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Série Transporte pelo Mundo na Cidade de Madrid

sábado, 26 de junho de 2010


Ônibus são facilmente identificáveis como eles são vermelhos, com exceção para aqueles que operam com gás natural, que são azuis. A maioria dos veículos oferecem acesso para deficientes e pessoas com dificuldades de mobilidade, todos têm ar condicionado, que é essencial durante o verão quente Madrid.
EMT ônibus funcionam todos os dias da semana 06h00 - 23:45. Freqüência depende da hora do dia e da linha de ônibus, e pode variar entre 5 e 15 minutos. Partir de 11,45 horas, uma rede de 25 rotas de ônibus à noite entra em funcionamento - os ônibus são comumente conhecidas como 'corujas'. O ônibus terminal para esses ônibus está localizado na praça central de La Cibeles.
Você deve entrar no ônibus na frente. Ao lado do condutor, não há máquina onde você deve inserir o seu bilhete para que ela seja cortada. No ônibus, os bilhetes são válidos para uma viagem única e para mudar as rotas que você deve comprar outro bilhete. Na maioria das paragens de autocarro, há uma plano da cidade, onde você pode verificar as rotas de ônibus.
Várias linhas de autocarro EMT percorrer o centro histórico da cidade, que é por isso que é aconselhável usar o ônibus para viagens curtas. Se você quisesse ver toda a cidade, sugerimos que você use certas rotas EMT, tais como a Circular ou "C" de rota, que gira em torno do centro da cidade, ou o número 27, que vai para baixo de todo o comprimento do Paseo del Prado -Recoletos, via Castellana, a principal avenida da cidade.



Madrid tem uma rede de transportes bastante vasta e completa. Os vários meios de transporte, e respectivas infrastruturas, estão organizados de forma a reduzidir substancialmente o trânsito automóvel na capital, possibilitando uma rápida circulação, quer de quem circula dentro da cidade, quer de quem se desloca desde a periferia. O metro, o comboio e os ônibus são os mais importantes transportes públicos.

Apenas nos últimos oito anos, 111 quilômetros de novas linhas foram construídas, que incluem 63 estações que podem ser acessados por elevador. A rede de metro é actualmente a quinta em uma escala global de comprimento, 176 quilômetros, eo número de estações, 161.
O metro está aberto todos os dias da semana 6h00-1h30, apesar de algumas estações e as entradas têm horários limitados. Freqüência trem depende da linha, a hora do dia, e o dia da semana, e pode variar entre cada três minutos na hora do rush a cada cinco minutos, o resto do dia. At night, frequency drops to every 15 minutes. À noite, cai a freqüência a cada 15 minutos.
Você pode acessar o Underground, inserindo o seu bilhete nas máquinas nas salas de bilhete. Você pode mudar quantas vezes quiser entre linhas com o mesmo bilhete.
Passageiros que estão acostumados a viajar de metro não vai encontrar a rede Madrid particularmente difícil de usar. Cada linha é marcada com uma cor e um número e você não tem que caminhar muito para mudar de linha. Não é aconselhável viajar durante a hora do rush, 07h30-09h00, enquanto a multidão pode tornar a sua viagem desconfortável. O Metro de Madrid é seguro graças à presença de guardas de segurança e câmeras, mas, como em outras cidades, é aconselhável para os passageiros para cuidar de seus pertences pessoais.

O metro de Madrid serve os mais de três milhões habitantes e é uma das redes em maior expansão em todo o mundo. Tem uma ligação à rede que serve a zona sul da cidade, a Metrosur, e é actualmente o segundo maior sistema de metropolitano da Europa ocidental, sendo o primeiro o de Londres. É uma das maiores redes de metro do mundo, tanto pela sua extensão como pelo número de estações. Conta com 316 estações em 12 linhas mais um ramal. O sistema esta com 317 km de vias e opera 1.594 vagões (1.059 motrizes e 535 reboques).
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Irizar vai fornecer 90 ônibus elétricos para Madrid

quarta-feira, 25 de maio de 2022


A Empresa Municipal de Transportes de Madrid – EMT concedeu mais uma encomenda à Irizar e-mobility desta vez composta por 90 ônibus elétricos, com baterias de última geração com mais de 430 kWh de energia.


Os coletivos poderão ser carregados usando um pantógrafo invertido ou por carregamento mais lento na garagem. Trata-se da maior encomenda de veículos elétricos atribuída à Irizar e-mobility até agora e é a maior licitação de ônibus elétricos da EMT de Madrid.

“A EMT vem eletrificando sua frota há vários anos. A Irizar e-mobility esteve ao nosso lado durante o processo de transformação tecnológica e na nossa estratégia que permitirá ter 25% da nossa frota elétrica em 2025.” – Carlos Sierra, Diretor de Serviço de Transporte da EMT Madrid.

Os veículos terão 12 metros de comprimento, duas portas, 28 lugares para passageiros e duas áreas para cadeiras de rodas. Além dos benefícios ambientais de zero emissões de CO2 e baixos níveis de ruído, os ônibus também se destacam pelo design. A operadora optou por incluir na frota algumas características estéticas do Irizar, ou seja, o bonde, como o uso de câmeras em vez de espelhos retrovisores.

Informações: ViaTrolebus
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Estudo mapeia uso do transporte público nas cidades

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Parece ser inevitável que as grandes cidades caminhem na direção de estruturar a mobilidade urbana com foco no transporte público. E uma boa maneira de estimar a acessibilidade ao transporte de massa é conhecer o número de pessoas que moram ou deveriam morar a distâncias inferiores a mil metros de conexões com transporte rápido de qualidade.

Em função disso, foi criado o índice PNT (People Near Transit). O indicador poderá ajudar os planejadores a visualizar onde novas linhas de transporte devem ser implantadas, monitorar a evolução e o comportamento das linhas existentes, além de ser um parâmetro de comparação entre cidades.

O desenvolvimento do PNT permitiu importantes descobertas acerca da correlação entre crescimento urbano e acessibilidade ao transporte.

Uma delas diz respeito à comparação entre o município e sua região metropolitana. Nesta última, existe uma queda significativa na acessibilidade ao transporte, na média aproximada de quase metade quando comparada ao município. Isso indica que a expansão urbana está ocorrendo com velocidade maior que o necessário investimento em transporte.

