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Licitação do transporte coletivo de Marília com seis empresas na disputa

domingo, 11 de setembro de 2011

Salvo alguma medida extraordinária, amanhã às 9h10 e às 15h serão abertos os envelopes da concorrência do transporte coletivo de Marília que pode acabar com o monopólio de mais de duas décadas da Circular. A concorrência milionária prevê a divisão da cidade em duas empresas.

A licitação acontece no setor de compras da prefeitura e tem onze empresas registradas. Cada uma depositou caução de R$ 197 mil para participar da concorrência. Segundo apurou o Diário, a Circular não entrou, mas duas empresas ligadas ao mesmo grupo instaladas em Belo Horizonte (MG) participam da licitação (veja infográfico).

O prefeito Mario Bulgareli disse estar ansioso com a licitação da concessão de transporte coletivo. “Desde o início sabíamos que o processo poderia ser moroso, como está sendo, e estamos na eminência de mais esta conquista para a população”, disse ontem.

A concorrência acontece após nove meses do lançamento do edital, várias impugnações e uma guerra travada nos tribunais. “Apesar de ser um período longo, a Administração está confiante no processo de licitação, e que vai marcar uma nova era no transporte público”, reitera Bulgareli.

As empresas vencedoras vão ganhar contratos de 15 anos podendo ser prorrogados pelo mesmo período. Haverá ainda mudanças nos sistema de atendimento a usuários e concessionárias terão de investir em novos veículos e infraestrutura que podem ultrapassar R$ 30 milhões por lote.
Apenas com ônibus novos a prefeitura prevê que empresas devam gastar cerca de R$ 17 milhões.

Com o fim do monopólio a cidade será dividida em dois lotes: norte e sul, além da criação de três alças diametrais que ligando os extremos da cidade.

A região norte que compreende a zona leste, segundo o edital, será atendida com 14 linhas e 60 veículos e tem média prevista de 26.500 passageiros por dia. Já o lote sul, que engloba a zona oeste, conta com 16 linhas, 60 veículos que vão transportar aproximadamente 27 mil passageiros diariamente.

A região central da cidade, onde fica o terminal urbano, será considerada neutra e atendida por ambas as empresas. Já uma das alças diametrais ligará as regiões norte e sul com intervalos de 15 minutos a cada parada sem passar pelo terminal urbano para integração.

Empresas que vencerem a licitação também terão de garantir passe livre para idosos a partir de 60 anos, crianças com até cinco anos, além de gratuidade para policiais militares e civis fardados ou não e carteiros quando em serviço e uniformizados. Para estudantes e professores continua a vigorar o passe reduzido de 50%.

Outra mudança positiva será o sistema de bilhete eletrônico que vai permitir além da integração no terminal urbano que usuários mudem de ônibus ou linha sem necessidade de pagar nova passagem dentro do lote atendido desde que a troca seja feita num espaço de tempo de até uma hora contado do registro da tarifa no veículo utilizado anteriormente.

Edital prevê passagem em até R$ 2,85
Os moradores de bairros mais afastados são os que mais sofrem com o transporte coletivo deficitário e caro de Marília. De acordo com edital de licitação o teto máximo da passagem será R$ 2,85. Mas esse valor pode ser menor, dependendo da concorrência das empresas.

Na opinião de Janet Shneider, presidente da associação de moradores do bairro Castelo Branco, caso o monopólio do transporte tenha fim a cidade só tem a ganhar e os moradores terão mais opção para seu transporte. “O dia do trabalhador deve começar com um transporte rápido e barato”, disse.

As dimensões da cidade foram diminuídas com a divisão em dois lotes, o trecho central que deverá ser compartilhado pelas empresas e o tempo de uma hora para fazer a integração de um ônibus para outro. São fatos vistos com bons olhos para quem precisa passar pelo centro no caminho para outra ponta da cidade.
“Se nada atrapalhar essa concorrência vai ser muito vantajoso e econômico”, afirma a presidente.

OPÇÕES
Para quem efetivamente precisa de ônibus o fim do monopólio é visto como uma luz no fim do túnel para melhoria do serviço prestado.

O pedreiro, Paulo de Toledo, 63, morador do bairro Santa Antonieta, acredita que com a uma nova empresa a população irá ganhar. “Além das altas tarifas, os horários dos ônibus nos bairros mais afastado é um grande problema, às vezes fico 40 minutos esperando no ponto embaixo do sol”, afirma.

Para o aposentado, Osiro de Lima, 66, uma única empresa em Marília não é suficiente, pois há abuso no preço de tarifas e atraso nos ônibus. “Nossa cidade é um dos locais com a passagem de ônibus mais caras”, afirma.

O vigilante Aparecido de Jesus, 50, também acredita que o fim do monopólio deve melhorar a qualidade dos serviços. “Aqui é muito precário, necessita de investimentos e melhorias”.




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Em Marília, Liminar barra mudanças no sistema de transporte coletivo e mantém a Circular responsável pelos serviços

quarta-feira, 14 de março de 2012


Medida judicial suspendeu novamente a entrada em Marília das duas empresas declaradas vencedoras da licitação do transporte coletivo, Grande Bauru, lote norte e Viação Cidade Sorriso, lote sul. A companhia Viação São Pedro, que participou da licitação e foi inabilitada na fase documental do processo, entrou na Justiça com ação declaratória de nulidade contra a prefeitura.
Viação Grande Bauru, uma das vencedoras da licitação

Como o processo que tramita na 5ª Vara Cível de Marília ainda não teve o mérito julgado, a juíza Ângela Martinez Heinrich deferiu na última segunda-feira (12) pedido de antecipação de tutela – liminar – que impede a entrada das vencedoras do conturbado processo licitatório até o julgamento final da ação.

De acordo com informações contidas no processo a empresa impetrante alega que a habilitação das vencedoras no dia 22 de dezembro, que também foram impedidas na fase documental, foi feito por meio de ato administrativo ilegal. A impetrante justifica ainda que existem várias ações em andamento com concessão de liminares para impedir a adjudicação antes do julgamento, bem como vícios nas propostas comerciais das empresas vencedoras da concessão.

Segundo a juíza, liminar foi deferida pois o ato administrativo pode vir a ser declarado incompatível com os traços corretos do certame e provocar grandes prejuízos futuramente.
“Concedo parcialmente a tutela antecipada, para suspender os efeitos de adjudicação do objeto da licitação, bem como os efeitos dos atos posteriormente de concretização do procedimento, ou seja, do contrato administrativo”, diz trecho da decisão.
O valor da multa estipulado na sentença em caso de descumprimento da administração municipal é de R$ 50 mil por dia.

PRIVILÉGIOS
A autora do processo também afirma no documento que os últimos atos administrativos vieram a confirmar a intenção do município em aprovar de forma privilegiada a entradas das empresas Grande Bauru e Viação Cidade Sorriso.
Viação São Pedro ainda aponta que durante o processo licitatório foram veiculadas notícias de pagamento de valores ao ex-chefe de gabinete, Nelson Virgilio Granciéri por parte de algumas licitantes.

