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São Paulo ganha mais 20 km de faixas exclusivas

sábado, 21 de setembro de 2013

A cidade de São Paulo ganhará mais 20,4 km de faixas exclusivas de ônibus na segunda-feira, 23, totalizando 190,2 km desse tipo de mecanismo já implantados nas vias paulistanas. Os dispositivos ficarão em vias de todas as regiões da capital.

No centro, o corredor norte-sul receberá 1,5 km de faixas só para os coletivos nas Avenidas Tiradentes e Cásper Líbero, na Rua Brigadeiro Tobias e no Túnel Anhangabaú, no sentido aeroporto.
A restrição, no caso da Avenida Tiradentes, será entre as Ruas São Caetano e Mauá, do lado esquerdo. Já na Cásper Líbero, o mecanismo vigorará entre as Ruas Washington Luís e a Praça Alfredo Issa, também à esquerda. O túnel, por sua vez, ganhará a faixa no lado direito da via. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a restrição para os demais veículos vai vigorar das 6h às 22h, de segunda a sexta-feira, e, aos sábados, das 6h às 14h.

Com funcionamento previsto também de 6h a 22h nos dias úteis, uma faixa de 300 metros passará a existir na Rua Bernardino de Campos (continuação da Avenida Paulista), na zona sul, entre as Ruas Tomás Carvalhal e Estela, no sentido Paraíso.

O bairro do Cambuci, na região central, terá ativados 1,9 km de faixas exclusivas nas Ruas Luís Gama, Silveira da Mota, Otto de Alencar e Barão de Iguape. Essa segregação vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 6h às 9h, no sentido centro.

Na Avenida Eliseu de Almeida, na zona sul, a CET irá interligar os trechos de faixas exclusivas que já existem na via, entre as Avenidas Deputado Jacob Salvador Zveibil e Ministro Laudo Ferreira de Camargo. Dessa forma, a exclusividade para os coletivos será ampliada em mais 1,8 km. Nas faixas à direita, apenas os ônibus poderão circular das 6h às 9h no sentido centro e das 17h às 20h na direção oposta. A restrição aos demais veículos valerá de segunda a sexta-feira.

A região da Vila Madalena, na zona oeste, também receberá uma faixa exclusiva para ônibus. A Rua Heitor Penteado, por onde passam 10 linhas de ônibus, ganhará 1 km do dispositivo, entre a Rua João Moura e a Avenida Doutor Arnaldo. Ela vai vigorar de segunda a sexta-feira, entre 6h e 22h, no sentido Dr. Arnaldo.

Importante eixo do transporte coletivo da zona leste, a Avenida Celso Garcia, por onde rodam 240 ônibus por hora nos períodos de maior movimento, passará a contar na segunda-feira com 2,5 km de faixas exclusivas para os ônibus municipais. O mecanismo estará entre as Ruas Marcos Arruda e Coronel Rodovalho. A nova faixa à direita, no sentido bairro, operará de segunda a sexta-feira, das 17h às 20h.

Quato vias da Vila Matilde, na zona leste, terão 3,5 km de faixas exclusivas a partir de segunda-feira: Ruas Alvinópolis, Maria Carlota, Padres Olivetanos e Viaduto Carlos de Campos. Elas operarão das 6h às 9h no sentido centro e, no contrário, das 17h às 20h, de segunda a sexta-feira.

Itaquera ganhará mais 900 metros de faixa para ônibus na Rua Tomazzo Ferrara, entre a Avenida Itaquera e a Rua Doutor Luiz Ayres. Ela vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 6h às 9h, no sentido centro. Por ali, circulam 28 linhas de ônibus municipais, com demanda de 210 mil passageiros por dia útil.

Também na zona leste, a Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, na Vila Prudente, passará a ter faixas exclusivas para os ônibus. Os 4,1 km do mecanismo, que beneficiarão as 16 linhas de coletivos que atendem a via, ficarão entre as Ruas Francisco Fett e Itamumbuca. No sentido centro, a restrição vigorará das 6h às 9h. No rumo oposto, a proibição irá das 17h à 20h. Sempre de segunda a sexta-feira. Ao todo, cerca de 224 mil passageiros devem ser beneficiados por dia útil, informou a CET.


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No vizinho bairro da Mooca, é a vez de a Rua dos Trilhos ganhar uma faixa exclusiva à direita para os ônibus. Ela ficará em um trecho de 1,2 km entre as Ruas Clark e Doutor Almeida Lima, na direção do bairro, com horário de funcionamento das 17h às 20h, de segunda a sexta-feira. Para a ativação do dispositvo, a CET mudou a regulamentação de estacionamento entre as Ruas Clark e Juvenal Parada.

