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A cidade do futuro é sustentável, afirma Jaime Lerner

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Seja em uma pequena empresa, seja numa grande metrópole como São Paulo, planejar é sempre algo indispensável. E, para Jaime Lerner – arquiteto, urbanista e ex-prefeito de Curitiba – essa é uma bandeira que deve ser carregada por empresários e administradores públicos, para que o mundo se torne mais sustentável.

Apresentando a cidade que governou por duas vezes como um exemplo do que significa sustentabilidade (Curitiba é referência internacional em planejamento urbano e apontada como a que oferece melhor qualidade de vida no Brasil), Lerner afirmou em sua palestra na HSM ExpoManagement 2011 que o caminhou mais acertado para um futuro sustentável é a integração entre o verde e o concreto, por meio de políticas públicas acertadas.

"Planejamento de cidades toma tempo, mas nós temos que fazer. E aí, quando vamos vendo resultados importantes com ações simples e pontuais, nos motivamos a continuar o trabalho", afirma Lerner.

O arquiteto destaca, entretanto, que as ações pontuais não devem ser interpretadas como medidas imediatistas. Para ele, tudo deve ser planejado, e bem planejado. Só que isso não deve significar tornar morosa qualquer ação. "É importante que a gente dê celeridade aos processos, fugindo da burocracia. É importante, uma vez tomada a decisão política, agir rápido, sob o risco de sermos barrados pelo medo de colocar novas ideias em prática", afirma.



Sistemas de mobilidade eficientes
Sem dúvida o maior destaque do plano urbano de Curitiba, sua estrutura para transporte e deslocamento foi citada reiteradas vezes por Jaime Lerner, para quem "cidades sustentáveis são cidades com bons sistemas de mobilidade".

Chamando atenção para o caso de São Paulo, que sofre diariamente com quilômetros de engarrafamento e tem buscado diversificar seu sistema com – por exemplo – a ampliação das suas linhas de metrô, Lerner disse que simplesmente condenar o uso de carros e ampliar o transporte coletivo não garante que a mobilidade vai ser mais eficiente. "O sistema ideal é o que você leva menos de um minuto esperando. E uma linha de metrô, por exemplo, não vai passar na porta da sua casa", afirma.

A integração de diferentes modelos de transporte e locomoção é a saída para o caos das grandes cidades, acredita Lerner, de modo que atendam a três requisitos básicos: rapidez, capacidade e frequência.

Nesse contexto, o sistema empregador (empresas e Estado) também deve dar sua contribuição, explica o urbanista. "Direcionar seus negócios a locais de fácil mobilidade" é uma atitude sustentável, afirma Lerner, para quem "sustentabilidade é a relação entre o que você desperdiça e o que você poupa".

"Tem banco que acha que é sustentável só por que imprime cheque em papel reciclado. Será que é só isso mesmo?", questiona Lerner.

Ideias

Depois da teoria, vem a prática. E Jaime Lerner tem tudo isso na manga. Responsável por projetos ambiciosos e, ao mesmo tempo, bastante plausíveis (conforme ele mesmo garante) ao redor do mundo, o arquiteto apresentou várias ideias que poderiam resolver parte dos problemas das grandes cidades brasileiras.

Um dos seus conceitos é o de cidade sem periferia. Aqui, a ideia é integrar o máximo de pontos possíveis através de um sistema de mobilidade integrado, através do qual todas as distâncias seriam reduzidas e o deslocamento de uma ponta à outra mais distante seria feito em um tempo inimaginável hoje. Na composição desse modelo, você pode incluir aí metrô, ônibus, vans, bicicletas, mini-carros elétricos, suas pernas e até o seu carro, normalmente condenado por quem idealiza sistemas de mobilidade ideais.

Para São Paulo, o urbanista propõe uma grande teia que reuniria trilhos de metrô, carris elétricos, ciclovias e espaços agradáveis e movimentados para pedestres, fator que para ele é fundamental. "Os espaços para pedestres não podem ser isolados", destaca.

Por fim, o Lerner político ainda criticou a construção das arenas da Copa, e foi enfático: "o problema do Brasil não são estádios, é mobilidade urbana. Tem aqui em São Paulo o Morumbi, e não vão utilizar por conta do trânsito?", questiona o ex-prefeito de Curitiba. 

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São Paulo: Em entrevista, Jaime Lerner fala sobre novos modelos de ocupação urbana

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ele revolucionou o planejamento urbano nas suas três gestões como prefeito de Curitiba. Idealizou o conceito de Bus Rapid Transit - BRT, uma espécie "metronização do ônibus" que passou a ser adotado em várias cidades do mundo. Além disso, consolidou um sistema de parques tornando Curitiba a cidade mais verde do país e foi o primeiro a introduzir um programa de reciclagem de lixo urbano no Brasil. Jaime Lerner, arquiteto e urbanista, não pára de criar soluções inusitadas, porém factíveis. Recentemente, propôs um parque linear com uma ciclovia sobre o espaço aéreo da linha férrea de São Paulo.

O urbanista defende que a solução para a mobilidade não passa necessariamente pela implantação de um metrô, mas sim pela organização da circulação de ônibus, carros, bicicletas e pedestres na superfície. As soluções em superfície tiveram início em Curitiba na sua primeira gestão (1971-75) quando se antecipou às grandes questões ambientais e de transporte que o mundo viria a travar e implantou um sistema integrado de transporte, criou uma rede de parques e áreas de reciclagem. Nos mandatos seguintes (1979-83) e (1989-93) consolidou uma rede integrada de transporte com pistas exclusivas e introduziu os famosos ligeirinhos e biarticulados.
Na última década, este sistema foi implantado também em Bogotá, na Colômbia. Segundo explica Lerner, a metronização do ônibus cria uma alternativa de qualidade para a população.
- Não é só pista exclusiva. É embarque rápido. Acessibilidade no mesmo nível. É um tempo de espera menor do que um minuto para pegar um ônibus. Isso não é impossível de se fazer. Não se pode é pensar num único sistema. Tem que se pensar numa integração entre vários modais e melhorar a superfície - diz o urbanista.
Nesta semana, Jaime Lerner participou do Fórum Imobiliário do Secovi de São Paulo, evento que faz parte da Semana Imobiliária de São Paulo, que acontece até este domingo. Na ocasião, ele falou sobre novos modelos de ocupação para a capital. Em entrevista ao Morar Bem, fala sobre algumas possíveis soluções para melhorar a qualidade de vida das cidades e das moradias. Confira.
São Paulo vive um grande problema de transportes com a população gastando mais de duas horas diárias em seus deslocamentos. A extensão da rede de metrô ainda deverá consumir alguns anos. Existem outras soluções?
Jaime Lerner - É impossível imaginar uma rede completa de metrô em São Paulo ou em qualquer outra cidade do mundo. Londres, Moscou e Nova York fizeram isso há 120 anos, quando era mais barato trabalhar no subsolo. Em São Paulo, vamos ter ampliação de algumas linhas de metrô, mas 84% dos deslocamentos acontecem na superfície. A superfície precisa ser melhor operada. O segredo da mobilidade está na complementaridade de metrô, ônibus, táxi, bicicleta, tudo isso tem que se completar. O metrô não vai funcionar se o sistema de superfície não funcionar bem. Temos que metronizar a superfície e garantir ao ônibus a mesma qualidade do metrô.
Poderia descrever seu projeto de aproveitamento do espaço aéreo da linha férrea para construção de uma ciclovia em São Paulo?
Lerner - Acho que o trem de subúrbio deve jogar um papel fundamental nas propostas de ocupação em São Paulo. Temos que ancorar o crescimento de São Paulo, onde existe boa qualidade de transporte com aproveitamento de áreas disponíveis, como o espaço aéreo sobre a linha férrea, criando um parque linear onde as pessoas possam transitar por cima. Um parque acompanhando todo o traçado ferroviário. Com possibilidade para que construções sejam erguidas nas proximidades.
Que conceito deveria nortear os projetos urbanos nas capitais brasileiras que virão a sediar os jogos da Copa do Mundo?
Lerner - As cidades não devem pensar na Copa do Mundo em termos de estádios. O grande problema da Copa do Mundo não são os estádios. Os problemas são as ligações aéreas, que são um desastre. E é preciso melhorar a mobilidade dentro das cidades, evidentemente.


