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No Recife, Especialistas e urbanistas criticam construção de viadutos na Agamenom Magalhães

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Muito se pensou para a Agamenon Magalhães, mas dificilmente o cenário que se desenha fazia parte do imaginário dos urbanistas. Já foram pensados elevados para a via desde a década de 1970 e, em 2009, o urbanista Jaime Lerner chegou a desenhar um modelo de elevado passando por cima do canal do Derby. O projeto de Lerner foi descartado e no lugar dele surgiram quatro viadutos que irão pontuar os quatro cruzamentos que apresentam as maiores retenções: Bandeira Filho, Paissandu, Dom Bosco e Rui Barbosa. A ideia do governo do estado é aumentar a velocidade da avenida que passará em média de 20km/h para 30 km/h. O ganho na velocidade se dará com a eliminação dos quatro cruzamentos.


O governo do estado já bateu o martelo e a licitação deverá ser concluída em março deste ano. A previsão é que a obra fique pronta até dezembro de 2013. O cenário futurista e ainda incrédulo para uma parcela da população está orçado em R$ 135 milhões. Mas o que se questiona é principalmente qual a vantagem dos viadutos para o transporte público?
Com a eliminação do elevado por cima do canal, por onde passaria livre o corredor exclusivo de ônibus, a faixa dos coletivos será feita em nível ao lado do canal e as paradas em cima do canal. Com os ônibus numa pista exclusiva haverá uma faixa a menos para os carros. Mesmo assim, a expectativa é de ganho na velocidade. “Para se ter uma ideia, no cruzamento da Paissandu que tem uma velocidade média de 5km/h, nos horários de pico, chegará a 18km/h com a remoção dos semáforos”, ressaltou o secretário das Cidades, Danilo Cabral.

O argumento de melhoria da velocidade ainda não convenceu especialistas no assunto. Para o professor do departamento de Engenharia da Universidade Federal de Pernambuco e membro do conselho da Associação Nacional de Transporte Público, César Cavalcanti o ganho é temporário.

“Nós temos uma frota que cresce 6% ao ano. Pode ser que não engarrafe no primeiro ano, mas a tendência é termos engarrafamentos por cima dos viadutos”, alertou. Também especialista em mobilidade urbana, o engenheiro Germano Travassos vê com preocupação a construção dos viadutos. “A primeira pergunta é aumenta a velocidade para quem? Para os carros? O foco não deve ser esse. É um equívoco, se o argumento for ganho na velocidade para o automóvel. A experiência nos mostra que é temporário e com um detalhe onde há mais fluidez, atrai mais tráfego”, afirmou.

Já Oswaldo Lima Neto, professor e doutor em mobilidade urbana, chama atenção para outro aspecto. “É necessário uma preocupação com o entorno que já é engarrafado e vai impactar nos viadutos. A Rosa e Silva, por exemplo, terá que ter os semáforos ajustados para acelelar o fluxo e tem que se pensar na travessia de pedestre”, ressaltou.

As críticas não tiram o otimismo do secretário Danilo Cabral. “O projeto prioriza o transporte público. Haverá uma faixa exclusiva para os ônibus com paradas em nível e pagamento antecipado e melhorando a velocidade da via, melhora também para os ônibus”, afirmou Danilo Cabral.

Com a construção dos quatro viadutos, 31 imóveis terão que ser removidos. No cruzamento da Bandeira Filho, por onde vai passar o primeiro viaduto, os impactos são mais visíveis. O supermercado Bombreço construído há mais de 40 anos será 100% removido. Em cima do terreno será construída a curva do viaduto. “Vai ficar ruim para fazer as compras, mas eu espero que melhore o trânsito. Não pode ficar do jeito que está”, afirmou a professora Helena Cavalcanti, 56 anos.

Também na Bandeira Filho, sete metros do Mc Donalds terá que ser recuado para a instalação de uma via local. O mesmo acontece com a Farmácia Pague Menos e o terreno da lateral do Clube Português. Na via, onde há também quatro edifícios residenciais, as preocupações são as mais variadas. “Tenho medo que embaixo do viaduto vire um ponto de sem teto ou drogados e as nossas moradias vão ficar mais inseguras”, revelou o aposentado Valter Vasconcelos Martins, 80 anos. A preocupação dele tem respaldo no que acontece na prática com a ocupação dos espaços vazios. No Recife, praticamente todos os viadutos têm ocupação irregular. Exceção apenas para os espaços que ganharam urbanização a exemplo do complexo de viadutos do Aeroporto dos Guararapes.

Por Tânia Passos



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O avanço do metrô em São Paulo

sexta-feira, 28 de maio de 2010


Em menos de quatro minutos, os paulistanos podem agora se deslocar entre a Rua da Consolação e o Largo da Batata usando os trens da nova Linha 4-Amarela do Metrô. O tempo gasto nos 3,6 quilômetros é bem menor do que o gasto para ultrapassar apenas um dos semáforos da Avenida Rebouças, principal ligação entre as duas regiões, que na maior parte do dia fica congestionada. A Linha 4-Amarela liga os bairros Luz (no Centro) e Vila Sônia (na zona oeste) e é resultado da primeira Parceria Público-Privada (PPP), firmada entre a Companhia do Metropolitano e o Consórcio ViaQuatro, que a administrará por 30 anos. Seus 12,8 quilômetros e as 11 estações previstas entrarão em funcionamento pleno em 2013.
A avançada tecnologia na operação e nos equipamentos do novo ramal, a arquitetura das estações e as soluções para a redução do seu custo, principalmente de desapropriação, permitirão à Linha 4-Amarela oferecer, além do transporte, serviços como centros de convivência, lojas e bibliotecas, para facilitar a vida dos passageiros. Além do conforto, a segurança e a operação se apoiam no que há de mais moderno no mundo no setor metroviário para dar eficácia ao serviço ? item fundamental para estimular a mudança de hábito de grande parcela da população que reluta em trocar o transporte individual pelo público.
As plataformas têm portas de vidro, que separam os passageiros dos trilhos e se abrem simultaneamente com as portas dos trens; as composições trafegam sem condutores e os vagões interligados permitem aos passageiros andar de uma ponta a outra dos comboios, distribuindo-se melhor no seu interior. A comunicação entre os trens, feita por meio de transponders e por rede sem fio de alta velocidade, permite que as composições trafeguem com distância de até 15 metros entre uma e outra, o que reduzirá significativamente a espera dos passageiros nas plataformas. Hoje a distância entre trens é de 150 a 200 metros.
A construção da nova Linha do Metrô praticamente não interferiu na rotina da cidade. Como bem lembrou em entrevista ao Estado o arquiteto-chefe do Departamento de Concepção de Arquitetura da Companhia do Metropolitano, Ilvio Artioli, a implantação da Linha 4 afetou apenas 213 imóveis na região da Estação Faria Lima, a única construída seguindo padrões tradicionais, em vala e superficial. As demais foram planejadas em formato de fosso profundo e não foram necessárias desapropriações. A construção da primeira Linha 1-Azul do metrô exigiu quase 1,3 mil desapropriações a mais do que na Linha 4. Além disso, na construção da primeira linha houve a interdição, por mais de dez anos, do tráfego em grandes corredores, como a Avenida Jabaquara e as Ruas Vergueiro e Domingos de Morais. Na nova linha houve apenas algumas interdições pontuais e por curtos períodos.
A preocupação do governo em unir transporte, serviços públicos, comércio e lazer nas estações encontra resistência entre alguns urbanistas que defendem a ideia de que obras públicas não devem ser confundidas com centros de compra.
A cidade mudou desde que o metrô começou a ser construído e o passageiro também. Tradicionalmente, o metrô aparece em primeiro lugar nas pesquisas de satisfação dos usuários, entre todos os meios de transporte. A superlotação do sistema, provocada pela queda na qualidade dos serviços dos ônibus e pela adoção da integração entre os modais por meio do Bilhete Único, exige melhoria permanente no atendimento, assim como velocidade na ampliação da capacidade e expansão da rede.
A capital tem na sua malha viária sobrecarregada um dos seus principais problemas. E os próprios urbanistas e especialistas em transporte público concordam que o metrô é a única alternativa eficaz para o uso do transporte individual.
Portanto, a Companhia do Metropolitano precisa atrair os paulistanos para os novos ramais e estações. Quanto mais eficiente e funcional for o sistema, maior chance de os motoristas se transformarem em passageiros. 