Do outro lado da cidade, a Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, na zona norte, vai disponibilizar aos passageiros de ônibus 1 km de faixa exclusiva a partir de segunda-feira. A medida valerá das 6h às 9h e das 17h às 20h em ambos os sentidos da via, de segunda a sexta-feira.. No sentido centro, a restrição existirá entre as Ruas Antonio Pais de Sade e Antonio Pinto e Silva. Na pista oposta, a proibição terá validade no trecho de 100 metros antes da Rua Antonio da Silva Guimarães e no percurso de 280 antes da Rua Agostinho de Angola. Em comum a ambos os sentidos, haverá faixa só para ônibus à direita entre a Rua Agarum e a Avenida Miguel de Castro.
Ainda na zona norte, 700 metros de faixa de ônibus começam a funcionar na segunda-feira nas Ruas Duarte de Azevedo e Jovita, na região de Santana. Os coletivos terão a prioridade reforçada nessas vias na janela das 17h às 20h, de segunda a sexta-feira, sentido bairro.

Multas. A Prefeitura planeja abrir ao menos mais 30 km de faixas, totalizando 220 km até o fim de 2013. O objetivo inicial era que os 150 km originais fossem abertos até o fim da gestão Fernando Haddad (PT), em 2016. Especialistas em transportes sustentam que as faixas exclusivas são uma opção paliativa para resolver o problema do deslocamento dos ônibus.

A CET não divulgou quando começa a aplicar multas para os motoristas que não respeitarem as faixas exclusivas dos ônibus nesses locais. A infração, considerada leve pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), custa R$ 53,20 e rende três pontos na carteira de habilitação. As multas, segundo a reportagem apurou, devem se iniciar até o fim de setembro.

Informações: Estadão
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Motorista de carro de SP deve migrar para ônibus, diz secretário

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, disse nesta segunda-feira (5) que o motorista de carro deve migrar para o transporte público para fugir dos congestionamentos. A afirmação foi feita durante entrevista ao Bom Dia São Paulo, ao responder à pergunta de um telespectador que se queixou de gastar mais tempo em seus deslocamentos diários após a adoção de faixas exclusivas para ônibus.

Apenas nesta segunda-feira, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) inaugurou mais 10,4 km de faixas exclusivas para ônibus no Corredor Norte-Sul. As faixas foram implantadas em trechos da Avenida 23 de Maio, Rubem Berta, Professor Ascendino Reis, Moreira Guimarães, Washington Luís e Jornalista Roberto Marinho. Segundo Tatto,  a Prefeitura pretende ampliar as faixas exclusivas e corredores para aumentar a velocidade média dos coletivos e diminuir o tempo de espera do passageiro.


“Não tem solução [para aumento da lentidão para carros após faixas exclusivas para ônibus] . O espaço não é democrático. O motorista de carro deveria agradecer o usuário de ônibus pelo fato de ele estar usando o ônibus. Você tem uma parte que é cultural. Às vezes a pessoa mora num lugar que tem o Metrô, tem o ônibus, tem uma rede adequada, é de boa qualidade, e ela vai de carro trabalhar. Então, isso é uma mudança cultural. Às vezes as pessoas saem daqui, viajam para fora, para outro país, lá anda de metrô e ônibus e aqui não quer andar”.

O secretário afirma que a velocidade média dos ônibus em São Paulo, de 13 km/h, é inaceitável. “Para resolver este problema, a Prefeitura está inaugurando nesta segunda-feira mais 10 km de faixa exclusiva na Avenida 23 de Maio e vamos interar mais 100 km de faixas exclusivas [até o final do ano]. O projeto este ano é ter 220 faixas exclusivas além dos 150 corredores de ônibus até 2016”.

Apesar de incentivar o uso do transporte coletivo, o secretário admite que o serviço não é de boa qualidade. “Reconhecemos que a qualidade do sistema do transporte não é bom, principalmente na periferia. Mas na região central, no Centro expandido, você tem uma rede de ônibus e Metrô que é adequada. No horário de pico em todos os lugares do mundo, nas grandes cidades, o ônibus é lotado, não é só São Paulo”.

Um dos grandes desafios da administração pública, segundo Tatto, é reorganizar o sistema do transporte. “Tem lugares que faltam ônibus e tem lugares que tem ônibus sobrando. É um problema de organização do sistema, mas também não podemos tapar o sol com a peneira: a cidade de São Paulo precisa de uma rede ferroviária que não existe, tanto da CPTM quanto do Metrô, porque o ônibus é um transporte auxiliar, ele não é um transporte de massa, ele tem que ajudar o transporte de massa. Na medida em que você não tem esse transporte de massa, que é o Metrô, o ônibus precisa dar conta”.

M'Boi Mirim
Jilmar Tatto explicou que um dos motivos para o gargalo na Estrada de M'Boi Mirim, na Zona Sul da capital, acontece porque a reorganização dos transportes não foi concluída e dificulta o tráfego de ônibus.
“Na M’Boi Mirim você tem o corredor de ônibus do lado esquerdo e ao mesmo tempo você tem lá os micro-ônibus que ficam do lado direito. Isso está errado, mas não dá para mudar de uma hora para outra porque precisamos seccionar estes ônibus no terminal. O Ângela [terminal] e o [terminal] Guarapiranga estão abarrotados, por isso está dentro do projeto da Prefeitura construir um novo terminal para seccionar estas linhas no sentido de amenizar o problema”.

Segundo o secretário, a cidade ficou muito tempo parada sem investimento no transporte público. “O que estamos fazendo agora é acelerar e construir terminais, corredores, fazendo faixas exclusivas, e agora reorganizando as linhas", disse Tatto.