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Terminais vão desafogar Niterói

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Urbanista Jaime Lerner apresentou ao prefeito Jorge Roberto o planejamento para disciplinar trânsito e transporte

Cinco terminais de integração, dois mergulhões, reversíveis e mudanças de mão em diversas vias fazem parte do projeto do arquiteto Jaime Lerner para trazer melhorias ao trânsito e ao transporte de Niterói. O prefeito Jorge Roberto Silveira definiu as propostas como “audaciosas, mas realistas”. O total de investimentos chega a R$ 205 milhões, dos quais R$ 120 milhões virão de contrapartida da iniciativa privada e os R$ 85 milhões restantes serão providos pelo setor público, que, de acordo com o prefeito, deverá contar com ajuda do estado e da União.

Lerner defende que a melhoria nos transportes públicos é o principal fator para resolver os engarrafamentos. Ele anunciou a implantação dos terminais de integração no Centro, Piratininga, Charitas, Caramujo e Largo da Batalha, que receberão ônibus alimentadores de diversos pontos. Com isso, segundo Lerner, mais pessoas deverão optar pelos ônibus, que passarão em intervalos curtos de tempo. “À medida que o serviço fica melhor, mais pessoas vão utilizá-lo e isso vai gerar benefício até para quem vai de carro”, afirma Lerner.
MERGULHÕESA frota de veículos de transporte público no município poderá ser reduzida, sem causar prejuízos à população, segundo Jaime Lerner. Ele calcula que atualmente 600 ônibus circulam dentro da cidade e que 275 mil pessoas se utilizam do serviço em cada dia útil. “É necessário racionalizar e melhorar a oferta”, conclui.

Nos terminais serão construídas espécies de tubos, onde os passageiros poderão comprar as passagens antes da chegada do veículo, agilizando o embarque. Estas plataformas ficarão no mesmo nível da porta dos ônibus, o que também economiza tempo. Lerner diz que, dependendo do numero de passageiros que utilizam cada um dos terminais, o número de tubos poderá dobrar ou triplicar.
Ainda em defesa de um transporte público de qualidade, o responsável pelo projeto não se preocupou em criar mais vagas de estacionamento nas ruas da cidade. “Se existe um bom sistema, a cidade não sofre com problemas de estacionamento”, avalia, acrescentando que o projeto deve ser implementado independente da criação da Linha 3 do metrô, já que, segundo ele, não se deve sacrificar este tempo até as obras começarem.

Outro ponto que chamou a atenção do arquiteto e de sua equipe foi a necessidade de melhorar o fluxo na saída da Ponte Rio-Niterói nos horários de rush. A sugestão é esta: a Rua Marquês de Paraná ganhará novos semáforos, faixas reversíveis e um mergulhão exclusivo para ônibus, em frente ao Hospital Universitário Antonio Pedro — projeto que também será implantado na Avenida Feliciano Sodré, em frente à Praça da Renascença, próximo ao antigo terminal de trens. As ações deverão ajudar no escoamento de veículos em direção à Zona Norte da cidade.
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Jaime Lerner aprova o BRT de Salvador

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Transitar em Salvador não é tarefa fácil, parece que as ruas estão cada dia mais cheias. Com uma frota crescente de 700 mil veículos circulando na cidade, os engarrafamentos já fazem parte do cotidiano da população. Esse é um problema diário e um desafio para uma das cidades-sede da Copa do Mundo. O que se busca é a mobilidade urbana, para facilitar a fluidez no trânsito, evitar os engarrafamentos, oferecer segurança para veículos e pedestres, além de assegurar uma maior e melhor oferta de transporte. Uma das soluções é o Bus Rapid Transport (BRT), que será o carro-chefe do projeto de mobilidade urbana em Salvador.

O tema foi debatido ontem na palestra da Semana Nacional de Trânsito que aconteceu na Associação Comercial da Bahia, ministrada pelo arquiteto e urbanista Jaime Lerner. O evento contou com a presença do prefeito João Henrique, do presidente da Transalvador, Renato Araújo, do secretário da Secretaria de Infraestrutura e Transporte (Setin), Elvado Jorge, do diretor da Tribuna da Bahia, Walter Pinheiro, além de deputados, vereadores e representantes comunitários.

Autor de projetos de sucesso implantados em outras capitais do país e no mundo, Lerner foi governador do Paraná por dois mandatos e prefeito de Curitiba por três vezes. Além de consultor em urbanismo da Organização das Nações Unidas, tem entre suas soluções mais festejadas o sistema de ônibus expressos, adotado em mais de 100 cidades no mundo. Na apresentação, ele destacou a viabilidade de ideias como o Bus Rapid Transport (BRT) para resolver problemas de mobilidade em grandes cidades, projeto que já consta como uma das soluções para Salvador e faz parte do projeto da prefeitura - Salvador Capital Mundial.

O BRT, sistema de ônibus de alta capacidade promove um serviço rápido, com embarques e desembarques através de plataformas elevadas no mesmo nível dos veículos, sistema de pré-pagamento de tarifa, veículos de alta capacidade, modernos e com avançada tecnologias, transferência entre rotas sem incidência de custo; sinalização e informação ao usuário.

O projeto de Salvador prevê 20 quilômetros entre o Aeroporto e o Acesso Norte, que darão mais agilidade ao tráfego da capital, fazendo a ligação com o metrô.

“O transporte individual tem que se integrar ao transporte público. Não sou contra o automóvel, mas o ideal é que ele seja usado em menor escala na nossa rotina. O papel dos governos é garantir o transporte público para que diminua o uso dos carros. Tenho certeza que isso acontecerá em Salvador”, afirmou Lerner.

Conforme Lerner, 75% das emissões de carbono estão nas grandes cidades do mundo e desse total, a maior parte é proveniente dos automóveis. Jaime Lerner acredita que pequenas mudanças, como tornar o fluxo de ônibus mais rápido, podem mudar, de forma imediata, a qualidade de vida da população. “A qualidade do sistema de transporte está na rapidez com que ele funciona.

A implantação do BRT em Salvador, assim como em outras capitais, tem tudo para dar certo, para isso terá que ser operado de maneira eficiente. A qualidade vai estar na frequência do sistema, na rapidez que os ônibus vão transitar”, ressaltou o urbanista.

O fluxo desnecessário de veículos, para o urbanista, é um dos problemas das grandes metrópoles, segundo ele, se a maioria da população trabalhasse e morasse no mesmo bairro ou em regiões mais próximas, melhoraria o sistema viário.