Fonte: Estadão

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Transporte curitibano foi destacado em diversos congressos

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012


A experiência curitibana nas áreas de transporte, trânsito, mobilidade urbana e biocombustível foram tema de 113 apresentações feitas em 2011 por técnicos e especialistas da Urbs. Na média, uma apresentação a cada 3,2 dias.

Ao longo do ano passado, a Urbs participou de nada menos do que 11 congressos nacionais e internacionais. Na outra ponta, esta mesma experiência trouxe à cidade 102 delegações, 66 delas provenientes do exterior.
Técnicos e especialistas da Urbs em transporte, trânsito, mobilidade e sustentabilidade representaram Curitiba em cidades do México, Equador, Itália, Argentina, Estados Unidos, França e Colombia. No Brasil, nas cidades de São Paulo, Porto Alegre, Foz do Iguaçu e na vizinha São José dos Pinhais. Foram sete congressos e seminários em cidades do exterior e quatro do Brasil, duas delas no Paraná.
Em Curitiba, estes mesmos técnicos apresentaram os desafios e as soluções curitibanas a missões que reuniram mais de 600 professores, estudantes, técnicos, engenheiros, urbanistas e autoridades vindos de cidades de 30 diferentes países, entre eles Iraque, Marrocos, Turquia, Coréia, Sudão, Botswana, Quênia, Estados Unidos, França, India, Alemanha, Argentina, Peru, Colômbia e Japão, além de cidades de diferentes estados brasileiros.
Fonte: Paraná Online

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No Recife, Especialistas e urbanistas não aprovam os viadutos da avenida Agamenom Magalhães

sábado, 31 de março de 2012

O MP convocou a audiência para se posicionar oficialmente sobre a construção polêmica que vem provocando protestos de diversos setores, além dos moradores do entorno dos quatro viadutos. O órgão convidou especialistas em engenharia, urbanização e arquitetura para tecer comentários técnicos a respeito da obra, cujo editral de licitação foi lançado pelo Governo de Pernambuco no dia anterior. Todos rejeitaram a proposta apresentada pelo Governo.

Segundo o professor doutor em arquitetura da UFPE Paulo Cesar Cavalcanti, os viadutos poderão aumentar a velocidade da Agamenon, mas infernizar outras áreas, como a Avenida Rosa e Silva, a região dos Quatro Cantos, no Derby, e a Rua da Hora, das Graças, já que não existem previsões de alargamento dessas vias. "Não estão sendo considerados ou divulgados os prejuízos estéticos, econômicos e ambientais e não há clareza sobre os efeitos da circulação dos pedestres", afirmou.

O engenheiro e vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (Crea), Maurício Pina Moreira, lembrou que o modelo pensado para o trânsito pelo Governo e Prefeitura do Recife prioriza o transporte particular. Ele criticou a alegação do Estado de que os viadutos irão proporcionar corredores livres para ônibus na Agamenon. "Não podemos fazer medidas para beneficiar o transporte individual e dizer que vai melhorar transporte público". Ele sugeriu medidas restritivas para o transporte individual e criticou o fato de o Recife não mais fazer planejamento urbano como forma de entender o deslocamento dos habitantes.

Já o professor de arquitetura da UFPE Tomaz Lapa disse que o conceito de vizinhança está sendo esquecido pelo Estado, pois força as pessoas a usarem ainda mais o carro, o que pode causar novos congestionamentos no futuro. "Os viadutos representam medidas de efeitos conjunturais sem atingir o coração do problema", falou na audiência. "Essas medidas fornecem uma falsa ideia de progresso à margem de grandes rotatórias de alças viárias de cidades como Chigaco e São Paulo".

A audiência abriu espaço para interessados no assunto opinarem. Alexandre Santos, representante do Clube de Engenharia de Pernambuco, criticou o governador Eduardo Campos, que, segundo o órgão, vem evitando a discussão pública dos detalhes do projeto. Já Vitória Régia, do Instituto de Arquitetos do Brasil, chamou atenção para a degredação urbana ao redor dos viadutos, lembrando os já existentes na capital.

OUTRO LADO - O secretário de Cidades do Governo do Estado, Flávio Figueiredo, disse que os viadutos não impedirão futuros modais, como metrô e VLT (Veículos Leves sobre Trilhos). Ele afirmou que o projeto é o que melhor preserva o espaço físico e defendeu que o Estado defende a priorização do transporte público.

Segundo o Estado, a elevação de quatro viadutos transversais na Agamenon Magalhães vai possibilitar corredores exclusivos de ônibus na segunda etapa do Corredor Norte -Sul, que vai do metrô Joana Bezerra à Fábrica Tacaruna, numa faixa de 4,7 Km.

Figueirêdo também informou que será implantado um novo sistema, o TRO - Transporte Rápido por Ônibus -, com nove estações de passageiros sobre o canal. "Estamos tentando incorporar sugestões de diversos grupos e pessoas afetadas". Segundo a secretária de Controle, Desenvolvimento Urbano e Obra, Maria de Biase, esse tipo de obra não exige licenciamento prévio, apenas da anuência do prefeito João da Costa. "Foi criada uma comissão de técnicos que estão estudando o projeto", informou.
Falta de Parceria ente Governo e Prefeitura
A presidente da CTTU, Maria de Pompéia, afirmou que o Governo do Estado ainda não informou quais os impactos dos viadutos nas vias adjacentes. E a presidente da URB, Débora Mendes, disse que o órgão não participou de nenhum ato em relação aos viadutos.

A previsão de início das obras é maio deste ano, com duração de 18 meses. A construção causa polêmica e protesto de moradores próximos à área atingida e também de estabelecimentos que serão diretamente afetados ou desapropriados, como o Clube Português e a Igreja Batista do Parque Amorim. Os viadutos poderiam ainda obstruir as janelas de alguns edifícios.

Fonte: JC Online

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Transporte Público de Curitiba é Modelo para o Brasil e o Mundo

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A experiência curitibana nas áreas de transporte e mobilidade urbana, foi tema de 113 apresentações feitas, em 2011, por técnicos e especialistas da Urbs - Urbanização de Curitiba S/A. Na média, uma apresentação a cada 3,2 dias. Ao longo do ano passado, a Urbs participou de nada menos do que 11 congressos nacionais e internacionais, uma média de quase um por mês. Na outra ponta, esta mesma experiência trouxe à Urbs uma delegação de visitantes a cada 3,5 dias, em média. Foram 102 delegações, 66 delas provenientes do exterior.