Informações: G1 São Paulo
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Corredores reduzem tempo de deslocamento e esperas de ônibus

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A cada dia ocorrem em São Paulo cerca de 10 milhões de embarques em 15 mil ônibus de 1,3 mil linhas para percursos em ruas disputadas com 5,4 milhões de veículos particulares. Mais de dois terços da população da cidade, ou 68%, utilizam o meio de transporte e não há alternativa satisfatória em curto ou médio prazo. O subdimensionamento da rede de metrô, sistema capaz de atender apenas a uma pequena parte das necessidades de deslocamento, faz daqueles veículos coletivos o meio principal para os percursos na metrópole – muitas vezes com uma longa história de má reputação devido à lentidão e a uma consequência inevitável: a superlotação.
Foto: Fábio Arantes

Esse quadro começou a mudar em 2013, quando a prefeitura de São Paulo criou 150 faixas exclusivas para ônibus nos principais corredores de tráfego, o dobro da extensão existente até então. As faixas foram implantadas nas vias com frequência superior a 40 ônibus por sentido nos horários de pico.

Três anos depois, a meta foi superada em 259%, e o total de corredores atingiu 481,2 quilômetros em julho do ano passado, segundo o monitoramento do programa de 2013-2016 feito pelo Planeja Sampa, site da prefeitura.

Diversas pesquisas comprovaram a melhora e chegaram aos seus próprios números. Segundo uma aferição do Observatório de Indicadores da Cidade de São Paulo, houve “substantiva melhora” nos tempos médios de percurso das linhas do sistema de transporte. No horário de pico da manhã, na direção bairro-centro, a duração dos trajetos dos ônibus diminuiu de 66 minutos em 2012 para 61 em 2014. No pico da tarde, na direção centro-bairro, caiu de 69 minutos para 64.

Uma consequência previsível da redução do tempo de percurso foi a diminuição do número de passageiros por veículo por quilômetro percorrido nos dias úteis, de 830 em 2012 para 729 em 2014.

O encurtamento da duração das viagens e o desafogo da lotação dos ônibus beneficiou bairros como o do Capão Redondo, distrito da região sudoeste localizado a 18 quilômetros do centro e vinculado à subprefeitura do Campo Limpo, com 268,7 mil moradores distribuídos em bairros e favelas. Com a implantação de uma faixa exclusiva para os ônibus na avenida Ellis Maas e melhorias para facilitar o tráfego em vias conexas, a velocidade das 23 linhas de veículos coletivos daquele eixo de transporte dobrou.

Na prática, os usuários dos 173 veículos coletivos que transitam por hora na Ellis Maas no pico da manhã passaram a poupar 40 minutos por dia. O resultado é um dos melhores dentre os sete principais gargalos do trânsito da cidade desafogados com a implantação dos corredores.

Os Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município de 2014, divulgado pela Rede Nossa São Paulo e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, mostram uma diminuição no tempo de espera nos pontos de ônibus, menor duração dos deslocamentos e maior pontualidade no transporte coletivo. A pesquisa aponta uma redução de cinco minutos no tempo médio de espera nos pontos de ônibus, item avaliado com nota 4,4 em 2014 (contra 3,9 de 2013). A pontualidade dos ônibus recebeu nota 4,3 (no anterior era 4,0) e o tempo de deslocamento na cidade, 4,1 (contra 3,7 de 2013). A nota do item Transporte, Trânsito e Mobilidade subiu de 3,9, para 4,1.

Segundo uma pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo e pelo Ibope, a aprovação das faixas exclusivas para ônibus “continua alta”, com 90% dos entrevistados favoráveis à “ampliação das faixas”. Um total de 71% dos entrevistados deixariam de usar o carro “caso houvesse uma boa alternativa de transporte”, o equivalente a 2,3 milhões de pessoas, ou 26% dos paulistanos.

“Em 2014, o aspecto mais favorável à atração de usuários refratários ao uso de ônibus é a diminuição do tempo de espera pela condução (para 28% dos que nunca utilizam o meio de transporte), seguida de mais linhas de ônibus que cubram percursos não atendidos atualmente (para 26% dos que nunca utilizam ônibus)”, aponta um trecho do relatório da pesquisa Rede Nossa São Paulo/Ibope.

Um levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego feito só nos 59,3 km de faixas exclusivas de ônibus implantadas em 2014 mostrou uma elevação da velocidade média dos ônibus de 12,4 quilômetros por hora para 20,8 quilômetros por hora. O melhor resultado, segundo a CET, ocorreu na faixa da ponte do Jaguaré, na região Oeste, com aumento de 317,3% na velocidade, indo de 10,8 quilômetros por hora para 44,9 quilômetros por hora. As faixas exclusivas melhoraram o desempenho dos ônibus em 140%, de 12,1 quilômetros por hora para 29,3 quilômetros por hora na avenida Lins de Vasconcelos, na região sul. Nas faixas exclusivas implantadas na avenida Cidade Jardim e nas ruas Voluntários da Pátria e Faustolo, as velocidades médias dos ônibus aumentaram em 15%, 269% e 50,7%, respectivamente.

