumento de investimento por parte das operadoras do serviço.

A secretaria tem mantido reuniões com o governo federal e aguarda resposta, prometida ainda para janeiro. Uma renovação de 600 carros, mais da metade da atual frota circulante, que conta com 1.173 veículos, é considerada um avanço significativo.

— É uma grande oportunidade para nós — avalia Castro.

Projeto de lei revoga parâmetros de idade da frota
Tramita desde dezembro na Câmara de Vereadores o projeto de lei 046/2023, de autoria da prefeitura de Porto Alegre, que revoga os dispositivos da lei de 2018 responsáveis por fixar os limites de idade da frota em 12 anos (comuns) e 13 anos (articulados). A norma, se aprovada, dará poder à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana para regular anualmente, via decreto, os critérios de tempo e qualidade para a circulação de veículos no transporte coletivo. O projeto também revoga o artigo que determina a inclusão apenas de veículos zero Km e com ar-condicionado na frota.

Informações: Gaúcha Zero Hora

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Em Porto Alegre, Carris mantém greve do transporte coletivo

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Em assembleia realizada no fim da tarde desta sexta-feira (30), os funcionários da Carris decidiram manter a greve do transporte coletivo em Porto Alegre, que teve início na manhã de hoje. 

Perto das 16h, em reunião mediada pelo Ministério Público do Trabalho, os representantes dos trabalhadores - a Comissão de Trabalhadores da empresa e o Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre – haviam fechado acordo com a empresa. Porém, em assembleia, a proposta foi recusada e a categoria decidiu manter a paralisação.
O acordo previa a retomada imediata das atividades da Carris com o pagamento, na próxima quarta-feira (5), do valor de R$ 500,00 para cada funcionário, dentro do Programa de Participação nos Resultados da Carris (PPRC). A segunda parcela, proporcional às metas individuais previstas no PPRC, seria paga no dia 15 de janeiro de 2013.

Os trabalhadores reivindicavam a instalação de banheiros masculinos e femininos nos terminais de ônibus da companhia, uniformes, melhores abrigos e o pagamento de um bônus de até mil reais para a data de hoje, o que não teria ocorrido.

Desde a manhã, apenas 30% do efetivo da Carris esteve em operação. As linhas T1, T4, T6, T8 e T11 passaram a operar emergencialmente, com a substituição por ônibus de outros consórcios. Além desta medida, também foi liberado o transporte de passageiros em pé nos 403 lotações da Capital.

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Em Porto Alegre, Em quatro meses, empresas de ônibus da Capital receberam 929 notificações por descumprimento de horários

domingo, 26 de maio de 2019

A sensação de estar tempo demais esperando pelo ônibus pode ser mais do que uma mera impressão. Entre janeiro e abril deste ano, a Carris e os quatro consórcios que operam em Porto Alegre receberam 929 notificações por descumprirem os horários determinados pela EPTC. O valor da multa é R$ 496,16 por autuação. 
Foto: Júlio Cordeiro / Agencia RBS

Cada ônibus que circula na cidade tem uma tabela de horários elaborada pela EPTC. Os horários, disponibilizados no site da prefeitura, devem ser seguidos à risca. Entretanto, o número de notificações aplicadas demonstra que isso nem sempre acontece. 

A campeã de notificações por descumprimento de horários é a Carris, que opera 33 linhas. Entre janeiro e abril, a empresa recebeu 434 alertas por não estar seguindo as tabelas de horários. Em segundo lugar, estão os consórcios Via Leste e Mais, que operam 110 linhas e receberam 300 notificações pela mesma razão. Apesar de serem dois consórcios, a EPTC considera os dados juntamente por eles operarem na mesma bacia, que é a da Zona Leste. O consórcio MOB, que opera 118 linhas, recebeu 174 autuações. Com 21 notificações, o consórcio Viva Sul ocupa o quarto e último lugar do ranking dos atrasos. O consórcio Viva Sul é o que mais opera linhas na Capital: são 164 itinerários. 

Durante a semana passada, motivado por diversas reclamações de leitores, o Diário Gaúcho acompanhou a saída de ônibus da Carris em terminais da região central e da Zona Sul. Entre as linhas observadas, estão a T1, T1D e T3. Em dois dias, dos 32 horários observados, em seis nenhum ônibus partiu na hora em que deveria. 

Fadiga

A Carris garante que possui veículos suficientes para o cumprimento de suas tabelas. Entretanto, a empresa assume que “em decorrência da fadiga dos veículos, da falta de manutenção preventiva em anos anteriores e de faltas e/ou atrasos de colaboradores, podem ocorrer situações de não cumprimento de horários”. 

Nesta terça-feira, a reportagem flagrou o motorista da linha T3 colocando água no radiador do ônibus para conseguir seguir o itinerário. A Carris anunciou a compra de 87 novos ônibus para sua frota. Os veículos devem chegar no segundo semestre.

Extinção de linhas é descartada

Diversos relatos sobre o fim de linhas que operam na Capital chegaram à reportagem nas últimas semanas. Entre os itinerários citados estão o T1D e o T3, da Carris. Além disso, também são citadas as linhas TR62 (Troncal Baltazar) e 631 (Parque dos Maias), do consórcio MOB. Conforme a EPTC, não há nenhum pedido da Carris em andamento para extinção de linhas. A companhia pública de ônibus também confirmou que não está em seus planos pedir à EPTC alteração ou extinção de alguma linha.