Técnicos e especialistas da Urbs em transporte, mobilidade e sustentabilidade representaram Curitiba em cidades do México, Equador, Itália, Argentina, Estados Unidos, França e Colombia e, no Brasil, nas cidades de São Paulo, Porto Alegre, Foz do Iguaçu e na vizinha São José dos Pinhais. Foram sete congressos e seminários promovidos por cidades do exterior e quatro do Brasil, duas delas paranaenses.

Em Curitiba, estes mesmos técnicos apresentaram os desafios e as soluções curitibanas a missões que reuniram mais de 600 professores, estudantes, técnicos, engenheiros, urbanistas e autoridades vindos de cidades de 30 diferentes países, entre eles Iraque, Marrocos, Turquia, Coréia, Sudão, Botswana, Quênia, Estados Unidos, França, India, Alemanha, Argentina, Peru, Colômbia e Japão, além de cidades de diferentes estados brasileiros.

A participação em congressos e seminários e o atendimento a delegações e missões técnicas, tanto do Brasil quanto do exterior, são também oportunidades importantes para troca de experiências, estudo de novas tecnologias e melhorias contínuas no sistema.

Os principais pontos de interesse tanto de estrangeiros quanto brasileiros são as soluções encontradas na área do transporte coletivo – as vias exclusivas que os curitibanos conhecem como canaletas e que deram origem ao que o mundo conhece hoje como BRT (Bus Rapid Transit); a integração do transporte; a tarifa única, a frota de ônibus movidos exclusivamente a biocombustível sem adição de óleo mineral (como diesel), as soluções de segurança de tráfego que permitiram a redução contínua dos índices de acidentes há mais de uma década; e o maior ônibus do mundo.

Também fazem parte desta pauta, o sistema Ligeirão com ultrapassagens de ônibus biarticulados nas canaletas fazendo ligações em menor tempo entre o bairro e o centro; e a acessibilidade garantida pelo embarque e desembarque em nível (em plataformas nas estações e terminais), além da adequação do sistema às normais mais recentes de acessibilidade. Hoje, mais de 95% da frota operante tem total acessibilidade. Em Curitiba, existem plaquetas em braile nos ônibus, nos bancos especiais, permitindo que deficientes visuais possam identificar o número do ônibus no qual se encontram.

Conhecido em todo mundo, o transporte curitibano invariavelmente encanta os visitantes, mesmo em horários de pico quando a demanda é concentrada, com maior lotação nos ônibus. O sistema atual começou a ser implantado em 1974 com um histórico de evolução que o mantém, 40 anos depois, como diferencial no transporte uma vez que, embora o BRT já tenha sido adotado em mais de 100 cidades mundo afora, Curitiba mantém uma rede de transporte, com integração que permite trocar de ônibus, de qualquer linha, em qualquer tempo, pagando apenas uma passagem.

A Rede Integrada de Transporte atende, com uma tarifa única, Curitiba e 13 municípios da Região Metropolitana. A Rede é formada por 81 quilômetros de canaletas por onde circula uma frota de 185 ônibus biarticulados (incluindo o maior do mundo, com 28 metros de extensão) nas oito linhas do sistema Expresso (hoje conhecido como BRT). Estas linhas estão integradas a todo o sistema formando uma rede de 355 linhas com 30 terminais de transporte e 364 estações tubo. A Rede integrada atende nada menos do que 94% da demanda de transporte em Curitiba e 73% da demanda da Região Metropolitana. São, por dia, 2,3 milhões de passageiros transportados com uma frota de 1.915 ônibus que, somados, fazem 21 mil viagens e percorrem 500 mil quilômetros por dia.

No trânsito, o interesse é despertado pelo fato de Curitiba ter um elevado índice de motorização – um carro a cada 1,4 habitante, o maior entre as capitais – e mesmo assim manter a fluidez e a segurança no trânsito, mesmo com o desafio representado em horários de pico em algumas vias de maior densidade. A explicação está no próprio desenho do sistema viário quanto na política de investimento e intervenções permanentes no trânsito adotada pelo município.

O sistema viário da cidade tem vias estruturais (onde estão as canaletas), vias rápidas e binários de ligação entre bairros permitindo deslocamentos maiores em linha reta e sentido único.

Clique aqui e veja a evolução do Sistema de Transporte de Curitiba.

Fonte: URBS

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No Recife, Especialistas e urbanistas em mobilidade urbana dão suas declarações em audiência pública

terça-feira, 8 de maio de 2012

Na sétima e última audiência pública da Comissão Especial de Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa de Pernambuco, ocorrida na manhã desta segunda-feira (7), especialistas em trânsito e mobilidade urbana expuseram estudos e exemplos que podem ser adaptados à realidade do Estado. O debate aconteceu no Plenarinho III da Casa, na rua da União, bairro da Boa Vista, no centro do Recife.

Mediado pelo presidente da Comissão e deputado estadual Sílvio Costa Filho (PTB), o encontro contou com a participação dos professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Oswaldo Lima Neto, Maurício Pina, Leonardo Meira, César Cavalcanti e o reitor Anísio Brasileiro. Também presentes, o deputado federal João Paulo, o presidente do Crea-PE José Mário Cavalcanti e o consultor em transporte público Germano Travassos.

Costa Filho abriu a discussão lembrando a importância da parceria entre a UFPE e o poder Legislativo. “É um marco poder dialogar diretamente com a academia. Aqui estão técnicos que têm autonomia e domínio sob a questão. Certamente esse é um ponto chave na construção da nossa carta aberta”.

O documento com a radiografia da mobilidade da Região Metropolitana do Recife (RMR) e de Pernambuco será lançado na Alepe no próximo mês de junho e entregue em prefeituras, governo estadual e federal, universidades e bibliotecas, com projetos, metas e sugestões para os próximos 10 anos.

O primeiro palestrante, Germano Travassos, comparou o investimento que é feito para a circulação de automóveis e o que é voltado para os ônibus. “Abrir espaço para carros é estimular o seu uso e se preparar para um congestionamento próximo”, alertou o consultor. “Foi feito um investimento significativo no entorno do Terminal Joana Bezerra para os automóveis, contudo o terminal continua deficiente. É questão de escolha e de política pública. Onde colocar o dinheiro?”, indagou.

Já o doutor em transporte, Oswaldo Lima Neto, lembrou que a última pesquisa domiciliar realizada na RMR foi em 1997, pela antiga EMTU/Recife. “Faltam dados atuais para que nós possamos conhecer os reais problemas da mobilidade e enfrentá-los. Sem pesquisas não é possível planejar”.

O mestre e doutor Maurício Pina também frisou que é preciso conhecer a realidade antes de optar. “Se faz necessária uma atualização dos dados. Não podemos ficar no ‘achismo’”. Além disso, Pina ressaltou que os 15 edifícios-garagem que serão construídos no centro do Recife vão estimular ainda mais o uso de automóveis e adensar a área. “Mobilidade ou imobilidade?”, questionou complementando que em Amsterdam, capital da Holanda, são construídos edifícios garagens, porém, para as bicicletas.