O ITDP (Institute for Transportation and Development Policy) acaba de publicar um estudo comparativo, e também de avaliação, dos PNT de 26 cidades e suas respectivas regiões metropolitanas. Entre elas, estão as brasileiras São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, além de Paris, Londres, Nova York, Seul, Beijing, Jacarta, Buenos Aires e Joanesburgo, permitindo, assim, alcançar uma visão global dessa questão.

Segundo o estudo, a cidade com o maior percentual de pessoas localizadas a menos de mil metros das conexões com transporte de massa é Paris, com 100%, seguida por Barcelona (99%), Madrid (92%) e Londres (91%).

Das cidades brasileiras pesquisadas, Rio de Janeiro apresentou 47%, Belo Horizonte 28%, São Paulo 25% e Brasília 17%.

Cabe destacar que entre as cidades sul-americanas pesquisadas, Quito e Buenos Aires apresentaram 41% e 65%, respectivamente.

Esses resultados nos permitem avaliar as condições de acessibilidade ao transporte de massa nas cidades brasileiras, em comparação com o mundo inteiro, ficando clara a distância de parâmetros razoáveis, mostrando que há muito a fazer nesse sentido.

Outra conclusão importante do estudo foi a correlação entre os maiores percentuais de PNT e as cidades com maiores densidades populacionais. Embora essa tendência não seja completamente linear, esse efeito é especialmente notado nos extremos.

Interessante notar que, nos países mais desenvolvidos, a diferença dos percentuais de PNT entre o município e sua região metropolitana é maior do que nos países em desenvolvimento. Os dados também mostram que existem mais pessoas vivendo nas regiões metropolitanas do que no município central e, portanto, os moradores do entorno das grandes cidades convivem com maior deficiência de acessibilidade ao transporte de massa.

O estudo avaliou ainda, nas cidades brasileiras pesquisadas, a relação entre PNT e renda, demonstrando que as pessoas com menor renda têm menos acesso ao transporte de massa. Nas regiões onde a renda das pessoas é superior a quatro salários mínimos, o PNT é, em média, três vezes superior ao das regiões onde a renda é igual ou inferior a um salário mínimo.

Enfim, temos ao nosso alcance um relevante indicador de acessibilidade ao transporte de massa, que pode ser usado como importante meio de aferir a equidade social, no que tange à mobilidade. 

Informações: Folha de SP
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Conheça o 1º trem bala do mundo que viaja sobre a água a 300 km/h

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Em termos de desenvolvimento ferroviário, a China está inquestionavelmente à frente. Em apenas uma década, o gigante asiático construiu quase 40 mil km de estradas de alta velocidade, mais do que o resto do mundo somado, e quer chegar aos 70 mil km até 2035. No caminho para este objetivo, o país acaba de abrir ao público a primeira linha de alta velocidade construída sobre água.

A nova linha ferroviária estende-se por 277 km através da região de Fujian, perto do Estreito de Taiwan, e liga as cidades costeiras de Fuzhou, Zhangzhou e Xiamen, ambas na província do sudeste da China.

A decisão de construir a linha não é acidental. Fujian desempenha um papel geopolítico fundamental, pois é a parte da China continental mais próxima da ilha autônoma de Taiwan. Na verdade, a cidade de Xiamen fica a apenas 10 km de Kinmen, a região mais ocidental de Taiwan.

De acordo com a Xinhua, a agência de notícias governamental da República Popular da China, no início de setembro o Partido Comunista publicou uma circular que falava em “facilitar e melhorar a conectividade e integração entre Fujian e Taiwan”. Entre as propostas apresentadas estava a construção de uma ponte literal e metafórica sobre o estreito.

Segundo a China Railway, operadora ferroviária estatal, a velocidade máxima dos comboios neste percurso é de 350 km por hora e, entre outros detalhes, o percurso atravessa 84 pontes e 29 túneis. Nos 20 km de trilhos que passam pelo mar, a equipe de construção utilizou robôs inteligentes e aço ecologicamente correto e resistente à corrosão para erguer as tramas ferroviárias sobre a água. Segundo a mídia estatal, a obra foi um desafio devido à geografia montanhosa do terreno.

O primeiro trem da linha estreou no dia 28 de setembro do ano passado, durante uma cerimônia em Fuzhou, de onde saiu às 9h15 da manhã (horário local). A nova linha é apenas um dos muitos projetos de infraestrutura promovidos pelo governo chinês em 2016, quando foi anunciada a iniciativa ferroviária “Oito Horizontais e Oito Verticais”.

Grande aposta da China
A diferença entre o nível de desenvolvimento alcançado pela China e o resto do mundo pode ser parcialmente explicada pelos custos de investimento. Enquanto na China um quilômetro de comboio de alta velocidade custa entre 15 e 18 milhões de euros, na Europa a mesma unidade custa entre 22 e 34 milhões de euros.

Embora o boom de infraestruturas na China seja uma questão de vontade política, especialistas e investigadores no assunto explicam que o país “pode mobilizar muita mão-de-obra e materiais de construção baratos”. Além disso, as empresas de construção utilizam enormes quantidades de aço, alumínio e outros materiais com alto teor de carbono de origem local que impulsionam a economia daquele país.

Outra razão pela qual a Europa está longe de ser rival da China neste domínio é que o esforço do velho continente para desenvolver este sistema de transporte envolve iniciativas nacionais e individuais, em vez de se concentrar em cooperativas internacionais para coordenar horários, tarifas e passagens de fronteiras.

Em outras palavras, a Europa precisa unificar a sua rede ferroviária de alta velocidade para que, por exemplo, viajar de Madrid para Roma seja possível pagando um único bilhete e evitando transferências inconvenientes, atrasos desnecessários e sobretaxas devido à falta de flexibilidade.

Longe de ser um interesse exclusivamente sustentável, a China optou por este método para ligar o seu território, mas também para facilitar a defesa nas regiões autônomas do Tibete, Mongólia Interior e Xinjiang, bem como para mostrar o seu poder tecnológico a nível internacional.