Vale lembrar que o contrato com as empresas foi assinado pelo ex-prefeito Mário Bulgareli e a ordem de serviço que abriu os prazos para instalação das empresas na cidade pelo novo prefeito, Ticiano Toffoli. Isso mesmo com todos os impasses interpostos.

No final da decisão a juíza acatou as denúncias da impetrante e enviou cópias ao Ministério Público, solicitando investigações para providências cabíveis. “No que concerne às alegações contidas na inicial do processo de que o então prefeito e ex-chefe de gabinete teriam recebido valores de muitas das empresas participantes, comenta-se que eram exigidos sinais das empresas, extraiam-se cópias ao Ministério Público”.

Processo está marcado por várias suspensões
A licitação do transporte coletivo, que teve início da fase documental no dia 12 de setembro do ano passado, já passou anteriormente por suspensão judicial devido a suspeita de irregularidades no certame.
Na primeira fase as empresas vencedoras, Grande Bauru e Viação Cidade Sorriso, foram inabilitadas por não cumprirem requisitos documentais exigidos no edital. Após apresentação de liminar, ambas conseguiram direito de participar da abertura das propostas comerciais, onde registraram menores tarifas.

No início de janeiro outras duas empresas concorrentes – Auto Ônibus Botucatu e Vale do Sol Botucatu – conseguiram tutela antecipada que deixou o processo parcialmente suspenso. As empresas solicitam na justiça a desclassificação das vencedoras, devido as possíveis irregularidades.

As vencedoras asseguraram o direito da assinatura do contrato através de agravo no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) que derrubou a liminar das concorrentes.

Além da questão burocrática, fatos novos em meados de fevereiro levantaram mais suspeitas em relação ao processo licitatório. Documento em poder do Ministério Público mostra que uma das empresas vencedoras do certame, a Viação Cidade Sorriso, teria declarado endereço suspeito, além de um capital social de R$ 10 mil muito inferior ao capital mínimo exigido no edital.

A sede está localizada em imóvel abandonado na rua Duque de Caxias, nos fundos de um prédio onde funciona uma oficina mecânica. O local não apresenta condições mínimas para abrigar sequer um ônibus, quanto mais uma frota, o que é outra exigência do edital para as vencedoras da concessão do transporte coletivo.

Impasse mantém Circular responsável pelos serviços
Os impasses judiciais envolvendo o processo licitatório do transporte coletivo mantêm a empresa Circular de Marília como responsável pelos serviços na cidade.

Além da suspensão da entrada das vencedoras da licitação, determinada na última segunda-feira (12), a empresa conseguiu no final de novembro liminar deferida também pela juíza da 5ª Vara Cível, que obriga a prefeitura a calcular os custos do fim das atividades da empresa. Somente após concluída a desmobilização seria liberada assinatura dos contratos com as novas empresas.
A Circular exigia na medida cautelar a suspensão do processo, bem como indenização no caso da entrada de novas empresas na cidade.

A juíza julgou procedente a validade do processo licitatório, porém exigiu que a administração municipal realizasse o pagamento dos custos de desmobilização.
Os cálculos apontam mais de R$ 40 milhões, decorrentes de déficits acumulados pela empresa ao longo dos 26 anos de atuação no município, além dos custos de desmobilização da empresa, incluindo acertos trabalhistas.
Segundo a Circular os serviços serão mantidos integralmente até que o seja indenizado o valor acumulado no decorrer dos anos de atuação.


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Em Marília, Empresas de transporte coletivo têm 30 dias para fazer transição

domingo, 24 de fevereiro de 2013

As empresas Viação Cidade Sorriso, de Curitiba (PR), e Grande Bauru, vencedoras da licitação para explorar o transporte coletivo em Marília terão 30 dias para realizar a transição. O prazo começa a valer com a publicação de um decreto da prefeitura comunicando a decisão da justiça que derrubou liminar de outras oito empresas concorrentes e acatou recurso das duas vencedoras. No final de março a população já deve contar com novo modelo de transporte coletivo.
O fim da Viação Circular na cidade
A principal mudança será a bilhetagem eletrônica, sistema pelo qual os passageiros não terão que retornar ao Terminal para trocar de ônibus. “O software para a compensação dos bilhetes de uma região para outra já foi adquirido”, explica o advogado das empresas, Cristiano Mazeto.

Outra novidade será o valor da passagem. Atualmente o mariliense desembolsa R$ 2,30. Na ocasião do processo licitatório foi divulgado o valor de R$ 2,15 para Grande Bauru, que atuará na zona norte, e de R$ 2,13 para Viação Cidade Sorriso, que será responsável pela zona sul.

As duas empresas já adquiriram 63 ônibus cada, todos licenciados em Marília. Sobre os planos de melhorias na prestação de serviços, a empresa informou que o conforto e qualidade compõem o estilo de trabalho que será assegurado aos clientes.

A empresa Viação Cidade Sorriso está no mercado há mais de 20 anos e atua em cidades como Cascavel (PR), Foz do Iguaçu (PR), Itabuna (BA), Porto Seguro (BA), Uberlândia (MG), Paranaguá (PR) e Toledo (PR).A empresa recebeu prêmios na área de sustentabilidade e possui o ISO 9001. A garagem da Viação Cidade Sorriso está localizada na avenida Sampaio Vidal, 1.301 A.

Já a empresa Grande Bauru está há 55 anos no mercado de transporte e atua nas cidades de Bauru, São José dos Campos, Santos, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Uberaba (MG), Campo Grande (MS), Maringá (PR), Londrina (PR), Apucarana (PR), Caxias do Sul (RS) e Rondonópolis (MT). A garagem da empresa está localizada na rua Marcos Bortion, 233, no Distrito Industrial I.

A população espera que o início das atividades em Marília represente a melhoria dos serviços.

A estudante Mariana Batista, 16, utiliza o transporte durante toda a semana e torce por mudanças positivas. Já a dona de casa Eunice Bueno, 63, que utiliza o transporte para ir até o trabalho acredita em benfeitorias para os usuários.

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Mobilidade urbana desafia grandes cidades como Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife e Salvador

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Os problemas de mobilidade urbana no Brasil se repetem há anos: excesso de veículos nas ruas, transporte coletivo deficitário e em alguns casos precário, execução lenta de obras de infraestrutura e falta de ações conjuntas entre municípios da mesma região metropolitana. De uns tempos para cá, no entanto, a situação está se agravando. Com o bom momento da economia brasileira e o estímulo da indústria automotiva, ficou mais fácil comprar um veículo. Já chega a 47% o total de domicílios no País que possuem automóveis ou motocicletas para atender o deslocamento dos seus moradores. Em 2008 o número era de 45,2%, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê elevação desse porcentual. Esse movimento vai na contramão do que defendem especialistas de trânsito. Segundo eles, se não houver investimentos volumosos no transporte coletivo, a mobilidade deve ficar cada vez mais comprometida e a cena urbana frequente será a dos congestionamentos.