O professor Leonardo Meira provocou os presentes. “Você quer passar o dia no congestionamento ou fazer um passeio pela cidade? Você aproveita e conhece o espaço público? O que faz para melhorar a mobilidade urbana de sua cidade?”. Falta de ciclovias, de calçadas de qualidade e de estrutura - como bicicletários e vestiários -, também foram citados como obstáculos que envolvem a problemática.

César Cavalcanti, vice-presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), destacou cinco prioridades para decidir corretamente sobre projetos de mobilidade urbana: pesquisar a demanda e tecnologia, planejar antes de optar, garantir recurso para investir em manutenção, ouvir a comunidade técnica e aplicar mecanismo de subsídios à operação. “Nós não sabemos o que está acontecendo na cidade, isso é uma vergonha. Optar antes de planejar é colocar o carro na frente dos bois”, desabafou.

Fonte: Blog do Jamildo

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Mobilidade Urbana no Recife vai na contramão

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Agamenom Magalhães, em vez de Corredor de ônibus, governo vai construir mais 04 viadutos
Que os terminais integrados de ônibus vai melhorar o sistema de transporte público na Região Metropolitana do Recife, isso não há dúvidas, porém só os terminais em si não resolverá o problema do transporte coletivo na cidade, pois do que vai adiantar um belo terminal, com boa estrutura, se em seu acesso não ter corredores de ônibus, O Blog Meu Transporte toma por base o terminal integrado Tancredo Neves, prestes a ser inaugurado, porém é fato que não será tão atraente devido a trafegabilidade, situado na Mascarenhas de Moraes e proximidades com a avenida Recife, este terminal entrará em operação com duas vias bem movimentadas e que na qual não tem corredores e nem faixas exclusivas para ônibus, ou seja, para se locomover de um determinado bairro para este terminal, o passageiro vai enfrentar os mesmos engarrafamentos que hoje passa, só que agora será de certa forma pior, pois se antes ele enfrentará os engarrafamentos pegando um só ônibus para o centro, agora ele vai enfrentar os mesmos engarrafamentos somados com a baldeação (integração com metrô ou outro ônibus), e pra piorar a situação, não existe projeto de corredores nestas duas vias, está realmente faltando planejamento ao governo do estado de Pernambuco, pois ultimamente o que estamos vendo é comissões e mais comissões de mobilidade, porém quem delega estas comissões não sabe nem o que é andar de ônibus, ou seja, delegam em números e não na realidade dos usuários.
E Para demonstrar a falta de prioridade, o tão sonhado corredor de ônibus da AV. Agamenom Magalhães foi adiado, porém o governo do estado resolveu que em vez de se construir um grande corredor, vai construir 04 viadutos como forma de aumentar a mobilidade e diminuir os engarrafamentos, uma moda cidade de São Paulo dos anos 90, na qual fará com que mais carros entrem em circulação, ou seja, uma medida totalmente contra o que dizem os especialistas e urbanistas.

Vale salientar que estamos prestes a atingir a marca de 1 Milhão de carros na Região Metropolitana, e o caos no trânsito não é mais amanhã, é agora, e se nada for feito de fato para melhorar o sistema de transporte público, iremos contar 10 mil novos carros por mês na cidade do Recife, em vez dos 5 mil que entram por mês hoje.
O que estamos vendo é uma falta de coragem para resolver o problema do transporte público que vai além das fantasias BRT’s, temos vias que hoje poderiam desde já ter faixas exclusivas para ônibus, como por exemplo a Av. Domingos Ferreira que tem 06 faixas em um único sentido e nenhuma exclusiva para ônibus, a Mascarenhas de Moraes que tem 04 faixas por sentido e nenhuma para os ônibus, fora outras vias como a promessa do corredor da Av. Norte que ficou também para trás, Av. Recife, Abdias de Carvalho entre outras, enfim falta coragem e planejamento a cidade do Recife e o Blog Meu Transporte estará nesta luta, denunciando as fantasias vias mangues e criações de mais e mais viadutos, que não resolverão o problema da mobilidade na Região Metropolitana, temos que pensar como o senhor Henrique Penhalosa, que transformou a cidade de Bogotá.
Blog Meu Transporte

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Reportagem mostra os 40 anos do Metrô em São Paulo

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Espanto. Empolgação. Otimismo. E um pouco de medo. Foi assim que São Paulo viu nascer seu metrô, em 6 de setembro de 1972. Nessa data ocorreu o primeiro teste de um trem da companhia, em evento que contou com a presença de autoridades municipais, estaduais e federais.

O transporte rápido sobre trilhos só começaria a operar comercialmente dois anos mais tarde, mas o teste foi considerado uma inauguração: afinal, ainda que por poucos metros, era a primeira vez que um metrô andava em São Paulo.

“Naquele tempo, uma coisa dessas era novidade para todo mundo”, comenta Antonio Aparecido Lazarini, que teve o privilégio de ser o condutor desse primeiro teste (leia mais abaixo). “Tinha gente que perguntava se, por andar debaixo da terra, dava para ver o subsolo. E muitos tinham medo, diziam que podia ser perigoso, que jamais andariam em um negócio desses. Alguns imaginavam que andar de metrô seria como entrar em uma caverna.”

Os funcionários mais antigos da companhia também se recordam que muitos paulistanos não aprovavam as obras. Reclamavam dos transtornos na região, da demora em concluir tudo e, principalmente, do alto valor investido.

Evolução.  Autoridades, urbanistas e as pessoas mais esclarecidas, por outro lado, viam a novidade com extremo otimismo. Em 25 de janeiro de 1972, o Estado publicou uma reportagem em que especialistas previam que, dentro de 20 anos, a cidade contaria com “dezenas de linhas de metrô”. Quarenta anos se passaram e as linhas são apenas cinco. Quando o metrô entrou em operação, seus trens percorriam, diariamente, 353 km. Hoje, o total percorrido é de cerca de 67 mil km.

Outro fato importante é que o metrô já nasceu atrasado em São Paulo. Para se ter uma ideia, Londres, a primeira cidade do mundo a contar com um sistema de transporte assim, fez essa inauguração em 10 de janeiro de 1863. Isso mesmo: 111 anos antes da inauguração comercial do sistema em São Paulo.

Resultado: enquanto a malha metroviária da capital britânica é de 400 km, os paulistanos têm apenas 78,1 km à disposição (veja mais dados no infográfico acima).

Otimismo. O secretário de Estado de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, diz que a marcha lenta da criação de novas linhas ficou no passado. “A expectativa hoje é muito mais segura. Você tem quatro linhas em construção e, até março, poderemos ter cinco obras ao mesmo tempo. É inevitável que vamos partir para um patamar de 10 km de linhas construídas por ano.” O que se viu até agora, no entanto, foi um número muito menor. Na história do metrô, a média tem sido de 2 quilômetros de linha a cada 12 meses.

Com mais linhas abertas, a promessa da atual gestão da Companhia do Metropolitano é de uma cidade integrada. “Certamente vai mudar o perfil. Será uma rede que ultrapassará os 100 km em 2014 e os 200 km no final da década”, afirma o secretário.

As projeções dos órgãos que planejam o transporte público da cidade são de que, antes de 2020, a maior parte das viagens realizadas na cidade será feita por metrô.
 
