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No Recife, bicicletas para aluguel chegam antes das ciclovias

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Com a presença do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e de Geraldo Julio, prefeito do Recife, o presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, vai inaugurar nesta próxima terça-feira (08.01) o Sistema Integrado de Apoio a Mobilidade no Bairro do Recife Antigo, iniciativa que faz parte do Porto Leve, projeto do parque tecnológico do Recife. O evento vai acontecer a partir das 16h, na Praça do Arsenal da Marinha, no Bairro do Recife, local onde está instalada uma das estações de bicicletas que fazem parte do projeto. Na ocasião, serão inauguradas as 10 estações com as 100 bikes que fazem parte do Porto Leve.

"Esta é uma grande contribuição que o Porto Digital dá para a cidade do Recife. A utilização de bicicletas se revela não apenas como uma alternativa de transporte, mas também como um simbólico de alternativa sustentável que ela representa", comenta Francisco Saboya. Foram investidos cerca de R$ 1,6 milhão para a implantação das estações e bicicletas.

O objetivo desta iniciativa é permitir que a população possa realizar deslocamentos dentro dos bairros a partir de uma solução de base tecnológica. Desenvolvida pela Serttel, empresa localizada no parque tecnológico, a logística de uso das bicicletas será a mesma aplicada nos projetos RioBike e Bike Sampa. No Recife, a expectativa é que em dois anos o projeto atinja uma marca de dois mil usuários.

A inscrição será disponibilizada através de um site e um aplicativo mobile que serão divulgados na próxima terça-feira (08.01). Para o ciclista destravar o veículo, ele precisa ser assinante do serviço, que custa R$ 10,00. Quem não tiver smartphone poderá ligar para um número de telefone gratuito.

Durante 30 minutos a bicicleta poderá ser utilizada devendo o usuário devolvê-la na estação mais próxima após este período. Depois de 15 minutos ele poderá destravar novamente a bike e realizar um novo deslocamento nos próximos 30 minutos. Se passar do horário, terá que pagar uma multa de R$ 5,00. As bicicletas ficarão disponíveis das 8h às 22h.

As estações serão instaladas na Av. Cais do Apolo (ao lado da parada de ônibus próxima à Prefeitura do Recife), Praça Tiradentes (próximo ao C.E.S.A.R), Praça do Arsenal da Marinha (No prédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico), Travessa do Bom Jesus (na esquina com Rua do Apolo), Cais do Porto (antigo Bandepe), Livraria Cultura, Terminal de Passageiros de Santa Rita, Rua da Aurora (na frente da Contax), Rua do Capitão Lima e Rua Bione.

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Prefeitura do Recife inicia Pesquisa de Origem e Destino

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Parte integrante da elaboração do Plano Municipal de Mobilidade Urbana, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Planejamento Urbano (Seplan), inicia hoje (17) a Pesquisa de Origem e Destino 2015. Na ocasião, também foi apresentado detalhes sobre o Projeto de Lei da Informação de Mobilidade, que foi encaminhado à Câmara Municipal do Recife ontem (16). O projeto de lei visa normatizar direitos e deveres referentes ao procedimento de coleta de informações sobre a mobilidade urbana junto aos polos geradores de viagens do Recife. Com isso, a prefeitura busca ampliar a base de dados que auxiliem na formulação do Plano.

O Plano de Mobilidade vem sendo realizado pelo Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS), órgão de planejamento ligado à Seplan. A partir da Pesquisa de Origem e Destino, que já está disponível por meio de um formulário eletrônico no site pesquisademobilidade.recife.pe.gov.br, os técnicos envolvidos na elaboração do plano buscam levantar dados capazes de revelar as necessidades atuais de deslocamentos da população. Também é possível responder a pesquisa pelo celular ou tablet até janeiro do próximo ano.

A construção do Plano Municipal de Mobilidade procura atender aos princípios, diretrizes e objetivos da Política Nacional de Mobilidade Urbana, regida pela Lei Federal 12.587, tais como: acessibilidade; desenvolvimento da sustentabilidade da cidade; segurança de pedestres e ciclistas; eficiência, eficácia e efetividade da circulação urbana; prioridade dos transportes não motorizados; integração entre os modos e serviços do transporte urbano; promoção da inclusão social; e garantia da consolidação contínua do aprimoramento da mobilidade urbana; entre outros pontos destacados na lei.

Para o levantamento dos dados estão sendo analisadas duas das principais causas de deslocamentos: trabalho e educação. "Sair de casa para trabalhar ou para ir à aula são responsáveis por mais de 80% das viagens realizadas. Saber como as pessoas fazem para chegar nesses lugares, se a pé, de carro, de bicicleta, carona, ônibus ou táxi, por exemplo, possibilita que a gente possa enxergar o cenário da mobilidade do Recife de maneira mais detalhada e isso nos permitirá projetar as intervenções que serão necessárias de serem incluídas no plano de mobilidade", explica Antônio Alexandre, secretário de Planejamento Urbano do Recife.

Com um questionário simples e objetivo, os técnicos buscam conhecer a cidade, o bairro e a rua onde as pessoas moram e trabalham; como e com que frequência elas realizam esses deslocamentos: se a pé, de carro, ônibus, bicicleta, metrô, carona, táxi ou a combinação de dois ou mais meios. A Pesquisa de Origem e Destino é a base para o planejamento do sistema de transporte público, que possibilitará incluir a definição de linhas de ônibus, expansão do sistema de metrô, a definição da operação do sistema de navegabilidade dos rios Capibaribe e Beberibe, o funcionamento do sistema complementar, a localização das estações de bicicletas compartilhadas e a identificação dos principais corredores caminháveis da cidade.