Ao mesmo tempo, as principais capitais estão diante de uma oportunidade única, ao ter pela frente dois grandes eventos que podem mudar esse cenário. Com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, o País deve receber bilhões em investimentos, dos quais uma boa fatia para a infraestrutura de transportes. Os principais projetos envolvem ampliação e construção de novas vias e principalmente a implantação do sistema Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um estrutura que permite o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Das 12 cidades-sede da Copa, nove têm projeto nesse sentido. As propostas, segundo fontes consultadas pela Agência Estado, não vão resolver todos os problemas, mas podem diminuir de forma considerável os gargalos da mobilidade urbana.

A cidade de São Paulo é de longe o maior exemplo do excesso de veículos nas ruas, com sua frota de 6,9 milhões ante uma população de 11,2 milhões - uma média de um veículo a cada 1,6 habitante. Em 2010, essa saturação causou em média congestionamentos de 99,3 quilômetros nos horários de pico. Os desafios da mobilidade nas grandes cidades, no entanto, não são causados só pela multiplicação dos carros nas ruas. Em Salvador e no Rio de Janeiro, a configuração das vias é espremida entre os morros e o mar, o que dificulta a fluidez do trânsito e impõe soluções de engenharia distintas.

Lentidão na execução de obras de infraestrutura é um outro entrave. São Paulo e Cidade do México, por exemplo, começaram na mesma época a construção do metrô, no início da década de 1970. Hoje, a capital mexicana possui uma malha quatro vezes maior em extensão.

Além disso, há uma forte demanda por transporte coletivo de qualidade, o que, na visão de especialistas, significa atender itens como conforto, pontualidade, frequência e cobertura do trajeto aliados a uma tarifa condizente. Sem essas condições, a população prefere migrar para o transporte individual.

A implantação do BRT é o principal projeto de mobilidade urbana apresentado pelas cidades-sede da Copa para aliviar os gargalos. A proposta consiste em um sistema de ônibus que trafegam em corredores exclusivos e possuem embarque e desembarque ágil, sem degraus (a plataforma fica no mesmo nível do ônibus), maior número de portas e cobrança da tarifa fora do veículo, antes do embarque. O modelo foi implantado com sucesso em Curitiba e exportado para Bogotá, na Colômbia. De acordo com especialistas, como a demanda por transporte coletivo é alta nas cidades, o BRT corre o risco de já nascer operando no limite. O ideal, nesses casos, seria a implantação do metrô, mas que tem um custo final mais alto.

CURITIBA

Pioneira em projetos de transporte urbano, Curitiba luta para continuar como cidade de referência nessa área. Para isso, tenta fazer com que a população diminua o uso do carro. "O automóvel não é sustentável dentro de uma sociedade moderna", afirma Marcos Isfer, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pelo planejamento de transporte e trânsito.

Para se ter uma ideia, a capital paranaense registrava em outubro de 2010, segundo o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), 1,1 milhão de veículos, dos quais 845.774 automóveis e 109 mil motos, para uma população de 1,7 milhão de habitantes (Censo 2010 do IBGE). "Há uma excessiva motorização individual. Você exclui crianças e idosos e tem quase um carro para cada dois habitantes. Além disso, o sistema de transporte público está sobrecarregado. Muita gente da região metropolitana usa o transporte de Curitiba", diz Fábio Duarte, professor do programa de Gestão Urbana da PUC-PR.

Para ele, uma das soluções seria a criação de "órgãos gestores de escala metropolitana com poder de decisão", a fim de que Estado e municípios adotem medidas conjuntas para melhorar o transporte público. "Hoje tenta-se resolver no nível municipal um problema que tem escala metropolitana."

A Urbs planeja implantar até a Copa de 2014 o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), um conjunto de obras, equipamentos e softwares para gerir o trânsito e o transporte coletivo de Curitiba. O SIM, por exemplo, terá o Controle de Tráfego em Área (CTA). "Sensores vão acionar o sinal verde quando o ônibus estiver se aproximando do semáforo. Isso prioriza o transporte público e diminui o tempo de viagem dos ônibus", segundo a Urbs

Também haverá o Circuito Fechado de Televisão (CFTV), com acompanhamento em tempo real do tráfego das principais vias. Assim, em painéis luminosos, os motoristas vão receber as informações de como se encontra trânsito nas quadras seguintes.

Novas tecnologias vão beneficiar os usuários de ônibus - são 2,4 milhões transportados por dia útil, em um sistema integrado com tarifa única que atende 93% da demanda, segundo a Urbs. Está prevista uma operação para permitir com que a pessoa saiba em quanto tempo o ônibus vai chegar ao ponto e em que local o veículo se encontra. Existe também a expectativa de introduzir a bilhetagem eletrônica, para que o usuário recarregue o cartão de transporte dentro do ônibus. E serão instaladas câmeras nos veículos e em terminais para proporcionar mais segurança.

A Urbs destaca que desde 2005 todas as obras de reforma ou implantação de equipamentos públicos são feitas de acordo com as normas de acessibilidade. "No sistema de transporte o índice de acessibilidade passou de 42%, em 2004, para 86%, em 2010, e a meta é chegar a 100% até 2012." O órgão também informou que Curitiba tem atualmente cem quilômetros de ciclovias e pretende investir em sua ampliação. "Está em fase final de elaboração um plano diretor cicloviário."

SÃO PAULO

São Paulo tem problemas de mobilidade proporcionais ao porte de sua população de 11,2 milhões de habitantes e, principalmente, da sua frota de veículos (6,9 milhões). A média é de um veículo a cada 1,6 habitante, o que já denota uma alta proporção entre motores e pessoas. Os analistas de trânsito chamam esse fenômeno de "individualização dos transportes", cenário caracterizado pelo excesso de veículos nas ruas e pelos congestionamentos frequentes. Tanto que, hoje, a velocidade média de deslocamento na maior cidade brasileira é de 16 km/h, a mesma de uma carroça

A principal explicação para esse atraso está no desenvolvimento vagaroso da rede de transportes coletivos - ônibus, lotação, trem e metrô. Na capital paulista, a proporção da população que usa esses meios para sair de casa é de apenas 36%, a mesma de 20 anos atrás, de acordo com uma pesquisa da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) que levantou dados de 1987 e 2007. Em Barcelona, cidade considerada modelo nesse quesito, são cerca de 70%. "Sofremos de uma histórica falta de investimentos nos modais coletivos. Hoje, pagamos o preço caro da ilusão da ''sociedade do automóvel''", critica Maurício Broinizi, coordenador da Rede Nossa São Paulo, instituição de defesa de direitos civis.

Os problemas não resolvidos ao longo de décadas desembocaram na adoção de medidas coercitivas. Em 2010, a Prefeitura de São Paulo restringiu o tráfego de caminhões entre as 5 e 21 horas nas marginais e nas principais vias da zona sul. Em 2009, as restrições foram impostas à circulação dos ônibus fretados. Ao mesmo tempo, cresceu a quantidade de equipamentos para fiscalização. Os 530 radares espalhados pela cidade conseguem flagrar, além das restrições já citadas, o desrespeito ao rodízio municipal de veículos e a invasão de faixas exclusivas para ônibus por automóveis.

De acordo com a prefeitura, essas iniciativas, associadas a um novo trecho do rodoanel e a novas estações do metrô, reduziram a média de congestionamento nos horários de pico em 2010 para 99,3 km. O número ficou abaixo dos 100 quilômetros pela primeira vez desde 2007.