Na potência mundial que inaugurou a primeira rota de comboios de alta velocidade apenas em 2003, hoje o número de viagens ferroviárias supera o de qualquer outro transporte e, em algumas rotas, a preferência por esse meio de transporte é tal que há voos diretos que foram cancelados.

Informações: O Globo
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Conheça o BHLS, sistema que pode substituir o BRT em Londrina

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A prefeitura de Londrina está reunida nesta quarta e quinta-feira (27) com técnicos da Embarq Brasil, ONG especializada em projetos de mobilidade urbana, para discutir ajustes no modelo de transporte rápido apresentado em março deste ano. 
Exemplo de BHLS na cidade de Nîmes, na França
A ideia original do BRT (Bus Rapid Transit) previa corredores exclusivos para ônibus articulados e 23 estações, além de dois terminais e diversas intervenções viárias, com recursos do programa federal ProTransporte, sendo R$ 124 milhões da Caixa Econômica Federal e R$ 19 milhões de contrapartida. 

No entanto, de acordo com o assessor executivo da prefeitura, Carlos Alberto Geirinhas, o projeto passará por adequações para atender o porte de uma cidade de 500 mil habitantes como Londrina. O receio da prefeitura é tornar o sistema de transporte coletivo caro com a demanda abaixo do esperado. Para o BRT ser autossuficiente, seria necessário que mais de 90% da população local fizesse uso de transporte público. 

A previsão de Geirinhas é que o BRT seja substituído por outro modelo, o do BHLS ( Bus with High Level of Service), desenvolvido na Europa. O sistema é mais simples, dispensa obras de infraestrutura pesada e tem capacidade de transporte até 60 mil passageiros por dia, sem necessidade de construir canaletas exclusivas. Em cidades como Madrid e Amsterdam, o sistema atende de 30 a 40 mil usuários/dia. 

Seriam estabelecidas as já existentes faixas exclusivas para ônibus e as estações seriam uma evolução dos atuais abrigos, com espaço maior de cobertura, área para estacionamento de bicicletas e piso elevado para embarque. 

Na Europa, o sistema também tem prioridade semafórica e pequenos trechos preferenciais para evitar interseções congestionadas, agilizando o percurso. 

"O BRT do jeito que estava sendo imaginado precisaria de obras profundas. Vamos tentar usar ao máximo a estrutura já existente para implantar o sistema de forma mais rápida  possível", afirmou Geirinhas em entrevista à rádio Paiquerê. Ele confirmou que, apesar das possíveis alterações no projeto, o recurso do ProTransporte segue garantido. 

As mudanças discutidas entre representantes da prefeitura e técnicos da Embarq devem ser anunciadas nos próximos dias.

Informações: Redação Bonde

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Cidade de Porto Alegre só terá metrô em 2019

terça-feira, 24 de junho de 2014

Sonho antigo dos porto-alegrenses, o projeto do metrô da Capital, apesar de ainda não ter saído do papel, segue avançando. A prefeitura também se mantém otimista com a realização dessa conquista para a cidade. A estimativa é iniciar a operação da primeira linha do metrô — que irá do Terminal Triângulo até o Mercado Público em 17 minutos — no segundo semestre de 2019. Cálculos indicam que o transporte será utilizado por cerca de 325 mil pessoas por dia, o que leva o Paço Municipal a crer que o modelo não vai gerar prejuízo aos cofres públicos. 

Técnicos do metrô de Madrid, contratados pelo executivo municipal como validadores independentes, desembarcaram em Porto Alegre no fim de maio para ajudar na análise das quatro propostas apresentadas em abril pela iniciativa privada. Os espanhóis — que também estão assessorando o governo baiano na construção do metrô de Salvador — permanecem na cidade até a consolidação do projeto. “Eles têm isenção total para olhar os modelos e dizer tecnicamente qual o melhor”, explica o secretário de Gestão, Urbano Schmitt. 

A Proposta de Manifestação de Interesse lançada pela prefeitura sugeriu um traçado mínimo de linha, que poderá ser aumentado ou modificado, incluindo alterações na localização das estações, conforme a necessidade. As propostas apresentadas estão divididas em nove capítulos, tornando possível que trechos de cada um dos projetos sejam incorporados à concepção final. “Algumas empresas podem ter construído melhor um aspecto, enquanto que outras podem ter proposto melhor outros pontos”, aponta o gerente do MetrôPoa, Luís Ribeiro.

Quem paga pelo projeto, ou pelas partes utilizadas de cada uma das quatro propostas, é a empresa vencedora da licitação, que executará a obra e terá o direito de administrar o sistema por 25 anos. O edital deve ser lançado até o final do ano. Os interessados terão em torno de três meses para entregar a oferta de menor valor da parcela de contraprestação da prefeitura, estimada em R$ 20 milhões anuais, totalizando R$ 500 milhões ao fim dos 25 anos. Na prática, esse valor extra pago pela prefeitura — além do investimento de R$ 690 milhões que será feito na obra propriamente dita —  funciona como um subsídio para viabilizar a operação pelo tempo de amortização do investimento. “O pacote que estamos contratando é o preço da construção e da operação do metrô arrecadando a passagem de 325 mil passageiros por dia durante 25 anos”, explica Schmitt.

Perfuração a mais de 25m

A prefeitura acredita que a construção levará, no máximo, cinco anos para ficar pronta. A perfuração será exclusivamente feita pelo subterrâneo, utilizando o método construtivo conhecido como shield. Isso significa que não haverá interrupções de tráfego em áreas extensas. A escavação do túnel para o metrô ocorrerá de 25 a 30 metros de profundidade. A estrutura geológica da Capital não deve ser um problema de engenharia, pois a maior parte do solo é arenito. 

Apenas a área central é composta por granito, material de perfuração mais difícil. O município ficará responsável pelas desapropriações, avaliadas em R$ 195 milhões. “Já foi feita uma demarcação dentro do projeto básico, mas que poderá ser modificada”, alerta Schmitt.