As perguntas foram formuladas para fornecerem os dados necessários aos diversos estudos que compõe o Plano, principalmente o desenvolvimento de um modelo integrado de transportes e uso do solo. Este modelo servirá de base para a avaliação de políticas de desenvolvimento da mobilidade e do ordenamento territorial do Recife.

Outras edições da Pesquisa de Origem e Destino serão realizadas anualmente com o objetivo de atualizar os dados e aprimorar os projetos implementados a partir do Plano de Mobilidade. Com os dados em mãos será possível realizar análises de cenários de desenvolvimento integrado na Região Metropolitana do Recife, além de permitir o monitoramento permanente das intervenções que serão propostas. O novo formato da consulta pretende trazer a pesquisa de mobilidade para a rotina da cidade, permitindo que instituições públicas e acadêmicas disponham de dados atualizados para desenvolverem os planos e estudos necessários para a melhoria da mobilidade urbana da cidade. 

O envolvimento da população é de fundamental importância para o levantamento das informações necessárias para a implementação do Plano. A última pesquisa do tipo foi realizada em 1997 e as modificações que aconteceram ao longo dos últimos 18 anos apontam para uma nova configuração do tecido urbano. "A dinâmica econômica da cidade também já não é mais a mesma e acabou consolidando o Recife como centro financeiro, logístico e de bens e serviços para uma cadeia produtiva que está instalada na Região Metropolitana, como é o caso do Porto de Suape, no município do Cabo de Santo Agostinho, e da fábrica da FIAT, em Goiana, por exemplo. Essa característica metropolitana também reforça a necessidade de realização da pesquisa. Por isso, a pesquisa poderá ser respondida também por aqueles que residem nas cidades que fazem parte da RMR", explica Antônio Alexandre.

Ao responder o formulário, o sistema gera automaticamente um código de autenticação que deve ser anotado e guardado, pois é a confirmação de que o cidadão participou da pesquisa. As empresas que geram mais de 200 postos de trabalho e as escolas públicas e particulares do Recife são parceiros importantes nessa construção. Assim, suas direções recolherão os códigos dos seus colaboradores e dos pais, respectivamente, com o objetivo de garantir a participação e ajudar a equipe técnica do ICPS a alcançar o maior número possível de participantes. 

PARTICIPAÇÃO - A elaboração do Plano de Mobilidade inclui a avaliação preliminar da mobilidade da cidade a partir da aferição de dados e pesquisa de campo. Outra etapa para a construção do documento é a participação social na construção de diretrizes, objetivos e planos de ações. Assim, além da pesquisa que já envolve diretamente a participação da sociedade, há ainda debates sobre temas que envolvem a temática e reuniões setoriais a partir da mobilização junto aos representantes de associações de bairro, lideranças comunitárias e entidades representativas de classe, além do poder público.

PROJETO DE LEI – A Lei da Informação de Mobilidade tem por objetivo trazer pesquisas, como a origem e destino, para a rotina da cidade, criando a previsão legal para que o município possa requerer as informações necessárias ao planejamento da mobilidade urbana do Recife e o consequente dever do cidadão em prestar essas informações. A lei está formatada para aqueles que causam o maior impacto na mobilidade assumam o compromisso de fornecer os dados essenciais para o planejamento das ações de melhoria da mobilidade.

ICPS - Órgão ligado à Secretaria de Planejamento Urbano do Recife, o Instituto foi criado em 2009 e leva o nome do primeiro prefeito do Recife eleito pelo voto popular Pelópidas Silveira em sua homenagem. É responsável pelos estudos, pesquisas, planejamentos e projetos voltados para o desenvolvimento urbano sustentável da cidade. Entre outras atribuições está sob sua coordenação, a partir deste ano, iniciar o trabalho de revisão das legislações urbanísticas (Plano Diretor, Lei de Uso e Ocupação do Solo, Lei de Parcelamento, dispositivos legais que tratam da Transferência do Direito de Construir e da Outorga Onerosa). Essas revisões reafirmam um dos compromissos da atual gestão assumidos junto à sociedade.

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Recife terá novas ciclovias previstas no projeto de mobilidade

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Quando o trânsito do futuro chegar para o Grande Recife, com seus novos corredores, terminais integrados e o ramal que completa a ligação do centro da capital pernambucana ao município de São Lourenço da Mata, sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014, a Região Metropolitana dará novos passos - ainda que pequenos - nos projetos de mobilidade para ciclistas. Serão implantados 37 novos quilômetros de ciclovias e outros 11 já existentes no trajeto serão revitalizados.

O trecho contemplado está dentro do projeto de mobilidade para a cidade, que será uma das sedes do mundial de futebol daqui a três anos. A abertura para licitação das obras foi divulgada no último dia 10, mas a questão das ciclovias não ganhou destaque. "Mobilidade para ciclistas nunca foi e nem tão cedo será prioridade do governo, até porque sabemos que a fabricação de automóveis é o grande motor da economia", critica o biólogo Paulo Lima, que usa bicicleta como meio de deslocamento todos os dias.

