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Em Rio Preto, Secretário de trânsito diz que a implantação dos corredores exclusivos de ônibus não é prioritária, Acreditem....

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Trânsito em Rio Preto
O novo sistema de transporte coletivo de Rio Preto começará a operar sem a implantação dos corredores exclusivos para ônibus. Com isso, a promessa do prefeito Valdomiro Lopes (PSB) de reduzir o tempo de espera dos passageiros nos pontos de embarque e desembarque não sairá do papel. O edital de licitação da Prefeitura de Rio Preto exige que 120 dias após a assinatura do novo contrato de concessão as empresas vencedoras da concorrência operem as novas linhas de ônibus, evitando que os passageiros esperem mais de 30 minutos nos pontos de ônibus.

Mas para que isso ocorra, a Secretaria de Trânsito de Rio Preto deve implantar nesse mesmo período quatro corredores exclusivos de ônibus em ruas e avenidas da cidade. Os envelopes com as propostas financeiras para a concessão começarão a ser abertos no dia 9 de fevereiro e o procurador-geral, Luiz Tavolaro, espera concluir todo o processo até o início de março. Com isso, as novas linhas começariam a operar entre os meses de julho e agosto.

No entanto, o secretário de Trânsito, Aparecido Capello, disse ao Diário que os corredores exclusivos serão instalados “gradativamente” e não descarta criar o primeiro apenas em 2012. O secretário disse que a implantação dos corredores depende de novo estudo do trânsito na região central da cidade, além da análise já realizada pela Logitrans para a elaboração do edital da nova concessão do transporte coletivo.

“Todo trabalho (na área central), inclusive o de implantação dos corredores, será gradativo. Achamos melhor esperar para fazer uma medição da velocidade média dos veículos (VDM) e também um estudo técnico da área central, com empresa especializada. A implantação dos corredores vai depender de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”, afirmou.

Ainda de acordo com Capello a implantação dos corredores exclusivos de ônibus não é prioritária. “Não vamos instalar os corredores de imediato. Será gradativo o processo. Repito, dependemos do financiamento do BNDES e talvez a instalação dos corredores só ocorra no segundo semestre ou no início do ano que vem, pois dependemos dos estudos”, completou o secretário de Trânsito. Atualmente 64% das linhas de ônibus da cidade operam com intervalo de espera nos pontos de embarque e desembarque de até 20 minutos. Valdomiro quer elevar esse índice para 78%.

Em 18% das linhas o tempo de espera dos passageiros é maior que 30 minutos. Com a nova concessão o prefeito quer zerar esse índice. De acordo com o edital de nova concessão do transporte coletivo, a implantação dos corredores de ônibus é fundamental para a redução do tempo de espera dos passageiros nos pontos de embarque e desembarque. A Prefeitura vai licitar dois lotes, o primeiro com 34 linhas de ônibus e valor mínimo de outorga de R$ 3 milhões e o segundo lote com 20 linhas e valor mínimo de outorga de R$ 2 milhões. A nova concessão terá validade de 10 anos, prorrogável pelo mesmo período. O atual contrato vence no início de fevereiro e a Prefeitura deverá elaborar um emergencial, que vai vigorar até o termino da licitação.

Fonte: Diarioweb
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Grande Vitória: Ônibus devem atingir 39 km nos horários de pico em Corredores exclusivos; hoje, a velocidade é de apenas 9km/h

domingo, 10 de outubro de 2010

O Estado quer aumentar a velocidade média dos ônibus para até 39 km/h, em horário de pico. Pode parecer pouco, mas, hoje, há três pontos em Vitória em que esses veículos trafegam a 9 km/h: na área não duplicada da Avenida Fernando Ferrari, nas principais vias do Centro da Capital e na Terceira Ponte.

A proposta pode vingar se o projeto de corredores exclusivos para ônibus ou BRT (Bus Rapid Transit), com os 52 primeiros quilômetros, for implantado por completo. A média de 39 km/h é para veículos que funcionem como expressos, com menos paradas para embarque e desembarque.

Os demais ônibus teriam a velocidade entre 25 km/h e 30 km/h. "São dados estatísticos, em relação a outras cidades do mundo que implantaram o sistema", explica a subsecretária estadual de Mobilidade Urbana, Luciene Becacici.

Ela prefere manter como meta para os corredores a velocidade de 25 km/h, no pico. "Sabemos que há exemplos de média bem acima. Mas temos que esperar, projetar bem o percurso, para saber o quanto de ganho efetivo nós teremos", avalia.

Obras
Até agora, duas vias estão com obras licitadas e devem ser alteradas para inclusão do BRT: uma em Vila Velha - parte da Avenida Carlos Lindenberg; e outra na Serra - a Rua Talma Rodrigues Ribeiro -, ligando os terminais de Jacaraípe e Laranjeiras.

Essa via, por sinal, é o projeto modelo do Estado. Os 8,5 quilômetros da via ficam prontos e liberados para o BRT no final do ano que vem.

Mas os demais pontos estão sem prazos. Na Terceira Ponte, por exemplo, não há previsão de corredores. Hoje, para atravessar os 3 km da via, o condutor gasta 20 minutos, em média.

Os dados de velocidade média em km/h foram apresentados pela Companhia Estadual de Transporte Urbano da Grande Vitória (Ceturb-GV), e ainda apontam as médias dos ônibus do sistema Transcol em outras avenidas da Capital.

"A média ideal seria de 27 km/h, mas o trânsito não permite. Os ônibus precisam de corredores exclusivos para serem privilegiados no trânsito", frisa a diretora-presidente da Ceturb-GV, Denise Cadete.

Segundo ela, o trânsito é o principal responsável pelo tempo final da viagem, e ainda interfere no valor da passagem. "Quanto mais trânsito, mais ônibus disponibilizaremos para desafogar os pontos, o que aumenta o custo da frota e o preço cobrado pelo serviço", explica.

Ônibus com portas do lado esquerdo já na semana que vem
Oito ônibus adaptados para os corredores exclusivos, com portas do lado esquerdo, começam a circular na Grande Vitória na semana que vem. Ao todo, 22 veículos foram comprados pelas empresas do Sistema Transcol, no valor aproximado de R$ 7,5 milhões.

Mas essas portas só serão liberadas para embarque e desembarque dos passageiros no final do ano que vem, depois que a primeira via adaptada para os corredores exclusivos começar a funcionar, na Serra, ligando os terminais de Laranjeiras e Jacaraípe.

"As ações serão feitas aos poucos. Mas nós já estamos nos preparando para o que promete mudar o conceito de mobilidade urbana da Grande Vitória", frisa a diretora-presidente da Ceturb-GV, Denise Cadete.

Segundo a presidente da GVBus (Sindicato das Empresas do Sistema Transcol), Simone Chieppe, todos os veículos serão comprados, agora, com as portas do lado esquerdo. "Ao lado dessas portas, todas lacradas, estarão bancos para passageiros. Assim estaremos prontos para quando o BRT começar a funcionar", explica.

Os novos coletivos, segundo Chieppe, são "um pouco mais caros dos que não têm as portas do lado esquerdo", mas isso não deve interferir no valor da passagem.

O Transcol com o BRT
Exclusividade.
As principais vias (com mais trânsito e mais demanda de passageiros) terão corredores exclusivos, só para os ônibus, e no meio das pistas. Os veículos terão privilégio de circulação no trânsito, o que aumentará a velocidade média e reduzirá o tempo de viagem

Privilégio.
O privilégio não será apenas na via exclusiva. Em cruzamentos, o semáforo vai privilegiar a passagem dos ônibus, mantendo o sinal verde por mais tempo, de acordo com o trânsito e o horário

Integração.
Os ônibus dos corredores exclusivos vão ligar um terminal ao outro. Demais linhas vão até um terminal ou a algum outro ponto de integração. O passageiro poderá sair de um veículo e entrar em outro sem pagar nada a mais por isso, e sem precisar ir até o terminal

Linhas de bairro.
As linhas de bairro não levarão o passageiro ao destino final. A viagem segue até algum ponto de interligação. Isso reduz o número de linhas por bairro, e de ônibus nas ruas

Pontos elevados.
Os pontos ou estações de ônibus ficarão com o piso elevado, na mesma altura dos ônibus, para que os passageiros não precisem subir escadas. Haverá agilidade no embarque e redução do tempo de viagem

Cobrança na rua.
Os passageiros vão pagar pela passagem fora dos ônibus, em estações (hoje pontos de ônibus) ou em locais de apoio, onde haja grande circulação de pessoas. Haverá redução do tempo de parada de ônibus

Calçada Livre.
As linhas que vão de terminal a terminal vão circular no meio da via. Com isso, os pontos (ou estações) vão para o canteiro central, liberando a calçada para os pedestres