“A estrutura da cidade tem que ser projetada com serviço, moradia e lazer juntos, evitando assim mobilidades desnecessárias. O transporte coletivo tem que oferecer conforto, segurança e rapidez para atender a todas as classes, assim as pessoas deixariam seus veículos em casa. Automóvel tem que ser usado para o lazer nos finais de semana”, enfatizou.

Soluções para o sistema viário
Com uma frota de veículos que cresce 0,6% ao mês, superando a média anual dos Estados Unidos e São Paulo, a capital baiana precisa de intervenções em caráter de urgência para resolver o caos nas vias. Além dos complexos e viadutos, a cidade anseia por projetos em planejamento urbano. O prefeito João Henrique disse que a adoção de medidas de choque de ordem, como o Decreto de Carga e Descarga é uma das medidas para a fluidez no trânsito de Salvador.

“Estamos travando na Justiça uma batalha para que prevaleça a vontade da maior parte da população com a volta da aplicação do decreto”.

O prefeito afirmou que nos próximos meses a administração municipal vai anunciar um pacote de ideias com soluções de curto, médio e longo prazo para o sistema viário de Salvador. Também entregou a Jaime Lerner uma cópia do projeto Salvador Capital do Futuro que prevê uma série de intervenções estruturantes na cidade, preparando-a para uma nova época.

“O sistema viário de uma cidade é seu centro nervoso, e numa capital que cresce na velocidade de Salvador, com 3 milhões de habitantes e 700 mil veículos circulando diariamente, esse é um tema que precisa ser debatido em busca de soluções para melhorar a mobilidade urbana”, destacou o prefeito.

Com referência à violência no trânsito, o prefeito apresentou números que mostram a redução. De 2004 para 2009, o número de casos de morte por acidente, por exemplo, caiu de 5,6 para 3,5, considerando 10 mil veículos.

Transporte – O BRT é um sistema de ônibus de alta capacidade que provê um serviço rápido, confortável, eficiente e de qualidade, utilizando os mais modernos sistemas de transporte urbano sobre trilhos.

Com corredores exclusivos ou com preferência para a circulação do transporte coletivo: embarques e desembarques rápidos, através de plataformas elevadas no mesmo nível dos veículos; sistema de pré-pagamento de tarifa; veículos de alta capacidade, modernos e com tecnologias mais limpas; transferência entre rotas sem incidência de custo; programação e controle rigorosos da operação; sinalização e informação ao usuário e com custo menor que o metrô.

Há ainda projetos de duplicação das avenidas Pinto de Aguiar e Gal Costa, para melhorar o acesso aos estádios de Pituaçu e Barradão, além da criação dos “corredores de transporte metropolitano de alta capacidade”, que nada mais são que vias exclusivas para ônibus, já existentes, mas sem funcionamento na prática por falta de fiscalização da Secretaria de Infraestrutura e Transporte (Setin).

Fonte: Sinduscon

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Fórum Volvo de Mobilidade: Criador do BRT, Jaime Lerner crítica formas erradas de construção do modal

sábado, 30 de maio de 2015

Congresso Smart City Business America - o futuro das cidades transformando o mundo. O evento foi realizado em Curitiba, no Paraná, entre os dias 19 e 21 de maio de 2015. 

O Canal Mova-se esteve no evento em Curitiba e conversou com o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, idealizador do sistema BRT, presente em mais de 160 cidades do mundo. 

Ele foi um dos palestrantes do Fórum Volvo de Mobilidade. O tema de sua conferência foi o Futuro da Mobilidade. Referência mundial em planejamento urbano, o arquiteto que já foi duas vezes prefeito de Curitiba e duas vezes governador do Paraná mostrou como pode ser simples transformar uma cidade.

Veja algumas frases de Jaime Lerner durante sua conferência:

"A evolução do sistema de transporte é a rede, não apenas os corredores de ônibus", 

"A maneira de usar o carro vai mudar. O carro vai ser o cigarro de amanhã".

"É mais fácil transformar o mundo através das cidades. A cidade é o último refúgio da solidariedade. A cidade é o nosso retrato".
Jaime Lerner e o BRT
Para o arquiteto, BRT não é só implantar corredores. É mais do que isso. Deve ser criada uma rede de transporte de qualidade e bem operada. No futuro, haverá sistemas mais sustentáveis. Um BRT vai contar contando com veículos sobre rodas, mas híbridos, elétricos híbridos ou com super condutores. 

Informações: Canal Mova-se
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BRT deve atender 700 mil passageiros por dia em BH

terça-feira, 11 de junho de 2013

Belo Horizonte espera ter até o ano que vem 700 mil passageiros por dia apenas no sistema de transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês). Do total, superior à população de todas as outras cidades mineiras, 420 mil pessoas se deslocarão usando linhas municipais e 280 mil, linhas metropolitanas que vão passar pelos corredores do BRT na cidade. O número de 700 mil usuários representa quase metade das atuais 1,58 milhão de pessoas transportadas no sistema convencional e um incremento diário de 40 mil passageiros no sistema de transporte público municipal, que chegará a 1,62 milhão de usuários/dia. 

Os números levam em conta o início da operação do novo sistema em três corredores: avenidas Antônio Carlos/Pedro I; Paraná/Santos Dumont e Cristiano Machado. Mas, para alcançar o desempenho previsto, a Prefeitura de BH precisa contornar problemas que vem enfrentando no curso das obras, como atrasos e erros de projeto. Recentemente, a administração precisou multar em mais de R$ 1 milhão uma empresa de consultoria responsável pela fiscalização de uma das intervenções, como informou o prefeito Marcio Lacerda, ontem, durante o 3º Congresso As Melhores Práticas SIBRT na América Latina, que reuniu na capital mineira especialistas em transporte e urbanismo. 


No mês passado, a administração municipal assistiu à necessidade de destruição de trechos de concreto da Avenida Antônio Carlos. Mesmo destino teve uma estação inteira do BRT na Cristiano Machado. Corrigir erros durante a operação são premissas básicas que, segundo o arquiteto e urbanista Jaime Lerner – precursor da implantação do BRT no Brasil e palestrante do congresso – são prioritárias para se chegar à qualidade do transporte. 

De acordo com o prefeito Marcio Lacerda, a multa recentemente aplicada a uma das contratadas do município refere-se ao descumprimento das obrigações de fiscalização e gerenciamento da obra na Avenida Antônio Carlos. “Isso gerou problemas, atrasos e a empresa foi multada por descumprimento de contrato”, disse o prefeito, afirmando tratar-se de procedimento normal na relação entre o poder público e as empresas de engenharia. Ele afirmou ainda que muitos dos problemas enfrentados nas obras são fruto de erros de projeto. “O Brasil ficou parado por 20 anos. Por isso, temos uma carência no ramo de empresas de construção e muitas vezes os projetos executivos ainda apresentam erros”, disse. “O importante é que não é a prefeitura que está pagando por isso”, disse. 

Grande BH
Além dos três corredores em construção na capital, o sistema BRT chegará à região metropolitana. Com a ampliação, a ideia é chegar a 100 quilômetros de malha, ou seja, 78 quilômetros de vias além dos atuais 22 que estão sendo implantados nos corredores Cristiano Machado, Antônio Carlos/Pedro I e Paraná/Santos Dumont. As três obras já em andamento custarão cerca de R$ 1 bilhão e têm previsão para terminar até o fim do ano. Os testes nas pistas estão marcados para janeiro e fevereiro, meses antes da Copa do Mundo 2014. No Corredor Cristiano Machado, a pista central no sentido Centro/bairro será aberta ao tráfego no próximo dia 15. 