A princípio, as ciclovias não terão ligação entre si. Haverá 6,3 km de faixa exclusiva para bicicletas ao longo de todo o Ramal Cidade da Copa, que tem início no Terminal de Integração de Camaragibe e segue pela BR-408 até a arena em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana. Por enquanto, o trecho entre a integração de Camaragibe e o centro do Recife (Corredor Leste-Oeste) não prevê ciclovia. De acordo com a Secretaria das Cidades, é uma etapa que poderá ser acrescida no futuro.

"Esse projeto é a parcela que tem que ficar pronta até a Copa. Haverão outros detalhes a serem implantados posteriormente e que estão sendo avaliados pela Secretaria das Cidades", explicou o secretário executivo de Relações Institucionais da Secopa Gilberto Pimentel. A BR 101 também terá 30,7 km de ciclovia e a já existente no corredor Norte-Sul (compreendido entre o Terminal Integrado de Igarassu até o Recife, seguindo até o Tacaruna, com bifurcação para Joana Bezerra, via Agamenon Magalhães e para o Centro do Recife, via Cruz Cabugá) terá seus 11 km revitalizados. Além das ciclovias, os novos Terminais Integrados de Passageiros cujas obras já estão em andamento (ao todo 10, além dos TIs do Barro e da Joana Bezerra, que serão reformado) também contarão com bicicletários.

"O problema é que as ciclovias do Recife estão sendo pensadas mais como forma de lazer do que para o deslocamento real da população", opina novamente o biólogo. "A ciclovia de Boa Viagem, por exemplo, é super importante, muita gente utiliza, mas ela não vai dar em lugar nenhum, chega um momento que você volta a cair na via dos carros e aí começa todo o problema, porque os motoristas também não são educados no sentido de respeitar o ciclista", diz Paulo.

De acordo com o secretário executivo de Mobilidade Urbana da Secretaria das Cidades, Flávio Figuerêdo, já existem projetos e discussões entre o órgão e o Instituto Pelópidas Silveira - órgão da Prefeitura do Recife - para a conexão entre essas ciclovias. O prazo para que elas sejam executadas, porém, não está definido. "Isto já está sendo pensado. Nós temos uma gerência de ciclovias dentro da Secretaria das Cidades e ela é responsável justamente pelo estudo dessa questão e articulações com as prefeituras e outros órgãos no sentido de estimular e favorecer a mobilidade por bicicletas dentro das cidades. Temos projetos de incentivo aos bicicletários nas escolas e em terminais integrados, entre outros. Estamos caminhando", afirmou.

Segundo dados do Plano Diretor de Circulação da Cidade do Recife (2000), 21% dos deslocamentos urbanos são realizados por bicicletas. Atualmente, a capital conta com 20 km de malha cicloviária construída. De acordo com o arquiteto e coordenador de Mobilidade do Instituto Pelópidas Silveira, Antônio Machado, um dos objetivos do município é chegar aos 390 km de ciclovias em um prazo de vinte anos. "Esta já é uma questão pensada por nós dentro do Plano de Mobilidade para o Recife, que já está na Câmara", explicou.

O Progama de Aceleração do Crecimento - Mobilidade (PAC Mobilidade): incentivo do Governo Federal para melhorar a mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras prevê o investimento de R$ 2 bilhões em Pernambuco. Esses recursos serão aplicados, entre outras áreas, na revitalização da Avenida Norte e implantação de 8,9 km de ciclovias. Todo o corredor será contemplado e a expectativa é de que a verba seja liberada em setembro.

Ao todo, o PAC MOB está destinando R$ 18 bilhões para as cidades do país com mais de 700 mil habitantes. Para serem contemplados com o benefício, os municípios ou estados participantes tiveram que apresentar seus projetos para seleção. No caso do Recife, o projeto foi elaborado pelas Secretarias das Cidades e Transportes, em parceria com as prefeituras de Recife e Olinda. Dentro desse plano estão o projeto de navegabilidade dos rios da capital e Região Metropolitana, além das reformas nas Avenidas perimetrais e revitalização da Avenida Norte.

Informações do NE 10




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Centro do Recife contará com 10 estações de Bicicletas

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Em ato realizado na manhã desta quarta-feira (28), o prefeito João da Costa, assinou o termo de autorização para a implantação de dez estações de empréstimo de bicicletas, projeto que será viabilizado na cidade pelo Porto Digital. Os bairros do Recife, Santo Amaro e Santo Antônio receberão o novo modal de transporte dentro de 30 dias, a partir do projeto Porto Leve, que prevê outras intervenções nos três bairros.

O bicicletário faz parte do projeto do sistema integrado de apoio à mobilidade no Bairro do Recife, desenvolvido pelo Porto Digital, contando com apoio e acompanhamento da Prefeitura do Recife. Será investido cerca de R$ 1,6 milhão para a implantação das estações de empréstimos de bicicletas, em locais estratégicos, com dez bikes cada uma, que poderão ser utilizados pela população. “Essa parceria com o Porto Digital representa um passo a mais que damos para consolidar um novo modal de transporte na cidade. Isso facilitará o deslocamento das pessoas entre diversos pontos da cidade, com a utilização dessas bicicletas, de forma prática, saudável e sustentável. É mais uma solução de mobilidade que representa uma nova visão para se construir a cidade, com um projeto conectado com as novas demandas da sociedade”, declarou o prefeito João da Costa.
Conhecido como “bike share”, esse sistema de compartilhamento de bicicletas já é utilizado nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo, com os projetos RioBike e Bike Sampa, e, mais recentemente, em Porto Alegre e Sorocaba. Com a implantação deste novo modelo, espera-se promover uma mudança na cultura de mobilidade do recifense. “Esse transporte representa uma alternativa sustentável, não-poluente, leve, que tem sido utilizado em cidades como Barcelona, Paris e Londres. E, com a implantação desse sistema, o Recife entra em sintonia com as coisas que estão acontecendo nessa perspectiva da sustentabilidade no mundo afora”, destacou o presidente do Núcleo de Gestão do Porto Digital, Francisco Saboya.