Bruno Ribeiro e Edison Veiga, do Estado de S. Paulo




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No Recife, Número de usuários nos ônibus cresceu apenas 6% nos últimos anos

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O número de pessoas que usam carros aumenta mais dos que utilizam o transporte coletivo, para se ter uma idéia, no período 2004 a 2009 a frota de veículos na RMR aumentou  34% enquanto o número de passageiros transportados no STPP/RMR cresceu apenas 6%. No Ano de 2009, foram transportados cerca de 438.554.393 contra 413.348.600 em 2004.
Falta de corredores de ônibus
Pode-se dizer que o número de passageiros dentro dos coletivos cresceu menos de 1% ao ano.

Isto acontece pela falta de investimentos no sistema de transporte da Região Metropolitana do Recife como falta de corredores de ônibus, ônibus sem qualidade, insegurança e falta de ônibus. Para muitos especialistas e urbanistas, a resolução deste assunto é priorizar o transporte público de massa. Para isso, é preciso restringir o uso dos carros de forma a priorizar os ônibus nas principais vias da cidade.

E para somar tudo isso, o crescimento econômico do Brasil e de Pernambuco, onde as famílias passaram a terem mais renda e facilidades no crédito.
E foi justamente nesta facilidade ao crédito junto com a redução do IPI dos automóveis fez com que aumentasse ainda mais o número de pessoas com carros na cidade.

Atualmente, o Estado tem emplacado entre 1 mil e 1.300 veículos por dia. E a tendência é cada vez mais os automóveis ganharem as ruas impulsionados pelo culto ao carro comum entre os brasileiros.

Confira a invasão de carros em PE. Os números mostram a frota veicular em setembro/2011.
PE – 2.013.881 veículos
RMR – 1.002.681 veículos
Recife – 559.942 veículos



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Consórcio Grande Recife terá novo presidente

sábado, 1 de janeiro de 2011

Fonte: Blog Meu Transporte
Depois de uma boa temporada a frente do Consórcio Grande Recife de Transportes, Dílson Peixoto deixará a presidência para um novo presidente ainda a ser escolhido pelo governador reeleito Eduardo campos, Dílson Peixoto deixa o Consórcio Grande Recife sob protestos de muitos da sociedade civil e também de alguns urbanistas e especialistas em transporte público, pois para muitos ele é disparado o mais preparado em transporte público não somente em Pernambuco como também em todo o Brasil, fato do qual fez dele ser o novo Presidente da Divisão América Latina da União Internacional de Transportes Públicos (DAL/UITP), além de ser Membro do Conselho Diretor da ANTP (Agência Nacional de Transportes Público).

Dílson Peixoto comandará a Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (EPTI), cuja proposta é gerenciar todo o transporte no Interior. Ligada à Secretaria de Transportes, a empresa pública será criada em 2011, conforme lei já aprovada em 2007. Sua principal tarefa na EPTI será discutir com municípios de fora da Região Metropilitana do Recife, Poder Legislativo e sociedade a regulamentação do transporte. “Vamos mediar politicamente nesse sentido”, reforçou, enfatizando que não atenderá aos interesses das empresas. O orçamento inicial da empresa será de R$ 5 milhões. Um concurso para contratação de servidores está nos planos dos dirigentes.
O fato é que uma decisão política pode colocar em xeque todos os avanços e projetos realizados em sua gestão a frente do consórcio depois de uma década em que nada se investiu em transporte público na região metropolitana, com Dílson Peixoto a frente do CGRT, foram realizados avanços como; sistema de bilhetagem eletrônica(VEM Trabalhador, Estudantil e Infantil), Terminal Integrado Pelópidas Silveira, em Paulista e o Terminal Integrado do Cabo – José Faustino dos Santos, no Litoral Sul, além de outros terminais já em construção e outros em processos de licitação como os de Xambá, Tancredo Neves, Aeroporto, Santa Luzia, Barro, Prazeres, Cajueiro Seco entre outros.(Terminais Integrados)
Também na ampliação de corredores de ônibus como os da Pan Nordestina e em breve o da Abdias de Carvalho, além dos polêmicos corredores da Agamenon e Av. Norte, o certo é que o novo presidente do consórcio grande recife terá um grande desafio de resolver o problema da mobilidade urbana na cidade do Recife e Região Metropolitana, priorizando corredores exclusivos para ônibus e modernizando o sistema através da conclusão do SEI que foi projetado desde de 1992 e até hoje não foi completado.
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Promessa da Copa de melhorar mobilidade urbana não será cumprida em algumas cidades

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A Copa do Mundo funciona como uma espécie de catalisador. Temos uma grande oportunidade de executar planos de investimentos e de melhorar a qualidade dos serviços nas grandes cidades, sobretudo o transporte público.”

A declaração, feita em setembro de 2011 pelo então ministro do Esporte, Orlando Silva, resume a principal justificativa do governo para que a população saudasse a realização da Copa no país: o legado para as 12 cidades-sede, que seriam beneficiadas com as obras de mobilidade urbana, necessárias não apenas para a competição, mas para os que residem ali. Um ano e quatro meses depois, porém, vários empreendimentos projetados para melhorar o transporte público e o trânsito foram cancelados – ou substituídos por obras de menor impacto.
A Matriz de Responsabilidades – documento do Ministério do Esporte que elenca toda as obras de infraestrutura para a Copa – previa 50 intervenções de mobilidade urbana e orçamento de R$ 11,59 bilhões quando divulgada em janeiro de 2010. Dessas 50, até agora foram canceladas 13 obras em dez cidades-sede: em Manaus, o Monotrilho Leste/Centro e o BRT (sigla para Bus Rapid Transit, o corredor de ônibus) do Eixo Oeste/Centro; em São Paulo, excluiu-se o Monotrilho da Linha 17-Ouro; em Brasília, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos, metrô de superfície; em Curitiba, a requalificação das vias do Corredor Metropolitano, em Natal, a reestruturação da Avenida Engenheiro Roberto Freire; em Salvador, o BRT no Corredor Estruturante Aeroporto/Acesso Norte; em Fortaleza, o Corredor Expresso Norte-Sul e o BRT Projeto Raul Barbosa; em Belo Horizonte, o BRT Pedro II/Carlos Luz; em Porto Alegre, o BRT Assis Brasil, e os BRTs Aeroporto/CPA e Coxipó/Centro, em Cuiabá.

Outras 16 obras de mobilidade foram incluídas posteriormente e são 53 as obras que constam hoje na Matriz mas a maioria de menor porte do que as canceladas ou interrompidas, e quase sempre realizadas no entorno dos estádios – e portanto relacionadas com acesso aos jogos, não com a mobilidade das cidades-sede. Por isso, o orçamento tem hoje quase 3 bilhões a menos do que o previsto: é de R$ 8,6 bilhões. Só na última revisão do documento, no mês passado, seis obras de mobilidade foram substituídas por outras oito obras de entorno. De prioridade máxima, o legado para as cidades-sede vai se reduzindo.
Em Salvador, por exemplo, em vez de um corredor do ônibus ligando o Aeroporto Internacional ao norte da cidade, serão feitas duas pequenas intervenções no entorno da Arena Fonte Nova, o estádio da Copa na Bahia, com custo de R$ 35,7 milhões, o que representa R$ 532 milhões de redução do investimento previsto. Nem o governo municipal – que queria o corredor de ônibus previsto – nem o governo do estado da Bahia, que pretendia incluir na Matriz o metrô de Salvador, em vez do corredor, tiveram os projetos contemplados. Por enquanto a população ficou sem corredor de ônibus e sem metrô – depois de uma negociação com o governo federal, o governo estadual conseguiu incluir o metrô, com orçamento de 3,5 bilhões de reais, no PAC de Mobilidade Urbana. Que nada tem a ver com a Copa.

