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O triste fim de uma frota de ônibus

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Cerca de 600 ônibus estão apodrecendo a céu aberto numa garagem em São Mateus, na Zona Leste, desde 2003, quando a gestão da então prefeita Marta Suplicy determinou que a Viação América do Sul tivesse  o controle devolvido à SPTrans (São Paulo Transportes) devido a problemas de ordem financeira.
Daniela Souza / Diário SP
Na ocasião, a SPTrans entrou com uma ação na Justiça para receber por supostos gastos durante os períodos de intervenção na administração da empresa para pagar salários e encargos trabalhistas atrasados, além de peças e serviços de manutenção. Os bens, entre eles os ônibus, sofreram arresto e até hoje estão sob judice.

O cemitério de ônibus de São Mateus é apenas mais um da cidade. Segundo informações da própria SPTrnas, os ônibus da cidade, por obrigação contratual, devem ser substituídos após completar dez anos de idade. Entre 2005 e 2011, já foram renovados 11.859 veículos, o que corresponde a 79% da frota de São Paulo. Somente neste ano, foram 2.274 ônibus novos incluídos no sistema. Os que saem, de acordo com a empresa da Prefeitura não são mais de sua responsabilidade.

“A SPTrans informa que o pátio fotografado pela reportagem é de propriedade de uma viação que não mais opera no sistema municipal de transportes da capital, portanto não cabe à SPTrans qualquer responsabilidade com relação aos ônibus nele localizados", disse a empresa pública em nota.

No páteo abandonado, o fiel depositário do patrimônio sob judice, Silvio Barbosa, disse que o antigo proprietário está impedido de retirar os ônibus do local e  não há nada a fazer a não ser  vê-los apodrecer. “Quando houve o arresto, há oito anos, muitos desses ônibus eram novos”, afirmou. “Agora servem apenas como sucata.”

A situação do cemitério de ônibus de São Mateus revolta os moradores do entorno. Jeferson Ichi, síndico do vizinho Condomínio Flórida, disse que preocupa a proliferação do mosquito da dengue e a questão da segurança, já que o local pode servir como refúgio a bandidos. "Já cansamos de ligar para o 156 da Prefeitura e eles não fazem nada", denunciou. “Além dessas preocupações, pensamos na questão ambiental, já que com o tempo haverá uma grande contaminação do óleo que vaza desses ônibus.”

Cetesb vai investigar risco ambiental
A Cetesb, agência ambiental paulista responsável pelo monitoramento das atividades potencialmente poluidoras, alertada pelo DIÁRIO, disse ontem que vai promover uma fiscalização na garagem desativada da Viação América do Sul, na Zona Leste, para verificar se há risco ao meio ambiente com o abandono de 600 ônibus a céu aberto.

Os ônibus estão abandonados há oito anos e já viraram sucata. Há perigo de vazamento de material tóxico como óleo diesel e resíduos de motores que estão em decomposição.

A Vigilância Sanitária, da Prefeitura, disse que existem em São Paulo 2.500 pontos considerados estratégicos, como ferros velhos, depósitos, borracharias e demais focos potenciais de transmissão de doenças.

Nesses pontos estratégicos, a Vigilância Sanitário promove verificações periódicas para minimizar os riscos de proliferação, sobretudo, do mosquito da dengue.

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela Vigilância Sanitária, não soube informar se a garagem da Viação América do Sul  faz parte da lista de 2.500 pontos estratégicos que recebem visitas periódicas da pasta.

No último verão, dos 96 distritos da cidade de São Paulo, cerca de 30 foram colocados em  alerta pelo  risco de infestação pelo mosquito da dengue.

2,8 mil funcionários da Viação América do Sul perderam o emprego com a desativação
Ação buscava reparação por danos
A SPTrans entrou em 2003  com ações de cobrança de R$ 57.628.590,88 contra quatro empresas, entre elas a Viação América do Sul.
Valor cobrado é corrigido monetariamente
A ação contra a Viação América do Sul estabelecia à época o valor de R$ 15,5 milhões, corrigidos monetariamente e acrescidos de juros.
Arresto de bens garantiria pagamento
A SPTrans pediu à Justiça uma medida cautelar de arresto de bens  para evitar tentativas de fraude.

Por Fernando Granato e Edilson Dantas
Fonte: Diário de SP 

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