Depois, Azenha ao Mercado Público

A prefeitura aposta que a mesma empresa privada que fará a primeira linha do metrô da Capital também fará uma parceira para construir a segunda linha, cujo traçado ligará a Azenha ao Mercado Público. “A empresa que ganhar a primeira etapa tem a condição de depois explorar a segunda”, afirma o secretário de Gestão, Urbano Schmitt. Ele esclarece que os custos dessa nova obra, no entanto, ainda não foram estimados e não fazem parte do projeto inicial.

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Curitiba: Especialistas duvidam que o Azulão seja capaz de evitar a sobrecarga do transporte coletivo da capital

terça-feira, 12 de abril de 2011

O discurso do poder público de que o transporte coletivo de Curitiba é o melhor da América Latina não passa mais credibilidade como antes. Com base em pesquisas de campo, especialistas não têm medo de afirmar que o sistema não é tão bom quanto o que é vendido pela prefeitura, que recentemente lançou o Mega BRT, o maior ônibus do mundo. Conhecido como Azulão, ele tem 28 metros de comprimento, 2,5 metros de largura e capacidade para transportar 250 passageiros. Com menos paradas e uma tecnologia que permite abrir os semáforos, o Azulão reduz quase pela metade o tempo de viagem das linhas Pinheirinho e Boqueirão.

Para alguns especialistas, ele é apenas um tapa-buraco de um sistema cada vez mais defasado. Para outros, nem tanto. “O Azulão, mais do que uma salvação, é uma novidade. Desde o início da circulação dos ligeirinhos, com as paradas nas estações-tubo, em 1991, não víamos nada de novo nessas linhas”, diz o engenheiro civil Roberto Ghidini, autor da tese de doutorado “A dinâmica territorial em torno do transporte público e suas interrelações – Estudos sobre o metrô de Madri e a RIT em Curitiba”, a ser apresentada à Escola Superior de Arquitetura da Universidade Politécnica de Madrid, na Espanha.


O ônibus azul é um blefe a mais, na opinião do engenheiro mecânico João Carlos Cascaes, ex-diretor de Planejamento e Engenharia da Urbanização Curitiba S/A (Urbs). “Não é solução. O desempenho poderá ser bom em circuitos especiais, mas e no resto da cidade? Pior ainda, planejaram o metrô no circuito Norte-Sul sob a canaleta. Imaginou o caos a ser criado durante as obras? Erraram demais. Para complicar mais ainda, tivemos um edital assinado recentemente outorgando concessões que serão entraves na otimização do sistema”, afirma.

Verdade de fora

Enquanto o sistema de Curitiba apostou tudo no chamado Bus Rapid Transit (Trânsito Rápido de Ônibus, em livre tradução), veículos articulados ou biarticulados trafegando em canaletas específicas ou em vias elevadas, outras cidades do mundo investiram em modelos diferentes ou aperfeiçoaram o BRT. Na América Latina, os sistemas mais famosos são da Transmilenio, em Bogotá, na Colômbia, e o da Transantiago, de Santiago, no Chile, ambos BRT. No caso de Santiago, a tarifa é integrada com o sistema de ônibus local e com o metrô, o que dá mais mobilidade ao passageiro. Em Bogotá, a capacidade de transporte e a velocidade média são maiores do que as da capital paranaense.

O professor do mestrado em Transportes do Instituto Militar de Engenharia (IME) e da Fundação Getulio Vargas, Marcus Quintella, afirma que na Europa, por exemplo, existe o consenso de que o transporte público é a forma mais rápida, eficiente e econômica para a locomoção de massa nos centros urbanos. O termo transporte público abrange os metrôs, trens suburbanos, regionais e de alta velocidade, ônibus urbanos, táxis e veículos leves sobre trilhos (VLTs).

“Em termos tecnológicos, os benefícios para os usuários do transporte público são cada vez mais sofisticados e evidentes, desde a estrutura física dos veículos, passando pelo gerenciamento de frotas por satélite, até o controle sistêmico do trânsito nas vias urbanas”, diz Quintella. Nas capitais europeias, 70% das pessoas usam o transporte público para o trajeto casa-trabalho-casa, independentemente da classe social, pois não há outra opção mais racional e econômica.

Ghidini destaca o sistema de Barcelona. “Os deslocamentos diários são da ordem de 7 milhões de viagens, sendo 44% em transporte público, 22% a pé ou em bicicleta e 34% em veículo privado. O metrô é composto por linhas de empresa pública e privadas, assim como os ônibus. A coordenação é feita pela Autoritat del Transport Metropolità de Barcelona, que atua como um consórcio e que promove a integração modal e tarifária. Em 2007, iniciou a operação do Bicing sistema de locação de bicicletas, igualmente integrado ao sistema. Seguem inovando, melhorando em termos de cobertura espacial, de bilhetagem. Acho que este sistema poderia ser aplicado a Curitiba”, afirma.



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São Paulo quer tecnologia espanhola para acelerar o metrô

domingo, 18 de março de 2012


A Prefeitura e o governo do Estado de São Paulo buscam, em conjunto, uma forma de acelerar as obras do metrô na capital paulista para a construção de 90 km de linhas até 2018.
Como primeiro passo, vão assinar um convênio com o governo espanhol para que as empresas Metro Madrid, Renfe e Aves - responsáveis pelo sistema de transporte por trens em Madri - participem do plano metropolitano, que prevê investimentos de R$ 60 bilhões até 2018.

Outros dois itens do modelo espanhol que serão incorporados em São Paulo vão buscar aliviar a lotação e ampliar a segurança. A ideia é estabelecer nas novas linhas o sistema computadorizado de controle e as portas de vidro externas automáticas, que se abrem de forma simultânea às portas dos trens, fechando o vão existente entre o trem e as áreas de embarque e desembarque, o que conferirá maior segurança.

O sistema computadorizado de monitoramento do metrô de Madri fará o intervalo entre um trem e outro reduzir o tempo de espera em São Paulo em pelo menos 20%.


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Transporte público eficiente minimiza impacto do carro em Madri

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A capital espanhola tem 12 linhas e 300 estações de metrô, cujos 293 km de trilhos subterrâneos abrangem toda a cidade. O sistema de transporte público eficiente atrai mais de 2 milhões de usuários por dia, diminui o número de carros circulando, minimiza engarrafamentos e tem impacto positivo no número de acidentes. Direção Geral de Trânsito planeja tirar o protagonismo do carro.