O novo sistema de compartilhamento de bicicletas deve começar a funcionar dentro de 30 dias.

Bicicletário - Cada uma das bicicletas terá um mecanismo inteligente de autoatendimento, travadas por um sistema elétrico. A liberação se dá por meio do uso do celular, seja via internet ou atendimento telefônico. Para utilizar o serviço, o ciclista deverá se cadastrar através de um portal da web, pagando R$ 10,00 mensais. O tempo máximo de utilização da bicicleta é de 30 minutos, devendo o usuário retirá-la numa estação e devolvê-la na estação mais próxima do seu destino, podendo repetir o procedimento com outra bicicleta. Espera-se alcançar a marca de 2 mil usuários em dois anos.

Porém algumas dificuldades serão encontradas neste projeto, pois as áreas pretendidas a serem atendidas não dispõem de ciclovias e nem de ciclofaixas, ou seja, um desafio para quem quiser alugar numa cidade que ainda não prioriza esse modal.


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No Recife, Estações de bicicletas são inauguradas com grande procura, saiba como se cadastrar:

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Dez estações de bicicletas do Recife foram inauguradas nesta terça-feira (8) em solenidade na Praça do Arsenal da Marinha, Bairro do Recife, área central da cidade. Os responsáveis pelo desenvolvimento e implantação do projeto se surpreenderam com o grande número de pessoas inscritas no primeiro dia. Eram esperados 100 cadastros, mas 700 usuários se inscreveram para usar o sistema.
Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
São 100 bicicletas disponíveis nas dez estações espalhadas pelos bairros de Santo Antônio, São José, Santo Amaro e Bairro do Recife. "O projeto PortoLeve já começou com grande procura e tem tudo para ser um sucesso", afirmou o presidente do Porto Digital, Francisco Saboya. A inscrição que pode ser feita no site do projeto e custa R$ 10 por mês.

Clique aqui e se cadastre:

As bicicletas podem ser utilizada por até 30 minutos. Após esse tempo, o usuário deve devolvê-la na estação mais próxima. Depois de 15 minutos, ele pode destravar outra bike e realizar um novo deslocamento nos próximos 30 minutos. Se estrapolar o horário de devolução, o usuário terá que pagar uma multa de R$5. As bicicletas ficarão disponíveis das 6h às 22h.

Onde estatão localizadas as estações:

1. Av. Cais do Apolo (ao lado da parada de ônibus próxima à Prefeitura do Recife);

2. Praça Tiradentes (próximo ao C.E.S.A.R);

3. Praça do Arsenal da Marinha (No prédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico); 

4. Travessa do Bom Jesus (na esquina com Rua do Apolo); 

5. Cais do Porto (antigo Bandepe);

6. Livraria Cultura;

7. Terminal de Passageiros de Santa Rita;

8. Rua da Aurora (na frente da Contax);

9. Rua Capitão Lima;

10. Rua Bione.

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Cai número de acidentes com ciclistas no trânsito da capital pernambucana

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Quanto mais bicicletas nas ruas, mais acidentes, certo? Errado. Apesar de não haver estatísticas locais que comprovem aumento da circulação de bikes no Recife, essa é a percepção de motoristas, ciclistas e até do presidente do Instituto da Cidade, órgão vinculado à Prefeitura do Recife, Milton Botler. Mas o número de acidentes e mortes envolvendo bicicletas não tem aumentado. Pelo contrário. O Diario analisou os dados colhidos por órgãos de trânsito e de saúde nos últimos cinco anos. Em todas as estatísticas, a quantidade de ciclistas feridos ou mortos em acidentes caiu.

Os dados ajudam a desmontar os discursos dos políticos que defendem as ciclovias como estrutura cicloviária máxima e imprenscindível à presença da bicicleta nas ruas. Ao contrário das ciclofaixas e das ciclorrotas, as ciclovias têm barreiras físicas que isolam o trecho permitido às bikes das faixas de rolamento destinadas aos carros.

Mas atrás da moda do discurso da ciclovia estão alguns problemas. Um deles é que, segundo professor da disciplina estudos da bicicleta, que começará a ser ministrada no próximo semestre na graduação de engenharia mecânica da UFPE, Fábio Magnani, e o arquiteto e ex-presidente da Empresa de Urbanização do Recife César Barros, a maior parte dos acidentes ocorre nos cruzamentos à direita, onde não é possível haver barreiras físicas para separar as bicicletas dos carros.

Outro entrave é o custo de implantação da ciclovia, naturalmente mais alto que das soluções que demandam apenas sinalização. E ainda há um terceiro problema: o reforço do discurso de que carros e bicicletas não podem compartilhar a mesma via de forma harmônica.