Ibirité, Sarzedo, Contagem e Betim são os primeiros municípios da região metropolitana cotados para serem ligados à capital pelo sistema BRT. A BHTrans e o governo do estado já iniciaram um estudo para implantar a nova modalidade, passando pela Avenida Amazonas e pela Via Expressa, em Belo Horizonte. O objetivo é que sistema opere em pista exclusiva, com pagamento antecipado de passagens e embarque no mesmo nível em ônibus articulados. A expectativa para esse trecho, bem como para os outros ramais em construção na cidade, é de operação com intervalo de um minuto entre uma viagem e outra. “Temos condições de operar com esse tempo nos horários de pico. Nos momentos em que a demanda for menor, podemos trabalhar com intervalos de três e quatro minutos”, afirmou ontem o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas, durante o congresso. 

Palestrante convidado, o arquiteto e urbanista Jaime Lerner – precursor da implantação do modelo quando era prefeito de Curitiba, em 1974 – falou sobre a importância do sistema frente à demora para construção do metrô. “Defendo os sistemas de superfície, porque operam onde estão a vida e o trabalho das pessoas na cidade. Por outro lado, o sistema de BRT é mais viável economicamente quando não se têm recursos para implantar o metrô”, afirmou. Atualmente já são 156 as cidades no mundo que operam o sistema BRT. 

Especialista faz elogio ao sistema da capital

A integração de vários tipos de transporte é a peça-chave para garantir fluidez ao trânsito de qualquer cidade. Além disso, é preciso transferir os usuários do transporte individual cada vez mais para o serviço público de alta capacidade. Essas foram as principais premissas defendidas pelo arquiteto e urbanista Jaime Lerner durante o 3º Congresso As Melhores Práticas SIBRT na América Latina. Pioneiro na implantação do BRT em Curitiba, há três décadas, ele defende que o sistema é uma das melhores saídas para a mobilidade urbana.

Sobre Belo Horizonte, o arquiteto elogiou a implantação do BRT, que classificou como uma “senhora rede”. Segundo ele, a escolha da modalidade de transporte foi a melhor para a capital, levando em consideração as demandas por expansão da capacidade de transporte e a insuficiência de recursos para construção do metrô. No entanto, o especialista destacou a necessidade de que o sistema tenha conexão com outras formas de transporte público, para que o atendimento seja de qualidade.

Sustentabilidade, economia e rapidez na realização de obras também foram defendidos por Lerner para o futuro das cidades. Segundo ele, tão importante quanto reduzir o uso do automóvel particular é separar e reciclar o lixo e ser rápido na implantação das ações que vão dar forma aos grandes centros no futuro. “A velocidade é importante. Temos que ser rápidos para evitar nossa própria burocracia. Quando temos boas ideias, é só começar”, afirma. Como exemplo, Lerner citou a realização de obras em Curitiba, feitas em tempo recorde. Uma delas foi o Jardim Botânico, erguido em três meses, e outra, a de um teatro que ficou pronto em apenas 60 dias. 

ENQUANTO ISSO... ...METRÔ AVANÇA EM MARCHA LENTA
Para quem aguarda a ampliação do metrô da capital, os prazos serão mais demorados. De acordo com o prefeito Marcio Lacerda, os projetos executivos para as obras nas linhas 1, 2 e 3 devem ficar prontos até o fim do ano e o edital de licitação da parceria público-privada (PPP) deve ser lançado no início do próximo ano. Com as obras, os atuais 20 quilômetros de malha metroviária serão ampliados para 45 quilômetros. Para o Vetor Sul da capital estão sendo feitos estudos de viabilidade para uma linha ligando a Savassi ao Bairro Belvedere, ainda sem prazo para sair do papel.

Por Valquiria Lopes
Informações: Estado de Minas
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Projeto de metrô de Curitiba também não é consenso entre especialistas em urbanismo e mobilidade urbana

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Se provoca divergências entre os pré-candidatos a prefeito, o projeto de metrô de Curitiba também não é consenso entre especialistas em urbanismo e mobilidade urbana. O ex-prefeito e ex-governador Jaime Lerner, por exemplo, é um dos mais renomados críticos do modelo proposto pela administração municipal, assim como o ex-presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Lubomir Ficinski.

Lerner avalia que o metrô subterrâneo é uma obra muito cara, demorada e que não resolve o problema. Defende que se invista na melhoria do sistema já existente. Ele lembra que São Paulo, mesmo com quatro linhas de metrô, 84% dos deslocamentos são feitos na superfície, ou seja, de ônibus. Além disso, aponta, o metrô exige um alto gastos com subsídios, já que a tarifa não é suficiente para financiar o sistema, o que retiraria recursos de outras áreas prioritárias, como educação e saúde.

Ficinski, que deixou o comando do Ippuc por não concordar com o projeto, aponta que se for implementado da forma como foi proposto pela prefeitura de Curitiba, o projeto de metrô vai provocar uma elevação drástica no tarifa dos ônibus do transporte coletivo. Segundo ele, cálculos do próprio Ippuc e da Urbs apontam que o preço da passagem de ônibus terá que subir a mais de R$ 3,00, caso prevaleça o traçado e o modelo defendido administração municipal. Ele considera que o traçado proposto acabará desorganizando um sistema que poderia ser melhorado a um custo muito menor.

Segundo o urbanista, o desalinhamento das estações dos ônibus expresso seria muito mais barato e daria melhor resultado. De acordo com ele, apenas R$ 50 milhões seriam suficientes para fazer o desalinhamento, com ganhos expressivos de diminuição de tempo dispendido nos trajetos de ônibus. Na avaliação de Ficinski, o melhor traçado do metrô seria o das atuais linhas circulares (interbairros), e não o das canaletas do expresso.

O engenheiro civil e professor titular do Departamento de Transporte da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Eduardo Ratton, é bem direto quando questionado sobre as opiniões de Lerner e Ficinski. “Eles estão errados”, avalia. Ratton afirma que a construção do metrô é necessária e inevitável, mesmo que não seja uma solução definitiva. “É um complemento. Vai ajudar, mas não é uma solução única. Temos que ter outras alternativas”, defende.

Para Ratton, tanto Lerner quanto Ficinski subestimam o tamanho do problema do transporte e do trânsito de Curitiba, pensando em um modelo de cidades europeias que não comportaria  mais soluções para uma cidade como a Capital paranaense hoje. “Não podemos ter mais uma cidade europeia. Transporte de superfície para um cidade do tamanho de Curitiba com os problemas que têm hoje não é possível”, afirma, apontando ainda a existência de interesses comerciais na polêmica, já que o instituto Jaime Lerner, comandado pelo ex-governador, recebe royalties pelo modelo de “Ligeirão” e estações tubo.

O professor descarta a alegação de que o metrô vai encarecer a tarifa. “Tem que ser subsidiado. Não temos volume de transporte que pague”, diz, apontando que o sistema hoje vive um círculo vicioso, com a redução de usuários do transporte coletivo, e o conseqüente encarecimento do sistema.  “Para distâncias de até sete quilômetros é mais barato o transporte individual do que o coletivo hoje”, aponta.
Ele também rebate o argumento segundo o qual o modelo previsto, de metrô de superfície aproveitando o traçado das canaletas de ônibus já existente não somaria em nada no sistema. “O metrô substitui naquela linha de forma melhor, até porque não tem que parar nos cruzamentos”, lembra.