Madri – Com mais 3 milhões de habitantes, Madri poderia ser mais uma metrópole sufocada pelas dificuldades de mobilidade urbana, em que a prioridade ao carro como meio de transporte provoca congestionamentos que levam motoristas a perderem horas no trânsito.

Mas não é assim na capital da Espanha, onde os engarrafamentos são pontuais. Ou seja, ocorrem em uma autopista numa véspera de feriadão, quando há um acidente ou mesmo com o fluxo é mais intenso numa artéria repleta de semáforos, caso da cêntrica Gran Vía.

É verdade que o número de automóveis é abundante na capital e nas cidades vizinhas: o estado autônomo de Madri é líder nesse quesito no país ibérico, registra 680 veículos para cada mil habitantes. E o poder público se mostra preocupado com esse desequilíbrio.
“Faz tempo que as cidades se voltaram aos veículos privados, mas agora já há uma revisão desse paradigma. O que queremos na Espanha é dar prioridade ao transporte público, à bicicleta e aos pedestres. Queremos tirar um pouco do protagonismo atual dos automóveis”, revela a porta-voz da Direção Geral de Tráfico (DGT), Nuria de Andrés.

Mas a grande vantagem da cidade em relação a tantas outras nos quais a qualidade de vida é afetada negativamente pelo trânsito é que a solução já existe: a eficiente rede de transporte público que une metrô, ônibus e trens de vizinhança.

O metrô desempenha um papel fundamental nesse cenário. Com suas doze linhas, três ramais e 300 estações, recebe mais de 2 milhões de passageiros por dia. É evidente que essa massa que circula por baixo da terra desafoga as vias na superfície, evitando congestionamentos e minimizando a possibilidade de acidentes.

Comprando a passagem integrada, o usuário pode se deslocar de um ponto para qualquer parte da cidade, podendo fazer conexões entre as linhas ou com ônibus – a diversidade de opções é tanta que é normal haver pelo menos duas combinações de linhas diferentes possíveis a escolher.

As estações se espalham por todos os bairros da cidade, inclusive os periféricos e a prefeitura utiliza o sistema de transporte como um incentivo para que os cidadãos migrem para áreas ainda não habitadas. A estação de Pitis, por exemplo, a última da linha 7, está construída debaixo de uma zona ainda não urbanizada.

Melhor metrô do mundo
O serviço de metrô funciona diariamente das 6h da manhã a 1h30 da madrugada e o passageiro sabe o tempo aproximado que vai durar o deslocamento. O intervalo entre a chegada dos veículos varia entre 3 minutos nos horários de pico e 15 minutos na madrugada. A informação de quanto falta para passar o próximo trem pode ser lida nos letreiros eletrônicos nas plataformas e, desde junho, também nas entradas das estações. Os vagões são limpos e agentes fazem a segurança durante todo o horário de funcionamento.

Por todas estas razões, não é incomum ouvir como reposta de um madrilenho – ou mesmo de mochileiros que passam por várias cidades europeias – que o sistema de trem subterrâneo de Madri “é o melhor do mundo”.
Além de tudo é um meio de transporte subsidiado. E apesar do reajuste das tarifas em maio, o preço continua relativamente baixo. Muito inferior ao de outras capitais europeias e competitivo até se comparado ao Brasil: o passe mensal, que dá direito a viagens ilimitadas em todas as linhas do metrô e de ônibus de Madri custa 51,30 euros (R$ 138,5). Isto é, com o valor de 50 passagens de ônibus nas principais capitais brasileiras, o cidadão madrilenho pode usar todos os transportes públicos quantas vezes quiser por um mês.

Mas haverá uma redução na lista de benefícios diante da crise do país e do endividamento dos governos. O governo de Madri já confirmou que depois do verão o horário de circulação será reduzido de domingos a quartas-feiras, antecipando o encerramento de serviço para a meia-noite – o que deverá afetar 20 mil passageiros e economizar 5 milhões de euros. Também se fala em uma eventual privatização, embora ainda não passe de um boato.
Há ainda os trens “Cercanias”, que levam para os municípios da região metropolitana e o sistema de ônibus urbanos que possui 216 linhas diferentes que param em 10.045 diferentes pontos da cidade – em muitos deles há letreiros eletrônicos que informam quando tempo falta para chegar o próximo coletivo.

A Empresa Municipal de Transportes de Madrid – que opera só os veículos automotores – oferece inclusive um mapa interativo na internet onde o passageiro pode consultar opções de trajeto e linhas para sair de um ponto e chegar a outro.
Durante a madrugada circulam em todo o estado autônomo os ônibus noturnos, chamados de “coruja”, com saídas a cada 15 minutos da Praça de Cibeles, Centro de Madri.

Madrilenhos ainda optam pelo carro
Apesar dessas vantagens, muita gente ainda prefere o carro, geralmente com a justificativa de que economiza tempo em relação ao trasporte público. Nesse aspecto, Madri parece ter uma cultura semelhante à brasileira, na qual o automóvel confere ao seu dono um certo status. Tanto que as montadoras chegam ao ponto de anunciar: “compre o seu e você não vai mais precisar usar o metrô”.

Foi o que fez Elena de Sande, que quando era universitária usava o transporte coletivo mas assim que passou a ser assalariada investiu no carro próprio. Hoje ela gasta 20 minutos para locomover-se de sua residência, em Moncloa, até o Passeio da Castelhana, avenida onde está sediada a revista Capital, na qual trabalha no setor de marketing e publicidade. É a metade do tempo que levaria em metrô.

Elena admite que gasta mais do que se optasse pela rede pública de transporte e que eventualmente tem que enfrentar algum engarrafamento ou rodar mais tempo para achar um local onde estacionar. “Quem não é dono de uma vaga as vezes pode ter dificuldade para deixar o carro”, pondera.
Mas é enfática ao citar as vantagens do automóvel. “É mais rápido, posso ir ouvindo a música que eu gosto, não há ninguém me incomodando”, enumera. “Depois que a pessoa se acostuma ao carro é difícil voltar a usar ônibus ou metrô”, completa.