Conforto.
As estações (hoje, pontos de ônibus) serão fechadas e climatizadas com ar-condicionado

Ultrapassagem.
Para aumentar a velocidade média do ônibus, haverá pontos de ultrapassagens dentro dos corredores exclusivos

Localizador.
Com tecnologia de ponta, os veículos terão GPS, com o monitoramento feito nas centrais de controle localizadas nos terminais. Isso vai permitir saber se o veículo está atrasado ou no horário, e se o percurso está engarrafado

Sem espera.
Com o monitoramento do veículo, o tempo de intervalo entre as viagens será melhor controlado, e o passageiro saberá o horário exato do embarque

Vigília.
Os veículos terão câmeras internas para segurança e controle da lotação do coletivo

Multimídia.
O passageiro poderá receber informações dos ônibus (horários) pelo celular ou consultar a internet. Ainda poderá construir o percurso que pretende fazer

Menor custo.
O valor da passagem ainda pode abaixar. Mas isso vai depender do número de linhas (o que deve ser reduzido); e da frequência de viagens de cada ônibus (que deve aumentar)
Fonte: Gazeta online

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Presidente do Seterb fala sobre polêmica da proibição dos ônibus intermunicipais em Blumenau

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Em reunião com o Seterb e Consórcio Siga esta quarta-feira, as empresas de ônibus intermunicipais do Médio Vale solicitaram que a proibição da passagem destes veículos no Centro de Blumenau entre em vigor somente a partir da implantação dos corredores exclusivos de ônibus.
  • Entrevista foi concedida ao Jornal de Santa Catarina
Jornal de Santa Catarina - O usuário está se perguntando como será a operacionalização do sistema, com essa mudança. O que se pode antecipar? Rudolf Clebsch - Todo o trabalho que temos feito é decorrente do anúncio que o prefeito João Paulo Kleinübing e o Rufinus (Seibt, o vice-prefeito) fez da implantação em Blumenau dos corredores exclusivos para o transporte coletivo urbanos. É a única forma, a única alternativa para garantir a mobilidade urbana na cidade: investir maciçamente no transporte coletivo. A partir desse anúncio, temos diversas reações em cadeia. Uma delas: a medida em que o corredor vai atender exclusivamente ao transporte coletivo, o intermunicipal com características urbanas não poderá compartilhar essa infraestrutura e não mais circular no Centro da cidade. Aí começa uma nova discussão de se fazer uma integração periférica.

Santa - Junto com essa discussão vem também o questionamento de por que os ônibus intermunicipais não podem utilizar esses espaços que serão criados exclusivos para ônibus? Clebsch - A criação dos corredores exclusivos de ônibus não é novidade. Blumenau se integra nessas ações que muitos outros municípios já implantaram e temos a crítica de várias cidades que implantaram o corredor exclusivo para o transporte coletivo com uso compartilhado com outros modais e estão de certa forma arrependidos, porque o resultado operacional não foi aquele esperado. Então para não repetir erros que outros governantes cometeram em relação à criação dos corredores exclusivos, em Blumenau não será compartilhado com nenhum outro modal de transporte coletivo.

Santa - O Seterb divulgou que 5 mil pessoas seriam atingidas com a mudança e julgou o número muito pequeno considerando o número de habitantes da cidade. O reflexo causado com esses passageiros não teria tanto impacto assim, então? Clebsch - O blumenauense não consegue se deslocar do bairro até o Centro num único ônibus, o cidadão que vem de fora do município ainda o faz. Há mais de 15 anos, 150 mil pessoas da cidade foram submetidas, para contribuir com a mobilidade urbana, à necessidade de fazer a troca do ônibus, o transbordo nas plataformas dos terminais urbanos. Na época, houve resistências, muitas críticas que estão superadas e compreendidas pela população. Em razão disso, falamos que é um percentual muito pequeno de pessoas atingidas.

Santa - Se a intenção é incentivar o uso do transporte coletivo, a medida não deveria ser no sentido de coibir o uso do carro? Clebsch - Mas a criação dos corredores exclusivos de ônibus é uma restrição ao uso individual do carro. Na medida em que se cria uma canaleta exclusiva de ônibus, não mais compartilhada, como temos num trecho da Beira Rio hoje, tira-se uma parte importante da estrutura hoje compartilhada com veículos, destinando-a exclusivamente para os coletivos, penalizando de uma certa maneira aquele que usa individualmente seu veículo.

Santa - A tendência é a medida não entrar em vigor dia 1° de janeiro? Clebsch - Há uma série de questões sob as quais nós não temos controle. Havia uma expectativa do prefeito João Paulo Kleinübing de que no dia 1º de janeiro de 2010 a cidade já estivesse praticando essa medida, considerando que neste dia, os corredores de ônibus estivessem completamente concluídos. Nós já temos identificados alguns problemas burocráticos na captação de recursos do financiamento junto ao BNDES que ensejam a necessidade de reavaliar esses prazos. Mas quem vai definir isso é o prefeito.

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Sem corredores e superlotados, ônibus em São Paulo têm ainda tarifa mais cara da América Latina

quinta-feira, 9 de setembro de 2010


Um ônibus poderia retirar das congestionadas ruas de São Paulo de 20 a 40 carros, segundo especialistas em transportes. Porém, os problemas enfrentados pelos milhões de usuários são tantos e tão antigos que o número de carros e motos aumenta cada vez mais. Afinal, mesmo nos corredores exclusivos de ônibus, a média de velocidade de um veículo ainda é a mesma de uma pessoa correndo.
A tarifa de ônibus em São Paulo também é a mais cara da América Latina - o equivalente a US$ 1,55 -, o que coloca a passagem dos ônibus paulistas no 40º lugar no ranking das mais caras entre as tarifas de 73 cidades de todo o mundo. “Se o ônibus anda mais devagar que o carro está tudo errado, pois aí o motorista nunca vai deixar o carro em casa.
Só que é preciso coragem política para dar prioridade ao ônibus”, disse o diretor de Investimentos da Secretaria de Planejamento Urbano de Berlim, Wolfgang Hummel na reportagem “Por que os ônibus de SP ainda causam tantas reclamações?”, publicada nesta quarta-feira (08/09), no Jornal O Estado de São Paulo.RatosAs Secretarias de Transportes Metropolitanos recebem uma média de 200 reclamações diárias de usuários. O Ministério Público também lançou um blog, em maio de 2009, exclusivamente para as denúncias sobre o sistema de ônibus. Entre as mais de 2 mil reclamações já registradas, há até queixas sobre a presença de ratos nos ônibus superlotados.
As reclamações mais frequentes referem-se ao descumprimento de horários e ao excessivo intervalo entre os ônibus. Uma das razões é que as empresas ganham por passageiro transportado e, por isso, os percursos são muito longos.A capital paulista já teve um projeto para solucionar estes e outros problemas, coordenando a circulação de ônibus, trens e Metrô.
O projeto para que os ônibus circulassem nas principais avenidas em corredores exclusivos, livres do congestionamento e monitorados por GPS para garantir a pontualidade tão reclamada pelos usuários, foi desenvolvido durante a Gestão de Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo, mas não foi finalizado.
O Governo do PSDB concluiu apenas um corredor de ônibus metropolitano: Diadema/Berrini, inaugurado em julho de 2010. Há promessas de implantação de novos corredores ligando Guarulhos ao Tucuruvi e Itapevi ao Butantã, além de um Corredor Metropolitano na região Noroeste de Campinas. Mas, como as obras do trecho Diadema/Berrini levaram 24 anos, a lentidão e o desconforto ainda podem acompanhar os usuários nas superlotadas viagens de ônibus por muito tempo.
“Existem dez corredores de ônibus exclusivos em São Paulo, mas nenhum deles tem todas as condições para oferecer um serviço de qualidade ao cidadão. Eles deixam a desejar porque não têm ponto de ultrapassagem, as estações não são fechadas, não têm cobrança antecipada, não têm informações aos usuários e também não possuem embarque feito em nível”, explicou o diretor-superintendente da Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos, Marcos dos Santos ao repórter Rodrigo Brancatelli, do Jornal O Estado de São Paulo.
Mesmo com todos os problemas, os usuários ainda demonstram uma expectativa favorável em relação aos transportes públicos. Em enquete realizada pelo Jornal O Estado de São Paulo, 96,25% dos leitores disseram que utilizariam o sistema de ônibus, se essa opção fosse mais rápida e confortável.

Fonte: Transparência S. Paulo

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Em São Paulo, Kassab vai acabar com o entra e sai de táxis nos corredores de ônibus

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), decidiu prolongar por dois anos a permissão para que táxis circulem pelos corredores exclusivos de ônibus, mas vai acabar com o entra e sai dos veículos nesses espaços.