Ratton, porém, não deixa de fazer críticas ao projeto da prefeitura. Segundo ele, a começar pelo fato do projeto não existir, já que não há detalhes sobre o mesmo, mas apenas “uma ideia”. (IS)

Fonte: Bem Paraná



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Equipe de Jaime Lerner defende soluções simples e acessíveis para trânsito de Uberaba

domingo, 24 de janeiro de 2010

Técnicos da Consultoria Jaime Lerner estiveram nesta semana em Uberaba para tratar do início dos trabalhos relacionados às alterações no trânsito do município. Segundo o consultor da Jaime Lerner, Taco Roorda, o trabalho a ser realizado pela equipe será focado em três vertentes principais."Uma das vertentes é relacionada à questão da mobilidade urbana, ou seja, tráfego e trânsito. Pretendemos oferecer uma série de contribuições para a melhoria do fluxo dos automóveis particulares em Uberaba.
A outra vertente é para o transporte coletivo, com o objetivo de oferecer condições melhores ao sistema de transporte, que traga conforto e comodidade para os usuários. Percebemos que as empresas [de transporte coletivo] que trabalham em Uberaba têm excelente qualidade operacional e a princípio não haverá muito a contribuir nesta área operacional do sistema. As contribuições nossas virão mais no aspecto funcional do sistema, que tipo de sistema irá operar em Uberaba para que o passageiro tenha mais flexibilidade e condições no seu deslocamento diário", informa Roorda.
Ainda segundo o consultor, a terceira vertente é lançar um olhar global em Uberaba, "para ver o que é a cidade, qual é a sua dinâmica econômica, quais são as tendências de crescimento e indicar e contribuir com algumas diretrizes e sugestões para uma futura revisão do plano diretor", observando que os dados serão "interessantes" e poderão ser apropriados nesta revisão.
Taco Roorda destaca que o trabalho que está sendo realizado pela consultoria de Curitiba aborda, principalmente, algumas questões relacionadas à identidade da cidade, aspecto da história e da cultura do município. "Estas propostas terão componentes ambientais, porque acreditamos que hoje existem três temas básicos que devem ser adotados em qualquer cidade com tamanho como Uberaba ou maior. O primeiro deles é a mobilidade, que já estamos tratando. O segundo tema é da identidade, que é o que a cidade traz de característica e lhe dá sua personalidade, e o terceiro tema é relacionado à sustentabilidade, que é um tema mundial. Estamos trabalhando um mundo que traga soluções e tecnologias apropriadas para o desenvolvimento e que seja ambientalmente e socialmente correto. Estas são as principais linhas de nosso trabalho", explica Roorda.
O consultor afirma que a consultoria defende, em todas cidades por onde passa, soluções simples, que não sejam de alto custo, de fácil implementação e, consequentemente, de fácil assimilação pela população.
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Grande Vitória terá 108 km de corredor exclusivo para ônibus

sexta-feira, 7 de maio de 2010


Na a manhã desta quinta-feira (06) um debate sobre as novas alternativas para o desenvolvimento da mobilidade urbana na Grande Vitória lançou a proposta do BRT Grande Vitória. Trata-se do projeto de corredores exclusivos para ônibus que será implantado nos municípios de Vitória, Serra, Vila Velha e Cariacica.
A implantação do projeto já se iniciou no municipio da Serra, nas obras que vão ligar os terminais de Jacaraípe e Laranjeiras, numa extensão de seis quilômetros. Ele será dividido em fases. O transporte coletivo corresponde a mais de 70% das viagens realizadas todos os dias. Por essa razão, de acordo com o secretario de Transportes e Obras Públicas, Neivaldo Bragato, o Governo do Estado já investiu mais de R$ 800 milhões em obras de mobilidade urbana, em parceria com os municipios.
O evento teve a palestra do arquiteto e urbanista Jaime Lerner, que é ex-prefeito de Curitiba, ex-governador do Paraná, responsavel pela impantação do Bus Rapid Transit (BRT) em Curitiba. Lerner falou sobre a importância do BRT, sua abrangência pelo mundo, e da experiência bem sucedida em Curitiba. "Quando começamos em Curitiba, em 1974, havia a dúvida: o sistema vai funcionar? Hoje o nosso BRT já tem 36 anos e está sendo implantado em 81 cidades do mundo. Naquela época, Curitiba tinha 700 mil habitantes e existia a ideia de que, quando chegássemos a um milhão, deveríamos implantar o metrô. Foi então que nasceu o BRT de Curitiba".
Mais que um corredor exclusivo para ônibus, o BRT é um sistema de elevada capacidade de transporte, operando com veículos modernos e prestando serviços de alta qualidade, com rapidez, pontualidade, conforto e eficiência operacional.
É um sistema "inteligente" que agrega a rapidez e a pontualidade dos metrôs à flexibilidade e economia dos sistemas de ônibus tradicionais. Com 52 quilômetros de extensão na Grande Vitória, o trecho prioritário percorrerá as vias onde há o maior volume de congestionamentos e por onde circulam as linhas troncais.
O corredor para ônibus traz além de melhor qualidade, mais segurança e redução do tempo de viagem para os passageiros, garantiu o secretário. "Para que isso aconteça, ônibus antigos sofrerão uma redução e esse novo poderá levar 270 pessoas e vai custar menos que os metrôs. Além disso, os passageiros vão pode usar o celular para saber o horário e onde está o ônibus que precisa. Tudo será melhor", afirma Bragato.
O secretario ainda diz que o projeto do BRT capixaba terá 108 quilômetro de corredor, que ligará o terminal de Laranjeiras, na Serra, passando por Vitória, o de Campo Grande, em Cariacica, e o de Vila Velha - este com rotas pela terceira ponte e avenida Carlos Lindenberg. Inicialmente, o BRT da Grande Vitória terá 40 quilômetros de extensão e fará o atual caminho dos ônibus articulados do Transcol.
Nesta nova estrutura, os ônibus usariam a faixa da esquerdo ao lado dos canteiros, alterando o local das portas e dos pontos de embarque e desembarque. "Esses ônibus novos terão portas dos dois lados facilitando o embarque e desembarque dos passageiros", disse.
Os ônibus serão controlados via satélites ajudando a identificar os pontos de crise. Como já acontece em Curitiba, o BRT da Grande Vitória terá combustível com parte de Biodiesel ou alguns ônibus da frota formando uma linha verde. "Além da questão do trânsito, é preciso cuidar do meio em que vivemos. Os carros são grandes poluidores de ar, então, é preciso reverter este quadro. E garanto, é possível melhorar a qualidade de vida em menos de três anos", disse o arquiteto e urbanista, Jaime Lerner.
O prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, também presente no lançamento, falou da importância de evoluir a mobilidade urbana do Estado do Espírito Santo. "A questão de transporte era despercebidas, mas hoje é necessária essa prioridade. Nossa cidade sofre com o impacto da mobilidade urbana e é preciso cuidar para que isso não piore. A Serra, por exemplo, cresce 16% ao ano sua população. Isso é um exemplo significativo e se não nos prepararmos para o futuro, teremos problemas sérios".