Apesar de melhorias para o trânsito no curto prazo, as medidas restritivas são consideradas insuficientes por analistas. De acordo com o Broinizi, é necessário um conjunto de medidas de curto, médio e longo prazo para mudar a situação. Sua proposta, junto com outras organizações da sociedade civil, está em um documento chamado "Plano de Mobilidade e Transporte Sustentável", já aprovado pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores paulistana. O plano de ação pede mais agilidade na construção do metrô e de uma série de corredores expressos de ônibus (BRTs). Além disso, também recomenda a descentralização dos serviços públicos e centros funcionais, com o objetivo de desconcentrar o tráfego.

RIO DE JANEIRO

A geografia do Rio de Janeiro premia a cidade como uma das mais belas do mundo. No entanto, por estar entre o mar e montanhas, a capital fluminense oferece um desafio constante em relação à mobilidade urbana. Some-se a isso seguidos anos de ausência de planejamento e de prioridade no sistema de transporte, principalmente o coletivo. Um dos resultados desse descaso está em estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Considerando as regiões metropolitanas, o Rio de Janeiro possui o menor porcentual de trabalhadores que se deslocam diretamente para o trabalho com tempo inferior a 30 minutos: apenas 43,9%.

O doutor em Engenharia de Transporte e professor de Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense (UFF), Walber Paschoal, afirma que falta transporte público para atender a demanda. "E o pouco que é oferecido, é de má qualidade." Segundo ele, um entrave na questão da mobilidade também passa pela atenção à "convergência radial" do Rio. "A configuração da cidade é a seguinte: existe um centro comercial e a maioria das viagens converge para aquele ponto. Para esse tipo de situação, o ideal, mostram estudos, é investir em transporte de massa para desafogar as vias", explica.

O secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão, diz que o porcentual da população que se utiliza de transporte público é de 70% entre as viagens motorizadas, ante um índice de 50% verificado em São Paulo. "Nossa maior tarefa para melhorar os índices de mobilidade é dar eficiência ao transporte coletivo, tanto em velocidade operacional quanto em adequação entre oferta e demanda." Ele admite que há uma oferta de ônibus excessiva nos bairros da zona sul e escassa em regiões mais distantes, como a zona oeste. "Nossa tarefa é reverter esse quadro."

Paschoal concorda, mas mostra certa precaução com promessas: "Há anos é preciso mudar esse quadro, e o poder público insiste em investir em novas vias, em aumentar a largura delas. Essas ações atendem pontualmente, mas a longo prazo voltam os congestionamentos."

Como solução para os principais gargalos de locomoção, Paschoal enumera um planejamento em três pontos. Primeiro, de estratégia, o que significa fazer um diagnóstico da qualidade com que os meios de transporte operam na capital fluminense. Depois, uma ação tática. Com os dados estratégicos em mãos, implantar simulações para observar o impacto que intervenções propostas teriam no sistema de transporte. Por fim, um planejamento operacional. "Acompanhar os efeitos resultantes das ações de estratégia e tática."

Sansão lembrou que a Prefeitura do Rio promoveu em setembro de 2010 a primeira licitação do sistema de passageiros de ônibus de sua história. Em vez de 47 empresas, o sistema passou a ser operado por quatro consórcios. Para ele, o novo marco jurídico permitirá a gestão integrada de uma rede de transporte hierarquizada e com integração tarifária. "O Bilhete Único, que garante a realização de duas viagens (ônibus mais ônibus) ao custo de apenas uma tarifa (R$ 2,40) já está em vigor e vai mudar o padrão das viagens realizadas no município."

Para os Jogos Olímpicos de 2016, Sansão afirma que o Rio contará com quatro corredores de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos. Serão eles: Transcarioca, TransOeste, TransOlímpica e Avenida Brasil.

Para Paschoal, o governo passará a dar mais atenção ao sistema de transporte com a Copa de 2014 e a Olimpíada. "Vai melhorar a mobilidade. Mas logo, logo estará tudo congestionado de novo", diz, tendo décadas de ausência de planejamento como respaldo para sua previsão.

BRASÍLIA

Cidade planejada, Brasília deveria ser hoje exemplo na mobilidade urbana. Não é. A capital brasileira, com 2,5 milhões de habitantes, segundo o Censo 2010 do IBGE, enfrenta os mesmos problemas que outras capitais de mesmo porte. "Há um rápido adensamento da cidade e do entorno sem controle do uso e ocupação do solo, carência de um sistema viário eficiente e falta de políticas integradas entre os governos federal, distrital e municipal", afirma o secretário dos Transportes, Paulo Barongeno.

O arquiteto e urbanista Valério Medeiros cita que a "forte setorização (bairros distante uns dos outros), resultante do desenho de Brasília, contribui para dificultar a dinamização do espaço". Ele lembra que a cidade detém o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, distinção que impede certas mudanças em sua arquitetura.

Medeiros afirma que, além de buscar a integração entre meios de transporte e incentivar a população a diminuir o uso do automóvel, é preciso trabalhar com uma gestão metropolitana. De acordo com ele, além dos cerca de 30 municípios em torno do plano piloto - o projeto urbanístico - há cidades até de Goiás que sofrem influência de Brasília. "Existe a necessidade de uma postura metropolitana, que considere movimentos diários entre todas as cidades. Os municípios crescerem não é um problema. É só necessário que esse crescimento seja acompanhado por políticas públicas."

A Secretaria dos Transportes informa que está em execução o Plano de Transporte Urbano (PTU), a fim de implantar uma "nova concepção de operação do sistema de transporte público coletivo, fundamentada na ideia de integração entre itinerários ônibus/ônibus e ônibus/metrô". O órgão também aponta que trabalha com um projeto cicloviário para Brasília e destacou as obras no Lago Sul e no Lago Norte que preveem sinalização e o "compartilhamento harmônico" das vias entre bicicletas e veículos.

Medeiros vê com bons olhos os projetos de ciclovia, pois, segundo ele, Brasília já possui uma das maiores malhas de ciclovia do País. "O terreno (da cidade) é suave, sem grandes subidas e descidas." O urbanista só lamenta o "preconceito" que algumas pessoas têm em relação ao ônibus e à bicicleta, como se utilizá-los denotasse perda de status. "É preciso uma mudança de cultura."

A obra de maior impacto em Brasília para a Copa do Mundo de 2014 será a implantação de um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um trem urbano com menos capacidade e velocidade que os trens do metrô, porém menos poluidor e barulhento. A verba para a construção do VLT, que custará R$ 263 milhões e vai ligar o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek ao Terminal da Asa Sul, estão garantidas, segundo o governo.

SALVADOR

Salvador perdeu o título de capital brasileira para o Rio de Janeiro em 1763. Passados 247 anos, a capital baiana quer se reerguer e chegar longe, tornando-se "Capital do Mundo". Este é o título do projeto apresentando em 2010 pela Prefeitura de Salvador, que pretende investir em infraestrutura e mobilidade urbana com o objetivo de preparar a cidade para a Copa do Mundo de 2014. O desafio, porém, será desafogar o trânsito e garantir acesso de transporte público a todos os cidadãos.