Para circular pelo corredor, o táxi precisa estar transportando passageiro. A permissão, válida desde agosto de 2005, vinha sendo prorrogada a cada seis meses. A atual era válida até o fim deste mês.
Foto : Cesar Rodrigues/Folhapress

Com o prolongamento, que era uma reivindicação dos taxistas, a permissão vale até depois da Copa do Mundo de 2014, quando a cidade deve receber milhares de turistas.

Para conter o entra e sai de táxis, os corredores terão barreiras físicas entre eles e a via normal de veículos. São tachões, da altura de uma guia de calçada, que impedem que carros e motos mudem de faixa em qualquer lugar.

Os tachões serão instalados desde a aproximação dos pontos de parada de ônibus até o próximo cruzamento.

Ou seja, o táxi que entrar no corredor de ônibus terá de permanecer ali até o próximo cruzamento. Se o ônibus parar para embarque e desembarque de passageiros, o táxi terá de parar atrás.

Veículos de passeio - A medida afeta não apenas os taxistas. O uso dos corredores de ônibus é liberado para os veículos de passeio todas as noites, das 23h às 4h, e nos finais de semana, a partir das 15h de sábado, desde que seja respeitada a velocidade máxima no corredor.

A instalação dos segregadores de tráfego, portanto, vai atingir também os motoristas que costumam usar essas vias no horário permitido.

Esses tachões não são novidade. Eles já existem há pelo menos dois anos nos corredores de ônibus da Guarapiranga, Vereador José Diniz e Santo Amaro, todos na zona sul da cidade.
As divisões foram instaladas também no corredor de ônibus na avenida Rebouças, onde foi feita uma reforma no último ano.

Invasões - Empresas de ônibus alegam que a lentidão nos corredores exclusivos é agravada pela invasão da faixa por outros tipos de veículos.

Em julho do ano passado, a Secretaria dos Transportes criou uma comissão para rever a autorização aos táxis nos corredores de ônibus.

O grupo chegou à conclusão de que a presença dos táxis não interfere na velocidade dos corredores, mas avaliou que o entra e sai é prejudicial -por isso, fez a recomendação de colocar os tachões separando as vias.

A comissão também concluiu que o que prejudica mesmo a velocidade dos ônibus nos corredores é a constante invasão de carros e motos.

Por isso, recomendou que seja ampliada a fiscalização contra essas invasões.
A Folha apurou que a Secretaria dos Transportes pretende instalar algumas dezenas de radares nos corredores para flagrar a invasão por carros de passeio e motos nos horários proibidos.

A portaria com as novas regras será publicada hoje no "Diário Oficial" da cidade.

Sindicato diz que zigue-zague não atrapalha - Natalício Bezerra, presidente do Sindicato dos Taxistas de São Paulo, afirmou que a categoria não atrapalha os ônibus nos corredores, mas não reclamou da nova restrição ao entra e sai das faixas.

"O táxi não atrapalha nada. O taxista quer sair rápido e levar o passageiro o mais rápido até o seu destino. Mas, se vier alguma disciplina, para não ficar fazendo zigue-zague, tudo bem, vamos respeitar", disse o sindicalista.

Ele afirmou que foi um pedido do sindicato ao prefeito Gilberto Kassab (PSD) a manutenção da permissão ao uso dos corredores por táxis com passageiros.

Para ele, a categoria não pensa apenas no que é melhor para os motoristas, mas no que é bom para toda a cidade. "O que é bom para São Paulo é bom para os taxistas", afirmou.

Fonte: Folha de S. Paulo

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Sistema BRT virou mania nacional e agora vai chegar a Belo Horizonte

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

BRT. É bom guardar essa sigla. Na falta do metrô, as três letras – do inglês transporte rápido por ônibus – se tornaram, além da principal aposta de Belo Horizonte para resolver os problemas de mobilidade até a Copa de 2014, uma mania nacional. Hoje há 113 projetos do sistema em curso em 25 cidades no país, totalizando 1,2 mil quilômetros de corredores exclusivos para os coletivos até 2016, de acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Em linha reta, significaria percorrer a distância de BH a Salvador apenas pelo BRT, que num horizonte de quatro anos deve transportar 16 milhões de passageiros por dia no país, igual a duas vezes a população da Suíça. A demanda representa um quarto dos usuários dos ônibus convencionais.

Somente o Ministério das Cidades está aplicando, entre investimentos e financiamentos, R$ 15,1 bilhões em 930 quilômetros de corredores de ônibus. Oito das 12 cidades sedes da Copa adotaram o BRT como opção de transporte público para atender a demanda do campeonato mundial de futebol. Apesar de prever uma das menores redes de BRT, com 26 quilômetros de pistas exclusivas, o objetivo em BH é transportar cerca de 700 mil passageiros por dia nos corredores. Há também projetos em curso em cidades de médio porte do interior do país, como Cascavel e Maringá, no Paraná, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Lá, um BRT está em operação e quatro em negociação.

Com o mais moderno BRT implantado no país, o Rio de Janeiro inaugurou em junho o primeiro dos quatro corredores previstos para a capital fluminense e já vem colhendo frutos. O TransOeste, que vai de Santa Cruz à Barra da Tijuca, em menos de quatro meses de operação está transportando 70 mil passageiros por dia e reduziu para 50 minutos a viagem que antes era feita em mais de duas horas. O corredor tem 40 quilômetros, mas vai chegar a 56 no fim de 2013, com 120 mil usuários ao dia.

Em Belo Horizonte, a meta é começar a operar o sistema no fim do ano que vem, gradativamente, até a Copa do Mundo, tirando 640 ônibus de circulação do hipercentro e reduzindo pela metade o tempo das viagens. Com financiamento do governo federal, recursos do estado e do município, o BRT de BH conta com investimento de R$ 1,2 bilhão em 26 quilômetros de pistas exclusivas, sendo 16 nas avenidas Antônio Carlos/Pedro 1, 5 na Cristiano Machado e cinco na área central. Criado em 1974, em Curitiba, pelo ex-prefeito da cidade Jaime Lerner, não é à toa que o sistema virou moda no Brasil e no mundo, onde está presente em 35 países.

O BRT se inspira no metrô para tornar o transporte por ônibus mais eficiente. Os pontos de embarque dão lugar a estações confortáveis, onde, numa tela, o passageiro pode conferir em tempo real quantos minutos faltam para o coletivo chegar. O pagamento do bilhete ocorre dentro da própria estação e o embarque é feito no mesmo nível do veículo, sem qualquer degrau. Os ônibus trafegam em corredores segregados das pistas de carros, agilizando o percurso, e têm um aspecto diferenciado dos convencionais. Em BH, todos os veículos vão contar com ar-condicionado e espaço para transportar bicicleta. Haverá modelos padrões, com medida entre 13,2m e 15m, e articulados, com pelo menos 18,6m e capacidade para transportar cerca de 140 passageiros.

BARATO E RÁPIDO

O principal motivo para o BRT ter caído na graça do poder público está relacionado, principalmente, ao custo e tempo de implantação. “Essa é uma ideia brasileira, que emplacou no mundo e, só agora, com a retomada dos investimentos em transporte público pelo governo federal, está se disseminando pelo país. O BRT chega a custar 10 vezes menos que o metrô. Além disso, enquanto a construção do corredor de trem subterrâneo demora 15 anos, o corredor de ônibus leva cerca de dois anos”, defende o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha, convicto de que os corredores não representam a solução dos problemas do trânsito. “Para ser eficiente, um sistema de transporte tem que envolver todos os modais”, ressalta.

Embora mais barato e de execução mais rápida, o BRT não está livre de problemas. “O primeiro desafio é a decisão política, pois as cidades terão que tirar o espaço do automóvel. Outro entrave são as desapropriações”, lista Cunha. No Rio, onde o sistema começa a ganhar o dia a dia na cidade, brotam críticas dos motoristas quanto ao fato de duas pistas da Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, terem sido transformadas em corredores do Ligeirão, nome local do sistema. “Eles poderiam ter construído o BRT no canteiro central”, reclama um taxista.