Por Guilherme Kolling e Naira Hofmeister
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Licitação das linhas de ônibus do Grande Recife não recebe proposta

terça-feira, 16 de abril de 2013

A licitação aberta pelo Grande Recife Consórcio de Transporte para interessados em explorar a operação das linhas de ônibus na Região Metropolitana não recebeu nenhuma proposta. O resultado foi divulgado, nesta terça-feira (16), pelo presidente do órgão, Nelson Menezes. Ele garantiu que vai republicar o edital de licitação dentro de 30 dias.

Segundo o Grande Recife, mais de 150 cópias do edital foram retiradas, de forma presencial ou pela internet. O órgão afirmou, inclusive, que empresas de Madrid e Barcelona (Espanha) e de Nova Iorque (Estados Unidos) mostraram interesse em concorrer ao processo, no entanto ninguém apareceu à sessão aberta nesta terça (16).

Para Nelson Menezes, a falta de interesses das empresas em concorrer ao processo licitatório pode estar ligada ao fato do Grande Recife Consórcio de Transporte estar construindo novos terminais integrados e corredores exclusivos de ônibus, cuja demanda de usuários ainda é incerta. Outro ponto analisado é a crise internacional que, segundo o órgão, também pode ter dificultado a participação de empresários de fora do País.

Lançada em 16 de janeiro deste ano, a licitação tem o objetivo de definir as empresas que vão explorar as 391 linhas de ônibus do Grande Recife. O custo previsto da licitação era de R$ 15 bilhões, com contratos de 15 anos, renováveis por mais 5 anos.

O edital também previa a divisão da rede de linhas em sete lotes, onde cada um não poderia ultrapassar os 20% do número de linhas. O processo também exigia a garantia de melhorias aos usuários, com frota renovada até 2014, veículos com ar-condicionado e câmbio automático.

A assessoria de imprensa do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) foi procurada pela reportagem, mas ainda não se pronunciou sobre o assunto.

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Confira os 10 trens de alta velocidade mais rápidos do mundo

domingo, 11 de junho de 2023

Você já viajou em um trem de alta velocidade no exterior? As ferrovias de alta velocidade combinam rapidez e eficiência. Do trem-bala Shinkansen no Japão ao TGV francês, os trens de alta velocidade têm uma história que se estende por várias décadas. A evolução do trem de alta velocidade remodelou o cenário do transporte no mundo e ofereceu uma alternativa à aviação. Conheça agora os 10 trens de alta velocidade mais rápidos do mundo!
Shanghai Maglev: 460 km/h (China)

Atualmente e em vários países, o investimento em linhas férreas está até se tornando um concorrente em preço com a aviação, com opções de trens de alta velocidade e orçamento aparecendo na Europa. Alemanha, Itália, França, Espanha, China e Japão possuem extensas redes ferroviárias de alta velocidade, com trens que podem atingir velocidades de mais de 300 km/h.

É fato que a expansão e melhoria do transporte ferroviário de alta velocidade vai continuar. Existem vários projetos de alto perfil que parecem inevitáveis, apesar de enfrentarem obstáculos, incluindo o trem de alta velocidade da Califórnia, a complicada história do trem de alta velocidade na Austrália e, talvez o mais famoso, o sempre atrasado projeto HS2 no Reino Unido.

No entanto, apesar de alguns projetos serem duramente prejudicados por contratempos, metade dos dez projetos ferroviários mais caros que começaram em 2022 eram de alta velocidade. Todos os cinco estão localizados na Ásia – um foco para trens de alta velocidade, em grande parte devido à rede em rápida expansão da China.

Além disso, novos avanços tecnológicos, como trens de levitação magnética (Maglev), prometem velocidades ainda mais rápidas e viagens mais suaves. Os avanços contínuos na infraestrutura e tecnologia ferroviária de alta velocidade sugerem um futuro promissor, onde as viagens se tornam ainda mais convenientes, sustentáveis ​​e interconectadas.

Com um rápido desenvolvimento na última década, confira um resumo atualizado dos 10 trens de alta velocidade mais rápidos atualmente em serviço no mundo, por velocidade operacional. A lista foi criada e publicada pelo portal Railway Technology, confira:

10º – Trenitalia Frecciarossa 1000: 300km/h (Itália)
O Frecciarossa, ou ETR1000, da operadora ferroviária estatal italiana Trenitalia, foi co-desenvolvido como uma joint venture entre a Hitachi Rail Itália e a Alstom. O Frecciarossa, também conhecido como a seta vermelha, também está operando na Espanha. A operadora ferroviária privada de alta velocidade Iryo usa 20 trens S 109, que são derivados do ETR1000.

Supostamente desenvolvido em resposta à Italo, uma operadora ferroviária privada de alta velocidade na Itália, os trens ETR1000 transportam 457 passageiros em trens não articulados de oito vagões de 200 metros, com uma velocidade máxima projetada de 400 km/h. Em operação, os trens atingiram 300 km/h, mas durante os testes em 2015 um dos conjuntos ETR1000 atingiu 389 km/h. 50 trens foram construídos, mas um está atualmente fora de operação após o descarrilamento de Livraga.

Em 6 de fevereiro de 2020, um ETR1000 operando o primeiro serviço do dia se envolveu em um descarrilamento em alta velocidade em Livraga, na linha de alta velocidade Milão-Bolonha. O incidente causou a morte dos dois maquinistas e deixou 31 feridos. É o único acidente ferroviário até hoje na rede ferroviária italiana de alta velocidade.

9º – Korail KTX-Sancheon: 305km/h (Coreia do Sul)
A operadora ferroviária nacional da Coreia do Sul, Korail, administra o serviço ferroviário de alta velocidade do país. O Korea Train Express, mais conhecido como KTX, começou a operar em 2004. A rede inicialmente usava material rodante parcialmente construído na Coreia, baseado no TGV Réseau da Alstom. Desde então, o material rodante da linha mudou para modelos totalmente produzidos no país, atualmente usando o KTX-Sancheon construído pela Hyundai Rotem.