A capital pernambucana só tem 28,4 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. Número irrisório quando se sabe o potencial cicloviário da cidade. O Plano de Mobilidade do Recife prevê a instalação de 424 km de estrutura para o trânsito de bicicletas. E poderiam ser muito mais: 2 mil km. Para viabilizar tudo isso, é necessário sair do discurso da ciclovia como única alternativa e implantá-la onde, de fato, há necessidade, como vias de tráfego rápido.

Alguns avanços - No Recife, é permitido entrar com a bicicleta no metrô, mas há restrições. Nos horários de pico durante a semana, não sobra espaço para as bikes. Por isso, elas só são bem-vindas nos metrôs nos fins de semana. É um começo, mas não é o ideal (afinal, bicicleta não é só instrumento de lazer).

Outro avanço foi anunaciado pela Secretaria das Cidades. Até o fim do ano, todos os 25 terminais integrados de ônibus terão bicicletários. Ótimo para quem quer usar a bicicleta em parte do seu percurso diário. E nesta semana deverá ser, finalmente, anunciado se haverá ciclovias nos três corredores exclusivos para ônibus que serão criados até 2014 - corredor Norte / Sul (33,3 km de extensão), Leste / Oeste (12,3 km) e o Ramal da Copa (6,3 km), totalizando mais 51,9 km de estrutura cicloviária.

Legislação - Deixar de guardar 1,5 m de distância lateral ao passar ou ultrapassar um ciclista é infração média e custa R$ 85,13 e quatro pontos na carteira. Mas é importante lembrar que a mesma legislação que dá direitos também prevê obrigações para quem trafega sobre uma bicicleta.

É só prestar um pouco de atenção nas ruas para ver como várias dessas regras são descumpridas cotidianamente, seja de forma proposital, por falta de conhecimento, falsa sensação de segurança, para driblar obstáculos ou mesmo por não se sentir parte do trânsito. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que a bicicleta é um veículo e precisa ser manejada como tal. Isso inclui o respeito aos sinais de trânsito, à faixa de pedestre, às calçadas e a obrigatoriedade de trafegar no mesmo sentido de circulação da via.

Entre os direitos do ciclista está um que tenta assegurar sua segurança - os carros precisam reduzir a velocidade ao ultrapassar uma bicicleta. O não cumprimento desta norma constitui infração grave, com cobrança de multa no valor de R$ 127,69 e 5 pontos na carteira.


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Recife ganha mais 4,3 km de rotas para ciclistas

sábado, 28 de julho de 2012

A partir deste sábado (28), o Recife ganhará mais 4,3 quilômetros de rotas para o deslocamento de ciclistas em importantes ruas da Zona Norte da Cidade. Com a implantação do binário entre a Estrada do Arraial e a Estrada do Encanamento, as duas vias irão receber ciclofaixas unilaterais e monodirecionais, ou seja, no mesmo sentido das vias, e que irão se interligar. A ação garantirá a integração do modal bicicleta para a população da área, principalmente para os moradores de Casa Amarela, um dos bairros mais populosos da capital. A intervenção faz parte do Plano de Ações para o Trânsito do Recife 2012/2013, lançado pelo prefeito João da Costa na última quinta-feira (26), e que será coordenado pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU). 

 A ligação entre as duas ciclofaixas será feita por três vias, a Rua Sebastião Alves de Arcoverde (Parnamirim), a Rua Padre Roma e a Estrada das Ubaias (Casa Forte). A separação do percurso do restante das vias será feito por tachões, menos na entrada e saída de veículos e nos cruzamentos. “Estamos atendendo a uma demanda da população da área, pois é grande a quantidade de usuários de bicicletas, principalmente de trabalhadores. É importante destacar que as ciclofaixas serão no mesmo sentido das vias com a criação do binário, e os ciclistas deverão respeitar o espaço que agora eles terão, assim como os motoristas deverão respeitar o espaço dos ciclistas”, ressaltou a presidente da CTTU, Maria de Pompéia Pessoa.

Com a entrega das duas ciclofaixas, que irão cortar os bairros de Casa Forte, Casa Amarela, Tamarineira e Monteiro, o Recife ficará com mais de 28 km de rotas para a utilização de bicicletas. As ciclofaixas tanto servirão aos trabalhadores quanto para o lazer das pessoas, pois irão ligar espaços importantes de descanso e esporte como o Sítio Trindade e o parque da Jaqueira. Cada da ciclofaixa terá 1,70m de largura.

O Recife já possui outros seis equipamentos para o uso de bicicletas, são eles: Ciclovia Orla da Av. Boa Viagem e Ciclofaixa da Av. Brasília Formosa (que somam 9,5km); Ciclovia da Av. Norte (1,7 km); Ciclo rota Centro (3,8 km); Ciclofaixa Tiradentes – Avenida do Forte e Av. 21 de Abril, em Afogados (6,5 km) e Ciclofaixa do Canal do Cavouco (2,6 km).


Da Prefeitura do Recife

Leia: 
Recife... Uma cidade sem ciclovias

Grande Recife Carece de Ciclovias

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Usuários de metrô pedem ampliação da rede no Grande Recife

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Não é novidade que o sistema de transporte e a mobilidade no Recife precisam de alternativas aos carros particulares. Uma das opções é o sistema de metrô, que entrou em operação na cidade em 1985. Alternativa testada e aprovada nas cidades mais populosas do mundo, o veículo tem a vantagem de correr solto pelos trilhos sem nenhum obstáculo. Na capital pernambucana, no entanto, o metrô cresceu pouco: opera apenas em duas linhas para transportar 380 mil passageiros por dia. As opções de transporte dentro do Grande Recife são tema da terceira reportagem da série sobre mobilidade, exibida no Bom Dia Pernambuco desta quarta (23).