Salvador tem os mesmos gargalos das maiores cidades do País, como excesso de carros, aglutinamento da região metropolitana e escassez de transporte de massa. Além disso, a topografia da cidade é acidentada, com praias e morros, cidade alta e cidade baixa, o que dificulta ainda mais o deslocamento. "O trânsito em Salvador é como um caminho de água. Ele escoa das partes mais altas e estreitas para os vales, de maior fluidez. Só que isso tem sobrecarregado as principais vias, que ficam nos vales", explica a pesquisadora Ilce Marília de Freitas, do Departamento de Transportes da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Para evitar congestionamentos de veículos, é necessário aumentar a eficiência do transporte coletivo de Salvador, que transporta apenas 1,7 passageiro por quilômetro, enquanto o ideal seria entre 2,5 e 5 passageiros por quilômetro, segundo Ilce. A ineficiência se deve a falhas na cobertura do itinerário dos ônibus, baixa frequência das viagens e tarifa (R$ 2,30) considerada cara pela população de baixa renda. Isso explica porque 25% a 30% da população se deslocam a pé todos os dias, um índice alto. "Andar a pé ou de bicicleta é bom, mas não serve para grandes distâncias", diz Ilce.

O pacote "Salvador, Capital do Mundo" reúne mais de 20 projetos de mobilidade, entre eles a ampliação da Avenida Paralela, uma das principais vias da cidade, e a construção de duas novas avenidas. O principal projeto é a implantação do sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), inspirado no modelo de Bogotá, na Colômbia. O BRT soteropolitano prevê 20 km de vias, tráfego em corredores exclusivos e ligação com o aeroporto e com a zona metropolitana.

Orçado em R$ 570 milhões, ele faz parte da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e deve ficar pronto em 2013, segundo a prefeitura. "O sistema foi escolhido porque é três vezes mais barato que o metrô e aproveita condições de infraestrutura da cidade", afirma Renato Araújo, chefe da Superintendência de Trânsito e Transportes do Salvador.

Para a pesquisadora da UFBA, o sistema é bem-vindo, mas não resolverá sozinho o problema, pois Salvador demanda transporte de grande capacidade, como o metrô. Nesse quesito, a evolução é lenta: após oito anos de obras, a primeira etapa do metrô (Lapa-Acesso Norte) ficará pronta em 2011.

RECIFE

Pernambuco quer aproveitar a Copa de 2014 para dar ênfase na qualidade do transporte público na região metropolitana de Recife. Com isso, pretende incentivar a população a usar ônibus e metrô e a diminuir o uso do automóvel. A meta é melhorar a mobilidade urbana. O secretário das Cidades do Estado de Pernambuco, Dilson Peixoto, explica que o objetivo é necessário porque as ruas do Recife já estão "fartamente" ocupadas, e a frota de veículos cresce mais de 7% ao ano. "Para piorar, por ser antiga, a cidade possui ruas estreitas e qualquer razoável obra viária tem um custo muito alto de desapropriação."

Peixoto, que acumula o cargo de presidente do Grande Consórcio Recife, responsável por gerenciar o transporte público da capital e região metropolitana, admite que hoje não há qualidade no ônibus e no metrô. "O transporte público tem capilaridade, mas não tem qualidade. É preciso garantir eficiência, conforto e pontualidade para incentivar as pessoas a usá-lo, deixando o carro em casa."

Para a Copa, uma das metas do governo é construir o Terminal de Metrô Cosme e Damião. Com 39,5 km de extensão e 28 estações, a rede de metrô do Recife é atualmente composta pela linha Centro e pela linha Sul. O terminal ficará na linha Centro, entre as estações Rodoviária e Camaragibe. A obra permitirá que passageiros que cheguem à rodoviária tenham acesso à linha BRT Leste-Oeste, ainda em fase de projeto.

A Leste-Oeste terá a implantação de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), sistema que viabiliza o deslocamento rápido dos passageiros por meio de estações de transferência e corredores exclusivos, e vai ligar a Avenida Caxangá à Cidade da Copa, onde serão realizados os jogos, em um trecho de três quilômetros, em São Lourenço da Mata. Nesta região, o BRT fará o atendimento tanto ao terminal integrado e estação do metrô de Camaragibe quanto ao futuro terminal e estação de metrô de São Lourenço.

Nos mesmos moldes será o BRT Norte-Sul, que vai conectar Igarassu, o terminal Joana Bezerra e o centro do Recife. Com 15 km de extensão, terá conexão com os projetos Corredor da Via Mangue e Corredor Caxangá Leste-Oeste. Este abrigará faixa exclusiva de ônibus, ligando a Avenida Conde da Boa Vista à Caxangá, com meta de beneficiar 900 mil pessoas e 27 mil veículos que circulam pela via. Aquele será uma via expressa de 4,5 km com corredor exclusivo de tráfego de veículos para a zona sul da cidade. O projeto também contempla uma ciclovia.

O consultor em transporte urbano Germano Travassos afirma que o "Recife está caminhando para ter uma rede (de transporte) tão densa quanto à de Curitiba". A capital do Paraná é pioneira no País em projetos nessa área e vista como referência. "A região metropolitana do Recife foi a que mais avançou (no País) em termos de ações integradas." O governo espera que essas obras deem qualidade ao transporte público e melhorem a mobilidade urbana. Travassos, no entanto, diz que pouco que tem sido feito para dar conforto e segurança para quem usa ciclovias. "Não temos muito o que apresentar a não ser boas intenções no quesito bicicleta."

BELO HORIZONTE

Belo Horizonte é uma das capitais onde o transporte público mais perdeu espaço nesta década. O número de carros, motos, ônibus e caminhões nas ruas da capital mineira cresceu 84% em nove anos. O salto foi de 706 mil veículos em 2001 para 1,3 milhão em 2010, de acordo com dados da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). Entre todas as categorias, o maior crescimento foi visto na frota de transportes individuais: motos (114%) e carros (38,8%). Os ônibus aparecem em terceiro lugar (24%).

O fenômeno é avaliado por analistas de trânsito como o resultado de políticas públicas que privilegiaram, ao longo dos anos, o transporte individual em vez do coletivo. Aumentaram drasticamente os congestionamentos nas ruas, o que configurou um "atentado à mobilidade urbana".

"Com esse crescimento da frota, não há investimento público em túneis e viadutos que suporte a demanda", afirma Ramon Victor Cesar, presidente da BHTrans. Ele conta que, ao mesmo tempo em que a cidade viu expandir sua frota nas últimas duas décadas, o transporte coletivo perdeu muita qualidade, o que acelerou a migração para o transporte individual. "O transporte coletivo ficou insustentável", diz.

Para o presidente da BHTrans, a melhora na mobilidade urbana depende do renascimento dos transportes públicos na matriz de tráfego. Hoje, na capital mineira, 55% dos deslocamentos são feitos por transportes coletivos (ônibus e trens). "Nossa meta é chegar a 70% até 2030, como na cidade de Barcelona", afirma Cesar. "No início da década de 90, esse índice já alcançou 65%, mas foi perdendo participação para os carros".