Bus Rapid Transit

As faixas ou corredores exclusivos para ônibus, implantados também em Porto Alegre e Belo Horizonte, são considerados BRTs simplificados ou parciais. O Bus Rapid Transit, ou sistema de tráfego rápido de ônibus, foi criado em 1974 pelo arquiteto e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner. Além de contarem com corredores exclusivos, os ônibus têm prioridade nos cruzamentos, e as estações de embarque possuem plataformas de acesso no mesmo nível do piso dos coletivos, detalhes que possibilitam uma redução substancial dos tempos de embarque e desembarque e encurtam a duração dos percursos. Goiânia, Uberlândia, Palmas e Caxias desenvolveram projetos de BRT.

As faixas exclusivas para ônibus são consideradas alternativas avançadas pelos urbanistas e arquitetos mais prestigiados de grandes metrópoles mundiais, como Nova York, Jacarta e Bogotá, e constituem uma parte importante do resgate das cidades na perspectiva de beneficiar a maioria da população. “Encher a cidade de carros, gastar mais gasolina e gerar mais doenças aumentam o PIB, e o que queremos é viver melhor. Isso significa ter políticas mais inteligentes, e para tanto precisamos medir o que queremos, e não aceitar aquilo nos empurram”, analisa o professor da PUC-SP Ladislau Dowbor.  

Por Carlos Drumond
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São Paulo: A fantástica fábrica das faixas de ônibus

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

É uma verdadeira linha de montagem. Desde o início do ano, com mais intensidade a partir de junho, depois das manifestações por melhoria nos transportes públicos, os setores envolvidos no planejamento e execução das faixas exclusivas de ônibus têm trabalhado no limite para dar conta de uma das principais bandeiras do prefeito Fernando Haddad (PT).

A meta inicial do governo petista era implantar 150 km de faixas até o final da  gestão, em 2016. Com as manifestações, os planos sofreram uma guinada e Haddad prometeu entregar 220 km até dezembro. O trabalho foi turbinado e ontem, com mais de dois meses de antecedência, a capital chegou a 224,6 km de faixas exclusivas e ainda faltam, segundo a diretoria de planejamento da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), mais 70 para se completar a rede inicial.


“Para isso, foi necessário multiplicar por quatro as equipes envolvidas no processo”, contou Tadeu Leite Duarte, diretor de planejamento da CET, responsável pela implantação.

O trabalho começa com as equipes de contagem. Cerca de 40 pessoas participam dessa etapa, verificando nas ruas quais são as vias estruturais com maior dificuldade para o trânsito dos coletivos. “Com o resultado desse trabalho de campo e com os dados que recebemos da SPTrans vamos estabelecendo as prioridades”, disse Duarte.

no papel/ Cumprida a primeira etapa, a incrível fábrica de faixas passa para a fase de planejamento e projeto. Esses grupos, com cerca de 50 pessoas, produzem os projetos de cerca de 10 quilômetros de faixas por semana. Parte do serviço é feito no computador e parte no papel.

“Aqui é feito o detalhamento da sinalização, estudos para definir os melhores locais para colocação”, explicou o projetista Leandro Batista. “Daqui sai a arte final do desenho que vai orientar  os executores das faixas.”

Na etapa final, cinco equipes terceirizadas, com cerca de 15 pessoas cada uma, saem às ruas para a pintura e sinalização das faixas. O trabalho é feito nos finais de semana que antecedem a implantação. “Trabalhamos das 22h até 5h manhã”, conta o engenheiro Marcelo Moreira, gerente de obras da Sinasc, uma das empresas contratadas para o serviço, que teve sua demanda dobrada neste ano.“Fizemos a sinalização de 80 quilômetros de faixas em dois meses. Foram madrugadas frias, nas quais nos aquecíamos com o calor da caldeira usada para derreter o material usado na sinalização”, recorda.

DIÁRIO testa e aprova via de ônibus na Paulista

Na semana em que a Prefeitura anunciou que cumpriria a meta de implantação de 220 km de faixas exclusivas de ônibus na cidade, com mais de dois meses de antecedência do prazo final, o DIÁRIO testou uma delas, a da Avenida Paulista.

Considerada por especialistas como a mais complicada tecnicamente, por ter muitos cruzamentos e vias que atrapalham a fluidez dos ônibus, a faixa da Paulista mostrou-se eficaz mesmo assim e o ônibus ganhou: chegou mais rápido do que o carro e o pedestre.

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O ponto de largada foi aquele localizado em frente ao Conjunto Nacional. De lá, no horário de pico da tarde de uma terça-feira, saíram três pessoas, uma de ônibus, outra num táxi e a terceira a pé.

Em 7 minutos o ônibus chegou ao ponto localizado em frente ao prédio da Gazeta. O táxi fez o mesmo percurso em 11 minutos, exatamente o mesmo tempo percorrido pelo pedestre.“Fiquei travado nos faróis e na fila de carros, por isso demorei tanto”, explicou o motorista de táxi João Carlos Gregório.