Pelos cálculos da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano da Prefeitura do Recife, levando em conta as desapropriações que seriam feitas, os gastos com a implantação do metrô será de R$ 450 milhões. O valor da implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) seria de R$ 120 milhões. Já para a instalação do Bus Rapid Transit (BRT), o custo fica em R$ 20 milhões.

Muitos passageiros sonham com a possibilidade de ampliação do serviço. “Se tivesse um metrô, como tem em outros estados, ou outros países, um ônibus que fosse decente, onde a frequência fosse maior. O usuário esperasse menos, as linhas funcionassem com mais frequência, eu acho que valia a pena investir pra que o usuário se sentisse melhor”, afirma o representante comercial Sérgio Lucena. “Imagine, uma linha de metrô de Piedade [Jaboatão] até Olinda, passando pelo centro do Recife, que beleza seria isso”, diz o professor Antônio Flávio. Apesar da necessidade, a ampliação do sistema de metrô está descartada no estado por enquanto.

Já o uso do VLT na Avenida Norte ainda está sendo estudado pela Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano. Seria necessário dispor de uma extensão de sete quilômetros, além de obras anteriores à implantação do serviço. O sistema funciona com o veículo andando sobre trilhos próprios na rua, como ônibus. Para isso, ele precisa de uma faixa exclusiva. Cada vagão tem aproximadamente 33 metros e, segundo a Prefeitura do Recife, não vale a pena fazer uma composição com menos de dois ou três vagões.
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“[É preciso fazer obras iniciais como] por exemplo, criar os binários da Avenida Norte, uma via muito demandada de trânsito, tanto de ônibus quanto de automóveis, motocicletas e bicicletas. É preciso criar as alternativas para construir a obra. Você terá que dar também uma solução para toda e qualquer possibilidade de alagamento da Avenida Norte por conta que o VLT não suporta esse tipo de situação. [...] É um equipamento novo e pode atrair, quem sabe, parcelas da classe média que usam aquelas vias no entorno para deslocamentos diários”, explica o secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga.

Todas as iniciativas tomadas para tentar melhorar a circulação de veículos e pessoas na Região Metropolitana do Recife estão sendo tiradas do Plano Diretor de Transportes Urbanos, elaborado na década de 80 pela Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), ligada ao Ministério das Cidades e atualizado há seis anos. O plano defende um conjunto de alternativas e projeta soluções para até 2020.

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Mobilidade urbana é maior desafio em Pernambuco

sábado, 15 de outubro de 2011

A Região Metropolitana do Recife (RMR) possui hoje uma frota de 988.202 veículos, que vem crescendo a cada mês. Somente até julho de 2011, 53,3 mil novos veículos passaram a circular na região. Esse crescimento tem causado grandes problemas no deslocamento pelas ruas da capital pernambucana.

Para quem utiliza o transporte público, no entanto, as dificuldades são ainda maiores. Segundo informações do Grande Recife Consórcio de Transportes, órgão que coordena a mobilidade urbana, 488,7 mil passageiros utilizaram ônibus e metrô como meio de transporte na RMR em 2010.

Terminais de passageiros e ônibus superlotados nos horários de pico causam a insatisfação dos usuários. O auxiliar de marketing Manoel Neto demora cerca de duas horas para se deslocar da sua casa em Maranguape II, no município de Paulista, até o seu local de trabalho, no centro de Recife. O percurso tem em média 22 km. “Todos os dias eu enfrento uma fila quilométrica no terminal de integração e só depois do terceiro ou quarto ônibus é que consigo um lugar para fazer a viagem sentado”, reclama.

A rede de transporte público do Recife, o SEI (Sistema Estrutural Integrado), é composta por 13 terminais integrados e, de acordo com o governo do estado, tem capacidade para 800 mil passageiros. Até 2012, oito novos terminais devem ser construídos e, em 2013, será inaugurado o Terminal Cosme e Damião. Com isto, a capacidade de passageiros deve chegar a 1,6 milhão.

Neste mês, o governo do estado lançou os editais de licitação das obras do Programa Estadual de Mobilidade (Promob), que inclui a construção de três corredores exclusivos de ônibus: Norte-Sul, Leste-Oeste e o Ramal da Cidade da Copa. A primeira etapa do Corredor Norte-Sul terá 32,2 km e vai ligar o município de Igarassu até o centro do Recife, com capacidade para atender 146 mil passageiros/dia.

O Leste-Oeste vai ligar o bairro do Derby, no Recife, até o município de Camaragibe, na zona oeste da cidade. Serão 12,5 km de extensão, com uma demanda de 126 mil passageiros/dia.

O Ramal Cidade da Copa sai da av. Belmiro Correia em Camaragibe e vai até a região onde ficará a Arena Pernambuco, sede da Copa de 2014, no município de São Lourenço da Mata. Terá 6,3 km de extensão, com atendimento de 20 mil passageiros/dia. Os corredores vão operar com o sistema BRT (Bus Rapid Transit) e, juntos, vão somar 100 km de vias exclusivas para ônibus.