Fonte: ES Hoje
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No Recife, Projetos para a avenida Agamenon Magalhães não saíram do papel

terça-feira, 28 de julho de 2015

Dos espaços idealizados em maquetes, a Avenida Agamenon Magalhães é um dos que mais receberam projetos que não saíram do papel nesta última década. Em 2009, o urbanista Jaime Lerner trouxe para a cidade um desenho futurista de uma Agamenon com um elevado sobre o canal em toda sua trajetória com um espaço segregado para o transporte público.

O projeto, contratado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE), tinha como propósito a implantação do corredor Norte/Sul nos moldes do BRT. Pelo projeto de Lerner, as estações ficariam sobre o canal e sob o elevado e o ônibus não teria nenhum contato com o tráfego misto.

Dois anos depois, o governo do estado apresentou um outro projeto para o corredor Norte/Sul no trecho da Avenida Agamenon Magalhães. O elevado de Jaime Lerner ao longo do canal ficaria de fora e, no lugar dele, quatro viadutos cortando os principais cruzamentos da perimetral.

A proposta do governo era garantir velocidade para o transporte público com uma faixa exclusiva para o BRT ao lado do canal e não mais em cima. Os viadutos acabaram provocando uma forte reação da sociedade e o estado recuou e não levou o projeto adiante.

Para o corredor Norte/Sul foi desenhado um terceiro projeto. Os viadutos saíram, mas a faixa exclusiva ao lado do canal e as estações sobre o canal foram mantidas. O projeto passou a ser chamado de ramal da Agamenon. Ou seja, o corredor Norte/Sul passa pela Avenida Cruz Cabugá, que está em obras, e outro ramal passará pela Agamenon. O projeto era para ficar pronto até a Copa, ainda não saiu do papel. E não há previsão de quando o ramal será construído ou se a Agamenon receberá um quarto projeto ainda nesta década.

Segundo o secretário adjunto da Secretaria das Cidades, Gustavo Gurgel há pendências com o consórcio responsável pela obra, orçada em R$ 96 milhões. "Estão sendo revistas questões contratuais com consórcio Heleno Fonseca/Consben referente a remanescentes do início da obra e adequação ao modelo determinado pelo Tribunal de Contas da União. A empresa alega que a adequação determinada pelo TCU é anterior à assinatura do projeto", revelou Gurgel. A Secretaria das Cidades decidiu não dar prazo de início das obras na Agamenon. "Não temos como precisar, pois se não houver acordo com a empresa teremos que refazer a licitação".

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Metrô em Curitiba provoca polêmica

segunda-feira, 17 de maio de 2010


A chegada do metrô a Curitiba está provocando discussões sobre o futuro do sistema de transporte urbano da capital paranaense, considerado exemplar e imitado em mais de 80 países.

Para alguns urbanistas, a implantação do transporte subterrâneo na capital paranaense é bem-vinda como um complemento para o sistema de transporte adotado no município, batizado de Bus Rapid Transport (BRT), que já exibe sinais de estrangulamento por conta do próprio crescimento da cidade. Para outros, entre eles o ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná, Jaime Lerner, que introduziu o BRT na cidade nos anos 70, o sistema de transporte por superfície necessita apenas de ajustes, dispensando-se a necessidade da introdução do metrô, um meio de transporte cuja implantação é considerada cara.

O metrô de Curitiba terá 22 quilômetros de extensão, repartidos entre 21 estações, ligando os terminais de ônibus de CIC Sul, na Zona Sul da cidade, e Santa Cândida, na zona Norte. O metrô atenderá a Zona Sul de Curitiba, a região da cidade que mais cresce, diz o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Cléver de Almeida.

Sua construção demandará investimentos de R$ 3,5 bilhões. A primeira fase, que abrangerá 13 quilômetros entre CIC Sul e a praça Eufrásio Correia, no centro da cidade, terá um custo de R$ 2 bilhões e deverá estar concluída no inicio de 2014, antes, portanto, do início da Copa do Brasil, que terá Curitiba como uma das cidades-sede.

Segundo ele, algumas características do projeto do metrô serviram para reduzir o seu custo. O presidente do Ippuc diz que 8 quilômetros do metrô serão construídos a uma profundidade mais baixa, com redução dos custos das suas obras. Além disso, o metrô será construído seguindo o traçado da Linha Verde, outro projeto de entroncamento de transporte por ônibus que está sendo implantado, que resultará em redução dos valores de desapropriações.

Precisamos fugir desse falso dilema da mobilidade urbana dividida entre o automóvel e o metrô, diz Lerner. A cidade não se viabiliza somente com o automóvel e não pode ficar aguardando o metrô, que às vezes não vem. Ele acrescenta que frequentemente, quando se pensa em metrô, se imagina que ele estará ali, na porta de casa, destacando que a construção de linhas do transporte subterrâneo exige vultosos investimentos.

Em artigo publicado na imprensa paranaense, Lerner afirmou que são transportados diariamente 2,3 milhões de passageiros no sistema de transporte em superfície, mais ou menos o mesmo que o metrô de São Paulo, ou o metrô e o trem de subúrbio do Rio de Janeiro, juntos.

Lerner defende a continuidade e aprimoramento do sistema.. Ele abriu um caminho para Curitiba. Temos pela frente um longo caminho no que se refere ao aperfeiçoamento desse sistema, diz. Confrontado com as críticas de que o sistema de transporte por ônibus articulados que trafegam em canaletas exclusivas apresenta pontos de estrangulamento, Lerner defende a retomada da eficiência com sincronia dos semáforos para que os ônibus parem o mínimo possível.

Tem de se manter uma frequência de passagem dos ônibus nas estações-tubo de no máximo 30 segundos.

Fonte: Intelog
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Recife: Corredores de ônibus fogem do projeto