O fotógrafo Hilton de Souza, que foi de ônibus, afirmou que só não chegou antes porque um carro que transportava valores invadiu a faixa exclusiva. “O motorista do ônibus ainda teve alguma dificuldade para ultrapassar esse carro de valores”, contou. “Depois, andou rápido.” O repórter percorreu o trecho a pé com uma parada em farol. Os outros estavam abertos.

Opinião de Horácio Figueira, consultor de transportes

‘Meta agora são 400 km’

“É de se comemorar a meta alcançada pelo prefeito Haddad dos 220 km de faixas exclusivas de ônibus. Mas não é suficiente. Com isso, os ônibus voltaram a andar na cidade e a população já percebeu e aprovou. Mas ainda falta muito mais. Não chegamos nem a 10% das vias com tráfego de ônibus. Precisamos estabelecer uma meta de 400 km para 2014. Lugares como a Rua Augusta, por exemplo, justificam  uma faixa. Precisamos também aumentar o número de linhas na cidade. Tem de ser inaugurada, por exemplo, uma linha que passe pelas duas marginais.  E estender os horários das faixas.”

Por Fernando Granato
Informações: Diário de São Paulo
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Prefeitura de São Paulo libera faixas exclusivas de ônibus para taxistas fora dos horários de pico

domingo, 14 de setembro de 2014

A Prefeitura de São Paulo anunciou a liberação das faixas exclusivas de ônibus para taxistas a partir deste sábado (13), quando a autorização será publicada em Diário Oficial. Trata-se de uma liberação definitiva seis meses após a Prefeitura começar a permitir a presença dos táxistas nas faixas excluvias de ônibus da 23 de Maio, das marginais e outras nove importantes avenidas da cidade.

Com a nova liberação, as faixas compartilhadas vão saltar de 71 km para 440 km. A medida valerá também para as faixas que forem inauguradas futuramente.

De acordo com o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, os táxis também vão poder parar para embarcar e desembarcar passageiros. Eles só poderão trafegar nas faixas exclusivas se estiverem com passageiros.

As faixas exclusivas são uma das principais bandeiras da gestão de Fernando Haddad (PT). Foram criados 356 km com a promessa de priorizar o transporte por ônibus na cidade. As faixas são estruturas localizadas à direita, como na Avenida Paulista.

Nos corredores de ônibus, que são espaços à esquerda totalmente segregados do trânsito, caso das avenidas 9 de Julho e Santo Amaro, continua valendo a proibição de táxis nos horários de pico - das 6h às 9h e das 16h às 20h.

A liberação das faixas comunicada nesta sexta é adotada a menos de um mês das eleições estaduais e federais, fato semelhante à liberação dos corredores de ônibus para taxistas em 2004. À época, a permissão foi dada pela então prefeita Marta Suplicy (PT) a uma semana da eleição municipal, na qual ela era candidata.

A liberação feita por Marta recebeu críticas por parte de especialistas em trânsito, já que a presença dos táxis diminui a velocidade dos ônibus. A permissão foi revista apenas na atual gestão de Haddad após o Ministério Público ameaçar entrar com uma ação civil pública contra o governo municipal caso os taxistas não fossem proibidos de trafegar nos corredores.

A liberação das faixas de ônibus para os taxistas não foi o único benefício à categoria comunicado pelo prefeito Fernando Haddad na manhã desta sexta. A administração municipal anunciou também um pacote que integra defesa dos taxistas para manutenção do alvará e isenção de ISS para as cooperativas e associações de taxistas. O shopping Iguatemi e Tietê Plaza, assim como outros pontos, também ganharão baias para os taxistas.

Estudos
Os benefícios da adoção da faixa exclusiva de ônibus para a velocidade dos coletivos foram tema de divulgações da Prefeitura de São Paulo em diversas oportunidades. Em agosto do ano passado, a Prefeitura de São Paulo informou que a velocidade média dos ônibus subiu até 108% no Corredor Norte-Sul (eixo da 23 de Maio).

Em relação aos corredores de ônibus (estruturas à esquerda), a Prefeitura realizou estudo que mostrou que os táxis limitavam a velocidade dos ônibus em 31,6% no sentido centro-bairro, e em 25,5% no sentido bairro-centro.
"Constatou-se o que é olhos vistos. Tudo que entra no corredor atrapalha o ônibus. A gente só não sabia o quanto. E verificamos que 1% dos usuários de carro atrapalham 99% dos usuários do transporte coletivo”, afirmou o secretário Jilmar Tatto no dia 17 de dezembro.

A prefeitura e o Ministério Público adiaram uma decisão definitiva sobre a presença dos táxis nos corredores para março. Foi quando o governo municipal anunciou que a proibição ocorreria apenas nos horários de pico.

Informações: G1 São Paulo

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São Paulo aplica uma multa a cada meia hora por invasão de faixa de ônibus

terça-feira, 24 de junho de 2014

Um motorista foi multado a cada 30 minutos por trafegar nas faixas exclusivas de ônibus de São Paulo entre janeiro e abril deste ano. O levantamento, realizado pelo iG com base em informações fornecidas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), leva em consideração o horário médio de funcionamento de 143 corredores ou eixos em que os ônibus têm preferência à direita, espalhados em 331,6 km de extensão.
Foto: Cris Sato/Ouvinte-internauta do CBN SP
De acordo com os números, no mesmo período do ano passado, quando a cidade tinha 12 vias (ou eixos) segregados, 3,36 motoristas em média eram multados a cada meia hora por cometer esse tipo de infração.