A Copa do Mundo de 2014 pode acelerar o cumprimento da meta. Belo Horizonte foi a primeira cidade a fechar com o governo federal recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinados a melhorias da mobilidade urbana. Até 2014, serão investidos R$ 1,23 bilhão nas obras que incluem o sistema de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês) nas avenidas Presidente Antônio Carlos, Dom Pedro I, Dom Pedro II, entre outras, além da ampliação da Central de Controle de Tráfego da BHTrans. Em outra vertente, a cidade também aposta em um ambicioso projeto de 345 quilômetros de ciclovias, o segundo maior do Brasil, atrás somente de Porto Alegre, com 495 km.

Na opinião do professor Nilson Tadeu Nunes, chefe do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os BRTs - principais projetos das cidades brasileiras para a Copa - são muito úteis. "Não dá para permitir a concentração em apenas um meio de transporte", diz. Por outro lado, correm o risco de iniciar o funcionamento já no limite da capacidade. Em algumas vias, segundo Nunes, a demanda já supera 40 mil passageiros por trecho a cada hora. O ideal para este fluxo é o transporte por trens urbanos, mas, por falta de recursos, elas não entraram no pacote de infraestrutura para a Copa.

PORTO ALEGRE

Entrar em Porto Alegre pode ser uma tarefa difícil. Sair também. A dificuldade de acesso à capital gaúcha se explica pelos gargalos viários logo no entorno da metrópole, de acordo com avaliação do professor Luis Antonio Lindau, do Laboratório de Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Na zona norte, o problema está na saturação da rodovia BR-116, principal passagem para veículos de passeio e carga entre a capital gaúcha e a região metropolitana. A rodovia federal recebe cerca de 120 mil veículos por dia, uma saturação que obriga os motoristas a reduzir a velocidade para 40 km/h em vários trechos.

Na sequência da rodovia fica outro gargalo - a ponte do Rio Guaiba - que liga Porto Alegre ao sul do Estado. A ponte, de 1960, sofre constantes problemas técnicos para içar o trecho por onde passam navios. "Tem vezes que ela sobe e não desce, parando o trânsito", conta o professor. Segundo ele, a tecnologia de içamento está ultrapassada e não serve mais para o cenário atual, em que o fluxo de veículos na região é consideravelmente maior.

Hoje, a solução para os dois pontos de afogamento da mobilidade urbana dependem de grandes obras de infraestrutura. No eixo norte, o prolongamento da Rodovia do Parque, da BR-386 até a BR-290, deve ficar pronto em dois anos, e criará uma rota alternativa entre a região do Vale dos Sinos e parte da zona metropolitana com destino à capital. Já a conexão com o sul do Estado depende de uma outra ponte, que não condicione o tráfego a interrupções, segundo Lindau.

Dentro de Porto Alegre, o excesso de veículos (frota estimada de 542 mil) e motos (72 mil) é o principal problema, associado a corredores de ônibus lotados. A situação tende a se agravar com o crescimento anual da frota estimado em 5%, o equivalente a 30 mil carros e motos a mais por ano. "A motorização será mais forte na periferia, onde os aumentos recentes da renda familiar têm possibilitado à população a compra de veículos", afirma Lindau. "O uso do carro não é um mal em si. O problema está no uso em excesso e nos horários de pico", ressalva.

O único jeito de escapar à paralisia está no investimento pesado em transportes coletivos e alternativas complementares. Nesse quesito, o cenário é otimista. A Prefeitura de Porto Alegre tem dois projetos ambiciosos. O primeiro deles é o de Trânsito Rápido de Ônibus (BRT, na sigla em inglês), um tipo de corredor expandido, com estações fechadas, veículos maiores e faixas exclusivas para o tráfego. Até a Copa de 2014, estão previstas 11 estações, em vias como as avenidas Bento Gonçalves, Assis Brasil e Protásio Alves. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre, o BRT associado a outras intervenções urbanas, como túneis e viadutos, vai desafogar o trânsito no centro da cidade.

A prefeitura também aposta no maior projeto de ciclovias do Brasil. O Plano Diretor Cicloviário, já sancionado, quer expandir a rede atual de 7,9 km de ciclovias para 495 km. Desse total, a prefeitura espera entregar 14 km nas Avenidas Ipiranga e Serório em 2011. "Não pensamos a bicicleta apenas como lazer. Buscaremos integrar as ciclovias ao transporte público, para que o cidadão possa utilizar a bicicleta e ônibus para deslocamentos", afirma a EPTC. (Reportagem de Renan Carreira e Circe Bonatelli)
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Transporte público em Marília: Licitação da Circular é retomada após um mês

domingo, 31 de julho de 2011


Quase 30 dias depois de suspender a licitação, prefeitura retoma prazos para acabar com monopólio do transporte coletivo em Marília. Empresas interessadas nos lotes Norte e Sul têm até 12 de setembro para entregar propostas. Edital havia sido interrompido por decisão própria do governo municipal e contrária à determinação do Tribunal de Contas, que entendia existir condições favoráveis para o prosseguimento do processo licitatório.

Sem a licitação, Circular segue reinando no monopólio que já dura mais de duas décadas. Uma situação que gera revolta nos usuários de ônibus. “O preço da passagem poderia ser menor, além disso a cidade tem tamanho suficiente para abrigar duas empresas”, afirma a gerente de loja Gisele Aparecida Ferreira, 35, que diariamente utiliza o transporte coletivo.

designer gráfico Sidney Henrique de Oliveira Garcia, 24, também acha o preço da passagem elevado. “Pelo fluxo de passageiros, o passe de ônibus poderia ser mais em conta”, diz.

clima de incerteza sobre o edital nos últimos 30 dias só fez aumentar críticas ao serviço. A auxiliar de produção Fátima Osório, 42, por exemplo, diz que sempre enfrenta ônibus lotados. “Você trabalha o tempo todo em pé e no final do dia não encontra assento no ônibus por causa da lotação, isso é impossível”, critica. Para ela, uma segunda empresa na prestação do serviço ampliaria a quantidade de veículos e melhoraria o atendimento aos usuários.

A péssima condição da atual frota de ônibus também é alvo de críticas. Para a escriturária Fátima Sanches, 50, falta veículos nas ruas. “Eu até não acho o preço da passagem caro, mas a empresa poderia fornecer mais veículos”, afirma.

Para a diarista Wanda Alves Martins, 43, que utiliza todos os dias a linha que liga o bairro Califórnia ao centro, uma segunda empresa só viria a trazer benefícios para os passageiros.




Preço é mais caro que Bauru e Rio Preto


Atualmente, o valor da passagem em Marília é maior na comparação com Bauru, que para estimular a aquisição de passes via recarga de cartão magnético oferece preços a partir de R$ 2,25.

Em Marília a passagem é vendida a R$ 2,30, o mesmo valor de Rio Preto, entretanto lá o município adotou um programa para redução da tarifa. Dentro de 120 dias moradores poderão comprar o passe a R$ 2,10.
Rio Preto, diferente de Marília, não é refém do monopólio e duas empresas prestam o serviço na cidade.