Também será licitada a construção do Terminal Integrado Cosme e Damião, em São Lourenço da Mata, no caminho para a Cidade da Copa. Todos esses projetos estão previstos na Matriz de Responsabilidades da Copa e, de acordo com os prazos previstos no documento, as obras já deveriam ter começado.

Para o engenheiro Ilo Leite, vice-presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia de Pernambuco (Sinaenco-PE), o governo do estado deveria imprimir urgência máxima nestas obras para que o prazo de 2014 possa ser cumprido em benefício da população local. Em sua visão, o sistema BRT não poderia ser aplicado em qualquer local da cidade, mas avalia que os projetos atuais são viáveis. “Estes corredores são passíveis de serem implantados, já que a demanda destes trechos não é elevada”, avalia.

A construção da Via Mangue, que também está prevista na Matriz de Responsabilidades, deve desafogar o trânsito na zona sul da cidade. A obra, de responsabilidade da prefeitura, teve início em junho deste ano e terá faixas de rolamentos para veículos, calçadas e ciclovias. Serão construídos dois elevados, oito pontes, duas alças de ligação e será feito o alargamento da ponte Paulo Guerra e do viaduto Capitão Temudo. A via terá uma extensão de 4,75 km no sentido Centro/Boa Viagem e 4,37 km no sentido Boa Viagem/Centro.

Veículo Leve sobre TrilhosO sistema de VLT também será implantado para a melhoria do sistema de transporte público na RMR. Serão adquiridos sete equipamentos VLT, cada um com três carros de passageiros, que irão substituir o atual trem díesel em um trecho de 18km entre as estações de Cajueiro Seco e Cabo.
A demanda prevista para este VLT é de 30 mil usuários por dia. Os testes de operação já foram iniciados e a previsão do governo do estado é de que o sistema comece a operar ainda este ano.

Ciclovias e riosPara fugir da má qualidade do transporte público, algumas –ainda raras– pessoas optam pela bicicleta. Mesmo possuindo um carro, o porteiro Iranildo Paris percorre 12 km de bicicleta para se deslocar de casa até o trabalho. “Usando a bicicleta, além de evitar o trânsito eu ainda economizo gasolina. Se eu for de carro levo cerca de 20 minutos para chegar ao trabalho; de bicicleta eu levo no máximo 10 minutos.“

Esta tem sido a opção escolhida por muitos recifenses, mas seus adeptos sentem falta de mais pistas para a circulação de bicicletas. “O problema é que os motoristas não respeitam os ciclistas e nós não temos uma ciclovia”, reclama Iranildo. Atualmente, o Recife possui 13,2 km de ciclovias distribuídas no centro, Orla e Tiradentes, na zona oeste.

Agora, até os rios que cortam o Recife já estão sendo considerados uma alternativa para a melhoria da mobilidade. A Secretaria das Cidades de Pernambuco abriu licitação pública para a realização de um estudo técnico de navegabilidade no rio Capibaribe.

O estudo vai avaliar a viabilidade econômica, ambiental e social da implantação de uma hidrovia. A proposta lembra o “Vaporetto”, sistema de tranporte urbano utilizado há décadas pela cidade de Veneza, na Itália, sempre lotado de turistas e moradores.


Fonte: Portal 2014

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No Recife, Prefeito Geraldo Julio fala sobre o desafio para destravar o trânsito

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Conciliar interesses divergentes não é fácil. Agradar pedestres, motoristas, ciclistas e usuários do transporte público, cada um tentando chegar ao seu destino sem aquele estresse diário, parece até impossível. Mas a cobrança por uma mobilidade melhor na cidade aumenta a cada dia e será um dos maiores desafios do prefeito Geraldo Julio (PSB). As vias do Recife hoje lembram uma panela de pressão que passou tempo demais no fogo. E o caldo são os moradores sem qualquer tipo distinção.

O Recife tem 604 mil veículos registrados, mas as ruas da capital recebem um milhão de carros por dia de toda a Região Metropolitana. Não dá nem para brincar, dizendo “parem o mundo que eu quero descer”. O mundo do recifense parou e é preciso destravar. Para isso, o prefeito promete que dará prioridade ao transporte coletivo, criará novas ciclovias, implantará sistemas de gestão de trânsito e vai reestruturar a malha viária.

O programa de governo de Geraldo Júlio abrange todos os públicos, embora nem todos se entendam, porque até o trânsito tem uma carga cultural e ninguém quer perder. Basta lembrar um dos episódios polêmicos que envolveu a retirada de 350 metros de ciclofaixa na Estrada do Arraial. Enquanto os ciclistas queriam manter o espaço para pedalar, os motoristas reclamavam do engarrafamento, o que resultou, afinal, na retirada da faixa. “É preciso ter atitude. Não vai ser fácil, mas a gente vai ter atitude”, prometeu o prefeito, sinalizando como pretende tratar as polêmicas de sua gestão.

O confronto pontual entre ciclistas e motoristas sinaliza que o projeto de transporte e mobilidade urbana vai ter de contrariar interesses para reorganizar a cidade. Segundo a plataforma de governo socialista, a mobilidade deve ter o cidadão como foco e trabalhar em parceria com os governos do estado e federal. A requalificação das vias públicas começará por grandes corredores do Recife, como a Avenida Norte, a Avenida Sul, a Mascarenhas de Moraes, a Domingos Ferreira e a Abdias de Carvalho. O prefeito ainda quer reestruturar o sistema viário e de transporte coletivo nas seis Regiões Político-Administrativas do Recife, com destaque para Casa Amarela, que tem 14 quilômetros de vias internas e o Ibura, com 10 quilômetros.