quarta-feira, 25 de agosto de 2010


A eficiência dos corredores exclusivos de ônibus que vão ligar Igarassu a Jaboatão dos Guararapes pelo Norte/Sul e a Avenida Conde da Boa Vista a Camaragibe pelo Leste/Oeste está em risco. O modelo idealizado pelo arquiteto e urbanista Jaime Lerner, que implantou o sistema de Curitiba, não será exatamente como ele planejou. O projeto sofrerá alterações que podem comprometer a velocidade dos coletivos e a segurança dos usuários. Um dos pré-requisitos para o bom funcionamento do modelo do Transporte Rápido por Ônibus (TRO), além das pistas exclusivas, são as estações de embarque e desembarque no mesmo nível do piso dos ônibus e com pagamento antecipado. É o que se previa. Mas não vai ser bem assim. Não em todo o percurso dos dois corredores.
Entre as mudanças previstas no projeto está o trajeto. O Norte/Sul, por exemplo, encolheu. Não ligará mais Igarassu a Jaboatão dos Guararapes. O fim da linha será a Barão de Souza de Leão. O desvio é um ajuste improvisado uma vez que Jaboatão não está inserida no consórcio de transporte metropolitano. Depois da Domingos Ferreira, os ônibus seguirão pela Barão de Souza de Leão até o Terminal Integrado do Aeroporto. Na Domingos Ferreira, o corredor também sofrerá adaptações. O padrão das estações não poderá ser adotado na via até que o projeto da Via Mangue seja implantado.
"Estamos propondo segregar uma via em um sentido para os ônibus. Mas ainda falta ainda a liberação da Prefeitura do Recife", explicou a coordenadora de planejamento do Grande Recife, Ivana Wanderley. Mas não é só isso. As estações de embarque previstas no projeto de Jaime Lerner, ao longo do corredor, sofrerão mudanças de acordo com os trechos. No Norte/Sul, as estações só vão começar depois do Terminal Pelópidas da Silveira, em Paulista. "De Igarassu a Paulista, os embarques pelo TRO serão feitos nos terminais integrados de Igarassu, Abreu e Lima e Paulista. As outras paradas ao longo da pista vão continuar nomais para as linhas comuns", explicou Ivana Wanderley.
Asparadas "normais" existente hoje no trecho da PE -15 são quase um atentado. Não apenas pelas condições de abrigo, mas também de acesso. Na maioria não há semáforos para a travessia e os motoristas não respeitam a faixa de pedestre. O corredor central é tomado de vegetação por onde o pedestre é obrigado a caminhar até alcançar a parada. "Essas paradas não terão o padrão das estações de embarque, mas serão melhoradas, inclusive com acessibilidade", garantiu a coordenadora do planejamento.
No Leste/Oeste, que inicia na Avenida Conde da Boa Vista, ao contrário do que chegou a anunciar o presidente do Grande Recife, Dílson Peixoto, não haverá adaptação nas condições das paradas a exemplo das estações fechadas com pagamento antecipado. A nova proposta é iniciar a implantação a partir do Derby. "A Avenida Conde da Boa Vista já foi feita pelo município, está pronta. E a tendência, com a implantação do restante dos terminais integrados, é que o número de ônibus no centro reduza, desafogando as paradas", acredita IvanaWanderley.
A implantação há dois anos do corredor exclusivo de ônibus da Avenida Conde da Boa Vista foi uma das obras viárias mais polêmicas na cidade. Uma das maiores críticas dos usuários é quanto a pouca eficiência das paradas de ônibus. "São muito ruins. Tem cadeira. Mas quem senta é capaz de perder o ônibus. Ando sempre de transporte coletivo e inda não vi nada de bom nessa reforma", criticou a técnica em enfermagem Ivanise Oliveira, 63 anos.



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Recife: Governador vai decidir até 30 de março qual o modelo que será adotado para o corredor Norte/Sul

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Qual será a cara da Agamenon Magalhães na Copa de 2014? As projeções feitas dentro do modelo desenhado pelo urbanista Jaime Lerner para o corredor Norte/Sul, que prevê um elevado sobre o canteiro central para os ônibus, pode não acontecer. No lugar do BRT (Transporte Rápido por Ônibus) pode entrar em cena o monotrilho (uma espécie de metrô sobre um único trilho). A definição do tipo de modal a ser implantado nos três corredores de tráfego (Norte/Sul, Leste/Oeste e Avenida Norte), que até hoje não foram licitados, depende da escolha do governador Eduardo Campos. Mas já levanta discussão entre os especialistas.

O projeto que terá o monotrilho está sendo elaborado pela Odebrecht, enquanto o BRT foi bancado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE). O governador deverá decidir até 30 de março qual o modelo será adotado no estado. Um prazo bastante apertado se for levado em conta que os municípios têm até o dia 3 de abril para enviar os projetos para participação nos recursos do PAC da Mobilidade. No caso de Recife os projetos serão definidos em parceria com o estado, inclusive os corredores. Com a mudança de estratégia está havendo uma verdadeira correria das empresas e consultorias para adaptar os projetos às determinações do governador. O recado é para que exista mais de uma alternativa viária para os corredores. Outra orientação é que sejam projetos viáveis de serem implantados. E, o mais importante, que não tragam impacto na tarifa.

Para o consultor do Urbana-PE, João Braga, no caso do projeto de Jaime Lerner um dos pontos que estão sendo discutidos é o elevado da Agamenon Magalhães. ´O elevado é talvez o ponto mais polêmico e o governador sugeriu apresentar uma segunda alternativa dentro do projeto do Norte/Sul`, revelou. A empresa Odebrecht informou, por meio da assessoria, que só vai se pronunciar no caso de firmar contrato com o estado.

De acordo com o engenheiro e consultor de transporte urbano Germano Travassos há um equívoco quando se prioriza o modal antes de se definir a rede. ´Não conheço a proposta do monotrilho. Mas não vejo hoje como ele seria implantado. Se for pela Agamenon o que acontecerá com as pessoas que querem ir para o Centro? Haverá um transbordo e todo mundo pega ônibus?`, questionou. Para o chefe do departamento de arquitetura e urbanismo da UFPE, César Cavalcanti, a proposta do monotrilho puxa pela sofisticação. ´A pergunta é se há outro modelo que faça a mesma função e que não seja tão caro? E a resposta é: existe sim, o ônibus`, apontou.

Fonte: Diário de Pernambuco

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Projeto para melhorar trânsito em Niterói está em busca de parcerias

quarta-feira, 4 de agosto de 2010


Passados nove meses da apresentação do Plano Municipal de Transporte e Trânsito, elaborado pelo escritório do arquiteto paranaense Jaime Lerner, a Prefeitura parece ter começado a correr atrás da viabilização do projeto. O presidente da Niterói Transporte e Trânsito (NitTrans), Sérgio Marcolini, esteve nesta terça-feira em Brasília em busca de parcerias para a execução das intervenções, que tinham prazo de dois anos para serem concluídas. No entanto, o atraso na execução do projeto revolta motoristas da cidade, que reclamam do tráfego.
Conhecido como Projeto Jaime Lerner, o plano foi apresentado em outubro de 2009, como a grande solução para desafogar o trânsito na cidade. Baseado no sistema de Bus Rapid Transit (BRT) – de operações de ônibus semelhantes às de um metrô de superfície –, o projeto prevê a construção de quatro terminais de ônibus interligados e dois mergulhões, além de um viaduto de pequeno porte na Rua Washington Luiz, junto à Avenida Jansen de Mello. Outras intervenções menores em pontos distintos também seriam feitas.
O orçamento inicial do projeto era de R$ 205 milhões, sendo R$ 85 milhões investidos pelo Poder Público e o restante pela iniciativa privada - graças à Lei das Parcerias Público-Privadas (PPPs). Uma audiência pública para apresentação do projeto já foi realizada em março deste ano.
No entanto, do prazo de dois anos dado para a implantação do projeto, já se passaram nove meses sem que nenhuma intervenção tenha sido realizada. O presidente da NitTrans confirma que o plano ainda não foi iniciado, mas afirma que está tentando viabilizá-lo.
“Estou em Brasília justamente buscando parcerias para a implantação do projeto”, disse, nesta terça-feira, por telefone, Sérgio Marcolini.
Enquanto a Prefeitura não inicia a execução do projeto, motoristas reclamam das condições de tráfego na cidade. Quem passa pelas principais vias acredita que a situação só tem piorado e as intervenções estão se tornando cada vez mais urgentes.
“Hoje (terça), um acidente em Alcântara trouxe um reflexo enorme a Niterói e sempre é assim. Alguma coisa precisa ser feita porque a cidade não pode ficar nessa situação”, afirma o professor Edney Castelo Branco, de 36 anos.
A enfermeira Raquel Araújo, de 26 anos, diz que a cidade está em situação caótica.
“O trânsito está sempre muito congestionado e precisa de intervenções urgentes”.
“Alguma coisa precisa ser feita, porque o trânsito só tem piorado”, acredita o comerciante Júnior Ramoa, 22 anos.
Fonte: O Fluminense


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Sistema implantado nos corredores do Grande Recife não é considerado BRT

sexta-feira, 22 de maio de 2015

O criador do sistema BRT, o urbanista Jaime Lerner, primeiro a implantar um modelo de transporte com corredores exclusivos e segregados para ônibus, estações em nível e pagamento antecipado, na década de 1970 em Curitiba, afirma que o sistema implantado no estado não condiz com as premissas de seu modelo.
Foto: Aline Soares Especial DP/D.A.Press

Exportado para o mundo inteiro na sigla de Transporte Rápido por Ônibus (Bus Rapid Transit), foi também escolhido para dois corredores de transporte da RMR: Norte/Sul e Leste/Oeste. Previstos para serem entregues até a Copa, os dois corredores chegaram ao primeiro semestre de 2015 sem operar da forma prevista.    