Fonte: Diário de Marília

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Empresas vencedoras da licitação do transporte coletivo em Marília aguardam notificação da Justiça para o início das operações

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

As empresas de transporte coletivo urbano - Viação Sorriso, de Curitiba, e Grande Bauru, vencedoras da licitação para o transporte coletivo em Marília, informaram ontem que aguardam notificação da Justiça para o início das operações na cidade. Liminar derrubou a exclusividade da empresa Circular no município, garantindo, num prazo de 180 dias, a instalação das duas empresas.

“No entanto, como está tudo pronto, acredito que isso ocorra bem antes do prazo”, informa o advogado das empresas, Cristiano Mazeto. Ele ressalta que ambas já possuem uma garagem construída, 30 ônibus para operar em determinadas regiões - sendo a Grande Bauru responsável pela zona norte e a Viação Sorriso pela zona sul - além de todo o maquinário de bilhetagem e software prontos para funcionar.

No último dia 9 de janeiro, a Circular perdeu na justiça o direito de continuar operando com o contrato vencido até que fosse indenizada em cerca de R$ 60 milhões. Ela havia sido autorizada em ação favorável em agosto do ano passado pela juíza da 5ª Vara Civil, Ângela Martinez.

Entre outros argumentos apresentados pela prefeitura, o processo de indenização não deveria interferir no processo licitatório do transporte público, além do fato da Circular já ter entrado com uma outra ação em que foi julgada improcedente. Mazeto ressalta que ambas novas empresas entraram na concorrência de forma legal e que manter a ação seria somente um meio de atrasar as operações.

A Circular enviou ontem uma nota de esclarecimento alegando que a administração anterior não respeitou as leis em que se exigia um levantamento de preços para recomposição de perdas e indenização para encerramento do trabalho com seis meses de antecedência, antes do fim de contrato. Ainda ressaltou que pretende recorrer mediante recurso na justiça e aguarda por julgamento de outras ações, já que outras três liminares garantem o direito de continuar prestando serviço.

O auxiliar de cozinha, Eriston de Lima Pereira, 22, utiliza transporte público para se locomover e acredita que a operação de duas empresas deve diminuir a lotação dos ônibus, além de oferecer um melhor atendimento aos passageiros.

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Transporte coletivo de Marília passa por liminares judiciais

domingo, 1 de setembro de 2013

O TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) negou liminar, solicitada pelo ex-vereador Eduardo Duarte Nascimento (PTB), que pedia suspensão de decreto municipal emergencial, de 31 de maio, que mantém as empresas Viação Sorriso e Grande Marília no transporte coletivo da cidade. Acórdão assinado pelo desembargador e relator da 9ª Câmara de Direito Público, José Maria Câmara Junior, foi publicado sexta-feira e garante o funcionamento do transporte coletivo de Marília.

O certame, que teve como vencedoras as empresas citadas acima, está sob análise do TJ, entretanto as concessionárias prosseguem no serviço até que o caso seja transitado em julgado.
Na decisão o relator informa que não é possível extrair do agravo de instrumento qualquer conteúdo de impugnação do ato judicial. “Não se trata de hipótese de dissociação, porque nada existe para estar desatrelado ao que ficou decidido pelo juízo”, diz trecho da decisão do magistrado.

O desembargador também destacou jurisprudências consolidas no STJ (Supremo Tribunal de Justiça) sobre o assunto.

Esta não é a primeira tentativa fracassada de suspender o serviço na cidade. Na última quarta-feira (28) o STJ (Supremo Tribunal de Justiça) indeferiu a suspensão - solicitada pelo Ministério Público - da decisão que acatou reclamação apresentada pelas empresas contra o juiz da Vara da Fazenda Pública, Silas Silva Santos. A reclamação acatada, na última semana, impede a Circular de operar no serviço e mantém as novas concessionária na operação do serviço. A decisão foi do presidente do STJ, Felix Fischer.

Tanto a prefeitura quanto as empresas Grande Marília e Viação Sorriso recorreram da decisão do juiz em primeira instância. Os processos relacionados à suspensão da licitação do transporte coletivo estão tramitando na 9ª Câmara de Direito Público do TJ, já os pedidos da Circular correm na 10ª Câmara.

A empresa Circular também está impedida de assumir o transporte por não ter contrato com o município. A empresa monopolizou o serviço na cidade por quase 30 anos, sendo que, desde 2006, funcionava sem contrato. A empresa já sofreu diversas derrotas na justiça, tanto em primeira como segunda instância, ao tentar retornar ao transporte coletivo.

Por Cibele Martins
Informações: Diário de Marília

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Empresa de ônibus vencedora da licitação começa os testes em Marília

quinta-feira, 2 de maio de 2013

A empresa Viação Sorriso de Curitiba (PR), vencedora da licitação para prestar o serviço de transporte público coletivo em Marília, já realiza testes para assumir as linhas no dia 18 de maio.

A Sorriso de Marília (nome que vai atuar na cidade) está testando cobradores  e motoristas da atual concessionária. Com os cobradores está sendo realizado teste escrito e entrevista e para motorista está sendo feito o teste escrito, entrevista e um teste prático. “A Unimar (Universidade de Marília) nos doou uma sala para este teste. E estamos desenvolvendo o teste prático na Cidade Universitária”, conta o diretor de novos negócios do grupo Sorriso, Carlos Frederico Gulin.


Segundo Gulin, as avaliações estão sendo realizados desde anteontem. “Realizaremos este trabalho até amanhã [hoje]. Nós estamos em Marília e seremos os operadores da Viação Sorriso de Marília, a operação na cidade será iniciada às 0h do dia 18 de maio’ afirma.

Ainda conforme o diretor, a empresa recebeu aproximadamente 300 currículos. A fase de contratação não se esgotou, a Sorriso de Marília ainda está recebendo currículos de interessados. “Nós não temos data limite para encerrar o recebimento. Quem tiver o interesse pode entregar o seu na rua Amador Bueno, 701, no bairro Jardim Polyana (onde era a Metalúrgica Record). Estamos aceitando currículos do setor administrativo, de mecânicos, cobradores e motoristas”, diz Carlos. 

A garagem está quase pronta e conforme a empresa, ficará concluida em, no máximo, 10 dias. “A diferença de sistema será a seguinte: inicialmente, nós faremos igual ao sistema atual, não haverá mudança. 

Mas quando estivermos totalmente estabelecidos, a mudança principal que nós vemos será a integração fora do terminal. O passageiro poderá sair do ônibus e entrar no outro pagando somente uma tarifa, em qualquer ponto, dando destino a sua viagem. Contudo, existe um período de tempo para fazer essa troca de ônibus, mas ainda não está definido, porque a gente vai começar a operar como o sistema atual. Porém este é um estudo que se iniciará já no dia seguinte que nós estivermos operando”, relata.

Serão 63 novos ônibus circulando pelas ruas de Marília, todos de última geração e preparados para atender deficientes físicos. Os ônibus contam com bancos almofadados e descanso para a cabeça.
A central de compra de vales da empresa Sorriso de Marília será na rua Maranhão.“Estamos muito motivados e queremos que dia 18 chegue logo. Será um privilégio operarmos em Marília”, finaliza.