São Paulo teve um caso semelhante: em vez do Monotrilho da Linha 17-Ouro, que ligaria o bairro do Morumbi ao Aeroporto de Congonhas, com orçamento previsto de R$ 1,881 bilhão, ganhou intervenções viárias no entorno do estádio do Corinthians, orçadas em 317,7 milhões.

Por que as obras param?

Além dos projetos que não saíram do papel, há casos mais graves de obras interrompidas por suspeitas de irregularidades. Em Brasília, por exemplo, as obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que ligariam o aeroporto ao Terminal Rodoviário da Asa Sul integrando-se ao metrô, começaram em setembro de 2009, foram incluídas em janeiro 2010 na Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo com orçamento de R$ 364 milhões, e paralisadas em setembro do mesmo ano pela Justiça por suspeitas de irregularidades. O responsável pela execução da obra era o governo distrital, que também contribuiria com R$ 3 milhões de custos.

A liminar que paralisou as obras foi concedida pelo juiz José Eustáquio de Castro Teixeira, da 7ª Vara de Fazenda Pública do DF, ao aceitar a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que apontou fraude na concorrência do Metro-DF com o intuito de favorecer duas empresas: a Dalcon Engenharia e Altran/TCBR. Segundo o Ministério Público, ambas seriam sócias ocultas e a vencedora da licitação, a Dalcon Engenharia, teria repassado R$ 1 milhão para a empresa “concorrente”. O ex-presidente do Metrô-DF, José Gaspar de Souza, foi acusado de manter vínculos estreitos com as duas empresas e exonerado em abril de 2010 pelo então governador do DF, Rogério Rosso (PMDB).

Em abril de 2011, o mesmo juiz exigiu que fosse aberta uma nova licitação para o VLT. Um ano depois, o secretário de Obras do DF, David de Matos, declarou que o primeiro trecho da obra do VLT não ficaria pronto até 2014 por causa dos atrasos provocados pelo cancelamento da licitação e a obra foi oficialmente retirada da Matriz a pedido do governador Agnelo Queiroz em setembro do ano passado.

Procurada pela Pública, a Secretaria de Comunicação do Governo do Distrito Federal (SECOM-DF) divulgou nota dizendo que “a retirada do VLT da Matriz de Responsabilidade da Copa será compensada pela readequação da DF 047, que liga a estação de passageiros do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek até a parte central da capital, com a implantação de uma via exclusiva dedicada a ônibus de passageiros, turistas e delegações.” E afirmou: a distância do estádio Mané Garrincha até o centro de Brasília é de 3 km, “o que facilita e incentiva o acesso a pé”.

Em termos de mobilidade urbana, Manaus ganharia duas obras importantes, previstas desde 2010: o Monotrilho Norte/Centro e o BRT no Eixo Leste/Centro, que seriam integrados. Ambas as obras, porém, foram excluídas da Matriz de Responsabilidades da Copa.
Monotrilho de Manaus não saiu do papel
A obra do monotrilho, orçada em R$ 1,307 bilhão, foi licitada em março de 2011 e quatro meses depois tornou-se alvo de investigação do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM). O relatório do TCE qualificou o projeto básico da obra de “incompleto e deficiente” e fez 32 restrições a ele – desde a falta de estudos técnicos preliminares até a ausência de estudos tarifários, dos custos de desapropriação e de justificativas para os valores apresentados. Sobre o edital, alvo de outras 27 restrições, o TCE disse que “não atende aos requisitos da Lei de Licitações e Contratos (8.666/93).

O relatório também registrou que os órgãos responsáveis pelo projeto básico do monotrilho (Secretaria Estadual de Infra-Estrutura) e pela licitação (Comissão Geral de Licitação) não se manifestaram mesmo quando acionados. E pediu a anulação da licitação, “por estar eivada de vícios que a tornam ilegal”, recomendando multar os chefes dos órgãos públicos envolvidos. Também solicitou o envio de cópias dos documentos da licitação ao Ministério Público do Amazonas para prosseguir com a investigação e à Caixa, que não liberou os recursos para a obra. Ainda assim, o projeto foi levado adiante pelo governo estadual, que executou todas as etapas que não dependiam de recurso federal.

Já o BRT tinha o custo previsto de R$ 290,7 milhões. O edital de licitação foi lançado em outubro de 2010. Tanto a CGU quanto o Tribunal de Contas do Amazonas, em fevereiro de 2011, apontaram falhas no projeto. Ainda naquele mês, em ação conjunta, os Ministérios Públicos estadual e federal solicitaram explicações da Prefeitura, responsável pela execução da obra, e recomendaram à Caixa Econômica Federal (CEF) que não liberasse recursos antes da correção dos erros.

Em outubro de 2012, no primeiro encontro entre o prefeito eleito, Artur Neto (PSDB), e o governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD) foi anunciado que as obras não ficariam prontas para a Copa. “A capacidade da Arena da Amazônia é de 42 mil pessoas, isso cabe facilmente no Sambódromo. As pessoas vão, estacionam e ninguém reclama da mobilidade. No dia da Copa se decreta feriado municipal e não vai ter problema”, minimizou Aziz.

À Pública, o coordenador da Unidade Gestora da Copa (UGC) em Manaus, Miguel Capobiango, disse que as críticas feitas ao monotrilho são de natureza técnica e não jurídica e que por isso o governo do Amazonas tocou o projeto mesmo com pareceres contrários da CGU, do Ministério Público e do TCE. “Entendemos que eles não tinham caráter definitivo, por isso seguimos com o projeto”, justifica. As obras do monotrilho foram incluídas no PAC de Mobilidade Urbana e devem estar prontas, segundo ele, no fim de 2015, ou início de 2016.

Pura "propaganda", diz especilialista

Para o engenheiro Lúcio Gregori, ex-secretário de Transportes na gestão da prefeita Luiza Erundina em São Paulo (1989-1992), o equívoco começa ao pensar em soluções de mobilidade urbana a partir de megaeventos esportivos. “Esse tipo de investimento voltado à realização de eventos esportivos foi feito na Europa, como em Barcelona, mas as cidades europeias já dispõem de um bom sistema de transporte. Aqui, a mobilidade urbana em geral é muito ruim e a tese de que os eventos esportivos transformariam a mobilidade urbana nas cidades brasileiras me parece mais propaganda do que outra coisa.Teriam de ser feitos investimentos de outra natureza para realmente gerar mobilidade, sem a premissa de prazos, custos, e necessidades específicas dos megaeventos”, diz Gregori.

Na visão de Lúcio, a discussão sobre mobilidade urbana no Brasil e na Copa ainda esconde uma disputa de mercado entre modelos de transporte. “Há uma discussão disfarçada sob um manto de tecnicalidade, mas que na verdade disfarça a disputa de mercado: o BRT versus o VLT versus o Monotrilho. São três disputas, diferentes fornecedores, diferentes efeitos no sentido de quem fornece o que para esses sistemas e quem lucra com essa operação. A mobilidade urbana está virando um prato em que vários comensais estão interessados. Também não é possível fazer uma discussão séria sobre mobilidade urbana no Brasil pautado nessa disputa de mercados, investimentos e lucratividade”, conclui.