O KTX-Sancheon recebeu o nome do nome coreano do peixe indígena salmão cereja. Tem uma velocidade operacional máxima de 305 km/h e é o primeiro trem de alta velocidade projetado e desenvolvido na Coreia do Sul. 71 composições, que podem acelerar de 0 a 300 km/h em 316 segundos, atualmente transportam até 363 passageiros cada na rede ferroviária de alta velocidade sul-coreana.

A nova geração do protótipo HEMU-430X atingiu 421,4 km/h em 2013, batendo o recorde anterior de velocidade ferroviária coreana de 352,4 km/h estabelecido por um trem KTX-Sancheon HSR-350x. Isso significa que a Coreia do Sul é um dos quatro únicos países do mundo a desenvolver um trem capaz de rodar a mais de 420 km/h, junto com a França, o Japão e a China.

A Hyundai Rotem está atualmente fabricando 16 conjuntos do mais recente modelo elétrico comercial de unidades múltiplas do HEMU-430X, o EMU-320, que deve entrar em serviço até o final de 2023. Em contraste com os 316 segundos do KTX-Sancheon, o EMU-320 pode acelerar de 0 a 300 km/h em 230 segundos e tem uma velocidade operacional planejada de 320 km/h.

Trens de alta velocidade mais rápidos: 8º – Renfe AVE 103: 310km/h (Espanha)
O Renfe Class 103 é um trem de alta velocidade que a operadora estatal espanhola Renfe usa para seu serviço AVE de alta velocidade. Os trens, também conhecidos como Série 103 ou S103, são fabricados pela Siemens como parte da família Velaro. O trem de alta velocidade espanhol começou a operar em 1992, quando foi inaugurada a primeira linha, ligando as cidades de Madri, Córdoba e Sevilha.

Desde então, a rede se expandiu para conectar as principais cidades do país, além de conexões internacionais. Também se abriu para operadores de acesso aberto, criando um mercado ferroviário de alta velocidade incrivelmente competitivo. 26 composições circulam na ferrovia de alta velocidade Barcelona-Madrid de 621 km, transportando até 404 passageiros a velocidades de até 310 km/h.

Em 2006, um S103 alcançou uma velocidade máxima recorde de 403,7 km/h, um recorde espanhol de velocidade para veículos ferroviários. Curiosamente, a configuração de oito vagões que a Renfe opera é na verdade dois meios-trens idênticos de quatro vagões. Cada trecho possui um sistema elétrico independente, além do pantógrafo ativo e uma linha de alta tensão que percorre toda a extensão do trem.

Os vagões finais são divididos entre a cabine do motorista e os assentos dos passageiros, com telas de vidro separando os dois. Isso permite que os passageiros tenham as mesmas visualizações que o maquinista – mas o maquinista pode torná-las opacas, se preferir.

7º – ONCF Al Boraq: 320km/h (Marrocos)
Os trens que circulam na primeira ferrovia de alta velocidade da África, Al Boraq, no Marrocos, ocupam o sétimo lugar da lista. A linha, operada pela operadora nacional marroquina Office National des Chemins de Fer du Maroc (ONCF), opera entre Casablanca e Tânger. A Al Boraq é composta por duas seções – uma linha dedicada de alta velocidade recém-construída de Tânger a Kenitra e uma linha existente atualizada de Kenitra a Casablanca.

12 conjuntos de trens Alstom Avelia Euroduplex (também conhecidos como TGV 2n2f) operam a velocidades de até 320 km/h nos 323 km dedicados à alta velocidade. Notavelmente para um modelo de alta velocidade, os trens Euroduplex na linha Al Boraq são de dois níveis (dois andares), com capacidade para 533 passageiros. As composições são compostas por dois vagões de força e oito vagões de passageiros.

O projeto de US$ 2 bilhões de dólares reduziu o tempo de viagem entre Casablanca e Rabat pela metade, de quase cinco horas para pouco mais de duas horas. Durante os testes de pré-serviço na linha Al Boraq, os trens atingiram um pico de 357 m/h – mais do que o dobro da velocidade dos próximos trens mais rápidos atualmente em operação na África.

6º – JR Shinkansen: 320km/h (Japão)
Reconhecido em todo o mundo, o Shinkansen, coloquialmente conhecido como trem-bala, é uma estrela japonesa. Mas, surpreendentemente, o trem de alta velocidade original não chega aos cinco primeiros. O Japão foi o primeiro país a desenvolver uma rede ferroviária dedicada de alta velocidade, inicialmente construída para conectar regiões distantes do Japão com a capital, Tóquio.

Lançada como a linha Tokyo-Nagoya-Osaka Tokaido Shinkansen de 515 km em 1964, a rede atualmente abrange quase 3.000 km de trilhos. Os primeiros trens Shinkansen a entrar em serviço em 1964, agora classificados como série 0, tinham uma velocidade operacional máxima de 220 km/h. As atuais séries E5 e H5, construídas pela Hitachi Rail e Kawasaki Heavy Industries, atingiram uma velocidade operacional máxima de 320 km/h.

A série E5 é executada nos serviços Tohoku Shinkansen e Hokkaido Shinkansen, e o H5 é um derivado de clima frio da série E5 que funciona nas mesmas linhas. As unidades H5 incluem vários recursos para clima frio, incluindo um removedor de neve atualizado, proteção de borracha mais durável nas conexões entre os carros e uma estrutura inferior de aço inoxidável que protege os componentes eletrônicos dos elementos.

Fora da operação diária, a velocidade máxima registrada por um Shinkansen é de 443 km/h, registrada pelo experimental Classe 955 “300X” Tōkaidō Shinkansen durante testes em 1996. A JR Central está desenvolvendo um Maglev Shinkansen experimental e os serviços de passageiros deve ser lançado em 2027 na linha ferroviária Chūō Shinkansen entre Tóquio e Osaka.

5º – SNCCF TGV: 320km/h (França)
O Train à Grande Vitesse, ou TGV, é icônico. Operando inicialmente na primeira ferrovia de alta velocidade da Europa na França, a pioneira do trem de alta velocidade na Europa quebrou recordes de velocidades máximas, repetidamente, desde a sua criação. Em 1981, a composição número 16 do TGV Sud-Est estabeleceu uma velocidade recorde de 380 km/h.