Sem faixa segregada ao longo do seu percurso, os ônibus do BRT ficam presos nos congestionamentos e até mesmo nos trechos onde a faixa é exclusiva ocorrem invasões por falta de segregação do espaço. Pelo menos duas estações de BRT (Tacaruna e Prefeitura) tiveram parte do teto danificado por caminhões na faixa destinada ao ônibus. “Não acompanhei as obras, mas isso não é BRT”, ressaltou Jaime Lerner em entrevista durante um seminário de mobilidade promovido, na última quarta-feira, pela Volvo, em Curitiba.

Informações: Diário de Pernambuco
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Grande Recife retoma projeto dos corredores

sexta-feira, 27 de agosto de 2010


Um dia depois de ter revelado mudanças no projeto proposto pelo urbanista Jaime Lerner para o sistema viário da Região Metropolitana do Recife, que prevê a implantação dos corredores exclusivos de ônibus, o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano voltou atrás e anunciou que a estrutura original do projeto vai ser mantida. A outra boa notícia é que o estado vai assumir a requalificação das paradas da Avenida Conde da Boa Vista, que vão ter o mesmo modelo do Corredor Leste/Oeste com estações fechadas e pagamento antecipado.

O presidente do Grande Recife, Dilson Peixoto, revelou ainda que a Avenida Domingos Ferreira, em Boa Viagem, vai mesmo fazer parte do corredor Norte/Sul e não será mais necessário negociar uma via segregada para os ônibus, uma vez que a licitação da Via Mangue já está em andamento. "Com a obra da Via Mangue, a Domingos Ferreira volta a fazer parte da estrutura original do corredor Norte/Sul nos dois sentidos", disse Peixoto.

Já sobre o trecho do corredor Norte/Sul, que deixariade passar por Jaboatão dos Guararapes, ele explicou que já está sendo negociada com o município uma via para a passagem do corredor de transporte. "O projeto prevê o corredor até a estação de Cajueiro Seco. Estamos negociando com o município uma via para viabilizar o percurso", ressaltou. Mesmo assim, segundo Dilson Peixoto, a Rua Barão de Souza Leão vai continuar sendo uma opção do corredor para fazer uma ligação com o Terminal do Aeroporto. "Por causa do corredor, as paradas da Barão também vão estar no mesmo padrão do piso nivelado e pagamento antecipado", afirmou.

Ainda no corredor Norte/Sul, o presidente do Grande Recife justificou a estratégia de não usar estações de embarque no padrão do Transporte Rápido por ônibus (TRO) ao longo da PE-15, entre Igarassu e Paulista. Segundo ele, uma pesquisa revelou que o fluxo nas paradas não se justificaria. "Vamos ter estações nos terminais e veículos expressos que não vão parar ao longo da pista. As linhas alimentadoras com ônibus comuns vão atender a essas paradas", afirmou. Ouvido pelo Diario, o arquiteto Carlos Ceneviva, do escritório de Jaime Lerner, explicou que essa não seria a melhor a estratégia. "É uma opção usar a linha expressa, mas não vejo como a mellhor forma de aproveitar a estrutura de um corredor exclusivo e com ônibus adaptados", afirmou.

Segundo o arquiteto, o que garante a frequência dos intervalos e a velocidade dos coletivos, além das pistas exclusivas, são as estações de embarque com piso no mesmo nível, a exemplo do metrô, e pagamento antecipado. A licitação para as obras dos corredores Norte/Sul, Leste/Oeste e ainda a requalificação da Avenida Norte, que estava prevista para o mês de junho, deve ocorrer ainda neste semestre. "Não posso afirmar a data exata, mas pretendemos licitar essas três obras ainda em 2010", disse Dilson Peixoto.



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BRT trará modernidade para a cidade de Aracaju

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Alta capacidade, velocidade, segurança e eficiência, tudo isso concentrado em um sistema de transporte público rápido e cômodo para a população. Assim é o BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus), que em breve será utilizado pelos aracajuanos, ajudando a solucionar os históricos problemas de mobilidade urbana na capital sergipana.

Além de Aracaju, mais de 150 cidades no mundo já perceberam os benefícios dessa modalidade de transporte que, além da agilidade por conta dos corredores exclusivos, é uma opção mais barata que os modelos utilizados sobre trilhos. A implantação do BRT em vias de concreto custa entre R$ 3 e R$ 5 milhões por cada quilômetro, valor que se torna ainda menor quando o sistema é utilizado em vias de asfalto.
É o caso de Aracaju, onde o valor por quilômetro deverá sair 40% mais barato, algo em torno de R$ 1,8 milhão, preço bastante diferente do que seria gasto se a opção fosse a criação de linhas de metrô - que custam entre R$ 120 e R$ 200 milhões por quilômetro. O mesmo gasto vultoso seria a criação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que custaria aos cofres públicos um montante entre R$ 30 e R$ 50 milhões por cada quilômetro.

BRT em Aracaju

A capital sergipana será beneficiada com o sistema moderno e ágil em corredores espalhados de norte a sul da cidade. O BRT passará pelas avenidas Augusto Franco (Rio de Janeiro), Hermes Fontes, Coelho e Campos, São Paulo, Maranhão e Visconde de Maracaju, onde serão construídas estações.

O BRT irá garantir o deslocamento de 20 mil passageiros por hora, dando ao trânsito da cidade uma fluidez inédita.

BRT pelo Brasil

Curitiba, pioneira neste sistema, possui um serviço de transporte coletivo considerado modelo no país após a implantação do BRT. Toda a obra foi elaborada pela equipe do escritório de arquitetura Jaime Lerner e Associados, o mesmo contratado pela Prefeitura de Aracaju.

No Rio de Janeiro, o sistema foi implantado, também por Jaime Lerner, com sucesso para melhor servir o público que a cidade recebeu na ocasião da Copa das Confederações (em junho deste ano). A satisfação dos cariocas já é tanta que o veículo foi apelidado de ligeirão.

Na última terça-feira, 15, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a melhoria no transporte também vai chegar a Salvador. Na capital baiana o BRT vai interligar, através de um corredor exclusivo de 13 km, a Lapa ao Iguatemi.

Além dessas capitais, o sistema já é utilizado em São Paulo (implantado na gestão de Celso Pita), Brasília (também feito para a Copa das Confederações), Goiânia e Uberlândia (MG), e está em fase de implantação em Belém, Uberaba (MG) e Belo Horizonte - sendo instalado para a Copa do Mundo.

Ascom AAN
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Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

 
 
 

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