Mas quem enfrentava longas horas de suplício dentro do coletivo só vê vantagens. “Antes, gastava três horas de casa até o trabalho e agora são só 50 minutos. O ônibus é geladinho, estou achando ótimo”, comenta a atendente Márcia Santana, de 40 anos. “Uma pesquisa apontou 90% de satisfação entre os usuários”, afirma o secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão. O Rio tem previsão de implantar um total de 149 quilômetros de pistas para os Ligeirões até 2016. “A intenção é atender 1,5 milhão de passageiros e tirar a metade dos ônibus do Centro do Rio”, afirma Sansão.
*A repórter viajou a convite da Fetransport

Adaptação ao estilo mineiro

Em pouco mais de um ano, moradores de Belo Horizonte vão poder circular num novo sistema de transporte inspirado em modelos ao redor do Brasil e do mundo. Para formatar o transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês), técnicos da BHTrans viajaram para Curitiba, berço do sistema, contrataram consultoria gaúcha e andaram no BRT carioca. Também conheceram de perto a experiência do Chile, da Colômbia e do México. A mistura de todos esses sotaques começa a circular no fim de 2013, com a inauguração dos corredores da Antônio Carlos e da Cristiano Machado. Mas o BRT belo-horizontino traz inovações à mineira que já estão dando o que falar. Além de mesclar ônibus metropolitanos e municipais, algumas linhas do BRT vão trafegar fora dos corredores exclusivos, como no Anel Rodoviário.

Para isso, o sistema contará com modelos de ônibus diferenciados, com portas normais à direita e adaptadas ao BRT à esquerda. “Estamos usando a criatividade a favor do usuário”, afirma o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas. A manutenção de ônibus metropolitanos nos corredores exclusivos é outra diferença. “O terminal de integração de Venda Nova, por exemplo, não tinha espaço para acolher os ônibus metropolitanos. Por isso, optamos por manter as linhas, mas no modelo do BRT e com estações diferenciadas”, ressalta Freitas.

O presidente-executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha, aponta que, como se trata de uma inovação, ela precisará ser testada. “É um trabalho audacioso e muito diferente”, ressalta Cunha, que aponta outro diferencial do sistema de BH. “A capital mineira vai misturar ônibus articulados com os de tamanho padrão. É uma concepção nova de BRT e tenho a impressão de que, nesse aspecto, perde-se um pouco da eficiência”, afirma. Mas, para chegar ao produto final que os belo-horizontinos conhecerão no ano que vem, a empresa que administra o trânsito da cidade foi buscar experiências fora dos limites da capital.

Segundo o diretor da BHTrans, as experiências de outras cidades ensinaram a não repetir os erros. “ Em Santiago, eles começaram a implantar todas as operações no mesmo dia e isso gerou um colapso. Já vimos que teremos que implantar as linhas aos poucos”, conta Freitas. Mesmo o recém-implantado BRT do Rio tem dado lições a BH. “Eles promoveram visitas guiadas com pessoas de referência dos bairros e grupos de deficientes e idosos, para mostrar como o sistema iria funcionar. Vamos repetir essa experiência”, conta. Em Bogotá, técnicos da prefeitura vislumbraram como o sistema de informação ao usuário poderá se tornar mais eficiente.

Coordenadora de projetos de transportes da Embarq Brasil, organização internacional voltada para a promoção do transporte sustentável, Brenda Medeiros ressalta que o BRT da capital mineira será exemplo em segurança viária. “Acompanhamos o projeto e há muita preocupação em relação à travessia segura de pedestres. O investimento para qualificar o sistema de ultrapassagens dos ônibus também faz muita diferença e aumenta muito a capacidade operacional”, afirma Brenda.
Obras de implementação do BRT na Avenida Cristiano Machado
DEMANDA
A expectativa da BHTrans é transportar pelo menos 700 mil passageiros por dia. O corredor Antônio Carlos/Pedro I, que corta as regiões Norte e Pampulha, terá 16 quilômetros de extensão, 25 estações e vai transportar 400 mil usuários por dia. O sistema reduzirá de 482 para 126 o número de ônibus que vão da Antônio Carlos em direção ao Centro.

Já o corredor da Cristiano Machado, com cinco quilômetros de extensão e 10 estações, deve receber 300 mil passageiros por dia O BRT evitará que 284 dos 455 ônibus que passam pela Cristiano Machado continuem a circular na área central, onde haverá seis estações. “Trabalhamos com o número de 700 mil passageiros, a demanda atual, mas esperamos que motoristas deixem o carro em casa e passem a usar o BRT”, explica Freitas, que garante, no caso das linhas expressas, sem paradas, a redução em 50% do tempo de viagem.

TRÊS PERGUNTAS PARA: Luiz Silla, gestor de operação do transporte coletivo de Curitiba

Como funciona o BRT em Curitiba?
Aqui, chamamos o sistema de expresso ou de canaletas. Ele foi criado em 1974 e faz parte de uma rede integrada de transportes. São 81 quilômetros, distribuídos em seis corredores exclusivos, que transportam 700 mil passageiros por dia. Além das canaletas exclusivas, o BRT trafega por vias laterais locais e em ruas destinadas apenas para ônibus, na região central de Curitiba. São 30 terminais e 364 estações tubo.

O sistema de transporte em Curitiba está prestes a completar 40 anos. Quais desafios surgiram a partir da maturidade do modelo?
Um dos nossos desafios é manter a velocidade. Quando começamos a operar as canaletas, os ônibus trafegavam a cerca de 22km/h. Hoje essa média é de 18km/h e, em horários de pico, 17km/h. Um dos problemas é não termos pistas de ultrapassagem e os ônibus acabam ficando em comboio.

Há projetos de revitalizar e ampliar as canaletas?
Em 2010, inauguramos o sexto corredor, que está com seu prolongamento em obras. Além disso, em outra canaleta fizemos um “up grade” para permitir ultrapassagens e aumentar a velocidade operacional. Isso dobra a capacidade do corredor. Hoje já temos circulando na cidade ônibus biarticulados, com 28 metros de extensão e capacidade para 250 passageiros. Também estamos recuperando a velocidade operacional com um sistema de prioridade semafórica.

SAIBA MAIS: BRT NO MUNDO
O transporte rápido por ônibus está presente em 35 países, em todos os continentes do planeta. O sistema, criado na década de 1970, em Curitiba, já inspirou projetos na Colômbia, Chile, Estados Unidos, África do Sul, Austrália, China, França, entre outros. Bogotá, na Colômbia, recebeu o primeiro BRT de alta capacidade e mostrou que o transporte de massas poderia ser feito fora dos trilhos. De acordo com a organização mundial BRT Data, os corredores exclusivos para ônibus transportam hoje no mundo 23,6 milhões de passageiros por dia, em 146 cidades.

Informações: Estado de Minas

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Projetos para recuperar a mobilidade do trânsito na Região Metropolitana do Recife já estão prontos, só faltam sair do papel

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Por enquanto uma cidade ainda no papel, mas com a promessa de um futuro real: corredores exclusivos de ônibus sobre viadutos, modernas plataformas de embarque e desembarque, tempo de chegada e partida dos coletivos e, de quebra, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para complementar a linha do metrô. Os desenhos, de um futuro que ainda não chegou, fazem parte de importantes projetos de mobilidade urbana previstos no Plano Diretor de Transporte Urbano até 2012, já projetando para o cenário da Copa do Mundo em 2014.

Esses projetos são essenciais para desafogar a situação caótica no trânsito do Recife, apresentada pelo Diario desde domingo, onde as velocidades, em horário de pico, estão abaixo dos 10 km/h nas principais avenidas da cidade. Obras que podem dar uma chance para a cidade voltar a andar.

Dos projetos previstos, três de corredores exclusivos de ônibus sequer foram licitados: Norte/Sul, Leste/Oeste e o da Avenida Norte. A última promessa é que a licitação ocorra ainda este mês. Também ainda no universo do papel, a segunda etapa da Via Mangue, projeto do município para desafogar o fluxo da Zona Sul. Só após a Via Mangue é que o Norte/Sul poderá ser totalmente implementado.

Com 43 quilômetros de extensão, o Norte/Sul, o maior entre os três corredores, ligará o terminal de integração de Igarassu, município da Região Metropolitana, até o terminal de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes. Mas a sua primeira etapa está prevista até o terminal Joana Bezerra, no Recife. A restrição se dá porque não há como dividir o atual espaço da Domingos Ferreira, já saturada com o fluxo médio de 50 mil carros por dia, e um corredor exclusivo de ônibus. "A maior parte do fluxo da Domingos Ferreira será deslocada para a Via Mangue. Enquanto isso não for feito não há como implantar um corredor exclusivo de ônibus nessa via", explicou o secretário das Cidades, Dilson Peixoto.

Encomendado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), o projeto do Norte/Sul foi elaborado pelo urbanista JaimeLerner, pioneiro na implantação de corredores exclusivos de ônibus no Brasil. O modelo de Transporte Rápido por Ônibus (TRO) contempla vias e faixas exclusivas para o tráfego dos coletivos e implantação de estações de embarque e desembarque. Todas elas com o piso do ônibus no mesmo nível da plataforma, a exemplo do metrô, pagamento da tarifa antes do embarque e ainda painéis eletrônicos para informar em tempo real o horário das linhas.