Por Carolina Rolta
Informações: Rede Bom Dia
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Prefeitura autoriza reajuste e tarifa da Circular sobe na 2ª feira

domingo, 6 de junho de 2010


A prefeitura concedeu reajuste de 9,5% e aumentou de R$ 2,10 para R$ 2,30 o preço das passagens de ônibus em Marília. A autorização está publicada no DOM (Diário Oficial do Município) de quinta-feira (feriado) e entra em vigor a partir de segunda-feira, dia 7, informou a assessoria jurídica do município.

O reajuste autorizado fica aquém do solicitado pela Circular, que no mês passado protocolou pedido de aumento das passagens para R$ 2,50. Antes disso, a empresa tentou por duas vezes reajustar o valor das tarifas no ano passado. O caso virou batalha judicial entre a prefeitura e a empresa, que chegou a cobrar R$ 2,30 dos passageiros durante os primeiros meses do ano, até ter cassada liminar que autorizava o reajuste.

O aumento atual confirma a sinalização do prefeito Mário Bulgareli (PDT) durante a greve dos motoristas e cobradores da Circular. A justificativa da prefeitura é de que há três anos a empresa não tem reajuste, sendo que este é o menor aumento dos últimos anos.

Para a população, o preço Edital para duas empresas sai em agostoEdital de licitação para a contratação de duas empresas de transporte coletivo urbano deve sair em agosto, segundo o prefeito Mário Bulgareli (PDT).

Para que o edital seja lançado é necessário que haja a conclusão de estudos sobre linhas e trajetos, que vêm sendo realizados pela Secretaria de Planejamento Urbano. Como hoje apenas uma empresa opera em Marília, o órgão estuda se as próximas empresas trabalharão nas mesmas linhas ou cobrindo diferentes áreas da cidade.

Projeto de lei que autorizou o fim do monopólio foi aprovado por vereadores no final do ano passado.Além de duas empresas em operação na cidade, a lei prevê mais poder de ação para o SAF (Sistema Auxiliar de Fiscalização) e multas para as empresas que desrespeitarem os passageiros, com penalidades que podem chegar até 100 vezes o valor da passagem vigente.

As novas empresas também terão de ter frotas novas, com cerca de 120 ônibus, inclusive unidades com adaptação para deficientes.mais alto prejudica. “Vai pesar no nosso bolso, mas não tem o que fazer a não ser pagar”, lamenta a operadora de máquina Ediléia Pereira, 27 anos.Quem também reclama do aumento é a auxiliar de cozinha Marlene dos Santos, 28 anos.

Ela, que usa o transporte para trabalhar, diz que os quarenta centavos gastos a mais todos os dias irão incidir diretamente na alimentação da família. “É o leite do meu filho que vai embora. Se pudesse, andava a pé para não ter que usar esse transporte. Pagar R$ 2,30 é um assalto pelo serviço que temos. Eles deveriam ter vergonha de cobrar isso da gente.”

Edital para duas empresas sai em agosto

Edital de licitação para a contratação de duas empresas de transporte coletivo urbano deve sair em agosto, segundo o prefeito Mário Bulgareli (PDT).Para que o edital seja lançado é necessário que haja a conclusão de estudos sobre linhas e trajetos, que vêm sendo realizados pela Secretaria de Planejamento Urbano. Como hoje apenas uma empresa opera em Marília, o órgão estuda se as próximas empresas trabalharão nas mesmas linhas ou cobrindo diferentes áreas da cidade.Projeto de lei que autorizou o fim do monopólio foi aprovado por vereadores no final do ano passado.

Além de duas empresas em operação na cidade, a lei prevê mais poder de ação para o SAF (Sistema Auxiliar de Fiscalização) e multas para as empresas que desrespeitarem os passageiros, com penalidades que podem chegar até 100 vezes o valor da passagem vigente. As novas empresas também terão de ter frotas novas, com cerca de 120 ônibus, inclusive unidades com adaptação para deficientes.

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Transporte coletivo de Marília não vai ter mais a Viação Circular

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Prefeitura publicou no Diário Oficial de ontem (29), análise das planilhas de preços da licitação do transporte coletivo. As duas empresas vencedoras, Transporte Coletivo Grande Bauru, responsável pelo lote norte (1) e Viação Cidade Sorriso do lote sul (2) foram consideradas habilitadas para realizar os serviços.
Fim da Era Circular

Com a entrada das novas empresas o monopólio de mais de 20 anos da Circular chega ao fim. A medida faz com que os altos preços das passagens da cidade atualmente em R$ 2,30 baixem. A empresa Grande Bauru mantém o valor de R$ 2,13 e Cidade Sorriso, R$ 2,15.

O diretor executivo da Grande Bauru José Antonio Jacomelli afirma que a empresa está com grande expectativa de iniciar os trabalhos em Marília.

A vencedora do lote sul, Viação Cidade Sorriso de Curitiba está no ramo do transporte há mais de 60 anos.

De acordo com o presidente da Comissão Especial de Licitação, secretário municipal de Administração, José Carlos da Silva, após a publicação do julgamento das propostas as outras empresas poderão apresentar recursos e contrarrazões no prazo de cinco dias cada.

Se tudo correr dentro do previsto as novas empresas assinam contrato ainda esse ano e terão 180 dias para iniciar operação.

FUNCIONÁRIOS

Com a entrada de duas novas empresas, os 750 funcionários da Circular ficam sem garantia de emprego. Segundo o presidente do sindicato dos Motoristas, Moacir Baldicera, foi assinado documento com todas as concorrentes para que as empresas busquem recontratar os empregados, porém nada foi definido. “Após a assinatura dos contratos, conversaremos com elas para encaixar os trabalhadores na medida do possível, além de dar todo apoio necessário”.

Concorrência agrada usuários do transporte coletivo

A dona de casa, Eva Aparecida Marinho, 46, esperava ontem ônibus no centro da cidade para ir até zona sul e reclamava dos serviços. Ela diz que não está satisfeita com a demora dos ônibus.

Eva acredita que a entrada de duas novas empresas possa melhorar as condições do transporte público. “Já estava na hora de entrar outras empresas, nós temos altas tarifas e péssimo serviço. Concorrência sempre é positivo”.





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Licitação para transporte sai nos próximos dias em Marília

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A Prefeitura de Marília publica, nos próximos dias, o edital de licitação que contratará as duas empresas que farão o transporte coletivo em Marília. Não há data prevista para que o serviço seja iniciado.
O município publicou nesta quarta-feira, no DOM (Diário Oficial do Município), a comissão que ficará responsável pelo processo de licitação. O núcleo é composto pelo secretário da Administração, José Carlos da Silva (presidente), Affonso Celso Silva e Mello e Cyro Siriani Filho (membros).
De acordo com a assessoria da prefeitura, o projeto dos transportes passa atualmente por uma revisão técnico-jurídica que está avaliando tanto o serviço quanto os aspectos legais do texto.
Ainda segundo o município, algumas das sugestões feitas pelos usuários do transporte foram integradas ao projeto. Apesar disso, as mudanças não foram divulgadas.

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