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Em Fortaleza, Falta prioridade para o transporte público

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O transporte público urbano é um direito que está assegurado pela Constituição Federal, além disso, é um serviço de caráter essencial em qualquer cidade. No entanto, ele não é tratado como prioridade em Fortaleza. Não existem corredores exclusivos, muito menos faixas de circulação distinta dos veículos particulares. Desse modo, o que se vê, diariamente, no trânsito da Capital é uma constante disputa entre modais.

O ônibus disputa com o carro, que enfrenta o táxi, que compete com o motociclista, que concorre com a bicicleta e assim por diante. Todo mundo quer sair na frente, chegar primeiro, mas aqueles veículos que levam mais pessoas e deveriam usufruir de um fluxo livre, encontram várias dificuldades. Conclusões adquiridas na noite em que a equipe de reportagem tomou ônibus para fazer o deslocamento Centro - Edson Queiroz.

Para o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), Fernando Bezerra, o problema é histórico. "Infelizmente, Fortaleza, já na década de 80, construiu alguns corredores prioritários para o transporte coletivo, mas a sucessão dos gestores foi eliminando essas determinações. Aqui nós tínhamos faixas exclusivas nas avenidas João Pessoa, Monsenhor Tabosa, Francisco Sá, Antônio Sales, e isso tudo foi suprimido. A Francisco Sá era exclusiva da Antônio Pompeu até a Castro e Silva, aí chega um novo gestor e diz: ´não, bota aí os carros de novo´,quando era para ter estendido essa prioridade".

Fazer melhorias

Outra questão observada por Bezerra é que o Plano Diretor da Cidade "foi sendo alterado irresponsavelmente, para o benefício da iniciativa privada. Antigamente, só se podia ser construído um edifício nos corredores, isso na lei antiga, aí, de repente, você pode construir prédios de 24 andares dentro de um área que é residencial e todo mundo sai colocando seus carros nas ruas. Não existe milagre a fazer, como arquiteto que sou, engenheiro de trânsito e planejador urbano, vejo uma loucura. A única solução, depois que está feito o mal, é melhorar a eficiência do transporte público".

Solução que demanda a instalação de transporte de massa, como metrô. Para muitos especialistas e urbanistas entrevistados, a primeira linha de metrô que deve ser entregue à população de Fortaleza não resolve esse problema. O presidente da AMC concorda. "Achávamos, como gestores de trânsito, que a linha Leste, que sai do Centro e vai até a região da Unifor (Universidade de Fortaleza), era a primeira a ser feita, porque tiraríamos os carros. Você imagina a quantidade de veículos privativos que vai para Unifor, Iguatemi e comércios no Papicu! A Linha Sul é simplesmente um trem melhorado que teria resolvido o problema".

Enquanto a taxa média de ocupação de um ônibus é de 45 pessoas, a dos carros não chega a 1,2. Ainda assim, restringir o uso dos veículos automotores particulares não é vista como uma solução pelos gestores de trânsito, que não acreditam na eficiência de rodízios ou pedágio. "Precisamos é de metrô, para que possamos deixar o carro em casa", encerra Bezerra.

Conforto

Quando indagadas nas ruas sobre a opção de tomar um ônibus em vez de sair de carro, muitas pessoas disseram que só o fariam se existisse conforto dentro dos coletivos. Mas para o presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Ademar Gondim, o calor e a lotação nos ônibus não é o maior problema da população. "Uma pesquisa mostra que quem anda de ônibus não quer saber de ar-condicionado, quer é uma passagem que ele possa pagar, não adianta dar mais conforto e botar uma passagem a R$ 2,30 ou R$ 2,40".

Para completar, o problema do transporte público não está só dentro dos ônibus. Do lado de fora, quem espera também se sente desconfortável, desinformado e desprotegido. Quanto a essa contestação, o presidente da Etufor respondeu que foi feita uma licitação para a colocação de mil abrigos nos pontos de ônibus em Fortaleza e os equipamentos serão colocados de forma padronizada, incluindo iluminação e itinerário.

Alargar vias para receber a demanda de veículos é também uma proposta colocada ao gestores, no entanto, muito cara para o Município. "Com R$ 10 milhões, você compra 40 ônibus, mas não desapropria uma faixa de tráfego na Avenida Desembargador Moreira com Virgílio Távora", observa Gondim.

ENTREVISTA

Mário Angelo Filho - Doutor em Engenharia de Transporte

Quais os maiores entraves do transporte público?

A velocidade média dos veículos é muito baixa. Como resolver isso? Só vai diminuindo o número de automóveis em circulação. Deve ser dada prioridade à circulação dos ônibus. Eles carregam muito mais gente. São muito mais eficientes. No entanto, as soluções não são fáceis nem de baixo custo. Algumas linhas circulam com ônibus constantemente lotados. A solução lógica seria aumentar a frota da linha, mas verifica-se que ela já opera com intervalos muito pequenos, digamos, três ou quatro minutos. Se assim for feito, teremos ônibus superlotados operando com outros de baixa ocupação, o que resultaria num serviço ruim e caro.

O que fazer diante disso?

As autoridades precisam esquecer um pouco o problema do trânsito de automóveis particulares e dar um jeito de "tirar" os ônibus dessa confusão. Com a melhoria do sistema de transporte coletivo, com a capacidade de realizar mais viagens, mais gente irá deixar o carro em casa e isso vai melhorar a vida também para aqueles que já utilizam o ônibus.

Nas paradas de ônibus, as pessoas sentem-se inseguras, sem falar na falta de sinalização indicando os itinerários e horários. Você percebe esse problema?

Abrigos adequados e informação aos usuários são muito importantes. O cidadão pode tirar melhor proveito do sistema quando entender quais são suas possibilidades. Nesse aspecto, eu acho que uma ampliação da abrangência da integração temporal seria muito interessante. Atualmente, pelas informações que disponho, ela é tão restrita que é utilizada por um percentual muito pequeno dos usuários. O mais importante, de fato, é ter um serviço confiável e rápido, diminuindo o tempo de viagem, mesmo que ela seja não tão confortável. Reportagem (Janayde Gonçalves)

Fonte: Diário do Nordeste

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Congestionamento é vilão no trânsito da Região Metropolitana do Recife

terça-feira, 13 de abril de 2010


Quem enfrenta o trânsito da Região Metropolitana já deve ter sido vítima de um vilão capaz tirar a paciência: o congestionamento. Da Zona Norte a Zona Sul não tem como escapar, principalmente em horário de pico. O trânsito fica muito lento...carros e ônibus disputando espaço nas pistas.

O professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) César Cavalcanti, especialista em trânsito, deu uma volta na cidade e mostrou alguns problemas sofridos por motoristas, passageiros e pedestres nas cidades. Ele também aponta algumas soluções possíveis.

A Região Metropolitana tem 800 mil veículos e a frota não para de aumentar: as estatísticas apontam uma taxa média de crescimento de 5% ao ano. São 40 mil novos veículos nas ruas a cada 12 meses. Nesse ritmo, a região deve dobrar a frota nos próximos dez anos.

E os chamados pontos de gargalo, onde há mais carros que a capacidade de escoamento das ruas, já são bem conhecidos pela população. Um deles fica no cruzamento da rua da Hora com a avenida Rosa e Silva, no bairro do Espinheiro. Ali, não há obra de engenharia capaz de resolver o problema. “É difícil, porque nós temos uma via com três faixas de tráfego, e nela se insere outra via com duas faixas. Logicamente nessa interseção, a via fica congestionada. E a única solução ‘possível’ seria a desapropriação de todo o lado direito da Rosa e Silva. O que seria economicamente inviável e não resolveria o problema”, explicou.