Já o corredor Leste/Oeste, que liga a Avenida Conde da Boa Vista à Avenida Caxangá, implantado há dois anos, sofrerá alterações para se adequar à proposta do TRO. "Além de requalicação das estações haverá uma expansão do trecho até o município de São Lourenço da Mata, que vai sediar a Copa de 2014", explicou Dilson Peixoto.

O terceiro corredor exclusivo de ônibus, o da Avenida Norte, terá início na BR-101, a partir do terminal de integração da Macaxeira, Zona Norte do Recife, até a Avenida Cruz Cabugá, no centro. A proposta do projeto para evitar desapropriações é construir ocorredor sobre um elevado. O equipamento beneficiará, ao todo, 17 bairros daquela região e terá uma extensão de aproximadamente 8,1 km. O trecho elevado terá, segundo o projeto, cerca de 5 km, da entrada do Vasco da Gama até o viaduto da Agamenon Magalhães.


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Cidade do Recife é carente de Corredores exclusivos para ônibus

quinta-feira, 10 de junho de 2010


Os corredores de trânsito do Recife lembram um campo de batalha. Com ruas e avenidas asfixiadas pelo aumento da frota, automóveis, ônibus e motos disputam, em movimentos nem sempre seguros, os metros livres que surgem à frente. O confronto é desigual. Por tamanho, perde o automóvel. Em quantidade perde o ônibus. Com a relação de um ônibus para 94,2 automóveis na cidade, os coletivos, embora maiores, ficam presos a uma teia de pequenos veículos.

A guerra então está declarada. Os grandões pulam de uma faixa a outra, enquanto os miúdos invadem a faixa preferencial dos ônibus, responsáveis pelo transporte diário de mais de um milhão de passageiros na cidade. O número é mais do que o dobro do total levado pelos 334,5 mil automóveis com placas do município. Estima-se que esses carros transportariam, com base na média de 1,5 pessoa por veículo, cerca de 501,8 mil pessoas. Mesmo com tal vantagem, os ônibus têm poucos atrativos para a população, que reclama da qualidade. Daí, a corrida para os carros.

"Reconheço quea opção oferecida pelo sistema de ônibus ainda não é a ideal para atrair quem opta pelo carro. A classe média principalmente", afirmou o secretário estadual das Cidades e presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte Dilson Peixoto. Entenda-se, por ideal, a capilaridade do sistema, o respeito aos horários das viagens, a velocidade e o conforto dos veículos. A mea culpa de Peixoto coincide com as queixas dos usuários.

O desconforto dos ônibus e o longo percurso para se chegar ao trabalho depois de descer do ônibus estimulou a estudante Maria Olívia Mendonça, 19 anos, a optar pelo carro. "Era sacrifício se deslocar de ônibus todos os dias", argumentou.

O poder público sabe que está numa corrida desigual. Nela, o baixo número de corredores exclusivos para ônibus, a exemplo das avenidas Caxangá e Conde da Boa Vista, colaboram para a perda de dezenas de viagens. Isso porque, em horas de rush, algumas linhas dobram o tempo das viagens. Casos assim são facilmente contabilizados nas avenidas Rosa e Silva e Rui Barboa, que cortam bairross da Zona Norte, e da Domingos Ferreira, em Boa Viagem.

"A gente se acostuma com o ritmo das viagens, mas isso não é bom", avalia o condutor de ônibus Edgar Rodrigues, 41. As viagens feitas por ele na linha Córrego do Euclides/ Derby no começo da manhã e ao meio-dia, na Rui Barbosa e Rosa e Silva, são completadas em 30 e 40 minutos, quando poderiam ser executadas na metade do tempo.

Por isso, o sindicato dos empresários do setor de transporte público de passageiros (Setrans) insiste na criação de corredores exclusivos de ônibus. Foi assim que se implantou o corredor da Avenida Conde da Boa Vista, integrado ao corredor Norte-Sul. As mudanças na Conde da Boa Vista, embora bastante criticadas, são apontadas pelo Setrans como positivas e modelo a ser copiado em outros corredores.

A criação de novas faixas exclusivas para os coletivos, segundo o secretário Dilson Peixoto, é certa para se implantar em dois anos. Na lista, um corredor interligando Jaboatão dos Guararapes a Paulista e outro pela BR-101. Os veículos, por sua vez, teriam ar-condicionado e suspensão a ar, o que resultaria em mais conforto. O projeto soa como atrativo de parcela da população, mas muito ficará de fora. E isso exige mais projetos e esforços.

Fonte: Diário de Pernambuco
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Prioridade no trânsito de São Paulo deve ser do transporte coletivo

domingo, 7 de março de 2010


Especialistas em transporte apontam como solução à questão da mobilidade urbana na capital paulista a priorização do transporte público através da ampliação dos corredores de ônibus
A priorização do transporte individual sobre o transporte coletivo é apontada por especialistas como a principal causa para o problema da mobilidade urbana na cidade de São Paulo. Os paulistanos enfrentam diariamente longos congestionamentos, principalmente nos horários de pico, devido ao excesso de veículos que transitam na capital paulista.
Para resolver o problema do trânsito, o governo do estado e a prefeitura têm investido bilhões na construção de pontes, túneis e vias, a fim dar maior fluidez ao tráfego de automóveis.
No entanto, especialista alertam que de nada adianta se ampliar a malha viária sem que se promova o desestímulo ao uso do automóvel, porque quanto mais espaço se dispor, mais automóveis o ocuparão. A solução, segundo eles, é se priorizar o transporte coletivo.
Para além da construção de modernas estações de metrô e ampliação da malha metroferroviária, porém, como tem sido feito pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) para solucionar a questão da mobilidade na metrópole, estes especialistas alegam que a saída, a curto e médio prazo, está na construção e ampliação de corredores exclusivos de ônibus.
  • Mais corredores
    Horácio Augusto Figueira, consultor em engenharia de tráfego e transporte, lembra que a população que utiliza o ônibus é a mais afetada, quando o assunto é o trânsito. Além da superlotação dos ônibus municipais, os paulistanos têm de enfrentar longos períodos a bordo dos coletivos, presos nos engarrafamentos da capital paulista, sem previsão de chegada ao destino.
    “O sistema está muito ruim. Não se tem a confiabilidade da chegada do ônibus no ponto num horário supostamente previsto, as frequências não são adequadas à demanda, na maioria das linhas nos horários de pico têm superlotação. E, depois que você conseguiu embarcar [no ônibus], você não tem a mínima garantia do tempo de percurso dessa linha ao longo da rota”, relata Figueira.
    Segundo o consultor, falta vontade política da atual gestão municipal para ampliação da malha viária destinada aos ônibus. “Quer dizer, se vai gastar 2 bilhões em túnel, ponte, viaduto, em aumento de pistas para os automóveis, para os táxis e para as motos. E o ônibus, parece que a tendência é para acabar”, protesta.
    Lúcio Gregori, engenheiro e ex-secretário municipal de transportes (1990-1992), chama a atenção para a desigualdade na utilização do espaço urbano. O espaço que quatro carros ocupam em uma rua é o mesmo espaço ocupado por um ônibus. “Considere-se que um ônibus transporta cerca de quarenta passageiros e um automóvel pouco mais de um, em media. Dá para perceber a quantidade de espaço urbano ocupado por um e outro”, relativiza.
    No mesmo sentido, Figueira explica que em uma faixa exclusiva de ônibus, em horários de alta frequência, como nos horários de pico, leva-se de 10 a 12 mil pessoas por hora, em cada sentido. Já em uma faixa de automóveis, passam cerca de 800 automóveis por hora, cada um podendo levar no máximo quatro pessoas, sendo assim, são transportadas por hora 3.200 pessoas.
    A cidade de São Paulo possui hoje dez corredores de ônibus, que juntos somam 118,9 km, em meio a uma malha viária de 17.282 km.
    Devido à precariedade do sistema de transporte por ônibus, Figueira alerta que “as pessoas estão saindo do ônibus, e indo de moto e automóvel, o que é extremamente perverso para a cidade de São Paulo”.
  • Sistema caro e ineficaz
    No início deste ano, a passagem dos ônibus municipais teve um aumento de 17,4%, indo de R$ 2,30 para R$ 2,70, passando a figurar entre as tarifas mais caras de todo país.
    De acordo com Figueira, o alto custo do sistema, alegado pela administração municipal e as concessionárias para o aumento, está relacionado à sua ineficiência, principalmente ao entravamento causado pelo trânsito. “Se um ônibus consegue fazer quatro viagens redondas, ida e volta, numa linha por dia, com aumento da velocidade o mesmo veículo ia conseguir fazer cinco viagens, você teria um acréscimo de produtividade sem aumentar um ônibus a mais na cidade de São Paulo”.
    O consultor em engenharia de tráfego e transporte afirma que, de acordo com uma pesquisa feita pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), em 35% da quilometragem das vias pesquisadas pelo órgão, a velocidade dos ônibus é abaixo de 15 quilômetros por hora, e em trechos “críticos” chega a menos de 10 quilômetros por hora.
    “Eu tive acesso a um relatório da CET de desempenho do sistema viário de 2008 e eles medem a velocidade trecho a trecho desde o Jabaquara até a Paulista, e os ônibus se arrastam ali a 8, 9, 10 e 12 km por hora de manhã e a tarde”, completa.
  • Baixo custo
    Em relação às obras realizadas na malha metroferroviária, o custo da realização de mais corredores de ônibus é relativamente mais baixo, de acordo Figueira.
    Ele explica que não são necessários investimentos milionários para que se façam mais corredores de ônibus. “Tem centenas de locais em que seria preciso ter uma faixa exclusiva [de ônibus], ou à direita ou à esquerda, operando em caráter preliminar, com cones. Não precisaria de obras, não precisaria gastar milhões de reais, não precisaria de nada disso”, defende o consultor.
    Segundo Lúcio Gregori, “os transtornos, as dificuldades da construção e os custos elevadíssimos tornam impossível pensar [na capital e região metropolitana de São Paulo] em redes de metrô de 400 a 500 quilômetros como Paris, Londres, New York. Mesmo assim [estas cidades] têm engarrafamentos de trânsito, sobretudo para quem não abre mão do uso do automóvel”.
    Figueira alerta que é preciso vontade política para se reservar mais faixas exclusivas para os ônibus. “Se a prefeitura ainda está preocupada em resolver problema de congestionamento de automóvel e não está preocupada em resolver problema de congestionamento de ônibus, algo está errado nessa história aí. Ou se foca a solução coletiva, em favor do maior número de pessoas, ou ainda está se dando um voto a favor de você comprar um carro ou uma moto para entupir mais a cidade”, protesta.
Fonte: Brasil de Fato
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Em entrevista, Dilson Peixoto Mostra os desafios e avanços no Transporte Público de Recife