Principal política para área dos transportes do prefeito Fernando Haddad (PT), as faixas exclusivas de ônibus começaram a ser implantadas com mais intensidade após as manifestações de junho, que terminaram com a revogação do aumento de R$ 0,20 centavos na tarifa dos ônibus, metrô e trens na cidade.

Até o dia 1º de junho do ano passado, a cidade tinha 40,5 km de faixas exclusivas. Atualmente, são 331,6 km espalhadas por toda a capital - um crescimento de 718%. Por outro lado, a quantidade de multas aplicadas para os motoristas invasores de faixas não teve o mesmo ritmo de aumento proporcionalmente. Nos quatro primeiros meses do ano passado, foram aplicadas 45.167 multas e no mesmo período deste ano foram 216.949 - um aumento de 380%.

Para o consultor em transportes Marcos Bicalho, a fiscalização deficiente é a principal razão para que o número de multas aplicadas não acompanhasse o crescimento de vias segregadas para o transporte público.

“O grande instrumento de fiscalização das faixas são os radares. A fiscalização também é feita por agentes, mas eles não fazem só isso e o número de agentes não aumentou. Ou seja, a efetividade da fiscalização não acompanhou o crescimento no número de faixas”.

Apesar de considerar “excepcional” o aumento na quantidade de multas aplicadas aos infratores, o professor da Fundação Educacional Inaciana (FEI) e especialista em transporte, o engenheiro Creso de Melo Franco chama atenção para o número de trechos de faixas exclusivas que fica sem fiscalização eficiente.

“Como a elevação da extensão de faixas foi da ordem de 700% no 1º semestre de 2014 comparado ao mesmo período do ano passado e o aumento de multas foi de 380% tem-se um aumento considerável do índice desse tipo multa aplicado. Mas fica claro que a fiscalização agora atua por trechos menores”, diz.

Segundo a prefeitura, a fiscalização é feita por 1.854 agentes de trânsito e 690 técnicos da SPTrans, além de 82 radares que fiscalizam apenas invasão à faixas e corredores e outros 601 que flagram todos os tipos de infração de transito.

“Com o objetivo de expandir e revitalizar o sistema de fiscalização automática de trânsito na capital paulista, estão sendo contratados 843 equipamentos de fiscalização eletrônica (radares) de todos os tipos, inclusive com funcionalidade para fiscalizar faixas exclusivas. A ideia é ampliar a fiscalização de trânsito para toda a cidade, inclusive para regiões mais distantes do centro com altos índices de infrações e acidentes, além de intensificar a fiscalização nos corredores e faixas de ônibus e coibir a invasão dos corredores exclusivos”, informou a CET, em nota.

Segundo a companhia, uma licitação para compra de novos radares já foi assinada e está em fase de análise dos locais onde os equipamentos serão colocados. A CET informou que a compra dos equipamentos custará R$ 530 milhões, mas não disse quantos serão adquiridos nem o prazo para início das operações.

Ônibus e carros

Bicalho diz que os números de multas aplicadas não o surpreendem. “O paulistano em geral responde bem à questão das faixas, mas mesmo assim é grande ainda o número de paulistanos que não respeito. Me surpreende ainda é esse número de pessoas que insiste em invadir as faixas”.

Franco, da Fei, afirma que a quantidade de multas aplicadas pode ser explicada pela piora no trânsito e dificuldade do usuários de carros migrarem para o transporte particular. “A medida que vai dando mais espaço para o transporte público e tirando do particular deve esperar que as pessoas deixem o carro e pegue o transporte publico. No entanto, a velocidade de construção das faixas ficou muito maior que a capacidade dos usuários de transferir do carro para o público, que ainda não se apresentou como opção. Com menos espaços nas ruas para os carros, as pessoas acabam invadindo as faixas”, diz.

“O nível de utilização baixo de certos trechos de faixa é prova dessa menor capacidade do usuário de migrar do carro para o transporte publico”, complementa.

O motorista que for flagrado trafegando na faixa exclusiva de ônibus é penalizado com de R$ 53,20 e perda de três pontos na carteira. 

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Reclamações de passageiros de ônibus em São Paulo caem 45% em um ano

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Um dos medidores de satisfação dos usuários de ônibus na cidade de São Paulo, as reclamações sobre o sistema caíram 45% na comparação entre janeiro e setembro do ano passado com o mesmo período de 2014. Segundo dados da SPTrans, empresa municipal que administra ônibus e empresas na capital, nos nove primeiros meses de 2013 foram recebidas 73.037 reclamações de usuários. Neste ano, o número caiu para 40.118. A prefeitura credita a redução à implantação das faixas exclusivas de ônibus.

A SPTrans divulgou apenas os números de cinco tipos de reclamações: intervalo excessivo da linha, motorista não parar no ponto quando solicitado, conduta inadequada do operador, direção perigosa e não realizar ou descumprir partidas programadas.