Entretanto, em relação às linhas TR62 e 631, a ETPC confirmou que o consórcio MOB fez um pedido de readequação dos itinerários. A empresa responsável pela gestão do transporte na Capital diz que a requisição “está em avaliação, mas não deve ser atendida, pois não cumpre requisitos do edital, em relação ao atendimento da demanda de passageiros”.

A EPTC reforça ainda que “este tipo de solicitação de readequação de linhas de ônibus, por parte dos consórcios, é rotineiro”. Porém, a maioria dos pedidos não é aceita. A possibilidade de requisição está prevista em contrato e ocorre em razão de fatores como a concorrência dos aplicativos ou a diminuição de passageiros. 

Informações: Diário Gaúcho
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Carris é vendida para empresa de Viamão por R$ 109,9 milhões

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Na tarde desta segunda-feira (2), a Prefeitura de Porto Alegre realizou o leilão de privatização da Carris, no auditório da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (SMAP). O lance ganhador foi de R$ 109.951.500,00 da Empresa de Transporte Coletivo Viamão Ltda, que já opera linhas na região Metropolitana da Capital.

O leilão tinha como valor mínimo R$ 109,8 milhões e inclui a venda de todas as ações e o patrimônio, como ônibus e terrenos, e a concessão, por 20 anos, de 20 linhas operadas pela companhia, o que representa 22% do sistema de transporte coletivo da Capital. O primeiro lance da vencedora foi de R$ 2 mil a mais do que o mínimo, que aumentou após pedido da Prefeitura na negociação verbal.

Para o prefeito Sebastião Melo, (MDB), a privatização pode melhorar o sistema de transporte público. “Essa desestatização significa qualificar o serviço, porque você tá diminuindo o custo, isso influi na passagem, nova frota”, disse. Ainda, sobre o interesse de somente duas empresas, Melo relatou que não ficou surpreso. “O sistema de transporte público faliu antes da pandemia e se escancarou na pandemia. Se lá atrás pode ter sido lucrativo, hoje é bastante complicado. Hoje me parece que não é um mercado tão atrativo. Gostaria que tivesse mais empresas, mas R$ 110 milhões é uma expectativa maior do que o próprio edital para esse processo”, afirmou.

A titular da Secretaria Municipal de Parcerias, Ana Pellini, concordou com a avaliação do prefeito, e considerou o processo bem sucedido. “R$ 110 milhões por uma empresa que tem déficit há 10 anos, que tem problema com uma folha inchada, é um ótimo resultado, se pensar que não teve ação judicial, nenhuma liminar, não teve cautelar do Tribunal de Contas, não teve nada”, disse.

A empresa vencedora foi fundada em 1953 e tem uma frota atual de 290 ônibus ativos que operam linhas metropolitanas, entre Viamão e Porto Alegre, e linhas urbanas dentro de Viamão, além de atuar também em Alvorada. Segundo Otávio Marco Antônio Bortoncello, diretor da empresa, a companhia de Porto Alegre seguirá se chamando Carris e, após a incorporação, estima-se que a frota total da empresa será de 550 veículos. Conforme o edital, cerca de 60 ônibus precisarão ser adquiridos até o final do primeiro ano de atuação.

“O transporte está no DNA da nossa empresa, essa paixão nos promoveu a investir muito mais. Obviamente, se fosse olhar só o investimento, hoje em dia é mais fácil aplicar no mercado financeiro do que empreender. Então às vezes tem que ser um pouco arrojado e aceitar esse desafio, realmente é um grande desafio”, afirmou Darci Norte Rebelo Jr, assessor jurídico da Viamão.

A Viação Mimo Ltda., de Sorocaba (SP), também participou do certame, porém não apresentou garantia de um dos itens do edital e foi desclassificada. Como a Comissão Especial de Contratação da Prefeitura tem 15 dias para a análise da documentação habilitatória da primeira colocada, ainda cabe recurso contra a desclassificação.

Se as exigências forem aprovadas e após serem vencidas todas as etapas de eventuais recursos, a empresa será declarada vencedora em publicação feita no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa). Os contratos de venda das ações e de concessão dos serviços devem ser assinados até o primeiro trimestre do próximo ano, após a realização de todas as etapas previstas no edital.

Entre as razões apresentadas pela Prefeitura para a privatização da empresa, estão o alto custo de operação da companhia e a necessidade de investimentos para qualificar o serviço, como a compra de novos ônibus. Contudo, os críticos da privatização vão lembrar que ela chegou a ser uma das melhores empresas de transporte do País, sendo considerada a melhor empresa de transporte coletivo do Brasil, em premiação concedida pela Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), nos anos de 1999 e 2001. Para os críticos, a queda seria consequência do modelo de gestão adotado pela Prefeitura nas últimas décadas.

Fundada em 1872, como Companhia Carris de Ferro Porto-Alegrense, a empresa começou a operar uma linha de bonde entre o Centro e o bairro Menino Deus, ainda puxado a mulas. Em 1908, coloca em circulação o primeiro bonde elétrico da cidade. Em 1953, em razão da precarização do serviço e da gestão da americana Bond & Share houve a encapação da empresa.

As mais conhecidas da Carris, as linhas Ts, transversais, começam a circular em 1976, no período de implantação de corredores de ônibus da Capital. Às linhas Ts, de 1 a 4, soma-se no ano seguinte a Campus Ipiranga, que liga o Centro ao Campus do Vale da UFRGS, recém inaugurado. Durante os governos da Frente Popular, ocorre a expansão das linhas, de 5 a 10, a criação da T1 Direta e da Linha Turismo. Em 2006, é criada a T11 e, em 2016, a linha T12.

Informações: Sul 21

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