segunda-feira, 3 de maio de 2010



O blog Meu Transporte tem o prazer de entrevistar o Sr. Dilson Peixoto, Pres. Do Consórcio Grande Recife, antiga EMTU, esta entrevista tem como base perguntas feitas pelos nossos leitores que foram enviadas até março passado através do e mail: meutransporte@hotmail.com, temas que elevaram e muito essa entrevista, pois o Recife é hoje uma das cidades que mais sofrem em termos de transporte público como poucos corredores para ônibus, ônibus lotados, terminais desorganizados.
Estamos certos que isto se deu pelo abandono dos últimos governos que não investiram maciçamente no transporte público e na mobilidade urbana da capital e região metropolitana.

Segundo Dilson Peixoto este governo vem melhorando e muito a situação do transporte público na região metropolitana através da ampliação do SEI, sistema de bilhetagem eletrônico, Além da construção dos terminais da Caxangá, inaugurado em 2008, Pelópidas Silveira e Cabo, que já estão operando desde 2009, estamos tocando as obras e projetos de vários outros terminais, entre eles seis TI’s que seriam inicialmente construídos pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Além disso, estamos tocando os projetos/obras de cinco corredores de ônibus (segue lista abaixo). Também está incluido nos projetos do consórcio a obra de requalificação da BR- 101, no trecho metropolitano, e a construção do Terminal Cidade da Copa (Cosme Damião).

1) Quando será reformado o Terminal do Barro, pois os passageiros relatam a falta de organização, pontos de embarque inadequados, entre outros?

Dilson Peixoto: A ampliação do Terminal Integrado do Barro já foi licitada e está aguardando a conclusão do processo de desapropriação para o início do trabalho. Atualmente, cerca de 150 mil pessoas passam pelo terminal, em dias úteis, através das 10 linhas que atuam no local. Após a ampliação, o terminal passará a ocupar 4.164,12 m2, em um terreno de 16.195,29 m2. A ampliação da estrutura física tem o intuito de acomodar melhor os passageiros, não estando prevista a ampliação no número de linhas do terminal.


2) Paradas de ônibus:
Existe um projeto para modernizar as paradas de ônibus da cidade, pois muitas paradas não tem abrigo deixado milhares de passageiros tomando sol, sem falar nos dias de chuva que não tem aonde se abrigarem?

Dilson Peixoto: Existem mais de 5 mil paradas de ônibus na Região Metropolitana do Recife, entre abrigos e colunas. Embora os abrigos sejam uma opção mais confortável para o usuário, nem sempre a colocação deles é possível, tanto pelas condições físicas da calçada (estreita, rebaixada, irregular) quanto em função das restrições impostas por alguns proprietários de lotes, que por ser contra a implantação acabam causando danos ao equipamentos ou acionamento o consórcio na Justiça para a retirada do ponto.

Em relação a modernização dos abrigos, o consórcio está priorizando, neste momento, as paradas localizadas nos corredores exclusivos de ônibus, tanto os que já existem como os que estão sendo construídos. Exemplo disto são as paradas programadas para o Corredor Norte-Sul, que irá se estender desde o município de Igarassu até as proximidade do Terminal Integrado de Joana Bezerra, com estações em nível (sem diferença de altura para a porta do veículo) e pagamento antecipado da tarifa, melhorando o tempo de embarque/desembarque.

O Grande Recife também está viabilizando, desde março de 2008, a substituição das paradas localizadas nos corredores viários da Avenida Boa Viagem, Avenida Conselheiro Rosa e Silva, Avenida Rui Barbosa e o bairro do Parnamirim. Essas paradas agora estão padronizadas com as cores verde e cinza, assentos, pontos de iluminação, espaço para colocação de cadeira de roda, e painéis com a lista de linhas que possuem ponto de embarque e de desembarque no local e outras informações de utilidade para os usuários.

3) E quanto aos abrigos que não tem painéis informativos de itinerário?

Dilson Peixoto: Atualmente, o usuário pode ter informações sobre o itinerário completo das linhas pelo site http://www.granderecife.pe.gov.br/, ou entrando em contato com a Central de Atendimento ao Cliente pelo telefone 0800 081 0158. Porém, a colocação do itinerário completo das linhas nas paradas tem enfrentado dificuldade, pois eles são extensos e não há espaço físico nos painéis. Além disso, em geral as paradas agregam mais de uma linha, o que dificulta ainda mais a colocação do itinerário das linhas. Estamos, no entanto, em busca de soluções para esta questão.

Em relação aos nomes das linhas que passam nas paradas, esta informação está presente em paradas seletivas, como as da Avenida Conde da Boa Vista e de grandes corredores de transporte, como é o caso Avenida Rui Barbosa. Estamos trabalhando para levar este mesmo modelo para outras localidades.

É válido ainda salientar que quando corredores exclusivos de ônibus como: Norte/Sul, Leste/Oeste e Avenida Norte estiverem em operação, os usuários terão à disposição uma frota modernizada, incluindo a instalação de equipamentos como GPS, displays eletrônicos, entre outros, que possibilitarão o envio de informações, como horário de chegada e saída das estações – em tempo real para os passageiros.

4) Renovação da Frota
Como você vê a renovação da frota da Região Metropolitana?

Dilson Peixoto: Anualmente é estipulada uma meta para renovação de frota. Essa substituição leva em consideração as características das linhas a serem contempladas com os novos ônibus, que poderão ser comuns, alongados ou articulados. Porém, como não há condições de renovar toda a frota de uma só vez, o Grande Recife orienta às empresas operadoras a substituírem os ônibus por ordem de estado de conservação, e não exatamente por idade da frota. Em 2008 foram comprados 465 ônibus novos e em 2009, mais de 427 ônibus foram renovados na RMR.

5) Corredor da Imbiribeira

Dilson Peixoto: Existem projetos de corredores na Avenida Norte, Abdias de Carvalho, Domingos Ferreira e Pan Nordestina, mas e o corredor da Mascarenhas de Moraes?

A princípio os técnicos do consórcio estão trabalhando nos projetos dos corredores Norte/Sul, Leste/Oeste e Avenida Norte. A Avenida Mascarenhas de Moraes tem uma característica muito diferente dos demais corredores. Próximo a ela circula o Metrô, que alimenta as linhas de ônibus que trafegam pelo local. O projeto que existe atualmente para a avenida citada é a integração dos ônibus que ali trafegam com os terminais de Tancredo Neves, Cajueiro Seco, Aeroporto e Prazeres, todos em fase de construção ou licitação.

6) SEI
Como você vê a evolução do SEI?