Desses itens, o de intervalo excessivo foi o que apresentou queda mais significativa no período analisado, passando de 30.857 em 2013 para 12.615 neste ano – redução de 59%. Apesar da queda de reclamações, é o item que gera o maior número de queixas por parte dos passageiros.

Quem se queixa disso, por exemplo, é a analista de sistema Bruna Valnei, 29 anos. Moradora do bairro de São Mateus, na zona leste de São Paulo, ela precisa pegar um ônibus e o metrô para chegar ao trabalho na Santa Cecília, na região central.

“Dentro do terminal Carrão, só tenho uma linha que me deixa perto de casa. Costumo pegar esse ônibus por volta das 21h. Chego a esperar 25 minutos. Quando pergunto para os fiscais o motivo da demora, eles dizem que é trânsito. Mas nesse horário nem é mais hora de pico ”, diz.

No segundo lugar do ranking, o item de não atendimento ao embarque e desembarque teve redução de 41%, passando de 19.341 em 2013 para 11.341 até setembro deste ano. Este item também foi apontado pela analista de sistema como problemático em sua região. Ela diz que frequentemente ônibus deixam de parar no ponto porque já tem outro que faz o mesmo trajeto e tem o mesmo destino embarcando passageiros. “Só que o da frente já está cheio e a gente não consegue entrar”, reclama.

Os itens conduta inadequada do operador e direção perigosa tiveram redução de 29% e 38%, respectivamente. O descumprimento ou não realização de partidas programadas teve redução de 10% no número de queixas. Entre os itens, este foi o que recebeu o menor número de reclamçãoes. Foram 3.932 neste ano, contra 4.391. Curiosamente, segundo relatórios parciais da verificação independente dos contratos dos serviços de transporte coletivo da cidade, produzidos pela empresa Ernst & Young (EY), concessionárias e permissionárias podem ter ganhos financeiros de até R$ 370 milhões ao não cumprir partidas programadas. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (4) pela Prefeitura de São Paulo. 

"O pagamento às empresas é calculado de acordo com passageiros transportados. No entanto, quando você não realiza as partidas, coloca menos ônibus e o mesmo número de passageiros. Então, a prefeitura paga caro por um serviço ruim e a população fica apertada e espera um ônibus que não vem", explica o engenheiro e mestre em transporte pela USP, Sérgio Ejzenberg. 

Faixa exclusiva

A SPTrans informou que as reclamações caíram porque a velocidade dos coletivos aumentou com a consolidação da implantação das faixas exclusivas de ônibus. Uma das principais ações do governo de Fernando Haddad (PT), 368,5 km de faixas exclusivas foram criadas nesta gestão. Ao todo, a cidade tem 458,5 km de vias segregadas para os coletivos. 

“A queda de reclamações é resultado de uma série de medidas adotadas pela Secretaria Municipal de Transportes, como a implantação de mais de 360 quilômetros de faixas exclusivas à direita, o que permitiu o aumento da velocidade dos ônibus, diminuindo o tempo de espera nos pontos de parada, com ações de tratamento das queixas dos usuários”, informa, em nota. 

Para o consultor em planejamento de transporte Marcos Bicalho, as faixas realmente contribuíram para percepção de que o transporte de ônibus melhorou. No entanto, diz ele, isso tem que ser confrontado com dados reais de velocidade do sistema.

“A percepção do usuário é mais difusa e pode refletir uma série de fatores. Ela pode ser maior do que de fato a medida porque as pessoas sentem uma sensação boa quando estão em um ônibus em movimento, enquanto os carros estão parados nas outras faixas, mesmo que ele tenha perdido muito tempo no ponto”.

De acordo com pesquisa realizada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e divulgada em setembro deste ano, a velocidade dos coletivos aumentou 68,7% nas faixas inauguradas nos oito primeiros meses de 2014. A velocidade foi medida em 66 trechos que somam 59,3% de vias onde a velocidade passou de 12,4 km/h para 20,8 km/h.

A assistente de eventos Angélica Santiago, 27 anos, que mora no Jardim São Bernardo, na região do Grajaú (zona sul), e usa apenas um ônibus para chegar ao trabalho no Brooklin Novo, na mesma região, elogia as mudanças no sistema de transporte.  

“Os ônibus chegam mais rápido no ponto. Antes, ficava esperando mais de 10 minutos. Agora não fico nem cinco. Apesar de mais rápidos, os motoristas estão mais cuidadosos e não dirigem como se transportassem uma carga de boi”, diz, elogiando o aumento no número de radares.

“A prefeitura colocou mais radares na região que ando também. Então, além de os carros não invadirem a faixa exclusiva, os motoristas dos ônibus não podem ultrapassar o limite de velocidade”.

Fiscalização

O engenheiro Ejzenberg diz que a intensificação da fiscalização é o principal fator para o aumento na percepção de melhora dos usuários. No entanto, ele faz ressalvas. “A fiscalização ainda tem falhas graves porque é feita por amostragens. São algumas centenas de fiscais correndo atrás de 15 mil veículos. Cada ônibus deveria ter um GPS, que mostraria em qual linha ele estaria alocado e os horários programados para as partidas desta linha. Assim, remotamente, poderia detectar se ele não partiu e onde está. O sistema já geraria um boletim, que poderia virar uma multa para empresa. É infalível”, diz ele.