Os especialistas acreditam ser difícil convencer a classe média a deixar o carro em casa. Mas o gestor promete construir alternativas sustentáveis para melhorar a qualidade de vida dos moradores, como 76 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, além 110 quilômetros de calçadas.

O programa de Geraldo Julio diz, ainda, que o município vai complementar as intervenções viárias executadas pelo governo estadual e previstas pelo PAC da mobilidade. Ele garante, por exemplo, dar apoio ao projeto de navegabilidade do Capibaribe, aos corredores Norte e Sul, Leste e Oeste e da BR-101 que receberão o BRT (Transporte Rápido por Ônibus), considerado um metrô de rodas, que já funciona com sucesso em metrópoles como Curitiba e Bogotá (Colômbia).

O prefeito acrescenta que a mobilidade exigirá planejamento urbano, porque muitas construções afetam o trânsito, a drenagem e o saneamento da cidade. “A gente quer fazer um planejamento de longo prazo para os próximos 25 anos do Recife, queremos discutir com a sociedade. Foi por isso que criamos a Secretaria da Mobilidade”, afirmou, confiante.

Inovação e integração a serviço da mobilidade
Não há dúvida de que a cidade do Recife apresenta muitos problemas graves e difíceis de solucionar. Dentre estes, um se destaca pelo caráter “democrático” com que atinge a população. Não importa a classe social nem o local de moradia, todos os recifenses estão sujeitos ao problema da mobilidade urbana, que é, ao mesmo tempo, fruto da negligência das autoridades para com o tema e da “cultura do carro” disseminada nos últimos anos graças ao aumento de renda e às facilidades para se adquirir um automóvel.

Foi pensando em mudar esta cultura que o professor e engenheiro de sistemas Mauro Silva desenvolveu o Green Street, uma plataforma colaborativa que tem como objetivo incentivar o uso de bicicletas, melhorando a mobilidade urbana e diminuindo a quantidade de carros nas ruas. O principal instrumento utilizado pela plataforma é o Bike Bus, que tem como objetivo fornecer ao usuário um modo de criar rotas para que os ciclistas interessados possam se deslocar em grupos. A ideia é que os usuários do sistema criem rotas e definam pontos específicos para o encontro com outros ciclistas ao longo do caminho. Estes pontos funcionariam como paradas de ônibus, só que para bicicletas, daí o nome Bike Bus.

“Na Europa e nos Estados Unidos os grupos se organizam naturalmente para ir de casa ao trabalho. É muito comum que os pais deixem as crianças na escola de bicicleta. A realidade no Brasil ainda não é essa. Só tenho conhecimento de um grupo que vai do bairro do Curado ao Recife Antigo”, informou.

Mauro Silva manda um recado para o novo prefeito: “Ele deve ouvir mais especialistas em mobilidade. Precisa olhar os exemplos de sucesso e insucesso no mundo para aprender com os acertos e erros. Outra coisa muito importante é focar em campanhas educativas sem aquela coisa fragmentada, só pedestre ou só motorista. A educação deve enquadrar todas as pessoas que se locomovem na cidade”, ponderou.

“Muitas vezes não somos ouvidos”
Para a maioria dos especialistas em transporte e mobilidade urbana, o Recife cresceu, nos últimos anos, sem planejamento e não é fácil mexer em infraestrutura, contrariar interesses econômicos, convencer as pessoas a mudar de rotina. Segundo os arquitetos, engenheiros e economistas ouvidos pelo Diario, um dos maiores problemas da atualidade é a verticalização de alguns bairros, que os torna adensados e de difícil locomoção, o que prejudica o transporte público. O problema em si não é a construção de prédios enormes, mas onde eles estão sendo feitos sem maiores estudos.

A preocupação com o levantamento de torres esteve presente em todas as entrevistas com acadêmicos. A professora Lúcia Leitão, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, externa o receio com as mudanças prometidas, no programa de Geraldo Julio, na Legislação Urbanística. “Como será essa mudança? Vai mexer nos 12 bairros, vai interferir em quais bairros? O programa não deixou claro”, observou. “Ficamos preocupados também com a forma que a sociedade será ouvida”, declarou.

O coordenador regional da Associação Nacional de Transportes Públicos e professor aposentado da UFPE, César Cavalcanti, espera que o programa seja amadurecido, aperfeiçoado e ofereça mais alternativas para o transporte público. Para ele, inclusive, antes de iniciar as mudanças, é necessário realizar pesquisas abrangentes de origem/destino, além de domiciliar, para captar as “mudanças locacionais e temporais referentes aos deslocamentos e à localização dos centros geradores de tráfego. Sem essas informações, a eficácia das intervenções propostas fica, significativamente, fragilizada”.

César Cavalcanti fez elogios a pontos da plataforma de governo. Citou como positiva a ampliação de um programa de sinalização de pedestres e veículos e da construção de 76 quilômetros de ciclovias. Também destacou o compromisso assumido pelo prefeito de complementar as intervenções viárias executadas pelo governo estadual e previstas no PAC Mobilidade. Ele ressaltou, no entanto, ter observado muita preocupação do gestor com o sistema viário, quando o mais importante é o transporte coletivo.

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