E onde há engarrafamento, há motoristas impacientes. Desrespeitam a faixa amarela que, pelas leis de trânsito, equivale a uma calçada: só os pedestres podem andar. “Inclusive já houve até atropelamento aqui”, contou o manobrista Ananias Silva. O uso do aparelho celular seria mais um motivo para aplicação de multa.

Especialistas em trânsito identificam as origens do problema na década de 70 do século passado, época em que as obras públicas começaram a dar prioridade ao transporte individual, que ocupa mais espaço. A praça Euclides da Cunha, mais conhecida como praça do Internacional, projetada por Burle Marx em 1935, foi reduzida pela metade e se tornou uma ilha cercada não por um rio ou pelo mar mas pelo trânsito de veículos.

“Você cria verdadeiras ilhas, difíceis de serem alcançadas porque ao seu rodar há um tráfego muito intenso, que provoca certamente acidentes ou, pelo menos, intimida as pessoas a usarem esses espaços, que tem a finalidade contemplativa e de lazer. Isso é uma perda para os habitantes”, falou.

Os urbanistas apontam como uma das soluções a curto prazo a implantação de mais faixas exclusivas para ônibus em toda a Região Metropolitana. O objetivo seria tornar o transporte coletivo mais rápido: um estímulo para que os motoristas deixem os carros em casa. No bairro de Benfica, os ônibus que vão no sentido subúrbio encontram o caminho livre pela frente graças à faixa exclusiva até a avenida Caxangá. Os motoristas dizem que o caminho exclusivo fez reduzir bastante o tempo da viagem. “A gente ganhou cera de 40 minutos de adianto”, disse o motorista de ônibus Djalma dos Santos.

De acordo com as estatísticas, cada carro que circula no Recife transporta apenas entre um e dois passageiros. O transporte coletivo mais rápido e confortável poderia evitar tantos carros na rua e os congestionamentos nos horários de pico. Uma situação comum no bairro da Torre e na Ilha do Retiro próximo ao estádio do esporte.

“A melhoria dos veículos coletivos iria atrair passageiros. Um veículo com portas mais largas, sem catracas, com motores sobre pisos ou traseiros, ar-condicionado e a capacitação dos motoristas e cobradores”, explicou.

E quanto aos motoristas que enfrentam congestionamentos diários na hora de voltar pra casa, o que eles pensam sobre trocar os carros pelos ônibus? “Se fosse um serviço a contento, eu trocava”, falou o engenheiro civil Felipe Calado.

De acordo com o secretário das Cidades, Dilson Peixoto, a solução é priorizar vias para o transporte público. “O transporte ganhando velocidade, vai ser mais rápido e vai atrair mais passageiros e tirar os carros da rua. Em Pernambuco, estamos fazendo a nossa parte com projetos prontos, em fase de licitação. Antes da Copa, em 2012, vamos estar com mais de cem quilômetros de corredores exclusivos de ônibus e com outro tipo de ônibus que vai tornar as viagens mais rápidas, que somado ao metrô vamos ter um serviço de altíssima qualidade”, falou.

Fonte: Pe360graus.com
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O Rodoanel, 80 anos depois

terça-feira, 23 de março de 2010


O governo do Estado de São Paulo garante que as chuvas recordes do verão não atrapalharam seus planos de concluir, até o fim deste mês, os 61,4 quilômetros do Trecho Sul do Rodoanel Mario Covas. A urgência é bem-vinda, pois há 80 anos foram elaborados os primeiros projetos para a construção de um anel viário em torno da região metropolitana, mas somente na década de 90, a partir da gestão Mario Covas/Geraldo Alckmin, o primeiro trecho começou a ser construído na região oeste da Grande São Paulo. No próximo dia 27, o governador José Serra quer entregar o segundo trecho, que interligará a Avenida Papa João XXIII, em Mauá, à Rodovia Régis Bittencourt, passando pelas Rodovias Anchieta e Imigrantes, cortando sete municípios da região metropolitana.
Conforme estimativas da empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A., a nova via deverá tirar 301 mil veículos da Marginal do Pinheiros e outros 85 mil da Avenida dos Bandeirantes. Dos 210 mil caminhões que circulam diariamente por vias internas da cidade de São Paulo, entre 40 mil e 55 mil destinam-se a outras cidades, principalmente ao Porto de Santos. Se todos eles usarem o novo trecho do Rodoanel, haverá redução de pelo menos 12% nos índices de congestionamentos da capital.
A conclusão do Rodoanel será seguida pela entrega de outras duas obras de grande importância para o trânsito da região metropolitana: as novas pistas da Marginal do Tietê, que deverão elevar a velocidade média de circulação na via para 59,1 km/h, e a ampliação da Avenida Jacu-Pêssego, entre o Rodoanel, em Mauá, e o Aeroporto de Cumbica.
O objetivo é desatar os nós de tráfego que a cada manhã criam quilômetros de lentidão a partir dos pontos de chegada das rodovias à capital. Sete das dez rodovias que desembocam em São Paulo serão interligadas: Bandeirantes, Anhanguera, Castelo Branco, Raposo Tavares, Régis Bittencourt, Imigrantes e Anchieta. Juntas, essas estradas despejam 500 mil veículos a cada manhã na cidade, cuja malha viária é utilizada por pelo menos 4 milhões de carros, caminhões e ônibus.
O prefeito Gilberto Kassab comemora a conclusão do conjunto de obras, acreditando que será "extraordinário para São Paulo, principalmente por reorganizar o trânsito".
Assim será se outras medidas forem tomadas em caráter de urgência. Especialistas alertam que de pouco adiantará o Rodoanel, se não houver melhoria do transporte público e da regulamentação do transporte de carga na capital.
O Trecho Oeste do Rodoanel, que liga o sistema Anhanguera-Bandeirantes à Rodovia Régis Bittencourt é prova disso. Quando inaugurado, chegou a ser chamado de elefante branco por ambientalistas e urbanistas. Já os defensores da obra asseguravam que ela reduziria 16% do movimento da Marginal do Pinheiros.
Foi o que ocorreu. No entanto, sem a organização do transporte público e da circulação de cargas, em oito anos o trecho se transformou numa nova Marginal. O Rodoanel reduziu em 15% a lentidão, de início, mas, desde então, mais de 1,3 milhão de veículos foram incorporados à frota de São Paulo. E hoje, mesmo com a cobrança de pedágio naquela via, mais de 200 mil veículos a utilizam diariamente. Com a conclusão do Trecho Sul, estima-se aumento de 30% no movimento do Trecho Oeste do Rodoanel.
Tivesse o projeto do anel viário sido complementado pela execução efetiva do plano integrado de transporte público, elaborado no início do governo Marta Suplicy, o crescimento da frota não teria sido tão acelerado. Novas linhas de metrô e melhores e mais amplos serviços de ônibus e trens teriam desestimulado a opção da população pelo transporte individual. A construção do Ferroanel também deveria ter sido iniciada há décadas, retirando-se os trens de carga da malha urbana.
São soluções há muito tempo previstas e que, atrasadas, comprometem a eficácia de projetos como o Trecho Sul do Rodoanel.

Fonte: Estadão
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