Quase uma década depois, em 1990, um trem TGV Atlantique 325 modificado registrou um novo recorde de velocidade de 515,3 km/h. Este recorde foi quebrado em 2007, quando um TGV POS Modificado, equipado com dois bogies motorizados semelhantes ao protótipo AGV, atingiu 574,8 km/h, o atual recorde mundial. Fabricados pela Alstom e operados principalmente pela operadora francesa SNCF, na operação diária os modelos TGV Duplex, Réseau, POS e Euroduplex operam a uma velocidade máxima de 320 km/h na França.

A Rede SNCF TGV se estende para fora da França, conectando-se diretamente à Itália, Espanha, Bélgica, Luxemburgo e Alemanha. As operadoras de acesso aberto também ligam a França a outros países usando trens TGV. TGV Lyria opera para a Suíça e Thalys/Eurostar para o Reino Unido, Holanda, Alemanha e Bélgica. Mais adiante, trens TGV operam nos Estados Unidos, Espanha, Itália, Marrocos, China e Coreia do Sul,

4º – DB ICE: 350km/h (Alemanha)

O ICE 3, ou Intercity-Express 3, é uma família de trens elétricos de alta velocidade fabricados pela Siemens e pela Bombardier. O ICE 3 é operado principalmente pela Deutsche Bahn (DB), mas também pela operadora ferroviária holandesa Nederlandse Spoorwegen (NS). O carro-chefe do trem de alta velocidade na Alemanha, a família inclui as classes 403, 406, 407 e 408, conhecidas como ICE 3, ICE 3M, New ICE 3 e ICE 3neo, respectivamente.

Três trens multissistema, conhecidos como ICE International, estão em uso na Holanda. Os trens ICE 3 também operam em rotas transfronteiriças para a Holanda, Bélgica e França Os trens ICE 3 operam na velocidade máxima nacional das ferrovias de alta velocidade de 320 km/h na Alemanha, mas superaram a concorrência nesta lista devido ao fato de que a classe 403 está autorizada a operar a velocidades de 330 km/h na alta linha de alta velocidade entre Frankfurt e Colônia para superar atrasos.

O ICE 3 Classes 403 e 406 atingem velocidades máximas de 368 km/h em corridas de teste. O ICE 3M/F foi a inspiração para os trens Velaro da Siemens, que são usados ​​na Alemanha, Bélgica, França, Reino Unido, Holanda, Espanha, China, Rússia e Turquia. A Ferrovia Nacional Egípcia também encomendou 41 trens ICE de oito vagões.

3º – CR Fuxing: 350km/h (China)

A China Railway (CR) Fuxing, também conhecida como a série CR EMU, é uma série de trens de alta velocidade. Desenvolvido pela China Railway Corporation, os trens Fuxing operam a 350 km/h, mas chegaram a 420 km/h em testes. Os modelos Fuxing são os primeiros modelos de alta velocidade totalmente produzidos domesticamente na China, sem qualquer tecnologia proprietária ou licenciada de fabricantes externos de material rodante.

Um conjunto Fuxing de 8 carros tem 209m de comprimento, 3,36m de largura e 4,06m de altura e pode transportar mais de 500 passageiros. Talvez mais conhecidos por seu uso na ferrovia de alta velocidade Pequim-Xangai, que transporta passageiros entre as duas cidades em apenas 5 horas, os conjuntos Fuxing também são usados ​​em sete outras linhas na China.

Na verdade, a nova conexão de alta velocidade para o Tibete usa um modelo Fuxing modificado, projetado para operar em grandes altitudes. O Fuxing CR400AF será o primeiro modelo a operar no exterior, com 11 composições encomendadas para a ferrovia de alta velocidade Jacarta-Bandung, na Indonésia, com início previsto para 2023.

2º – CR Harmony: 350km/h (China)

O China Railway (CR) Hexie, também conhecido como Harmony, é um termo abrangente para os trens de alta velocidade EMU da série CRH. Embora operem na mesma velocidade que os trens Fuxing, com uma velocidade operacional máxima de 350km/h, nós os colocamos em segundo lugar devido aos seus maiores recordes de velocidade nos testes.

O CRH380B é baseado na família de trens de alta velocidade Siemens Velaro e está em serviço na Ferrovia de Alta Velocidade Xangai-Hangzhou e na Ferrovia de Alta Velocidade Xangai-Nanjing desde 2011. O CRH380A tem a segunda maior velocidade registrada dos trens Harmony, marcando 486,1 km/h durante um teste em 2010. Controversamente, embora não tenha sido produzido sob um acordo de transferência de tecnologia, há acusações de que o CRH380A é baseado em um projeto japonês.

Outro notável modelo Harmony é o CRH380D, derivado do Bombardier Zefiro 380. Com uma velocidade recorde de teste de 483 km/h, a maior velocidade já registrada por um trem de alta velocidade convencional não modificado, existem 85 conjuntos de trens atualmente em operação na China, divididos em na Ferrovia de Xangai e na Ferrovia de Chengdu.

1º – Shanghai Maglev: 460km/h (China)

O Shanghai Maglev, também conhecido como Shanghai Transrapid, lidera a lista com sua velocidade operacional máxima de 460 km/h e velocidade média de 251 km/h. Ele tem uma alta velocidade recorde de impressionantes 501 km/h. O trem maglev não é um modelo convencional de alta velocidade. Em vez disso, ele utiliza força eletromagnética para levitar acima da pista, eliminando o atrito e permitindo uma viagem incrivelmente suave e silenciosa.

O serviço iniciou suas operações comerciais em abril de 2004 e opera nos 30,5 km da Shanghai Maglev Line. Esta é a primeira linha de levitação magnética de alta velocidade operada comercialmente, indo da Estação Longyang Road em Xangai, China até o Aeroporto Internacional de Shanghai Pudong, a rota é a primeira linha de levitação magnética de alta velocidade operada comercialmente.

O trem maglev pode cobrir a distância de aproximadamente 30 quilômetros em pouco menos de oito minutos, tornando-se uma conexão incrivelmente eficiente para o aeroporto, apesar do fato de não terminar no centro da cidade.

Por Claudio Ardo
Informações: Vagas pelo Mundo



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