O relatório da EY também encontrou falhas no sistema de fiscalização da prefeitura. De acordo com auditoria, cerca 10% das multas foram canceladas. A partir de uma análise de 25 cancelamentos, foi verificado que todas tinham erro ou rasura no preenchimento, o que causou a invalidação da punição. 

A SPTrans informou que as fiscalizações e vistorias são realizadas por 690 técnicos “interruptamente 24 horas por dia, nos terminais, faixas exclusivas, corredores, ao longo dos trajetos das linhas e no interior dos veículos”. Constatadas as irregularidade, as empresas são multadas.  

Outro lado

A SPUrbanuss (sindicato das empresas de ônibus) diz que a redução “significativa” no número de reclamações é “uma clara demonstração do empenho das empresas concessionárias em treinar e reciclar seus colaboradores, com o objetivo de prestar um serviço de qualidade aos seus clientes”.

O sindicato informou também que as empresas associadas investem em treinamento de direção segura semestralmente.

Para fazer reclamação, a SPTrans disponibiliza o telefone 156 ou o site. 

Informações: Último Segundo

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Prefeitura de SP estuda liberar fretados em faixas de ônibus

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, disse nesta quinta-feira (29) que a Prefeitura discute flexibilizar as faixas exclusivas de ônibus da cidade para os fretados, em determinados locais e horários fora do pico de trânsito.

A afirmação foi feita em reunião do Conselho Municipal de Trânsito. O pedido é uma antiga reivindicação do setor, que afirma contribuir com a diminuição do trânsito, ao receber passageiros que deixam seus carros em casa, mas os ônibus acabam ficando presos nos congestionamentos por não poder usar as faixas.

"Desde que não atrapalhe o ônibus [do transporte público municipal], vamos abrir esse diálogo com muita calma", disse Tatto.

A possibilidade é comemorada pela Assofresp, que representa parte do setor. "Seria ótimo. As pessoas perdem muito tempo no trânsito hoje", afirma Anderson Souza, presidente da entidade. Ele calcula que 1.500 fretados circulem na capital todos os dias.

155 pedidos
As faixa exclusivas de ônibus de São Paulo, que se multiplicaram na cidade nos últimos anos, além dos corredores à esquerda, motivaram pelo menos 155 empresas, associações ou moradores da capital paulista a pedir à Prefeitura de São Paulo liberações para uso desses espaços.

A origem dos pedidos é variada. Além das empresas de fretados, associações para transporte escolar, para carros fúnebres,  escolas, comerciantes, taxistas e moradores inconformados com a restrição pediram para trafegar pela via e tiveram a solicitação negada.

Além dos ônibus urbanos e dos táxis transportando passageiros em horários pré-definidos, podem circular nas faixas livremente  veículos em condições estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro.

É o caso de viaturas policiais e ambulâncias com giroflex ligado. Além dos táxis, que incialmente foram proibidos, mas depois conseguiram liberação para circular.

Um morador de Cidade Dutra, por exemplo, pediu que a Prefeitura de São Paulo voltasse atrás em relação à construção de uma faixa exclusiva de ônibus na Avenida Senador Teotônio Vilela. “Os transtornos são enormes, como comércio vazia e grande fluxo de trânsito em ruas que não foram planejadas para este fim”, disse.

Na mesma linha, a Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Mateus, na Zona Leste, pediu a flexibilização da faixa de ônibus da via sob pena do fechamento de 12 mil vagas de emprego no local. A alegação de muitos comerciantes da cidade é que as faixas impedem hoje o estacionamento de clientes e que isso causa queda nas vendas.

Entre os últimos pedidos a chegar à Prefeitura de São Paulo neste ano está um da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região do Vale do Parnaíba e Litoral Centro de Detenção. As solicitações eram para o transporte de presos.

Resgate de ônibus
Tatto também afirmou nesta quinta que a Prefeitura começou a discutir uma operação-resgate para ônibus que fiquem parados no trânsito em locais onde não existam faixas exclusivas para os coletivos.

Isso poderia ser implantado em locais com poucas linhas, onde a Prefeitura não viu a necessidade da criar faixas exclusivas. Ele citou o exemplo da Avenida Juscelino Kubitschek, na Zona Sul, que em alguns trechos chega a ter seis faixas de rolamento.

Tatto admitiu que a discussão é "muito prematura ainda". "Estamos começando a discutir", afirma. "Não tem sentido um ônibus, um biarticulado, cheio de gente, ficar junto com os carros", completou.

Segundo o secretário, um carro da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) liberaria a passagem de um ônibus preso no trânsito.
Tatto comparou a operação a um serviço de ambulância com o giroflex ligado.
"Se a ambulância vai socorrer alguém, a mesma lógica deveria servir para o transporte público", diz.

O diretor de planejamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) diz que o impacto é significativo na rede de saúde. Além da liberação de 60 leitos por dia, há uma economia de R$ 6,2 mi em despesas hospitalares.

Por Márcio Pinho
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