Dilson Peixoto: O Sistema Estrutural Integrado é um dos projetos de maior importância para a ampliação da mobilidade da Região Metropolitana do Recife. Apesar de ser um projeto da década de 80, ele ainda é um marco revolucionário dentro do transporte público de passageiros. Durantes alguns anos, no entanto, por motivos vários, a ampliação do SEI esteve paralisada.

Desde 2007, no entanto, ela foi retomada e destacada como uma das prioridades do governo estadual. Além da construção dos terminais da Caxangá, inaugurado em 2008, Pelópidas Silveira e Cabo, que já estão operando desde 2009, estamos tocando as obras e projetos de vários outros terminais, entre eles seis TI’s que seriam inicialmente construídos pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Além disso, estamos tocando os projetos/obras de cinco corredores de ônibus (segue lista abaixo). Também está incluido nos projetos do consórcio a obra de requalificação da BR- 101, no trecho metropolitano, e a construção do Terminal Cidade da Copa (Cosme Damião).
Na época da implantação do SEI, a concepção de integração e transporte público que se tinha era de terminais fechados de integração. Porém, com o surgimento de novas ferramentas tecnológicas que dão suporte à bilhetagem eletrônica e às centrais de controle operacional, o SEI ganhou um incremento ainda maior.
Corredores de transporte e faixas exclusivas de ônibus, que dão prioridade ao transporte público, também contribuem para a evolução do sistema. Todos estes adventos tecnológicos e mudanças estruturais, bem como a racionalização do SEI, garantem mais conforto, agilidade e satisfação do usuário.
Lista dos terminais em obras/licitação + corredores
Terminais:
Cajueiro Seco - (Já em obra)
Tancredo Neves - (Já em obra)
Santa Luzia - (Já em obra)
Aeroporto – (Licitando o projeto executivo)
Prazeres – (Licitando o projeto executivo)
Barro – (Aguardando a conclusão do processo de desapropriação)
Joana Bezerra – (Será licitado o projeto executivo)
Xambá (Olinda) – (Edital de licitação da obra já foi publicado)
TIP – (Já em obra)
Largo da Paz – (Licitado aguardando desapropriação)
Cidade da Copa Cosme e Damião – (Será licitado o projeto executivo)
Corredores:
Pan Nordestina – (Já em obra)
Abdias de Carvalho (já em obra)
Norte/Sul – (Edital de licitação da obra será publicado em breve)
Leste/Oeste – (Edital de licitação da obra será publicado em breve)
Avenida Norte - (Edital de licitação da obra será publicado em breve)


7) Vale comum e Vale do Idoso Quando os vales comuns chegarão de fato no bolso do usuário?

Dilson Peixoto: Haverá cartões específicos para idosos e pessoas com deficiência. Estes cartões deverão ser lançados ainda em 2010. Com o cartão na mão, idosos e pessoas com deficiência poderão decidir se querem permanecer na área prioritária ou se optam por passar pela catraca, sem a necessidade de pagamento de tarifa, já que a nova tecnologia registra o caráter gratuito deste tipo de utilização. O Vale comum também ganhará ás ruas até 2011.

8) O que o Grande Recife vem fazendo para combater a evasão de receita?

Dilson Peixoto: Infelizmente uma das principais formas de evasão de receita identificada pelo Grande Recife é através da utilização de documentos de forma indevida p ara obtenção da gratuidade nas viagens do STPP/RMR. A falsificação de carteiras de Livre Acesso e má utilização das gratuidades obtidas com o uso irregular do VEM Criança e estudante e trabalhador, quando identificadas, são de imediato repassadas à Polícia.

9) Modernização do sistema

Dilson Peixoto: Uma das últimas novidades foi a modernização do sistema de bilhetagem eletrônica. A ampliação dos benefícios da bilhetagem eletrônica para um número maior de usuários foi possível graças à criação de novas modalidades de cartões e a adoção de uma tecnologia de ponta, capaz de agregar inúmeras funcionalidades.

Com a criação do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) o Grande Recife já opera com os cartões VEM Trabalhador, VEM Estudante e VEM Infantil - que possibilita aos usuários a utilização dos os ônibus do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR), girando a catraca, acabando de vez com a necessidade de pular ou se arrastar por baixo do equipamento.

Outro destaque é o chamado carregamento embarcado. Ou seja, a inserção de créditos no cartão eletrônico (seja para o trabalhador ou estudante) é feita no próprio ônibus, após pagamento de boleto bancário ou documento de arrecadação, que pode ser gerado através da internet. Com isso, os usuários não precisam mais enfrentar filas.

10) Reciclagem de Motoristas

Dilson Peixoto: O Grande Recife desenvolve junto com as empresas operadoras um curso de multiplicação de formadores. Ou seja, atua na formação de instrutores que trabalharão com motoristas e cobradores. O treinamento incluiu, entre outros temas, a operacionalização dos elevadores de acesso e a questão comportamental (atendimento aos usuários). É fornecido para os formadores, material didático e os planos de aulas que serão usados no curso. Além deste curso, todos os motoristas que renovam suas CNH, precisam passar pelo curso “Condutores de Transporte de Coletivos”, ministrado durante 50h. Nele, os motoristas reciclam seus conhecimentos sobre legislação de trânsito, primeiro socorros, direção defensiva e atendimento ao cliente.

11) Dias de jogos

Dilson Peixoto: Os atos de vandalismo em dias de jogo de futebol deixaram tristes lembranças para os usuários do transporte público em 2009. O gasto total com reparos de coletivos cresceu quase 77% em relação ao ano de 2008. Em 2009, 1.835 veículos foram depredados, totalizando 4.754 itens avariados e um prejuízo de R$683.294,00. O saldo negativo aconteceu após 89 jogos nos estádios da Ilha do Retiro, Aflitos e Arruda.
O Grande Recife monta periodicamente programações especiais, feitas para fiscalizar os corredores de ônibus e os pontos em que as depredações costumam acontecer com mais freqüência. Essa ação facilita a identificação dos infratores e ajuda ainda mais o trabalho da Polícia. Durante os jogos, policiais são deslocados de suas funções habituais para se dedicar ao policiamento em áreas estratégicas de depredação. Os atos de vandalismo assustam e preocupam a todos, motoristas, cobradores e usuários.
Em 2010, durante os jogos do Campeonato Pernambucano e Copa do Brasil, em partidas realizadas na capital pernambucana, mais de 830 ônibus já foram depredados, gerando um prejuízo de aproximadamente R$ 234 mil.

12) Sobre VLT em Recife

Dilson Peixoto: É um sistema moderno, prático e funcional. Futuramente, O VLT poderá, de forma agregada às estações de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, e Cabo de Santo Agostinho, ofertar aos usuários um serviço diferenciado. Temos vários exemplos pelo mundo afora que atestam os bons resultados deste tipo de modal.

13) Sobre desoneração tarifária

Dilson Peixoto: O Grande Recife reconhece a importância das discussões em torno da obtenção dos subsídios para oferecer uma tarifa mais baixa com um serviço melhor. Nos últimos três anos temos tem participado de uma série de encontros, discussões e debates em torno da desoneração tarifária, incluindo as mobilizações realizadas através da Frente Nacional de Prefeitos e do Fórum de Dirigentes de Secretários de Trânsito e Transporte Público do Brasil.
Já está no Senado Federal um novo Projeto de Lei de estímulo à desoneração tarifária, ou seja, de redução do preço das passagens do transporte público coletivo do País, a partir da concessão de subsídios para o setor. Se for sancionada pela Presidência da República e realmente posta em prática, irá beneficiar milhões de brasileiros que utilizam o transporte público diariamente.

Mande sua pergunta e dúvida, pois em breve faremos outra entrevista com o Consórcio Grande Recife de Transportes como por exemplo a Compra de ônibus usados pela Empresa São Judas Tadeu.

Clayton Leal

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Terminais novos, problemas antigos

sexta-feira, 28 de maio de 2010


Um ano depois da inauguração do Terminal de Itaparica, em Vila Velha, e nove meses após a entrega dos terminais de São Torquato, no mesmo município, e de Jardim América, em Cariacica, as velhas reclamações relacionadas ao Sistema Transcol permanecem: ônibus lotados, passagem cara e trânsito engarrafado.

Uma nova reclamação, no entanto, parece unânime: antes os passageiros pegavam um ônibus para chegar ao destino. Agora, precisam parar em um dos novos terminais, o que torna a viagem ainda mais demorada.

Logo cedo, antes das 7 horas, as filas já dão voltas nos locais de espera dos coletivos. No Terminal de Itaparica, inaugurado em abril do ano passado, os passageiros se queixam dos ônibus sempre cheios e que não cumprem os horários de saída.

“Para mim, o novo terminal não melhorou em nada a vida do passageiro. Os ônibus atrasam muito e estão sempre lotados”, reclama a doméstica Vanessa Breda, 39 anos. A técnica de enfermagem Eliane Costa, 38 anos, queixa-se do preço da passagem: “A passagem é muito cara. O pior é que os ônibus continuam cheios”.

No Terminal de São Torquato, passageiros reclamam que, nos horários de pico, os ônibus que vão pela Cinco Pontes não conseguem sair do terminal. “Antes, eu pegava um ônibus lotado e chegava à Ufes, em Vitória, em uma hora. Agora tenho que pegar dois ônibus lotados e demoro mais de uma hora e meia para chegar”, reclama a universitária Gilielle Santana, de 19 anos.

Passageiros também reclamam que para viajar sentado nos coletivos é preciso esperar muito tempo nas filas.

No Terminal de Jardim América, apenas uma linha vai para a Reta da Penha. Ônibus já saem lotados e atrasados, além da demora para se chegar ao destino, devido aos congestionamentos.

Corredor exclusivo - O diretor de Planejamento da Ceturb-GV – órgão que fiscaliza as empresas de ônibus –, José Carlos Moreira, afirmou que a construção dos novos terminais é só uma parte da estrutura de transporte e trânsito. “Os investimentos fazem parte de uma estrutura maior. Ainda faltam novas vias, os corredores exclusivos de ônibus, e outras melhorias previstas”, diz.

A inauguração e a ampliação dos terminais é resultado de projeções a médio e a longo prazo para melhoria do transporte coletivo na Grande Vitória, segundo o governo. Com a desativação do Terminal Dom Bosco, 50 ônibus por hora deixaram de circular no Centro de Vitória.

A companhia informou ainda que reuniões e avaliações constantes são realizados para prever quais investimentos precisam ser feitos. Os problemas pontuais, de linhas, aumento de demandas e horários, são analisados e solucionados de acordo com a prioridade.

Contrato para Transcol IV será assinado hoje - Será assinado hoje o contrato de financiamento para o Programa Transcol IV, que contempla ampliação de terminais e elaboração de projeto de corredores exclusivos para ônibus. O investimento previsto para o projeto é de R$ 200 milhões: R$ 160 milhões serão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 40 milhões do governo do Estado. As intervenções propostas para o Programa Transcol IV vão permitir a ampliação e a modernização de dois terminais urbanos do Sistema Integrado da Grande Vitória: Carapina e Itacibá, além da construção de 25,5km de vias urbanas com adequações para o transporte coletivo. A proposta também inclui projeto de engenharia para a construção de corredores exclusivos para ônibus e para o Sistema de Gerenciamento Eletrônico da Frota do Transcol.

Fonte: Intelog
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Pernambuco terá R$ 2,4 bilhões do PAC da Mobilidade

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Pernambuco terá um investimento de R$ 2.4 bilhões do PAC da Mobilidade, dos quais R$ 1,6 bilhão será repassado ao Governo do Estado e R$ 800 milhões ao município do Recife. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (24), em Brasília. Ao todo serão R$ 32 bilhões para 18 estados brasileiros.

O programa é um incentivo do Governo Federal para melhorar a mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras e promete implantar, nos 51 municípios beneficiados, 600 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus, mais de 380 Estações e Terminais, 200 km de linhas de metrô e a aquisição de mais de 1 mil veículos sobre trilhos.

Em Pernambuco, os recursos serão empregados para a construção de empreendimentos como os corredores exclusivos de ônibus na II Perimetral/Via Metropolitana Norte e IV Perimetral (BR-101), o programa de Navegabilidade do Rio Capibaribe - projeto pioneiro da Secretaria das Cidades onde o barco se transformará em um novo modal de transporte público da RMR, além da construção das obras de arte e estações dos corredores Norte Sul e Leste Oeste, que já estão em andamento pelo Governo do Estado.

De acordo com o secretário das Cidades, Danilo Cabral presente no anuncio oficial dos projetos contemplados no PAC da Mobilidade, os investimentos destinados ao Estado eram aguardados desde fevereiro do ano passado, após o anuncio da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, a decisão vai beneficiar mais de 2 milhões de pessoas que utilizam, diariamente, o transporte público, uma vez que os Corredores Exclusivos de Ônibus vão atender às cidades de Abreu e Lima, São Lourenço da Mata, Camaragibe, Igarassu, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Recife.

Ainda de acordo com Danilo, o Governo do Estado vai aguardar ser chamado pelo Ministério das Cidades para discutir as regras de financiamento, uma vez que os recursos do PAC são parte da OGU e outra parte oriunda de empréstimo.

Conheça os projetos aprovados no PAC da Mobilidade
II Perimetral - A nova avenida se chamará Via Metropolitana Norte e funcionará como prolongamento da II Perimetral Metropolitana, que será triplicada no trecho entre a avenida Presidente Kennedy e a PE-15 (com 4 km). A Via Metropolitana Norte começará no entroncamento com a Rodovia PE-15, a partir do Terminal Integrado da PE-15, onde será construído um viaduto. Depois seguirá margeando o Rio Fragoso. A estrada prossegue até a PE-01, na altura da ponte sobre o Rio Paratibe, que separa as cidades de Olinda e Paulista.

IV Perimetral / BR 101 - Na IV Perimetral (BR-101), o estado também irá construir um corredor exclusivo de transporte nos moldes do Transporte Rápido por Ônibus (TRO). A rodovia terá o pavimento requalificado ao longo do seu contorno (30,7 km). O canteiro central será usado para implantação das estações de embarque no padrão TRO: pagamento antecipado e embarque no nível da porta de entrada, a exemplo do metrô. No percurso será implantado ainda um elevado nas proximidades da reitoria da UFPE até a altura da BR-232. Com a implantação de uma faixa exclusiva para ônibus, a via será alargada.
Além da faixa do ônibus haverá outras três faixas para os veículos. O projeto também prevê dois viadutos: um sobre o viaduto da Caxangá e outro próximo ao Posto da Polícia Rodoviária Federal nas imediações do Colégio Militar. O TRO da 4° Perimetral terá 39 estações de embarque e será interligado a cinco terminais de integração: Abreu e Lima, Macaxeira, Caxangá, Barro e Cajueiro Seco. A requalificação do contorno da BR-101 também trará benefícios no tráfego das avenidas Caxangá e 17 de Agosto. Para este projeto serão investidos R$ 723 milhões.

Corredores Fluviais: o projeto visa o aproveitamento da calha do rio Capibaribe para a implantação de um sistema integrado de transporte de passageiros, que utilize embarcações adequadas ao transporte de massa e que por meio de suas estações de embarque e desembarque de passageiros, se realize o transbordo e a integração com o sistema de transporte metropolitano existente.

A implantação do corredor possibilitará a integração entre o Corredor Fluvial e o Sistema Estrutural Integrado (SEI) por sentido. Ou seja: com uma só passagem de ônibus para ir e outra para voltar, os passageiros podem integrar com o barco sem precisar pagar nova tarifa. Cada embarcação poderá receber até 86 passageiros sentados, transportando em média 80 mil passageiros por mês. Os barcos serão climatizados e acessíveis para pessoas com deficiência. Outro diferencial será a regularidade das viagens, sem interferência de trânsito. Para este projeto serão investidos R$ 289 milhões.
Sistema de Transporte Rápido de Ônibus - Ainda dentro do PAC da Mobilidade, os corredores Norte Sul e Leste Oeste, cujas obras já estão em andamento (com recursos do próprio Tesouro Estadual - contrapartida), serão contemplados com a construção de estações e diversas obras de arte.

No Corredor Norte-Sul – uma obra de R$ 390 milhões e que vai atender 328 mil passageiros/dia dos municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife – o PAC MOB vai financiar 9 das 42 estações, os viadutos que estão sendo construídos nos Bultrins e Ouro Preto e ainda os viadutos da Agamenon Magalhães. Todo o corredor tem uma extensão de 37,9 km, saindo de Igarassu e indo até o Terminal de Joana Bezerra, com bifurcação, no Tacaruna, para o centro do recife, via Cruz Cabugá.

No Leste-Oeste – uma obra de R$ de R$ 145 milhões e que vai beneficiar 126 mil passageiros/dia que circulam no trecho que vai da Praça do Derby (em Recife) até o Terminal Integrado de Camaragibe (12,5 km de extensão), serão implantadas além das 22 estações e dos dois Terminais de Integração (III Perimetral, IV Perimetral) – recursos do PAC Copa -, serão construídos com recursos do PAC da Mobilidade, um túnel na Praça João Alfredo, um viaduto.

Informações: Folha PE


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